Se o mundo soubesse…
“Nunca me ensinaram a arte da solidão, tive de aprendê-la sozinho. Ela se tornou tão necessária para mim quanto Beatles, tanto quanto beijos na nuca e carinho”.
Intimidade, de Hanif Kureishi
Acho foda demais essa frase, essa comparação (o livro também é sensacional). A solidão é algo que me atrai em fases da minha vida, e principalmente nestes dias em que estou, como dizia uma amiga, “conchinha”. É dolorido ter que falar quando não se quer falar. Não é maldade. É, simplesmente, vontade de ficar… quieto.
Quanto mais tempo passamos nesta bolotinha azul, mais percebemos os movimentos ciclicos do mundo (e das pessoas que vivem nele). Muitas vezes, afundado num poço sem fim de melancolia, rio de mim mesmo por ainda não estar vacinado em relação as agruras do mundo moderno. Como diria Raul, “pena eu não ser burro, não sofreria tanto”. Vivendo e não aprendendo…
Por fim, acho tão estranho que a imagem principal que o mundo tem de mim seja a de um cara falante, expansivo, extremamente sociável. Se o mundo soubesse o quanto sou tímido…
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