A song for you
Como você deve imaginar, eu recebo mais e-mails que dou conta de ler, e mais indicações de novas bandas e discos do que consigo ouvir no meu dia extremamente corrido. Gostaria de poder responder todos os e-mails e ouvir todos os links de My Space que me passam logo na primeira hora, mas infelizmente não consigo (e, se tentar, é bem provável que eu até os ouça, mas não consiga escrever, o que seria – ao menos para mim – muito pior).
O que acontece comigo também acontece com praticamente todo mundo do meio (não excluindo ninguém), e chamar a atenção dessas pessoas cujo tempo é algo raro (e dias de 36 horas são um sonho) é muito, mas muito difícil. Foi por isso que quando recebi via My Space o e-mail (spam?) da Kara, algo chamou a minha atenção. O e-mail é doce e delicado como nunca li em nenhum release em minha vida, que trata a música com a mesma paixão com que nós ouvimos. Foi assim:
Hi, my name is Kara, and I work at a little indie record label in Seattle, WA. I drink hot tea every day (even in the summer) and sit at a computer near a window that overlooks construction. My job is to help promote singer-songwriter Peter Bradley Adams. I’m not raking in the big bucks, but I love it because I really believe in his music.
So here’s the part where I try to convince you to listen to this tune we’re giving away — The problem is there are a billion and one singer-songwriters out there. Heck! I’m one of them! With so much music all around us (and much of it sounding the same) what can I say that will interest you enough to check him out? Anything I say will sound cliche. I’m beat before I’ve even begun.
All I can do is honestly tell you that Peter’s song “Los Angeles” gives me goosebumps every time I hear it…. There’s something about the simple chord progression in the piano that touches me instantly, catching my full attention far before the lyrics enter. As for the lyrics, I was just saying to my coworker that they appeal to that sentimental part of me that likes to personify my surroundings and divine meaning from subtle movements in the world around me. For instance, lamps always turn off as I approach them. The logical conclusion: I must be part vampire.
Whatever my genetic makeup, Peter’s music truly reaches me:
http://www.myspace.com/peterbradleyadams
That’s his MySpace page. (His song “Los Angeles” is on my profile)
And here’s a link to that tune I promised to give you:
http://sarathan.Com/free/peterbradleyadams/
Anyway, thanks for your time!
-Kara @ Sarathan Records
http://www.sarathan.com
outubro 24, 2008 No Comments
Tim Festival: A punk rave do Klaxons e a tristeza de Marcelo Camelo
Marcada pelo cancelamento de dois headliners (Paul Weller e Gossip), a terceira noite da edição paulista do Tim Festival começou com o samba jeitoso de Roberta Sá no Auditório Ibirapuera. De vestidinho “Emília”, a cantora misturou canções de seus dois álbuns (“Braseiro” e “Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria no Show”) lembrando em alguns momentos Marisa Monte. Sai do Auditório cantando “Alo Fevereiro” (“Tamborim avisou, cuidado / Violão respondeu, me espera / Cavaquinho atacou, dobrado / Quando o apito chegou, já era”).
Do outro lado, na tenda Novas Raves, a responsabilidade de abrir os trabalhos ficou a cargo do Neon Neon, grupo que chama a atenção por ser um projeto paralelo do gente boa Gruff Rhys, vocalista do Super Furry Animals, em parceria com o produtor Boom Bip, que embarca em uma viagem estranha aos anos 80 temperada com momentos de hip-hop. Quem roubou a noite, no entanto, foi o artista performático Har Mar Superstar, baixinho, gordinho, cabeludo e careca, com uma camiseta do Menudo e muito pique para agitar a galera mais do que o Neon Neon. No mínimo, rendeu boas risadas.
De volta ao Auditório, a quantidade de espaços vazios impressionava. Quem apostava em uma invasão de fã dos Los Hermanos errou. Em sua primeira apresentação em São Paulo, Marcelo Camelo amplificou as qualidades e defeitos de “Sou”, sua estréia solo. As músicas tristes (e chatas) ficaram mais tristes (e muito mais chatas) e temas alegres como “Menina Bordada” ganharam com os bons improvisos do sexteto Hurtmold (acrescidos do trompetista Rob Manzurek, de Chicago).
A jovem cantora Mallu Magalhães, sentada na primeira fila, viu Marcelo Camelo tocar “Janta” (que conta com sua participação no álbum) e duas canções dos Hermanos surgiram (“Pois É” e “Morena”) numa apresentação marcada pela monotonia e com algumas boas intervenções do Hurtmold. O show ainda está cru, mas deve crescer conforme banda e artista se entrosarem, o que talvez melhore até as faixas mais fracas de “Sou”, o que dúvido. O próprio Marcelo Camelo percebeu o excesso de calma no palco ao dizer, em certo momento, que “falta um pouco de desordem” no show. Falta mesmo.
Novamente na tenda, o Klaxons baixou em São Paulo para fazer demônios dançarem com sua punk rave (muito mais punk que rave). Os ingleses baixaram em São Paulo para apresentar as grandes canções do ótimo álbum “Myths of the Near Future” em versões rápidas, pesadas e diretas de “Totem On The Timeline”, “Gravitys Rainbow”, “Its Not Over Yet”, “Atlantis To Interzone”, “Magick” e ainda duas inéditas (fraquinhas numa primeira audição): “Moonhead” e “Calm Trees”. Har Mar Superstar voltou para encoxar os músicos e botar fogo no final da apresentação, 55 minutos vigorosos que valeram a noite, mas o Tim Festival 2008 continua devendo.
Fotos: Lili Callegari (http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari)
outubro 24, 2008 No Comments
Sobre a palestra na Sercom
Lembra que eu tinha dito que iria palestrar na segunda passada na Sercom da UniRadial? Bem, foi. O pessoal adorou, mas preciso melhorar muito com palestrante. Mesmo. A palestra que dei em Araraquara, ano passado, foi melhor. Nessa da Sercom eu tentei seguir por temas e acabei me confundindo um pouco, mas a própria turma me ajudou com ótimas perguntas que permitiram que eu voltasse a falar de coisas que eu tinha pulado durante o bate-papo. Meta pessoal agora: montar uma boa palestra para uma próxima oportunidade. Seguem links do site do evento e uma entrevistinha que fizeram comigo (“mestre” é um tremendo exagero, mas tudo bem – risos):
– Sercom 2008 (aqui)
– Entrevista (aqui)
outubro 24, 2008 No Comments