Entrevista: Borealis

por Marcelo Costa

“Meu nome é Marco Antonio Barbosa. Sou jornalista profissional desde 1996 e músico desde que me entendo por gente. Borealis é o nome do meu projeto musical, que venho desenvolvendo nos últimos anos”, avisa o texto por e-mail. Quem acompanha o Scream & Yell já deve ter esbarrado em algum texto do Bart, seja quando ele escreveu sobre “O Apanhador no Campo de Centeio” em 1999, entrevistou Brian Bell (Weezer) em 2005 ou acompanhou um Questions and Answers de Peter Hook, em 2015, tudo também publicado em seu blog pessoal.

Os amigos mais próximos já sabiam de seu desejo de lançar um álbum, mas a coisa ia sendo postergada, postergada e postergada que parecia que iria virar lenda. Porém, no fim deste 2015 que parece infinito surge Borealis, um álbum projeto que teve seu nome retirado de um timbre de sintetizador e aposta em sonoridades drone, noise e electronica. “Eu gosto da ideia da repetição e do minimalismo, e também de como os efeitos e o reverb criam texturas inesperadas”, conta Marco Antonio Barbosa em rápido bate papo por e-mail.

“Borealis”, o álbum, traz 10 faixas instrumentais e foi produzido de forma caseira, “usando apenas um laptop como instrumento e estúdio”, ele avisa. Foi disponibilizado para download no Bandcamp (http://borealis1.bandcamp.com/) no esquema “pague quanto quiser” (a partir de R$ 0,00). O próximo passo, agora, é fazer um vídeo para cada canção. “Sim, mas num esquema totalmente DIY. Ainda tô aprendendo a mexer no Windows Movie Maker”. Confira o papo.

<a href=”http://borealis1.bandcamp.com/album/borealis-2″ mce_href=”http://borealis1.bandcamp.com/album/borealis-2″>Borealis by Borealis</a>

Que papo é esse de trair o jornalismo (risos)… duas vezes: lançando um disco e ainda no meio das coletivas de fim de ano!
Não tem traição, na verdade era pra ter lançado há muito mais tempo, mas o trabalho não deixava… Tava tudo certo pra lançar ainda no primeiro semestre, só que os trabalhos se acumularam e eu fui postergando. Foi bom, porque acabou dando tempo de melhorar algumas coisas, remixar o que já estava pronto etc.

O Borealis é uma One Man Band? Como surgiu a ideia de gravar o álbum?
Nem é “band”, é só um codinome. O nome veio de um dos timbres de synth que usei. Eu toco guitarra desde a adolescência e brinco com música eletrônica há quase 20 anos. Fui guardando as ideias, aprendendo a usar os programas, e ano passado finalmente resolvi dar um foda-se geral e lançar de qualquer jeito.

“Borealis” é um álbum de drone, noise, electronica. O que te seduz nestes gêneros?
Ah, estão entre meus estilos favoritos. Eu gosto da ideia da repetição e do minimalismo, e também de como os efeitos e o reverb criam texturas inesperadas. Cada vez que se ouve as músicas, nota-se algo diferente, porque os sons se misturam…

Você tem planos de fazer apresentações ao vivo? Se sim, já imagina um formato?
Não vejo sentido em tocar ao vivo; afinal, seria só eu sentado, com o laptop. A alternativa seria formar uma banda live, mas aí a) não iria dar pra reproduzir fielmente os sons e b) daria um puta trabalho achar os caras certos e ensaiar, algo que eu quis evitar, em primeiro lugar, ao optar por trabalhar sozinho.

E essa história dos videoclipes: vão rolar clipes para cada canção do álbum mesmo?
Sim, mas num esquema totalmente DIY. Ainda tô aprendendo a mexer no Windows Movie Maker.

– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne.

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