Balanço: Lollapalooza Brasil 2014

texto por Bruno Capelas
fotos por Liliane Callegari

DIA 1 – SÁBADO – 05/04

Quando, em outubro de 2013, foi anunciado que o Lollapalooza 2014 seria realizado no Autódromo de Interlagos, muita gente temeu pelo pior. Além de razoável distância para o centro de São Paulo, o local era motivo de traumas de muita gente com eventos mal organizados, como o show do Iron Maiden em 2009, quando chuva e problemas na saída fizeram o público demorar horas e pular barreiras de pneus para deixar o local. Entretanto, o que se viu na terceira edição brasileira do festival Lollapalooza (e a primeira sob o comando da Time for Fun, após a derrocada da GEO Eventos) foi justamente o contrário: um evento de primeira linha, com algumas falhas, mas muitos acertos, em um padrão poucas vezes visto no Brasil, especialmente no momento de milagre econômico de shows que o país vive. Foram dois dias de muitos refrões, caminhadas, comilanças e braços para o alto, em um sábado que serviu para testar a estrutura do Autódromo de Interlagos e um domingo que deixou os espectadores se focarem no que realmente importa: a música.

Com ingressos esgotados na véspera, o sábado uniu 80 mil pessoas, que começaram a chegar a partir das 11h da manhã debaixo de um óbvio sol forte, com direito a um tempo considerável de espera nas filas de entrada e retirada dos ingressos — dependendo do momento de chegada, a demora chegou a uma hora de espera (quem chegou mais cedo não enfrentou filas, quem chegou no meio da tarde encontrou mais dificuldades). Já dentro do Autódromo, o cantor SILVA abria os trabalhos do dia mostrando as canções de seu segundo disco, “Vista Pro Mar”, acompanhado por uma banda com baixo, guitarra e bateria. Apresentando-se para cerca de 2 mil pessoas, o capixaba fez uma apresentação acima do nível de seus maçantes shows solo, com alguma empolgação por parte do público e a sábia decisão de deixar as boas “12 de Maio” e “Janeiro” para o final, com direito ao apoio dos metais do Bixiga 70.

O mesmo, entretanto, não se pode dizer da farofa de Lucas Santtana, que com os cabelos descoloridos à moda de Rodriguinho (sorria, eu estou te filmando), deixou seu lado cancionista para apostar em um pancadão embolado, que apenas alguns gatos pingados (ou) viram. Entre um e outro, uma pausa rápida para trocar algumas dilmas por fichas — espertamente, a produção do festival abandonou as famigeradas Pillapaloozas e investiu em uma moeda simples, em múltiplos de R$3, que valia para os dois dias. Na sequência, os mexicanos do Café Tacvba “não tomaram conhecimento do adversário” no palco Interlagos e fizeram um show empolgante, perfeito para conquistar novos adeptos e velhos fãs, com direito a refrões, muita empolgação do vocalista Rúben Albarrán e dancinhas simpáticas, no melhor momento musical do sábado.

À espera dos shows de Portugal the Man e Lorde, e se afastando do show absolutamente bizarro (no mau sentido) de Julian Casablancas, uma pausa para dar uma passada no Chef Stage e também verificar os food trucks escolhidos pela produção do festival, em mais uma boa sacada da edição de 2014. No lugar dos Hot Pockets mal requentados e cachorros-quentes de carrinho de saída de estádio de futebol, o Lollapalooza desse ano apostou em parcerias gastronômicas com o projeto Chefs na Rua e uma meia dúzia de boas fornecedoras de comida, com opções acessíveis para quem quisesse se alimentar bem durante o festival. Entre os destaques, bons hambúrgueres, espertos lanches de pernil (ambos entre R$ 15 e 18), e até mesmo paella (R$ 15) , risotos (R$ 21) e ceviche peruano (R$ 15). Houve até quem dissesse que a tenda culinária reunia o melhor lineup do festival — algo que, feito os devidos descontos, não parecia brincadeira nem fruto de imaginação.

