Apple Music Sessions traz conteúdo exclusivo para atrair novos assinantes

por Herbert Moura

Buscando impulsionar seu serviço de assinatura musical e competir em pé de igualdade com gigantes do streaming, como o Spotify e a Amazon Music, a Apple está investindo em uma nova funcionalidade para sua plataforma: a Apple Music Sessions.

Com performances exclusivas, a Apple Music Sessions trouxe para sua estreia, em julho, Carrie Underwood e Tenille Townes cantando covers de clássicos da música country e fazendo versões atualizadas de seus próprios sucessos.

O resultado, ao que tudo indica, foi extremamente positivo. No comunicado oficial à imprensa, Underwood foi toda elogios à sua experiência musical nos novos estúdios da Apple, em Nashville. “Foi muito divertido reimaginar essas canções grandes e visuais, e apresentá-las de uma maneira diferente”, afirmou a cantora.

Sucesso nos negócios

E para além da diversão, o lançamento da Apple Music Sessions não poderia vir num momento melhor do ponto de vista dos negócios. Após as controvérsias envolvendo comentários racistas e falaciosos do podcaster Joe Rogan em seu programa no Spotify, o gigante do streaming tem experimentado uma enorme migração de clientes para outros serviços musicais.

Para esses usuários, a escolha pela Apple Music é um caminho natural. Dotada de um repertório invejável, a plataforma possui ainda uma infinidade de estações de rádio para streaming, qualidade de áudio surround e uma completa integração com os demais produtos da Apple.

Como bônus adicional, destaca-se também a questão da privacidade. Há anos, o Spotify vem sendo acusado de coletar e manter registro das atividades de seus clientes, o que dá mais vantagem à Apple, cuja proposta aparente ser mais privativa.

É claro que, para uma melhor experiência nesse sentido, é recomendável fazer uso também de ferramentas suplementares de privacidade, como um bom aplicativo VPN para iOS, o qual é capaz de garantir uma camada extra de proteção aos seus dados – dentro e fora das plataformas de streaming. Mas, de qualquer forma, a posição da Apple nesse contexto parece levar a melhor.

Os investidores, pelo menos, se mostram muito animados com o futuro da marca – especialmente após o lançamento da Apple Music Sessions. E não é difícil de imaginar por quê: apenas em 2021, a receita das plataformas da Apple cresceu em 27%, chegando a 68 bilhões de dólares.

Grande parte dessa cifra veio de serviços como a Apple Music, os quais oferecem, em geral, margens de lucro bem mais fartas e previsíveis que outros produtos de hardware da empresa. Isso se deve não só ao fato de esses serviços apresentarem menores custos de manutenção, mas também por funcionarem à base de assinaturas de pagamento recorrente, o que proporciona uma renda estável e constante.

Agora, com a nova funcionalidade da Apple Music Sessions e o novo contexto do mundo do streaming, as promessas de rendimento da empresa da maçãzinha, decerto, colocam um sorriso a mais no rosto dos acionistas. E a Apple não quer parar por aí. Iniciado com artistas do country, o novo recurso já anunciou que irá expandir seu leque para outros gêneros musicais muito em breve.

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