Boy Kill Boy, Forward Russia! e… Bob Dylan
E lá se foram dois meses de 2008. O tempo está passando cada vez mais rápido ou estou pirando? Bem, mais quatro CDs novos cairam na web: “Life Processes”, do Forward Russia!; “In a Cave”, do Elf Power; “Stars and The Sea”, do Boy Kill Boy; e “Red”, do Guillemots. Este último ficou algumas minutos no Jornal Berbequim, e foi deletado. Procura por ai. Só adianto que é um ótimo disco para ninar crianças e que a última música é cópia descarada de “Morning Bell”, do Radiohead.
Na falta do Guillemots, que tal saber como é o novo show de Bob Dylan? O áudio que você irá pegar no Ear Flux é do show que o homem fez em Dallas, seis dias atrás. Você pega o áudio aqui. Abaixo, o set list e um pequeno comentário que postei na comunidade da revista Bizz no orkut, comparando o áudio deste show do dia 23 com o que o amigo Thiago Ney viu no México, no dia 24, e reportou no Ilustrada no Pop.
Disc 1:
01. introduction [00:59]
02. Rainy Day Women #12 & 35 [05:49]
03. Lay, Lady, Lay [05:47]
04. Just Like Tom Thumb’s Blues [05:44]
05. Señor (Tales Of Yankee Power) [05:26]
06. The Levee’s Gonna Break [07:16]
07. Spirit On The Water [06:41]
08. Stuck Inside Of Mobile With The Memphis Blues Again [06:54]
09. ‘Til I Fell In Love With You [07:32]
10. The Lonesome Death Of Hattie Carroll [06:20]
11. Honest With Me [06:30]
12. When The Deal Goes Down [06:24]
Total time: [71:29]
Disc 2:
01. Highway 61 Revisited [05:53]
02. Workingman’s Blues #2 [07:25]
03. Summer Days [06:03]
04. Ballad Of A Thin Man [10:09]
(encore)
05. Thunder On The Mountain [05:56]
06. band introduction [00:44]
07. All Along The Watchtower [05:41]
Total time: [41:56]
Sua voz está cada vez mais rouca e mais fraca; em várias faixas, é atropelada por teclado e bateria.
Que a voz está mais rouca e mais fraca, todo mundo sabe. Agora, que foi atropelada pela bateria, tem que ver como foi o som no México, se não foi problema lá, pois nesse em Dallas a voz dele até está muuuuito na frente dos instrumentos. É possivel ouvi-la perfeitamente!
É notório que ele muda as versões das músicas nos shows. Mas não precisava machucar tanto coisas como “Blowin’ In the Wind”, que encerrou a apresentação.
Ele não tem idéia do que é um Dylan que desconstrói a canção. “Ballad Of A Thin Man” está igual a versão original. “All Along The Watchtower” idem (até arrepia a entrada dos violões). “Rainy Day Women #12 & 35? também é o mesmo arranjo (e se ele tocar no pique dessa ótima versão de Dallas, valeu o investimento do ingresso). O que ele faz – já faz alguns anos – é mudar a melodia vocal por não conseguir alcançar as mesmas notas. Até em “Workingman’s Blues #2?, uma das melhores da nova safra, ele altera a melodia vocal. Nesse ponto, “Stuck Inside of Mobile With The Memphis Blues Again” é a que mais “sofre”, mas o arranjo tem poucas variações.
Dylan virou artista que faz cover de si mesmo. As faixas novas se arrastam; é nítida a falta de força dessas músicas recentes quando ouvidas lado a lado com clássicos como “Highway 61 Revisited” e “Like a Rolling Stone”. E é nítido como esses clássicos nas versões atuais soam pálidos se comparados às versões originais.
“The Levee’s Gonna Break” e “Thunder On The Mountain” fazem bonito ao vivo. Essa segunda é uma das canções em que ele mais se aproxima (por motivos óbvios) da interpretação do álbum, e as versões são fortes, crescem até em relação ao “Modern Times”. Não vi a nitidez nem a palidez que ele alega no comentário. E o próprio público aplaude muito as novas canções.
Ps para o leitor: baixe o áudio, ouça e tire as suas próprias conclusões.
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