Imaginação, porém, era o que sobrava no palco Skol, com o público jovem e apaixonado do Imagine Dragons (perdão pelo trocadilho, leitor), responsáveis por atrair boa parte das 80 mil pessoas do festival junto com a neozelandesa Lorde — em um efeito de público parecido com o de Lana del Rey no Planeta Terra 2013. Amada por hipsters de plantão, crianças de 10 anos e por Bruce Springsteen, além de ser dona de um dos grandes hits de 2013, a cantora bem que tentou, mas fez um show que não passou do ponto de banho-maria. Também pudera: seu anti-pop com batidas eletrônicas mínimas e backing vocals pré-gravados até funcionaria em um espaço fechado, mas precisava de mais corpo para carregar consigo mais de 30 mil pessoas, que ainda assim fizeram de “Royals” um raro momento bonito no final de tarde do sábado. Essas 30 mil pessoas, porém, tiveram problemas na hora de deixar o palco Interlagos, em um momento de empurra-empurra que lembrava horários de pico no metrô de São Paulo e fez a organização rever a localização de bares e serviços próximos no domingo.

Antes de acabar o dia, porém, Trent Reznor e seu Nine Inch Nails provocaram surtos de epilepsia e momentos apocalípticos com seu palco de luzes elaboradas e guitarras enfurecidas, em um show muito eficiente e respeitoso à sua história, encerrado com a emocional “Hurt” — que não, não é uma cover de Johnny Cash!!!! Ainda tinha Muse, mas como nem os fãs gostaram, melhor deixar pra lá. Na volta para casa, o lixo era um grande destaque: nos dois dias de evento, poucos cestos e nem mesmo a tentativa dos funcionários da limpeza de pegar todos os copos e embalagens do chão bastaram para que o Autódromo se transformasse em um grande aterro. Do palco Onix até a saída mais próxima para a estação da CPTM, uma boa caminhada desviando dos resíduos no chão, que se passou sem maiores problemas ou musas.

Afinal, festival também significa usar seu tênis mais confortável e andar bastante por aí: a distância entre os palcos poderia até ser considerada exagerada por um neófito, mas funcionou bem no sentido de não criar interferências de som e conseguir abarcar grandes públicos (a não ser pelo mau dimensionamento no show da Lorde). A proximidade com o transporte público foi outro ponto forte do festival: em 15 minutos de caminhada até a estação e outros 40 dentro dos vagões até a avenida Paulista fizeram da distância de Interlagos um detalhe facilmente contornável tanto na volta do sábado quanto na ida do domingo, que começou bem cedo para quem estava a fim de boa música.

DIA 2 – DOMINGO – 06/04

Dona do melhor disco brasileiro de 2013, a Apanhador Só recompensou quem caiu da cama com um show arrasador de 45 minutos, trafegando entre as canções fortes de “Antes Que Tu Conte Outra” (“Despirocar”, “Mordido”) com os refrões muito bem azeitados da primeira fase pop da banda (“Prédio”, Na Ponta dos Pés”). Com vídeos feitos especialmente para o festival, gritos de “não vai ter Copa” e muito entusiasmo, o grupo recebeu pedidos de bis insistentes (não atendidos) e realizou a apresentação nacional mais bacana do Lollapalooza 2014, sem apelar para clichês do BRrrrrock. Não foi o que fez o Raimundos, que apostou na força de seus clássicos para tentar levar uma apresentação adiante: a nostalgia bem que tentou fazer das suas, mas o som embolado e a quantidade de clichês tolos ditos por Digão para animar o público tornou a passagem dos brasilienses um momento um tanto quanto agridoce.

A nostalgia, essa velha companheira, também parecia que ia ser o único combustível no próximo show do dia, o do guitarrista Johnny Marr, de você-sabe-que-banda. Bobagem: com uma boa banda de apoio e um repertório baseado no interessante “The Messenger”, Johnny Marr (com o braço recém-recuperado, vale dizer) fez bonito debaixo de um clima totalmente não-britânico. Com seus riffs talentosos e marcantes, Marr liberou a plateia para encontrar ciscos nos olhos logo na segunda música do dia, “Stop Me If You Think You Heard This One Before”. Daí pra diante, foi um sem-número de lindezas, com direito a uma cover esperta de “I Fought the Law” (no arranjo do Clash) e a participação histórica de Andy Rourke (“meu velho amigo de escola”) no baixo para “How Soon Is Now?”. Não precisava de mais nada, mas o homem de Manchester ainda encontrou espaço para “There is a Light That Never Goes Out”, botando no bolso as passagens pelo Brasil de seu antigo companheiro Morrissey.

