Entrevista: Komatsu

por Erick Tedesco

No “about” do site oficial dos caras, a Komatsu é apresentada como “uma banda barulhenta de sludge, stoner rock e metal formada em Eindhoven, a capital do rock na Holanda”. Logo depois, o texto avisa que eles são reverenciados por suas apresentações ao vivo, “que fazem o chão tremer”, algo que os brasileiros puderam sacar na turnê que o grupo fez em 2017 por aqui, algo que deu tão certo que agora, com disco novo (o recém-lançado, “A New Horizon”), eles retornam para 10 apresentações.

“Caramba, a galera realmente curtia o momento e estou ansioso por isso mais algumas vezes!”, relembra o guitarrista Mathijs Bodt sobre a turnê anterior no bate papo abaixo – a banda ainda conta com Jos Roosen (bateria), Mo Truijens (vocalista, violão) e Martijn Mansvelders (baixo). “Nossa primeira experiência no país foi maravilhosa e retornar com um novo álbum é pra lá de maneiro. O Brasil é o país perfeito para se iniciar a turnê mundial”, acredita o guitarrista.

Já disponível em streaming, “A New Horizon” é o terceiro álbum do grupo, antecedido por “Recipe For a Murder One” (2016) e “Manu Armata” (2013), além do EP “Komatsu”, de 2012. Os holandeses iniciam a turnê Brasil 2018 por Bauru, interior de São Paulo (12/09, Sesc Bauru), e seguem para Araçatuba (13/09, Motor Rock Bar), São José do Rio Preto (14/09, Two Tone Bar), Piracicaba (15/9, Benjamin Rock Bar), Campinas (16/9, Sebastian Bar), São Paulo (18/9 no Jai Club) Rio Claro (19/9, Sujinhos Bar), Curitiba (20/9, Jokers Pub), Balneário Camboriu (21/9, Mercado Pirata), Joinville (22/9, Delinquentes Road Bar) e Sorocaba (23/9, Complexo Mofo). Confira o papo!

O Komatsu está de volta ao Brasil, assim como no ano passado, para uma extensa turnê. O Brasil é um bom país para se medir a força do novo álbum, “A New Horizon”?
Sim, eu acho. Senti que os brasileiros amam música e, inclusive, na nossa primeira turnê no país, nos envolvemos em interessantes debates sobre fazer e participar do universo musical. Pela receptividade daquela vez, em maio de 2017, acredito que este novo álbum funcionará muito bem ao vivo, então dá, sim, pra dizer que o Brasil é o país perfeito para se iniciar a turnê mundial. Vocês terão o privilégio de participar dos primeiros shows de divulgação do “A New Horizon”!

Qual é a sensação de iniciar a turnê de divulgação de “A New Horizon” longe da Holanda?
É interessante! Sinto-me um cara de sorte – e estou feliz – de novamente poder tocar no Brasil. Nossa primeira experiência no país foi maravilhosa e retornar com um novo álbum é pra lá de maneiro. Uma banda sempre trabalha com objetivos e te garanto, as metas a partir do lançamento de “A New Horizon” são pra tirar o nosso couro! (risos). E é até um pouco esquisito falar isso sabendo que logo estarei bebendo uma caipirinha!

Sobre “A New Horizon”, a sonoridade é renovada, ao mesmo tempo que se tem boas doses de stoner e sludge.
A composição deste álbum fluiu de acordo com o que entendíamos como agradável para nossos ouvidos. Mo compôs uma porrada de música e as apresentava nos ensaios. Eu também contribuí com diversas ideias e, no fim das contas, tudo se transformou numa sonoridade que é a cara do Komatsu. “A New Horizon” tem uma pegada única, assim como “Recipe for Murder One” (2016).

Novamente vocês trabalharam com Pieter Kloos, este renomado produtor holandês. O quanto da presença dele é importante para a carreira do Komatsu?
Primeiro, Pieter é um expert em captar em estúdio aquela vibe de uma apresentação ao vivo. Trabalhar com ele é muito foda! Pieter sabe do que somos capazes e trabalha dentro dos nossos limites, dentro das nossas habilidades. Foi ele quem nos ensinou a sermos pontuais com nossa sonoridade e experimentar elementos para realçar determinadas partes de uma música. No entanto, acredito que o Komatsu será sempre Komatsu com ou sem a ajuda de qualquer produtor, mas Pieter tem um lugar especial em nossos corações e é um amigo de verdade.

A formação da banda mudou. Como os novos integrantes têm se adaptado e contribuído no Komatsu?
A formação da banda já mudou algumas vezes desde o início da carreira. Agora, eu te digo que esta é a melhor formação de todos os tempos. Nosso novo bateria, Jos, é um monstro das baquetas e um cara fenomenal. Conheci Jos quando ele tocava com o Pendejo, banda com a qual o Komatsu excursionou anos atrás. O clima entre nós está bem legal, todos estão se divertindo e conseguimos conversar sobre tudo. Claro que o Jos tem seu próprio estilo e o encorajamos a se manter fiel ao que acredita, mas acredito que pouco mudou na sonoridade do Komatsu.

A primeira turnê brasileira do Komatsu foi intensa e, pelo que parece, se divertiram, certo? Do que se lembram até hoje e quais são as prioridades para esse novo giro?
A primeira coisa que nos lembramos é a reação da galera durante os shows. Caramba, a galera realmente curtia o momento e estou ansioso por isso mais algumas vezes! Ganhei um colar de um cara depois do show em Guarapuava, eu ainda o tenho, está guardado na sala de casa. Putz, são muitas memórias; perdi um tênis, o churrasco na casa da mãe do Celso (da banda Bad Bebop) e os amigos que fizemos. Basicamente, espero reencontrar com todo mundo e mostrar para a galera nosso novo álbum. No momento, o Brasil é nosso novo horizonte!

– Erick Tedesco é jornalista do A Tarde e responsável pela Tedesco Comunicação & Mídia. Entrevista cedida pela  Mamuteprod Entertainment. A foto que abre o texto é de Brendy Wijdeven / Divulgação.

One thought on “Entrevista: Komatsu

  1. Excelente banda e ótima entrevista / divulgação. O show vale muito a pena, é uma bigornada na orelha. Supermassive and sludgelicious.

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