Entrevista: Bona Fortuna

por Andressa Monteiro

Vindos de Mariana, em Minas Gerais, o som do Bona Fortuna transita com facilidade entre o folk e o rock, com influências dos Beatles, Creedence Clearwater Revival, Bob Dylan, Chico Buarque, Dire Straits, Johnny Cash, Raul Seixas, Munford and Sons e Los Hermanos, somando influências individuais de cada integrante e moldando assim a identidade do grupo como um todo.

A banda, criada em 2010 por André Araújo (vocalista e guitarrista), Filipe Oliveira (baixista), Davi Queiroz (guitarrista e violonista) e Lucas Oliveira (baterista), lançou, após dois anos de existência, o álbum de estreia que leva o nome do grupo e foi produzido, gravado e mixado por Filipe em seu home studio, o que, segundo o próprio baixista, possibilitou uma grande entrega e dedicação à produção musical.

Além disso, Filipe assina as dez músicas do disco, divulgado inicialmente para amigos próximos. Tanto ele quanto André não tinham grandes pretensões comerciais: queriam mostrar apenas um trabalho sincero, sem grandes equipamentos, mas com muito empenho e honestidade. O que ambos não imaginavam é que, desde o ano passado, o projeto “particular” iria se expandir e tomar proporções inesperadas, atingindo diversos ouvintes que instantaneamente se tornariam fãs e seguidores da banda.

Pedro Ferreira, produtor do Bona Fortuna, sugeriu então que os mineiros lançassem novamente e oficialmente o álbum, agora com a intenção de levar aos palcos independentes o trabalho da banda com uma maior divulgação.

Em entrevista ao Scream & Yell, feita por e-mail, o grupo comenta sobre os desafios do início de carreira, sobre o processo de criação e realização das músicas, família, amigos, amores e muito mais. O download gratuito do álbum já está disponível no site A Musicoteca (baixe aqui), e além disso você pode encontrar mais informações na página da banda no Facebook (aqui) e no Twitter @bonafortuna_.

Bona Fortuna significa “boa sorte” em latim. Como surgiu a ideia do nome para a banda?
Filipe: Quem tem banda certamente concordará comigo: escolher um nome que represente bem a imagem e o conceito que o grupo quer transmitir não é uma tarefa das mais fáceis. Inicialmente surgem aquelas expressões quase esdrúxulas, estrangeirismos, jogos de palavras e no final, todas as opções são descartadas… Certo dia eu estava pensando em alguns nomes, já desanimado com tantas ideias rejeitadas, quando me veio a mente a expressão “boa sorte”, que traz uma intensa carga positiva. Além disso, a palavra “sorte” também é definida por “acaso” ou “risco”, elementos intrínsecos a todo novo projeto. Gostei da ideia, mas a expressão em português não me parecia adequada para o nome de uma banda. Então eu e o André pesquisamos a escrita e pronúncia da expressão em várias línguas e gostamos da sonoridade das palavras em latim.

Como foi o processo de composição do álbum? Aonde ele foi feito?
André: O Filipe compôs as músicas e começou a gravá-las em seu home-studio, aqui mesmo em Mariana. Nós já nos conhecíamos há bastante tempo e até mesmo já havíamos tocado em outras bandas juntos, e certo dia ele me chamou para ouvir as composições já prontas. Eu me interessei pelo projeto e decidimos fechar um álbum com dez faixas para divulgarmos apenas entre amigos. A partir daí fomos nos encontrando semanalmente até o fim das gravações. O álbum foi inteiramente gravado em Mariana, na casa do Filipe, com equipamentos básicos de gravação e muito comprometimento para que o projeto transparecesse exatamente o que queríamos… E esse objetivo felizmente foi alcançado. (risos)

O que fez vocês mudarem de ideia com relação a divulgação?
Davi: Com certeza a entrada em cena do nosso produtor, o Pedro Ferreira! A divulgação do álbum estava morna, e a banda parada, quando o Pedro, que já nos conhecia de outros projetos, entrou em contato conosco e propôs que relançássemos o álbum oficialmente, por meio do site “A Musicoteca”, visando uma divulgação mais intensa, já que ele acreditava bastante no nosso som. Então a culpa é toda dele! (risos)

Há músicas favoritas?
Filipe: Terei que recorrer ao velho clichê: pedir para um compositor escolher a melhor de suas músicas é como pedir a um pai que escolha um entre seus filhos (risos). É claro que tenho uma leve inclinação por algumas letras e melodias, mas é segredo!