Uma pausa para comer mais no Chef Stage, uma olhada rápida em Ellie Goulding e seu show “trilha sonora de videogame” perfeito para a Geração PlayStation e logo de volta para o palco Onix para ver os nova-iorquinos do Vampire Weekend fazendo a galera “tirar o pé do chão” como se Salvador fosse um bairro da zona sul de São Paulo. Com uma jaqueta do elefante Babar e munido do vocabulário da galera (“Tamo junto!”), o vocalista Ezra Koenig comandou o público em um show pop até a medula, que privilegia tanto as idiossincrasias musicais de uma grande centro urbano quanto o balanço da música do terceiro mundo. Três provas: o surf-rock de “Diane Young”, o quase-tecnobrega de “California English” ou a roda de pogo tropical em “A-Punk”. Até mesmo chatices moderninhas dos vampiros, como “Ya Hey” ou “Giving Up The Gun”, conseguiram funcionar bem em Interlagos, em um show que foi encerrado com a bela dupla de baladas “Hannah Hunt” e “Walcott”, e teve a banda saindo do palco ao som de “New York, New York”, de Frank Sinatra, estimulando os presentes a arrastar seus tênis vagabundos colina acima para conferir o retorno dos Pixies ao País, dessa vez já sem Kim Deal, mas com novas canções.

Vontade não faltou ao quarteto de Boston que mudou o rock na virada dos anos 80 para os 90, mas empolgação só não basta para se fazer um grande show. Dando destaque para o repertório de “Indie Cindy”, o “novo disco” que reúne músicas lançadas pela banda nos últimos meses, a apresentação demorou a sair do ponto morto, e só engrenava quando apelava para um ou outro hit (a sequência “Where is My Mind?”, “Here Comes Your Man” e “La La Love You” foi um dos poucos bons momentos) – ou quando Alessandra Negrini aparecia no telão. Tamanha foi a decepção que o grupo saiu do palco à espera de um bis (que deveria contar com “Debaser”, “Wave of Mutilation” ou até mesmo “Velouria”), mas a plateia simplesmente se fingiu de morta e saiu andando para tentar pegar o começo do show do Soundgarden ou se abastecer antes da invasão canadense do Arcade Fire.

Houve quem tivesse vindo até o festival apenas para vê-los em ação. Houve quem duvidasse de que a banda, revelada pelo grande “Funeral”, de 2004, fosse aquela Coca-Cola toda, especialmente depois de um disco bastante ambicioso como “Reflektor”. E, vale dizer, houve quem teve de escolher entre os canadenses e o New Order e optou pelo grupo de Bernard Sumner, em um dilema típico da rotina de grandes festivais. Mas quem ficou no palco Skol até o final teve a oportunidade de ver uma das melhores bandas em cima de um palco na atualidade, com a facilidade de jogar com o público a favor.

Da abertura hedonista com “Reflektor” à memória de canções de “Funeral”, que não vinham sendo executadas pela banda (“Neighborhood #2 (Laika)” e “Haiti”), com direito à impactante “No Cars Go”, o Arcade Fire parecia se sentir em casa. Sensação essa que foi atribuída, no discurso do vocalista Win Butler, ao fato de que boa parte das canções do grupo fala sobre “saudade”, um sentimento cujo significado ele sabia há tempos, mas só foi conhecer horas antes do show, graças a uma conversa com o líder do Vampire Weekend.

Tudo parecia tão familiar que a banda fez duas menções à música brasileira em sua apresentação: primeiro, na introdução de “It’s Never Over (Hey Orpheus)”, com “O Morro Não Tem Vez”, direto da trilha sonora de “Orfeu da Conceição/Orfeu Negro” (que teve cenas exibidas na abertura do show), e depois, no momento galhofa com os bonecos de Olinda (presentes no clipe de “Reflektor”) cantando “Nine Out of Ten”, de Caetano Veloso, antes da abertura de “Here Comes The Night Time”. Entre as duas, o apelo semi-stoniano épico de “Normal Person”, que preparou o público para o êxtase do número final. Saída do primeiro disco da banda, “Wake Up” encerrou o festival em clima de ritual campal para aqueles que, independentemente de sua crença (ou da ausência dela), tem fé de que a música é capaz de fazer do mundo um lugar melhor, pelo menos por alguns minutos. Ao final de tudo, não eram os raios da letra da canção, mas sim os fogos de artifício no céu que indicavam o caminho a ser seguido, como se nada mais precisasse de explicação. Ou quase: antes de se despedir, Butler prometeu voltar ao País vestido com a camisa canarinho se a seleção brasileira ganhar a Copa. “Vai ter muita Copa sim!”, por favor.

