Entrevista: o lado acústico do CPM 22

por Rodrigo Guidi

Definida pelo próprio vocalista Fernando Badauí como “uma banda de punk rock”, o CPM 22 lança seu primeiro disco desplugado após 13 anos de uma estrada que começou em 2000 com “A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum” e já soma seis discos de estúdio e dois ao vivo. Com arranjos suaves que, nas cordas dos violões, revelam a essência dos hits do grupo, “Acústico” consegue manter o peso das canções mesmo sem os acordes das guitarras.

Com participação especial de Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, na faixa “Um Minuto para o Fim do Mundo”, o disco tem ainda a presença dos músicos Phil Fargnoli, do Dead Fish, e Daniel Ganjaman, além do trio de metais tocado por Fernando Bastos, Paulo Viveiro e Tiquinho e é praticamente um resumo da carreira da banda.

Com 18 faixas escolhidas entre os seis discos já lançados pela banda, “Acústico” traz ainda quatro inéditas. “É o registro de uma noite inspirada e avassaladora de uma grande banda. E eu vi tudo”, sentencia Dinho Ouro Preto. Em entrevista ao PLUG, parceiro do Scream & Yell, Badauí fala sobre o novo álbum e sobre a turnê de divulgação, programada para o início de 2014. Confira a seguir.

A banda já tinha ideia de gravar um disco acústico ou enfrentou resistência em função do peso do estilo musical do CPM22?
No meio da turnê do disco “Depois de um Longo Inverno” (2011), começamos a pensar em fazer o “Acústico”, pois achamos que este era o momento.

Apesar de acústico, o disco manteve a pegada do punk rock e do hardcore da banda, e isso fica muito nítido não só na bateria do Japinha, mas nas cordas dos outros músicos. Como foi a definição de arranjos para o disco?
Somos uma banda de punk rock. Apesar de não ter a distorção das guitarras (no disco), a identidade e a postura continuam no sangue.

Você credita a qualidade do disco ao nível dos músicos envolvidos e ao tempo de ensaio ou houve mais algum segredo para chegar ao resultado final?
Acho que o resultado ficou bom porque estávamos com muita vontade de fazer. O time é bom e ensaiamos demais, seis meses. Além disso, tivemos ótimos profissionais envolvidos com a produção de áudio e vídeo.

Como foi a escolha do repertório e dos convidados para a gravação do disco?
Selecionamos umas 30 músicas e fomos vendo quais não podiam ficar de fora e as que ficaram boas nesse formato. Fechamos em 22 músicas. A escolha das participações não foi difícil. O Phil é nosso amigo, participou da produção do nosso último disco, canta e toca muito, e tem as mesmas influências que a banda. O Daniel Ganjaman também havia escrito os arranjos de metais e teclado do “Depois de um Longo Inverno” e gravou no disco também, por isso tinha que estar com a gente, assim como o trio de metais que também já tinha gravado com a gente. E o Dinho é um grande amigo que fizemos na estrada, respeita e gosta da banda e sabe bem o que é punk rock, além de ser um puta artista!

O disco está disponível no iTunes e nas lojas. Como será e quando tem início a turnê do “Acústico”?
O DVD e o CD estão à venda tanto nas lojas físicas como na nossa loja virtual e também no iTunes. O começo da turnê será em janeiro de 2014, com praticamente o mesmo show.

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Rodrigo Guidi (@rodrigoguidi) é jornalista do caderno Plug, do jornal Gazeta de Limeira

5 thoughts on “Entrevista: o lado acústico do CPM 22

  1. Na boa, esse disco é um horror. Um dos piores do ano passado, estava na cara que a banda não queria fazê-lo, as interpretações são forçadas, o momento do acústico já passou, enfim, sabemos que foi uma jogada de marketing para se manter no mercado, mas, se querem continuar relevantes, voltem ao som normal de vocês.

  2. As músicas originais são melhores, mas o acústico tem um viés interessante. Outro dia descendo pra praia com meus pais,coloquei ele pra tocar no carro e até os velhos ficaram cantarolando alguma melodias durante o dia.
    Com as músicas normais eles teriam me xingado no começo da primeira música 😛

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