Posts from — novembro 2008
Todas as minhas rugas
A idade, meus caros, chega para qualquer um (risos). A imagem acima linka para a entrevista que concedi ao graaaande amigo Rodrigo Carneiro, do Showlivre, após uma corridinha para fugir da chuva no Tim Festival. Mais do que falar sobre os shows, impressiona a minha quantidade de rugas (Lili, não assista! – risos). Mas é isso ai. O tempo passa, o tempo voa, a poupança Bamerindus não existe mais e o Itaú e o Unibanco vão se juntar. A vida segue. 🙂 Keith Richards, nos aguarde!
novembro 3, 2008 No Comments
Mostra SP: “45 RPM”
“45 RPM”, de David Schultz – Cotação 1,5/5
Em uma cidadezinha dos cafundós do norte do Canadá, sem esperanças e completamente a parte do mundo vive Parry Tender, um garoto que mata aulas para ir pescar ou simplesmente para ficar no teto de sua casa tentando sintonizar uma rádio de Nova York cuja uma promoção está chacoalhando a América: são 30 canções em 30 segundos. Quem acertar as 30 ganha um convite duplo para ir assistir a um show especial com as maiores lendas do nascente rock and roll. Estamos em 1960.
A pessoa mais próxima de Parry é Luke, uma menina que se veste de menino e anda com cinto de cowboy e uma arma de brinquedo para cima e para baixo. Parry e Luke cresceram juntos, e Luke acaba de descobrir que está apaixonada pelo amigo. Entra em cena Debbie, uma loirinha que já rodou Canadá e EUA acompanhada pelo pai major da aeronáutica, que se interessa a primeira vista pelo rapaz que todos na escola dão como um caso perdido. Está formado o núcleo narrativo de “45 RPM”.
Assim que o filme começa, com os acordes de “Roll Over Beethoven” e a voz de Chuck Berry preenchendo o espaço, percebe-se que estamos diante de um leve drama adolescente com jeitão de Sessão da Tarde. A dupla de amigos tenta adivinhar as 30 canções que o tiraram daquele lugar no meio do nada, e a loirinha Debbie chega para dividir o coração de Parry e causar ciúmes em Luke. Tudo bem, tudo bom, mas “45 RPM” guarda surpresas para o trecho final.
Parry não conheceu sua mãe, que sofreu abuso infantil na adolescência, engravidou, e deu o filho para o índio Peter George criar. A história volta a se repetir (e outra cena sugere que o fato repete-se com freqüência), agora com uma de suas amigas, que engravida e separa-se dele. O rock and roll, a promoção, a escola, o coração dividido, tudo fica em segundo plano, e o rapaz deixa tudo para trás em busca do seu verdadeiro amor.
Lendo assim parece bonito e um bocado piegas, vamos combinar. O diretor canadense Dave Schultz tenta armar uma armadilha para o espectador, aconchegando-o numa história juvenil de temática largamente conhecida para, depois, criar o ambiente do abuso infantil, mas algo se perde pelo caminho. A leveza acaba se sobrepondo e a violência que sofre um dos personagens não chega a ganhar força na trama. Fica a sensação de que o recado foi dado, mas o filme não decolou. Basta? Não para o cinema.
novembro 2, 2008 No Comments
Almoço de domingo
Já fazia um tempo em que eu não arriscava nada na cozinha, então decidi que neste domingo teríamos algo diferente na mesa. Fizemos feira ao meio-dia, abasteci a geladeira de Hoegaarden e fui para o fogão. Na verdade, fui ao google procurar uma receita para o bife de alcatra que eu havia comprado (o mais bonito do supermercado). Optei pelo Bife de alcatra ao molho de vinho.
A receita original – do chef Tunney Fujimaki aqui – previa um prato completo, mas fiquei só com o bife de alcatra ao molho de vinho acompanhado de arroz branco (sob responsabilidade de Lili) e uma saladinha de tomate italiano com azeitonas recheadas com pimentão (já que esquecemos o alface em algum lugar, pois tenho certeza que o compramos na feira, mas não o trouxemos). E um Carmenere da Concha Y Toro.
O preparo foi super simples. Bife frito no azeite em uma frigideira funda banhado vo vinho quando ele chegasse no ponto crocante. Após retirado o bife da panela, mais vinho e também maisena, para dar consistência ao molho. Ficou ótimo. Bem, quase. Na verdade, faltou temperar melhor o bife e deixa-lo descansar (só temperei com sal e pimenta do reino) para assumir o tempero. E… não gosto de molhos. (hehe)
Lili adora qualquer coisa diferente (e já estava “bebinha” no meio do prato – risos), mas eu tenho sérios problemas com molhos fortes que se sobrepõe ao sabor do prato. Exemplo rápido: não como sanduíche com ket-chup, nunca! O ket-chup se sobrepõe ao sabor do hambúrguer, da salada, do tempero, do queijo e parece que você está comendo apenas ele. Com molhos é a mesma coisa seja madeira ou este à base de vinho.
Mesmo assim, a experiência valeu para lembrar-me que a minha paixão por bifes pede receitas que valorizem o gosto da carne, e não o escondam. Abaixo, a receita básica do bife de alcatra ao molho de vinho.
Ingredientes
800 gramas de alcatra sem gordura
amaciante de carnes estilo grill ou fondor
1 cenoura grande
Azeite de oliva virgem
150 ml vinho cabernet sauvignon para o molho
Sal a gosto
Açucar
Amido de milho
Preparo
1) Corte a alcatra em bifes grossos de 2 cm;
2) Polvilhe os bifes com amaciante e deixe descansar por 30 minutos;
3) Aqueça uma frigideira funda com azeite bem quente;
4) Coloque os bifes para fritar e só vire o lado quando o primeiro estiver com a textura crocante. Repita o procedimento com o outro lado do bife;
5) Jogue parte do vinho ( 50ml) na frigideira molhando bem os bifes;
6) Aperte bem os bifes para deixar escorrer o caldo na frigideira;
7) Retire os bifes e reserve;
8 ) Dilua uma colher de sopa de amido de milho com o restante do vinho e acrescente ao molho existente na frigideira;
9) Coloque 1 colher de sopa de açúcar e mexa bem até encorpar como um mingau
novembro 2, 2008 No Comments