Foram dois dias de festival, mas pareceu muito mais: no ano em que o País promete entrar em situação de caos com Copa e eleições, o Lollapalooza ofereceu a seus 140 mil espectadores alguns momentos de paz. É preciso dizer, mais uma vez: os R$ 540 pagos por quem quis ir aos dois dias de festival, sem contar as taxas de inconveniência, podem ser considerados abusivos em um País cujo salário mínimo é de R$ 724 — um dado que precisa ser levado em conta na discussão sobre a efetividade do Brasil ter entrado de fato na rota de shows internacionais. (em tempo: a versão americana do Lollapalooza, em agosto, tem três dias e custará R$ 500; admirado pela crítica, o espanhol Primavera Sound, em maio, tem três dias de festival e programação extra que se estende por uma semana por R$ 594). Entretanto, é preciso se ressaltar que, em 2014, este Lollapalooza se pôs alguns degraus acima de seus concorrentes nacionais, tanto pela qualidade do evento (pouquíssimas filas, boa comida, localização e organização inteligente – a volta para casa no domingo, mesmo com grande parte do público saindo junto, não foi caótica) quanto pela escalação competente, que mesclou veteranos com nomes populares e novidades com alguns dos melhores shows em atividade hoje em dia no mundo, criando um modelo que tem tudo para se sustentar com sucesso pelos próximos anos. Como diria Geraldo Vandré, “a vida não se resume em festivais”. Mas bem que poderia.

OS MELHORES SHOWS DO LOLLAPALOOZA 2014

Em festival que shows acontecem simultaneamente em palcos muitas vezes distante, a escolha em ver tal atração ao invés de outra determina também a lista de Melhores Shows, afinal quem viu Vampire Weekend perdeu Savages (e vice-versa), quem optou por Arcade Fire deixou de ver o New Order, quem estava no palco Interlagos assistindo ao show da Lorde encontrou dificuldades (e necessitou de coragem) para caminhar 20 minutos até o palco Onix, em que se apresentava Nine Inch Nails. E por ai vai. Abaixo, convidamos 15 jornalistas e/ou blogueiros que foram ao Autódromo de Interlagos no último fim de semana, e que elegeram os seus cinco shows preferidos (dentro tudo aquilo que optaram ver). Somando 5 pontos para o 1º, 4 pontos para o 2º, 3 pontos para o 3º, 2 pontos para o 4º e 1 ponto para o 5º de cada lista, apontamos os melhores shows do Lollapalooza Brasil na opinião deste seleto corpo de jurados (de joelhos esbugalhados).

ADRIANO COSTA – COISA POP
1 – Johnny Marr
2 – Nine Inch Nails
3 – New Order
4 – Pixies
5 – Café Tacvba

BRUNO CAPELAS – PERGUNTE AO POP
1 – Arcade Fire
2 – Johnny Marr
3 – Vampire Weekend
4 – Apanhador Só
5 – Cafe Tacvba/Chef Stage

BRUNO DIAS – URBANAQUE
1 – Arcade Fire
2 – Nine Inch Nails
3 – Vampire Weekend
4 – Soundgarden
5 – Illya Kuryaki & The Valderramas

CRISTIANO CASTILHO – GAZETA DO POVO
1 – Arcade Fire
2 – Savages
3 – Johnny Marr
4 – Pixies
5 – Nine Inch Nails

IZABELA COSTA – PERDIDOS NO AR
1 – Arcade Fire
2 – Johnny Marr
3 – Nação Zumbi
4 – Savages
5 – Apanhador Só

JOÃO VITOR MEDEIROS – CATÁRTICOS
1 – Arcade Fire
2 – Nine Inch Nails
3 – Johnny Marr
4 – Savages
5 – Pixies