Davi: Difícil escolher a melhor! Mas “O Duelo” fica em primeiro lugar! A melodia é muito divertida de se escutar e tocar. Sou capaz de tocá-la por todo o dia e não querer parar! (risos). Mas creio que faria o mesmo com as outras…

Lucas: “De Mala e Cuia” sempre me chamou atenção pela situação cômica trazida na letra. “Memento Mori” também me agrada muito, primeiro pelo ritmo com uma pegada latina e segundo, pelo tema instigante da letra. Por fim, fico com “Parece que Perdi a Fé”, o mantra da Bona Fortuna! (risos)

André: Confesso que tenho uma queda por “O Duelo”. Gosto muito do jeito que ela ficou no fim das gravações. Ela passa uma mensagem interessante, além de ser muito divertida de tocar. Mas, é claro, isso não deixa as outras músicas de lado, todas sempre têm sua característica especial, que chama a minha atenção.

Um microfone de estúdio foi colocado no centro do quarto onde aconteceu a gravação do disco e registrou continuamente os ensaios, captando conversas e brincadeiras dos integrantes. A sequência de pré-gravações foi batizada de “Anthology”. Por que decidiram fazer dessa maneira? O nome “Anthology” tem alguma relação com os Beatles?
Filipe: Como muitas das músicas do álbum foram compostas antes mesmo do início da banda, tive que mostrá-las ao André e foram necessários alguns ensaios até que ele as internalizasse e entendesse a proposta da banda. Como esses ensaios aconteciam no mesmo local aonde o disco foi gravado, resolvemos deixar um microfone condensador de estúdio captando toda a evolução do processo de aprendizagem e aperfeiçoamento das músicas. Ouvir as gravações depois da finalização do álbum é engraçado, pois várias letras foram muito modificadas, alguns arranjos eliminados, além, é claro, de podermos relembrar ótimos momentos de descontração.

André: O nome Anthology foi uma brincadeira e surgiu em meio à sequência de pré-gravações como uma homenagem ao excelente box de DVDs e CDs dos Beatles, em que foram compilados vários takes gravados continuamente, mostrando diálogos e brincadeiras dos Fab Four.

A faixa 6 do álbum, “Memento Mori”, trata sobre a conversa de um homem com a morte. O nome foi sugerido por Antônio, pai de Filipe e Lucas, e simboliza a história de um General Romano que sempre pedia ao seu servo que, nos momentos de vitória e bonança, dissesse ao seu ouvido a frase “memento mori”, ou “lembre-te de que morrerás”, advertindo-o de sua mortalidade e fragilidade diante da vida. Como essa temática influenciou no som que vocês fazem?
Filipe: Durante o processo de composição, tentei ao máximo buscar temas comuns, triviais, capazes de gerar uma identificação quase imediata pelo ouvinte. Todavia, ao mesmo tempo eu procurei dar uma roupagem nova a esses temas, contar a mesma história sob um ponto de vista diferente, enxergando detalhes normalmente esquecidos ou ignorados. Assim surgiu “Memento Mori”, que nos adverte da nossa mortalidade, em forma de diálogo; “No Bar”, que mostra um desencontro amoroso em razão de uma aposta; o embate entre um homem e seu destino, em “O Duelo”; o receio do novo em “De Mala e Cuia”, entre outras.

