Entrevista: Sergio Franco Filho fala sobre “Senderos”, pancada punk-rock de estreia solo

entrevista por João Paulo Barreto

A caneta começa a querer seguir por uma linha de romantização de uma labuta difícil: a da supostamente ingênua ideia de se lutar por fazer música na Bahia sem abrir concessões a um mercado local que privilegia poucos com o sucesso comercial e alimenta massas de ignorantes coprófagos que aceitam passivamente o que se aprendeu a chamar de música na Bahia condenada à felicidade. Mas nesta análise é melhor se manter pragmático e não se render a uma falsa retórica que se apoia em termos de um lugar comum tais quais “resistência”, “resiliência” ou “fazer artístico”. A parada aqui é outra.

A parada aqui tem a ver com sobreviver, mesmo! Tem a ver com se ter uma voz, um talento para a composição e um apurado olhar crítico da sociedade. Tem a ver com buscar meios de se expressar e de pensar comercialmente e, ao mesmo tempo, se sentir fiel aos seus próprios princípios. A não trair seus ideais. E, friso, não romantizar labutas, suor e corres diários em busca de tornar palpáveis peças artísticas. No seu trabalho como músico, Sergio Franco Filho conhece bem essa decisão. Ao trabalhar na criação e lançar “Senderos”, sua primeira pancada solo de punk rock, o cantor e compositor conhecido no meio musical de Salvador não somente por sua ex-banda, o Automata, mas como produtor do selo Torto Fono Gramas, fiel ao punk rock há 25 anos, sabia desde o principio quais seriam os desafios no sentido de materializar este projeto.

“É o lance de precisar realizar. Sem fazer música, a minha vida é muito pior. Muito mesmo. E eu faço isso por e para mim. Se conecta a outras pessoas, lindo! E é óbvio que fico feliz quando isso acontece. Tem muita gente na cultura que está na mesma situação. Povo na música, artes plásticas, cinema, dança, etc. E, também, tem muita gente que desiste, ainda que tenha um trabalho paralelo que dê para sustentar a atividade artística. Eu acho isso triste, mas é só como as coisas são”, explica Sergio de forma direta.

Sobre o que foi citado acima, acerca do que significa viver em Salvador e lutar para conseguir se impor em um mercado restrito, Sergio é ainda mais centrado. “O que acontece com a arte na Bahia é, como quase todo o resto, só capitalismo mesmo: é o dono da emissora de TV que também tem uma emissora de rádio, produtora de shows e um bloco de carnaval e não vai abrir mão da fatia dele no mercado. Na cabeça de alguém assim, não há espaço para manifestações artísticas que não sejam as ultra manjadas e fáceis de vender. Eles podem ficar com o grande público, a cena independente sempre encontra um caminho para existir.”

No disco, letras ainda mais diretas e que traduzem sem firulas, mas com um imprescindível peso, reflexões precisas sobre nosso tempo. “Vasto Mar de Morte”, minha favorita junto a “Nada ao Nada”, traz nos seus versos duas perguntas cujas respostas pensamos saber, mas em seu final, a letra nos faz caminhar (ou nadar) em desesperança. É, meu velho, se você veio aqui em busca de colo e cafuné, desculpe. “De quanto ódio a gente precisa para beijar a justiça? De quanto amor a gente precisa para matar a tirania?” são perguntas feitas enquanto cremos otimista em um horizonte justo e alcançável. Mas tal horizonte é o mesmo do vasto mar de seu título, aquele feito de morte no qual estamos todos parceiros. “O déspota arranja, desde o começo de tudo, para que haja tão pouca similitude entre nós”, afirma. É nessa desigualdade planejada que os canalhas prevalecem.

