Os 100 melhores discos nacionais
A Rolling Stone Brasil publica em sua 13ª edição um especial com os 100 melhores discos brasileiros de todos os tempos. Para chegar aos 100 escolhidos a publicação convidou 60 profissionais (a grande maioria, colaboradores da revista) que enviaram – cada um – uma lista com 20 discos. Comparando, os melhores do ano do S&Y contam com 92 votantes (nos dois últimos anos), e para o tamanho e importância de uma revista como a Rolling Stone, resumir um especial deste porte apenas a redação é pensar pequeno (era só seguir o método Uncut, que convida centenas de músicos, e ainda pede para que eles escrevam sobre um dos discos que escolheram). Seria bem legal ver os votos de Caetano, Rita Lee, Fred 04, Pauo Ricardo, Japinha (só para ficar em cinco artistas díspares).
O método de forma alguma invalida a lista, que é bastante interessante, e uma das melhores (senão a melhor) já publicadas no País. Desde sexta estou ouvindo um a um os discos da lista (neste momento estou no 12º) e por mais que “Acabou Chorare” (1º) seja um disco sensacional, numa “lista minha” ele apareceria atrás do coletivo “Tropicália ou Panis Et Circenses” (2º). Em terceiro, o não menos sensacional “Construção”, de Chico Buarque. Em quarto, “Chega de Saudade”, de João Gilberto, o único dos 20 primeiros que não tenho em casa (na falta, Lili colocou o ao vivo “In Tokio”). A estréia dos Secos e Molhados aparece em 5º; o doidaço e divertido “A Tábua de Esmeralda”, de Jorge Ben, surge em 6º; o coletivo “Clube da Esquina”, comandado por Milton Nascimento e Lô Borges, surge em 7º (e, não adianta, tentei ouvir mais uma vez, mas não consigo curtir esse disco – ok, “Paisagem da Janela” vale, mas é pouco prum disco duplo).
O oitavo lugar traz “Cartola”, o segundo disco do sambista que junta uma porção de pedras preciosas da música brasileira (”O Mundo é Um Moinho”, “Minha”, “Preciso Me Encontrar”, “As Rosas Não Falam”, “Ensaboa”, “Cordas de Aço” e “Peito Vazio” – esta última sempre surge em minha memória com uma interpretação brilhante de Nelson Gonçalves para o tributo “Bate Outra Vez”). “Os Mutantes” surge em nono (pessoalmente prefiro o segundo); “Transa”, de Caetano Veloso, surge em 10º; “Elis & Tom” em 11º (merecia estar umas cinco posições a frente, viu); “Krig-Ha Bandolo!”, de Raul Seixas, em 12º (acabei de descobrir que não consigo mais ouvir “Mosca na Sopa” e “Metarmofose Ambulante”, mas tudo bem, pois esse disco ainda tem “Dentadura Postiça”, “Cachorro Urubú” – que o PT usou em um segundo turno ae por causa do verso certeiro: “Todo jornal que eu leio, me diz que a gente já era, que já não há mais primavera, baby, a gente ainda nem começou”-, a maravilhosa “How Could I Know” e, zuzu bem, “Ouro de Tolo”); “Da Lama ao Caos”, de Chico Science e Nação Zumbi, em 13º; “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MCs, em 14º, e “Samba Esquema Novo”, de Jorge Ben, em 15º. Titas aparece em 19º com “Cabeça Dinossauro”; Legião em 21º com “Dois”; Ultraje em 27º com “Nós Vamos Invadir Sua Praia”; Paralamas em 39º com “Selvagem?”; Los Hermanos em 42º com “Bloco do Eu Sozinho”; Sepultura aparece em 46º com o matador “Chaos A.D.”; Blitz em 50º com o álbum de estréia.
Até pensei em fazer uma listinha minha com 20 discos agora, mas não dá. Isso não é coisa para se fazer assim, do nada. Se eu conseguir me organizar, tento publciar uma até quarta ou quinta… mas esse top 100 da Rolling Stone Brasil merece ser visto, debatido e, principalmente, ouvido.
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O novo do The Hives já está por ai…
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Dos 100 discos da lista da Rolling Stone, nove aparecem na lista especial dos Melhores dos Anos 90 feita pelo Scream & Yell em 2001. No total, a Rolling Stone trouxe onze discos da década de 90, e três dos anos 2000 (dois dos Los Hermanos e um dos Racionais). Abaixo os Melhores dos Anos 90 pelo Scream & Yell:
Internacional
“Óbvio, óbvio. O trio inicial já era o esperado. “Nevermind” disparado na frente. “Ok Computer” não tão atrás, e “Acthung Baby” levando o bronze. A briga mesmo veio do quarto lugar para frente”. LISTA INTERNACIONAL
Nacional
“Votação equilibradíssima. A estréia do Raimundos venceu por um ponto “Carnaval na Obra”, do Mundo Livre S/A, que ficou com o segundo lugar tendo um ponto de vantagem sobre “Afrociberdelia”, do Chico Science & Nação Zumbi. Alias, esse trio manipulou os primeiros lugares. Das sete primeiras posições, seis são deles, cada um cravando dois álbuns.” LISTA NACIONAL
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Top 20 anos 90: Como se fossemos Rob Fleming, por Marcelo Costa
outubro 14, 2007 No Comments
Catherine Deneuve x Audrey Hepburn
Assisti, ontem no HSBC Belas Artes, a “Repulsa ao Sexo”, clássico de Roman Polanski com Catherine Deneuve interpretando uma manicure com sérios distúrbios de sexualidade, que acabam rendendo cenas impressionantes e interessantes.
Agora, e sei que não devia dizer isso, mas a Catherine não me impressionou não, viu. Seu personagem é pálido, o que está perfeitamente inserido no contexto do filme, mas mesmo ela parece tãooo normalzinha (uma loirinha bonitinha, só isso). Femme fatale? Sei não.
Na verdade, acho que estou muito influenciado por “Sabrina”, de Billy Wilder (estou escrevendo aliás um textinho “rápido” sobre três filmes dele que revi nesta semana), que vi na sexta, em casa. Principalmente por Audrey Hepburn, que tomou meu coração de sonhador, e está brincando com ele. Na boa, entre ela e Deneuve, escolho a Audrey. Ih…
outubro 14, 2007 No Comments