Além disso, a criança segurando o violão na capa é também Antônio. Por que vocês decidiram colocá-lo para ilustrar o disco?
Filipe: A imagem da capa foi uma coincidência extremamente oportuna. Primeiramente porque simbolizou de forma clara e direta o nome da banda e essa fase inicial tão difícil e instável. Explico: “Bona Fortuna” é boa sorte, que é (como eu disse) também acaso, destino, risco. A criança da capa sentada na mesa e segurando o seu violão de brinquedo não tem a mínima ideia do futuro que a espera e de todos os riscos que assumirá e perigos que enfrentará, mas não deixa de sorrir e é incapaz de abandonar o seu pequeno violão, sua paixão. E é assim que nos sentimos agora: cegos diante das incertezas desse caminho tão belo e tortuoso que é a música, mas sempre com um largo sorriso no rosto e sem abdicar do que realmente acreditamos. Além disso, foi uma homenagem ao meu pai, que participou constantemente do processo de produção do álbum, dando conselhos, ouvindo ideias, sugerindo temas, etc.

André: Antônio esteve muito presente durante o processo de composição das músicas e gravação do álbum, e isso foi extremamente importante para que o Filipe ganhasse cada vez mais segurança e o processo fosse amadurecendo com o tempo até chegar a um resultado final satisfatório. Possivelmente sem a ajuda dele o Filipe não teria levado o projeto para frente, pois a principal motivação com certeza veio do seu pai.

Antônio tem alguma formação musical? Incentiva os filhos na carreira musical?
Filipe: Meu pai toca saxofone como hobby, mas o seu maior legado que fortaleceu meu amor pela música é o seu ótimo gosto musical. Cresci ouvindo excelentes compositores e intérpretes, fato que considero essencial para a concepção musical em virtude da bagagem cultural adquirida. Sem esquecer, é claro, que ele praticamente me empurrou para as aulas de violão! (risos). E hoje sou extremamente grato a ele por isso…

Lucas: Acho que se ele pudesse, tocaria centenas de instrumentos. Ele é apaixonado por música desde novo, quando ainda sonhava em tocar na fanfarra da escola. Nosso pai sempre foi o nosso maior incentivador! Em cada show ele está presente, por pior que seja o lugar, sempre nos dá preciosas opiniões e sempre está disponível para nos ajudar com o que quer que seja.

Qual a importância da família e dos amigos para cada membro da banda e como isso se reflete na música que vocês fazem?
Davi: No cenário da música é muito difícil sair da inércia, metaforicamente falando. Portanto, qualquer apoio é sempre bem vindo. No meu caso, imagino também que no caso dos demais integrantes, é da família e dos amigos que vem grande parte desse apoio, desse estímulo para continuarmos lutando pelos nossos sonhos. Tudo isso reflete não só nas composições da música, mas também na maneira como tocamos. A gratidão e felicidade por ter tal suporte “sentimentaliza” cada nota ou ritmo que fazemos.

Lucas: Estes são nossos maiores apoiadores e incentivadores! Não importa qual seja o projeto, qual seja a música e o lugar, eles sempre estão lá para nos dar força! Isso influi de uma maneira muito positiva. Ver que nossa família e nossos grandes amigos estão com a gente, faz com que nos dediquemos ao máximo para fazer uma boa música e um bom show.

Alguns integrantes já participaram de um projeto de covers de artistas clássicos de blues. Como foi essa experiência?
André: Tive dois projetos relacionados ao blues, e ambos foram bem próximos um do outro. O primeiro foi com a mesma formação da Bona Fortuna. Foi quando comecei a conhecer o blues, os instrumentistas e compositores. Diria que foi uma evolução musical. A gente tocava para passar o tempo, em casa. O segundo projeto foi mais profundo. Foi uma época em que a minha guitarra era a minha segunda namorada. Evolui bastante com esse projeto. Apesar de ser meio clichê, o blues vem mais de dentro, é muito sentimento envolvido, mesmo tocando cover. Com esse segundo projeto fizemos shows bem legais.