A segunda citada, “Nada ao Nada”, com sua letra crepuscular a descrever o final inevitável, sem sonhos, sem consumo, sem dividas, traz uma fala de “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), clássico de Rogério Sganzerla, onde ouvimos exatamente essa ideia de aceitação, de conformismo, de “nada”, mas não um nada pesaroso, mas, sim, redentor. É isso. Tentamos e aqui estamos, exaustos, do nada ao nada, do céu ao chão. Tudo passa. “A sensação que sempre me passou foi mais fim do mundo mesmo. A letra é niilista, mas tem lá seu momento de esperança (é possível?). A métrica da voz na segunda estrofe é bem Maria Bethânia e isso foi totalmente sem querer”, descreve Sergio.

Em sua trajetória como músico e produtor, Sergio Franco comenta sobre essa labuta. É perceptível um cuidado técnico em sua obra oriundo de alguém que conhece os percalços e a pedras pontiagudas desses senderos a seguir. A capa, com seu aspecto quixotesco (trabalho do ilustrador André Ducci), remete a tais caminhos. “Quem faz rock no mundo e, principalmente, no Brasil sabe o que é remar contra a maré. No final das contas, quase sempre é uma empreitada que vira hobby, infelizmente. É bacana você relacionar o conceito da arte de ‘Senderos’ às composições porque tem tudo a ver: não é só fazer rock que é nadar contra a corrente. É fazer um som que te satisfaça e letras que vão além de relacionamentos amorosos ou curtição de festas acaba alienando mais gente, também”, explica o músico e aconselha: “se você faz arte se preocupando com o que vão achar ou se vai vender, é melhor desistir. Ou, em se tratando de música, é só copiar o que rádios populares e a TV aberta sempre tocaram”.

Ao lado de Dill Pereira (ex-Rosa Idiota) na guitarra, baixo e violões, além da mixagem e da gravação do disco; Gabriel Gomes, da Buster, na bateria, e a masterização de Fernando Sanches, do Againe e O Inimigo, “Senderos” passa longe da descrição acima em relação à música feita com base em cópias. A originalidade, mesmo que dentro de uma pancada niilista e real, nos leva a algo potente na arte: a capacidade de nos fazer refletir. E sem romantização, friso.

O disco está disponível nas plataformas de streaming e para compra através de contato direto com o artista no e-mail sergiofrancofilho@yahoo.com, no site do selo Torto Fono Gramas através de mensagem direta no perfil do Facebook  e/ou do Instagram. Neste papo com o Scream &Yell, o músico aprofunda o processo de criação de “Senderos” e traz um faixa-a-faixa com as canções do disco. Confira!

As letras de “Senderos” refletem não somente um modo crítico de se enxergar nosso período atual, como, também, trazem uma análise de saídas dessa fase terrível. “Homem”, “Guerra Declarada”, “Vasto Mar de Morte” batem pesado na reflexão de ouvintes atentos. Como se deu o processo de composição destas e de outras faixas servindo como um expurgo pessoal seu diante de tanta barbárie?
Na verdade, os temas das letras do disco e a forma como eu escrevo não mudaram muito desde que eu comecei a compor; pelo menos eu acho que não. Óbvio que tem muito de mim e das coisas que eu li, ouvi e assisti desde criança, das pessoas com quem convivi, mas eu devo essa condição de conseguir transformar o que a gente enxerga no mundo em letras minimamente críticas ao punk rock mesmo.

Você vem de uma história longa com o Automata. Partir para um projeto solo foi um passo à frente que gerou algum tipo de insegurança ou apreensão? Como se deu esse processo de criação?
Com certeza gerou apreensão. Eu nunca pensei mais seriamente em lançar um disco solo, mesmo também compondo sozinho enquanto eu estava em bandas. Fazia músicas sozinho e em parceria, quase sempre com os guitarristas com quem toquei. O processo do disco foi puramente necessidade. Foram alguns anos tentando montar uma banda nova sem sucesso depois que o Automata acabou. Cansei de esperar encontrar as pessoas e decidi fazer por conta própria, chamando músicos para gravar e arredondar os arranjos. Outro aspecto importante foi poder fazer o som que eu desejava sem a dinâmica de banda, onde todo mundo acaba cedendo e criando uma entidade coletiva. Eu, finalmente, pude fazer meu disco punk e exatamente como eu queria.