JOSÉ FLÁVIO JUNIOR – BILLBOARD
1 – Soundgarden
2 – Café Tacvba
3 – Illya Kuryaki And The Valderramas
4 – Savages
5 – Lorde

LÚCIO RIBEIRO – POPLOAD
1 – Arcade Fire
2 – Lorde
3 – Disclosure
4 – Flume
5 – Jake Bugg

MARCELO COSTA – SCREAM & YELL
1 – Arcade Fire
2 – Johnny Marr
3 – Vampire Weekend
4 – Apanhador Só
5 – Cafe Tacvba

MARCO ANTONIO BARBOSA – TELHADO DE VIDRO
1 – New Order
2 – Pixies
3 – Johnny Marr
4 – Ilya Kuriaki & The Valderramas
5 – Nine Inch Nails

MARCOS BRAGATTO – ROCKEMGERAL
1 – Soundgarden
2 – Johnny Marr
3 – Muse
4 – Nine Inch Nails
5 – Julian Casablancas

OSMAR PORTILHO – PORTAL TERRA
1 – Arcade Fire
2 – Lorde
3 – Muse
4 – Raimundos
5 – Vespas Mandarinas

PABLO MIYAZAWA – ROLLING STONE BRASIL
1 – Arcade Fire
2 – Vampire Weekend
3 – Soundgarden
4 – Pixies
5 – Johnny Marr

PAULO TERRON – WITH LASERS
1 – Soundgarden
2 – Vampire Weekend
3 – Lorde
4 – Nine Inch Nails
5 – Arcade Fire

RAFAEL STRABELLI – NAÇÃO DA MÚSICA
1 – Imagine Dragons
3 – Ellie Goulding
4 – Arcade Fire
5 – Muse

OS 23 SHOWS VOTADOS

01) ARCADE FIRE: 48 pontos (11 votos)
02) JOHNNY MARR: 31 pontos (9 votos)
03) SOUNDGARDEN: 20 pontos (5 votos)
04) NINE INCH NAILS: 18 pontos (7 votos)
05) VAMPIRE WEEKEND: 17 pontos (5 votos)
06) LORDE: 12 pontos (4 votos)
07) PIXIES: 11 pontos (5 votos)
08) SAVAGES: 10 pontos (4 votos)
09) NEW ORDER: 8 pontos (2 votos)
10) CAFÈ TACVBA: 7 pontos (4 votos)
11) MUSE: 7 pontos (3 votos)
12) ILLYA KURYAKI & THE VALDERRAMAS: 6 pontos (3 votos)
13) APANHADOR Só: 5 pontos (3 votos)
14) IMAGINE DRAGONS: 5 pontos (1 voto)
15) CAGE THE ELEPHANT: 4 pontos (1 voto)
16) DISCLOSURE: 3 pontos (1 voto)
16) ELLIE GOULDING: 3 pontos (1 voto)
16) NAçÃO ZUMBI: 3 pontos (1 voto)
19) FLUME: 2 pontos (1 voto)
19) RAIMUNDOS: 2 pontos (1 voto)
21) JAKE BUGG: 1 ponto (1 voto)
21) JULIAN CASABLANCAS: 1 ponto (1 voto)
21) VESPAS MANDARINAS: 1 ponto (1 voto)

– Bruno Capelas (@noacapelas) é jornalista e assina o blog Pergunte ao Pop.
– Todas as fotos por Liliane Callegari (veja mais aqui) com exceção das foto do NIN e do Pixies (Divulgação T4F) e de Johnny Marr e Vampire Weekend, por Marcelo / Scream & Yell.

Leia mais
Balanço: O melhor do Lollapalooza Brasil 2013, por Marcelo Costa (aqui)
Balanço: O melhor do Lollapalooza Brasil 2012, por Marcelo Costa (aqui)

23 thoughts on “Balanço: Lollapalooza Brasil 2014

  1. Assisti pela TV grande parte dos principais shows. E em nenhum ouvi uma música melhor do que “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” da Nação Zumbi. Mas é um festival circense em que poucos se preocupam com a música. Encerrei meu domingo colocando o DVD do Nirvana no Reading Festival. E na segunda fui trabalhar ouvindo Jair Naves. Rock N Roll – RIP

  2. “show absolutamente bizarro (no mau sentido) de Julian Casablancas” Vocês são tão limitados musicalmente, isso é triste.

