Uma estante de CDs ou uma novela?
Bem, após mais um amigo me perguntar da saga das estantes percebi que já está na hora de mostrar como ficou a casa com elas prontas, ok. Lili queria desenhar umas coisas bem legais, mas desistiu porque a quantidade de CDs era tanta que a estante teria que ser o mais básica possível. E assim foi. Para aproveitar ao máximo a madeira de chapa de MDF, Lili calculou 1,83m de altura por 1,10m de largura, que resultou em uma estante com 11 prateleiras, totalizando aproximadamente 125 CDs por prateleira (1375 por estante).
Para facilitar (sic), claro, pedi que uma das estantes tivesse um espaço maior para os DVDs. E também disse que queria alguns caixotes para os vinis e os boxes. A idéia era fixar as estantes na parede, e colocar os caixotes embaixo, formando tudo um móvel único. No entanto, com as peças em casa, descobrimos que os caixotes funcionavam bem na parede verde (eu já disse algum dia que Lili me fez pintar a parede da sala de jantar de verde? Bem, ela fez), além de poderem ficar ajeitados de diversas formas. Na foto está o formato padrão.
Três estantes de CDs ocuparam toda a parede da sala de jantar. A quarta ficou no corredor, frente à porta da cozinha, e além dos CDs também recebeu DVDs. Como organização ficou perfeito. Os CDs, agora, se encontram todos juntos, divididos em nacional e internacional, seguindo uma ordem alfabética, com exceção para as coletâneas, trilhas sonoras, tributos e discos que ainda preciso ouvir, que ficaram na estante do corredor, que também tem DVDs, mais de 100 CDs de MP3 e, acredite, VHS (além do pen-drive contendo o álbum “A Marcha dos Invisíveis”, do Terminal Guadalupe: nunca uma estante juntou tantas mídias – risos).
Com as estantes prontas liberamos espaços para alguns livros nos cubos da sala. Agora, livros de arquitetura convidem ao lado de livros de música. Lester Bangs com Herman Hertzberger, Tony Parsons com Leonardo Benévolo, a biografia de Billy Wider, o livro de Rainer Maria Rilke sobre Auguste Rodin, “Clássico Anticlássico” de Giulio Carlo Argan; “A Era dos Festivais” de Zuza Homem de Mello, e revistas Rolling Stone, Piauí, Uncut e AU (Arquitetura e Urbanismo). Bem, a sala ficou mais ou menos do jeito que vocês vão ver abaixo:
Foto 1: vista da entrada da casa (com o sofá laranja ao fundo):
2) A foto não ficou boa, mas essa é uma peça das quatro estantes:
3) Vista da sala para a entrada do apartamento:
4) Close na parte dos DVDs:
5) O caixote com os vinis e os boxes na parede verde
6) Geral da parede verde (o relógio de vinil foi presente de aniversário):
Bem, é isso. Estou anexando o PDF que a Lili finalizou para o marceneiro, apesar da relutância dela (que diz que alguns dados estão errados), mas é mais para se ter uma idéia de como fazer, caso você precise fazer uma destas. Na verdade, depois que o “nosso” marceneiro nos deu cano, e deixou o serviço pela metade, percebemos que rolava termos feito nos mesmos. Na madeireira você entrega as medidas e eles entregam a madeira toda cortada para você, que “só” terá que juntar. Claro que não é tão simples. É um trabalho milimétrico, e a parte do acabamento é bem chatinha (essa coisa de colar as bordas e tal). Mas não é impossível. Se eu e Lili tivéssemos feito as quatro peças da nossa, com certeza elas teriam saído muito melhor que o trabalho meia-boca que nos foi entregue (pela metade) pelo marceneiro que encontramos. Vale tentar.
outubro 8, 2007 2 Comments
OAEOZ no Scream & Yell
O quinteto curitibano OAEOZ está festejando 10 anos de atividade com um show especial e o lançamento do segundo single extraído das gravações do novo disco, “Canção Para OAEOZ”, que traz como “lado b” uma versão para “Loucura”, música do Ídolos da Matinee, banda curitibana dos anos 80. O show especial acontece na quinta-feira (11/10), e as duas músicas que compõe o segundo single do novo álbum do OAEOZ você baixa aqui, agora, com exclusividade do Scream & Yell:
Uma década distribuindo boa música pelo cenário independente é um fato que deve ser comemorado. Bandas surgem todas as noites, bandas acabam todas as manhãs. Um grupo permanecer na ativa por uma década apenas pelo tesão de se fazer o som que gosta não é pouco, e diz muito sobre a paixão que esses caras sentem por algo maltratado/usado pela indústria, e que um dia convencionou-se ser chamado música.
“Canção Para OAEOZ” é a cara do OAEOZ. Um violão conduzindo, as guitarras pontuando o arranjo com detalhes; o vocal entregue que vez em quando foge da nota para criar o seu próprio espaço em uma melodia que cresce e se transforma em uma canção, uma canção do OAEOZ, uma canção para OAEOZ, uma canção para Curitiba: “Vou deixar a porta aberta / Esquecer o que aprendi / A chuva fria de Curitiba / Pra mim é o sol do Havaí”, canta o guitarrista Carlos Zubek. “Loucura”, apesar de ser uma versão, está perfeitamente contextualizada no som do OAEOZ.
Este segundo single segue “Impossibilidades”, lançando em junho, e que trazia como “lado b” uma versão acachapante de “Città Piu Bella”, uma das faixas luminosas do luminoso álbum “Amor Louco”, do Fellini. O que era folk na versão felliniana se transformou em rock espacial de altíssima qualidade com o OAEOZ.
outubro 8, 2007 No Comments