Como foi a escolha das pessoas que trabalhariam no disco com você? O que te aproximou delas?
Quando eu resolvi que seria um disco solo e pronto, e decidi que resgataria a ideia de um disco de punk rock, que foi de onde vim, lá em 1996, mas nunca andou de verdade. Sabia que eu precisava achar um guitarrista que conhecesse o gênero. Tinha que ser alguém que pudesse pegar as músicas que eu tinha composto no celular e computador e trazer para o “mundo real”. Eu conhecia Dill Pereira do trabalho dele na Rosa Idiota, banda de post hardcore daqui que acabou ano passado. É um cara que, além de tocar muito, já tem uma jornada bem legal como engenheiro de som e trabalha no Ruído Rosa, estúdio já com história no hardcore baiano. Dill gravou guitarras, baixos e violões, e gravou e mixou o disco. Ele indicou Gabriel Gomes, da Buster, para tocar bateria, e eu já conhecia o som deles. Gabriel também tem tudo a ver com punk rock e hardcore. O CD foi masterizado em São Paulo por Fernando Sanches, que toca no Againe e O Inimigo, e já gravou, mixou e masterizou todo mundo da cena punk nacional. Tirando a pandemia e uma alergia horrível que eu tive logo antes de começar a gravar voz (os dois problemas que adiaram o lançamento), esse foi o disco mais rápido que já fiz.

Na descrição da bela arte de capa, trabalho do artista André Ducci, você falou a premissa de algo que remetesse, de forma quixotesca, “a jornada de muitos de nós na busca por uma vida perfeita e livre de problemas e sofrimento”. Algo, realmente, inatingível. Em como essa descrição se encaixa na sua própria vida e no modo como seu processo de composição se dá?
Quem faz rock no mundo e, principalmente, no Brasil sabe o que é remar contra a maré. No final das contas, quase sempre é uma empreitada que vira hobby, infelizmente. É bacana você relacionar o conceito da arte de “Senderos” às composições porque tem tudo a ver: não é só fazer rock que é nadar contra a corrente. É fazer um som que te satisfaça e letras que vão além de relacionamentos amorosos ou curtição de festas acaba alienando mais gente, também. Se você faz arte se preocupando com o que vão achar ou se vai vender, é melhor desistir; ou, em se tratando de música, é só copiar o que rádios populares e a TV aberta sempre tocaram.

A faixa título do disco, declamada em espanhol e com citação direta a Emiliano Zapata, me remeteu exatamente às questões que nós, nativos da América Latina, enfrentamos diante de políticas imperialistas, ascensões fascistas e de extrema direita, além de décadas de subserviência a um viés político econômico que privilegia poucos. Você poderia abordar o modo como essa reflexão já em sua faixa de abertura delineia o caminho pelo qual o disco levará (sendo esperançoso) o ouvinte a notar os seus arredores?
É um poema do Subcomandante Marcos, que liderou o Exército Zapatista no México por décadas. Os problemas dos países subdesenvolvidos são muito parecidos. A América Latina é bem parecida; nossas dores e alegrias. Enfim, o poema fala de uma necessidade de enxergarmos nossas emoções e darmos importância aos processos, não só nossas ações. São as ações que irão definir os “senderos”, caminhos, que vamos seguir individual e coletivamente, mas sem olharmos para dentro esse caminhar é sempre mais lento e difícil. A gente muda internamente primeiro, depois muda o nosso entorno imediato e, com muita sorte, muda o mundo.

Apesar de aspectos niilistas, suas letras vão além disso, trazendo mais do que apenas aceitação de uma realidade na qual estamos condenados à infelicidade. Suas reflexões em músicas como “Migalhas”, mesmo com a porrada forte de sua letra, nos dá um caminho diferente pelo qual é preciso lutar. Quero lhe perguntar sobre isso. Para além de toda crítica contundente que sua escrita nos traz, você tem esperança?
Eu sou um realista pessimista, mas a gente vive em ciclos; tanto o mundo natural quanto nossa insana construção de sociedade. Por mais que a gente tente, não acho que vamos conseguir destruir o mundo tão cedo. É com muita dor, muita morte, muita injustiça social, mas talvez haja, num futuro bem distante, uma possibilidade de planeta menos desigual.