  3. Ótimo texto, fez um panorama bem legal dessa que foi a melhor edição brasileira do Lollapalooza até agora, tanto em termos de organização quanto de line-up.

    Teve um show que ninguém viu, mas pra mim foi um dos melhores do Lollapalooza: da chilena Francisca Valenzuela. Ela tocou no pior horário de todos os dias (11:50) e fez um show pra bem pouca gente. Eu estava lá e achei que ela foi um dos destaques do festival.

  4. a minha lista:

    1 – Soundgarden
    2 – Savages
    3 – Johnny Marr
    4 – Nine Inch Nails
    5 – Cage The Elephant

    Arcade Fire não entrou pois eu já estava morto!!!

    ps; votar em Muse e pior ainda no Julian Casablancas é sacanagem!

  5. Limitado musicalmente quem tá ficando é o Julian Casablancas com aquela banda. Julian não precisou cantar duas músicas pra já se mostrar irreconhecível. E olha que eu até gosto do seu debut.

  6. “Trent Reznor e seu Nine Inch Nails provocaram surtos de epilepsia e momentos apocalípticos com seu palco de luzes elaboradas e guitarras enfurecidas, em um show muito eficiente e respeitoso à sua história”
    Sim, foi de outro mundo. Lindo, lindo ! Valeu a longa espera (e a longa caminhada) haha !

  7. Vi tudo pela TV mas vou opinar mesmo assim (pô, tem jornalista renomado aí que já escreveu vendo de casa então não terei pudor em comentar vendo de casa).

    Dois bons shows que acho que deveriam figurar melhor no ranking: Jake Bugg e Ellie Golding. Não sou grande fã de nenhum dos dois mas o show deles não tinha o que tirar nem por. Foram ótimos.

    Mas acho que o topo da Lista de certa forma reflete as escolhas do que cada um viu é como a maioria escolheu mais ou menos os mesmos shows isso dividiu em as bandas em primeira e segunda divisão.

    Pela TV, meu top 5: Arcade Fire, Vampire Weekend, New Order, Jake Bugg e Ellie Goulding.
    Piores: Julian Casablancas, Lorde, Cone Crew
    Quem peidou na farofa: Muse com o gargantinha de ouro negando transmissão.

    Abraço,
    Vinimzo

  8. Os shows que mais me agradaram foram de Nação Zumbi e Savages. Até curti ver Arcade Fire, que é uma das minhas bandas preferidas dos anos 2000 pra cá e é realmente monumental ao vivo, mas não quando puseram canções de “Reflektor” – a começar pela de mesmo nome, a que abre o disco, que não é muito boa pra abertura de show (Prefiro uma Ready To Start) mas a banda insiste em dar tamanha importância na nova turnê. Dito isso, a pior inclusão foi de Flashbulb Eyes, uma das maiores morgações que já experimentei na MÚSICA, até hoje.

    O último álbum dos canadenses é um 7 acompanhado de umas caras de tédio e outras bem “É…” de minha parte, com, no máximo, 4 faixas realmente muito boas e a maioria entre mais ou menos e ok. Neon Bible é injustiçado; Funeral é tão bom quanto o que veio depois; The Suburbs é perfeito.

    Mas divago.

    Savages: pela visceralidade, o bom aproveitamento de ótimas referências oitentistas e o som não simplesmente alto, feroz, mas Foda. Nação Zumbi: pela forma como os integrantes performaram extremamente bem separadamente E em conjunto (A única banda que conseguiu esse 100% no festival, a meu ver.) – a começar por Lúcio Maia, um dos caras mais subvalorizados que conheço -, e , em especial, pela maneira como honram sua história e homenagearam os 20 anos de um dos mais genuínos e criativos álbuns de Rock (sim, de Rock – sem isso de “nacionais”) já feitos.

    Faço forte campanha pela volta dos dois grupos na próxima edição.

    Pixies muito me divertiram, ao contrário do que foi para muits críticos. Uma zona bem boa. Acho que o aniversário do Black – e se considerarmos a mornice que costumam ser as apresentações, principalmente hoje em dia – foi responsável por parte dessa energia que eu senti. Precisa de correções aqui e ali, mas um show que valeu.

