Mojo Book 004: “In It For the Money”, do Supergrass, por Delfin

15 anos atrás, dois grandes amigos meus, Danilo Corci e Ricardo Giassetti, decidiram fazer uma pergunta: e se um disco virasse literatura? Nascia a Mojo Books, primeira editora 100% digital do Brasil, que de dezembro de 2006 até dezembro de 2012 explorou de maneira diversificada essa possibilidade, lançando mais de 130 volumes de livros inspirados em discos.

O Scream & Yell tem a honra de republicar os livros da Mojo em seu aniversário de 15 anos, completados em dezembro, buscando manter o acervo da editora online. Toda segunda, um livro novo sobre um disco! E após os volumes sobre os discos do Depeche Mode, do New Order e do Big Star, que abrem a coleção, chegamos ao segundo disco dos ingleses do Supergrass, lançado em 1997, que surge recriado aqui por Delfin.

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O que importa não é o que sou: é o que sei. E sei de muitas coisas, principalmente o que sinto. Tudo o que eu ouço é ela. Tudo o que eu vejo é nosso amor. Não me basta mais nada para seguir em frente. Não sou como você.

Você é o covarde, frustrado, que quer sempre desistir. Não consegue se focar em qualquer sentimento mais puro e tenta sempre cair fora. Como se deixar tudo para trás deixasse o seu passado longe. Mas ele te segue, cara, e segue como uma sombra persistente, daquelas que crescem quando o sol golpeia o céu.

Você tem essa mania tremenda de tentar me convencer de que eu estou errado. Eu não estou, minha cabeça está feita, eu sei o que me espera. Se quer fugir, que fuja, mas isso não é mesmo uma opção. No fim, você só vai achar o que eu sempre achei: o caminho para casa.

Você tem um trunfo no bolso, meu irmão. No meu há um sentimento e eu o ouço baixinho, soando a cada vez que dou um passo, minha consciência certeira reforçando o meu amor. Você acha que vai me salvar da queda. Mas você sabe que é errado cair. Por isto estou de pé e, claro, você está caído, Teo. Não consegue entender que o mundo é frágil e que nele há uma bomba imensa, prestes a explodir o que há de errado.

E o dedo no botão é meu, cara.

Mas também estou na outra mão. Está estendida para te redimir. Você só não encontrou ainda essa paixão, o seu verdadeiro amor. Não quer acreditar.

– Sim, eu quero.

Então, por que não pega a minha mão, Teo?

– Porque não sei se o amor me basta, diz o garoto, tentando escutar melhor o som baixinho que o outro conhece bem, o pequeno tilintar misturado às vozes que insistem em soar dentro da sua cabeça.

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