Somos baianos, vivemos em Salvador, sabemos como funciona a questão do mercado cultural e musical aqui. Compondo, cantando, fazendo música desde o final dos anos 1990 e adentrando os anos 2000, buscando se expressar e sobreviver em uma terra condenada à alegria (e que vende esse sentimento como um meio de se existir), como você, sem qualquer falsa retórica que minha pergunta possa soar, segue essa estrada de resistência e fidelidade ao punk rock?
É o lance de precisar realizar. Sem fazer música a minha vida é muito pior, muito mesmo. E eu faço isso por e para mim. Se conecta a outras pessoas, lindo! E é óbvio que fico feliz quando isso acontece. Tem muita gente na cultura que está na mesma situação. Povo na música, artes plásticas, cinema, dança, etc. E, também, tem muita gente que desiste, ainda que tenha um trabalho paralelo que dê para sustentar a atividade artística. Eu acho isso triste, mas é só como as coisas são. O que acontece com a arte na Bahia é, como quase todo o resto, só capitalismo mesmo: é o dono da emissora de TV que também tem uma emissora de rádio, produtora de shows e um bloco de carnaval e não vai abrir mão da fatia dele no mercado. Na cabeça de alguém assim não há espaço para manifestações artísticas que não sejam as ultra manjadas e fáceis de vender. Eles podem ficar com o grande público, a cena independente sempre encontra um caminho para existir.

Como produtor no seu próprio selo, o Torto Fono Gramas, não foram poucas as bandas que você ajudou a trazer à vida. Para além da ideia romântica que essa função possua, quero lhe perguntar sobre o modo como seu olhar apurado dentro da música, seu conhecimento desse mercado citado anteriormente, lhe guiam dentro de suas escolhas no aspecto da viabilidade comercial que os trabalhos que chegam a você possuem.
Ter um selo é uma loucura. Eu tive dois antes da Torto e, assim como com a Torto, só deram prejuízo. Por mais precária que a estrutura de shows independentes seja no Brasil, tem gente que vive disso. Vive vendendo o almoço para pagar o jantar, mas vive. Raríssimos vivem OK, mas vivem porque trabalham muito. E estou falando dos cinco representantes da cadeia: artistas, selos, produtores de shows, produtores de discos e donos de casas de show. Em se tratando de selo, o lance é trabalhar com bandas que toquem bastante, que é onde você consegue vender material e estabelecer contatos para novos shows e turnês, fazer a coisa girar. Infelizmente, eu não me preocupei com isso quando devia e podia. Só lancei o que eu quis e porque amava o som; não dá para não levar em consideração outras questões se você quer que o selo ao menos se pague. Se quiser começar um selo, só lance artistas que vão trabalhar os materiais que produzem caindo na estrada e que sejam incansáveis.

“Senderos” é um disco com letras que refletem muito de nossa atual realidade, mas que, em sua maioria, foram escritas há muitos anos. Como esse ciclo de estagnação constante social chega a você e reflete em seu processo de composição?
É o lance dos ciclos que falei. Eu estou nisso há 25 anos e esse tempo é nada quando comparados a referenciais históricos como independência de um país, lutas por direitos sociais, etc. Pior ainda se a gente considerar a existência humana versus o resto da vida nesse planeta. É meio desanimador perceber que uma letra de 20 anos parece ter sido escrita ontem, mas tem o lado bom que é fazer algo que não soa datado. “Construção”, de Chico Buarque, é um álbum de 2021, só que lançado há 50 anos. Sobre como isso afeta minha composição, é só tentar escrever da forma mais honesta possível sobre as questões que me tocam; alguém vai acabar se relacionando com aquilo de um modo muito pessoal, quando a conexão é feita, e é aí que você conversa com os outros.