    Julian Casablancas: terrível, terrível, terrível. E mais: um good guy, mas, sinceramente, supervalorizado (Ele e também os Strokes – grupo que eu curto, mas não CEGAMENTE.).

    De resto… Perdi NIN, achei Bugg mais ou menos apesar de ter seus bons momentos (Penso que ainda precisa encorpar aquele som e aquelas composições até que eu realmente sinta que deva prestar atenção.), senti de Goulding a relevância de uma recém saída de um ÍDOLOS versão UK durante as quartas de final (Timbre mal explorado, aliás, que se transforma numa gemedeira de irritar os ouvidos e me encheu o saco.) e de Lorde que “Nem vou mais reclamar da monotonia e da cara de tudo igual das invenções de Lana Del Rey. PQP…”.

    A maioria dos shows foram bacanas, a título de curiosidade.

    Ah! O Johnny Marr representou! Foi mais a catarse do saudosismo que pontuou, na minha opinião, mas representou.

    Bem… E estão aí meus pontos de vista (E sei que, para muitos, eu sou cego. Mas ok.)…

    Até!

  9. Vendo essa lista, acredito que ninguém tenha assistido o show do Phoenix. Show apoteótico dos caras, tranquilamente o melhor do sábado.. mas sempre tem aqueles que preferem assistir a Lorde.

  10. Lembrei de algo: gostei de Capital Cities, apesar de ser Mais do Mesmo durante boa parte do tempo. Composições ok porém com clima divertido praquele horariozinho da tarde.

    Só que o grande lance é que o muito bom trompetista (com tatuagem de Miles Davis num lado das costas – e ganhou mais pontos comigo por essa referência/reverência de alta categoria) desempenha super bem, sem faltas ou excessos, e me cativou demais. O cara até voltou ao palco, mais tarde, pra tocar no meio da apresentação de não lembro mais quem. Bacana.

    Em disco o grupo não funciona muito: torna-se mais claramente repetitivo, e cansativo, com som ainda mais polidinho e meio que de passarela de concurso de moda em programa da Xuxa. Mas como banda pra animar uma festinha de formatura… ou pra abrir uns sorrisinhos de doce ilusão em quem vai caminhar longas e massacantes distâncias durante um festival… até que ficou de bom tamanho.

    E… fim.

  11. O texto do Bruno mal – ou nem – cita Phoenix, Soundgarden, Jake Bugg, Disclosure, Cage the Elephant, Savages, Ilya Kuriaki & The Valderramas …. acho que isso só diz o quanto o festival foi sim, bem legal, e como deve ter sido impossível acompanhar tudo o que rolou por lá. Que merda que não fui : {

  12. Bruno Capelas, não é verdade que os Pixies estavam preparando um bis. Eu estava perto do palco e deu para ver claramente que, assim que eles se despediram do público e saíram do palco, os roadies começaram a retirar os equipamentos. Além disso, eles tocaram 23 músicas, praticamente o mesmo número de faixas dos shows no Lollapalooza argentino e chileno (24).
    De fato a platéia não se empolgou com a maioria das faixas, mas isso não é culpa da banda, que fez um setlist (quase) impecável; é uma pena que a maioria das pessoas só conhece “Where is my mind?” e “Here comes your man”.
    Faltaram “Debaser”, “Wave of Mutilation” e “Velouria”, é verdade, mas eles escolheram as 5 melhores das faixas novas, tocaram 6 do álbum “Surfer Rosa” (meu preferido dos Pixies) e 5 do “Doolittle” e do “Come on Pilgrim”. Eu esperei 9 anos para ver um show deles, e saí mais do que satisfeito.

  13. Ainda não entendi o que houve de errado com o show do Muse…. pra mim um dos melhores shows do festival fácil.

  14. Só eu não consigo entender “resenhar” shows de festival? esses festivais tem mais a ver com o hype, com as roupas, com a curtição do que com a música em si. Eu não consigo assistir mais de dois shows seguidos me relacionando com cada um, sabe? O festival pode ser bom ou não, por todos os aspectos que o Bruno falou no final do texto, valer a pena ou não… mas os shows em si são mais alegorias da vibe do que apresentações das obras de seus criadores, na minha opinião, por isso acho que colocar o show do jhonny Marr acima do show do lucas santanna, por exemplo, um erro de perspectiva…

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