Garimpo Sonoro: Mary Osborne, 30 anos sem a pioneira do jazz na guitarra 

roteiro, apresentação e edição por Sarah Quines

Março é o mês das mulheres. E mais do que uma data comemorativa com flores e parabéns, é uma época para reforçar as lutas por igualdade de gênero. Como em outras esferas da sociedade, na indústria da música as mulheres também enfrentam mais desafios do que os colegas homens.

Só para se ter uma ideia, uma pesquisa gringa publicada no ano passado, que entrevistou 400 mulheres do meio musical de vários países, revelou que oito entre dez entrevistadas acreditam que é mais difícil para as mulheres serem reconhecidas do que os homens. O maior problema citado por duas de cada três entrevistadas é o assédio sexual e a objetificação. Elas também falaram que a composição e a produção musical são esferas ainda muito dominadas pelo gênero masculino.

E quando se pensa na formação de uma banda, é muito mais fácil lembrar de figuras femininas nos vocais do que como instrumentistas (é claro que existem várias mulheres que tocam baixo, bateria, guitarra e outros instrumentos, mas comparativamente o número de homens como instrumentistas é muito maior).

Esse cenário vem mudando aos poucos. Em 2018, a Fender divulgou uma pesquisa que mostra que metade dos guitarristas iniciantes são mulheres. E a representatividade é algo importante: na outra pesquisa citada anteriormente, oito em cada dez entrevistadas disseram que não existem tantos modelos femininos a serem seguidos na indústria da música.

Aproveitando o gancho do “mês da mulher”, o Garimpo Sonoro fala sobre Mary Osborne, pioneira num instrumento comumente associado a instrumentistas homens – a guitarra – em um dos tantos gêneros em que os maiores expoentes também são homens: o jazz.

Considerada a única guitarrista mulher a ter um impacto significativo no jazz dos anos 40 e 50, Mary Osborne teve uma carreira longa, do final dos anos 1930 até março de 1992, quando morreu aos 70 anos. O swing inventivo da guitarra de Mary Osborne também impactou no que viria a ser o rhythm’n’blues e o rock’n’roll. Assista ao vídeo:

ASSISTA AOS EPISÓDIOS ANTERIORES DO GARIMPO SONORO

Sobre o Garimpo Sonoro :com roteiro, apresentação e edição de Sarah Quines, o Garimpo Sonoro é um canal para quem gosta de garimpar músicas por aí e descobrir as histórias por trás dos sons. Um lugar onde a música não tem limitações de estilos, nem de épocas ou fronteiras geográficas. Vale toda música, artista, álbum, instrumento, gênero e movimento do Brasil e do mundo, atual ou do passado, que tenha uma boa história para contar. Toda terça-feira às 20h no youtube e na quarta-feira também no Scream & Yell.

– Sarah Quines (@sarahquines) é jornalista e criadora do canal Garimpo Sonoro 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.