FAIXA A FAIXA POR SERGIO FRANCO FILHO

01. Senderos – Foi uma música não terminada que acabou virando intro. Não terminei porque achei que talvez estivesse meio pesada para o restante do disco. Depois, demorei a encontrar o texto que queria incluir, mas buscando um discurso do Subcomandante Marcos, do Exército Zapatista de Libertação Nacional, que tivesse a ver com minhas letras para samplear eu acabei esbarrando nesse poema dele e fez muito sentido usar. Aí, foi encontrar uma voz feminina fluente em espanhol para fazer o dueto com a minha.

02. Homem – Letra que escrevi para o Automata em 2003 e chegamos a trabalhar em uma música, mas nunca usamos. Foi a primeira música que compus para o disco. Tem vibe de abertura mesmo, com o início só com a bateria.

03. Desfavorecer – Uma das poucas letras que escrevi exclusivamente para Senderos. É toda a nossa inabilidade de nos colocarmos no lugar de gente oprimida e desfavorecida. A música é um hardcore rápido e a ideia era ser tão rápida quanto algo do NOFX.

04. Guerra Declarada – Acho que é a letra menos política, ou única totalmente não política do disco. Foi escrita para alguém que não faz parte de minha vida há muitos anos e o som é mais cadenciado. Tem um synth que Dill tocou depois de uma ideia minha que eu gosto muito.

05. Marzipan – Talvez seja a minha música favorita. Já que você falou de niilismo, acho que essa é a letra mais niilista, ou segunda mais niilista, de Senderos. Acho que o som é mais próximo ao que eu faria com Automata ou Odd Humans, projeto que tive com Enio (ex-Enio e A Maloca), mas eu adoro o instrumental mesmo assim, mesmo menos punk.

06. Sedição – Letra punk, música punk melódica clássica, Bad Religion até o talo. Vai funcionar ao vivo, com certeza. Foi o refrão que mais deu trabalho para gravar voz porque o arranjo original é muito agudo, ficou melhor do jeito final.

07. Vasto Mar de Morte – Outra de minhas favoritas, também é uma letra que foi escrita para o disco. Substituiu uma letra antiga, escrita para uma pessoa que não merecia essa energia gasta. É um convite à luta em cima de um instrumental cadenciado e pegajoso. O final é algo que nunca fiz, mas me deixou bem feliz.

08. Migalhas – Mais uma letra bem antiga, uma ode ao carlismo e ao coronelismo tão brasileiro; meu presente aos Magalhães. E outro punk rock melódico na linha das bandas antigas da Epitaph que as pessoas deverão curtir ao vivo.

09. Feudal – Se chamava “Sua Política (Comensalismo)” até a mixagem acabar, aí eu lembrei que comensalismo é uma relação ecológica em que um ganha e o outro não perde, não é prejudicado, mas a letra fala é de exploração mesmo e dessa política partidária escrota que o mundo nos oferece. Dill destruiu nas guitarras quando a bateria entra; os arranjos ficaram muito melhores que minhas demos. Enfim, é mais um punk rock menos óbvio e que poderia ser uma música do Automata.

10. Nada Ao Nada – A balada de “Senderos”? Sim, tem o começo e fim com violão, mas a sensação que sempre me passou foi mais fim do mundo mesmo. A letra é niilista, mas tem lá seu momento de esperança (é possível?). A métrica da voz na segunda estrofe é bem Maria Bethânia e isso foi totalmente sem querer.

11. O Século XX Foi Meu – Um punk rock melódico com começo instrumental bem sentimental. Uma letra curta com uma pergunta universal e uma resposta pessoal. Bem simples e encaixa com as mais rápidas, ainda mais em um show.

12. Daqui do Quinto Mundo – Em todos os discos que faço eu penso em uma última música que seja mais épica e tenha uma letra que possa resumir tudo o que foi dito antes. É um punk rock mais lento e uma letra anti-capitalista que nos descreve local e globalmente.

– João Paulo Barreto é jornalista, crítico de cinema e curador do Festival Panorama Internacional Coisa de Cinema. Membro da Abraccine, colabora para o Jornal A Tarde e assina o blog Película Virtual.

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