Davi: Comecei a tocar aos 10 anos de idade, com uma banda cover. Tocávamos rock e pop rock. Quando essa banda terminou, eu e o Lucas começamos um novo projeto, no qual tocávamos cover também, mas desta vez especificamente de Beatles, Led Zeppelin, dentre outros clássicos do rock. A Bona Fortuna surgiu paralelo a este último projeto e hoje a Bona é a minha prioridade. Demais projetos como a banda de blues (mesma formação da Bona Fortuna) também ajudaram na formação do músico que sou hoje.

O que andam escutando ultimamente?
Filipe: Tenho escutado The Black Keys, Mumford and Sons, Cartola, Bon Iver, Novos Baianos, Vampire Weekend, Arnaldo Antunes, entre outros.

André: Caetano Veloso, Arctic Monkeys, Criolo, Santana, Mumford and Sons, Marcelo Camelo, Foster The People, The Black Keys, Dave Mathews Band.

Lucas: Em primeiro lugar sempre estão os garotos de Liverpool. Também tenho escutado bastante Foo Fighters, The Black Keys e Led Zeppelin.

Davi: Sou um pouco tradicional com bandas e dificilmente me rendo às novas. Daí escuto muito The Beatles e Eric Clapton, principalmente. Mas o Filipe me colocou para escutar The Black Keys e gostei muito! Sem contar que, nas tardes de domingo, gosto de me render ao velho samba de raiz.

Black Keys é maioria entre vocês! Ficaram sabendo que eles estão em turnê com o Arctic Monkeys? Se pudessem escolher uma banda/artista para abrir um show ou para rodar em turnê, qual seria?
André: O que seria melhor do que pegar carona na turnê do Black Keys com o Arctic Monkeys?

Lucas: Seria sensacional fazer uma turnê com os Los Hermanos ou Marcelo Jeneci!

Davi: Muito difícil escolher apenas um, mas fico com John Mayer.

Filipe: Pergunta difícil! São tantos… Mas seria incrível rodar em turnê com Kings of Leon, Vampire Weekend, Pato Fu, Marcelo Camelo, etc.

Concordam que o som de vocês lembre o dos Los Hermanos? Se sim, em quais sentidos?
Filipe: Los Hermanos representou um grande marco na história da música brasileira. A partir deles, vários artistas independentes e alternativos conseguiram uma maior visibilidade e vários outros surgiram com forte influência do grupo. Assim, é natural que haja esse tipo de comparação, pois sempre que ouvimos algo que foge do padrão “comercial” buscamos a referência mais forte que temos nesse quesito, no caso, Los Hermanos. Certamente as minhas composições sofrem uma influência dos barbudos, mas na mesma intensidade que qualquer outro artista que eu goste muito.

Devido a outros compromissos externos, vocês entraram em um período de latência, ficando parados por alguns meses. Isso foi devido ao fato de que cada integrante tem outros projetos paralelos?
Lucas: Na realidade foi a “Bona Fortuna” que surgiu como um projeto paralelo aos que já participávamos. Eu e o Davi tocávamos em outra banda juntos, o André também tinha outros projetos e só o Filipe estava parado depois de algumas participações em bandas e produções de álbuns independentes, fato que lhe possibilitou uma grande entrega à composição das letras e produção do álbum “Bona Fortuna”.

Grande parte das letras do disco falam sobre amores, desencontros e relacionamentos. O quanto da vida pessoal de vocês está presente nas letras?
Filipe: Essa pergunta é muito interessante, pois muitas vezes ao ouvirmos uma música, automaticamente a relacionamos com o seu compositor e imaginamos que ele necessariamente tenha vivenciado a situação narrada ou ao menos participado da ocasião. É claro que muitas experiências e sentimentos pessoais são espontaneamente agregados às canções, mas eu busco sempre observar os fatos cotidianos ao meu redor, por mais singelos que possam parecer, e é daí que saem as melhores ideias. Assim, algumas músicas escancaram meus receios e devaneios, outras apenas relatam situações externas.

Há influências ou referências de filmes ou livros, por exemplo?
Filipe: Não há referências diretas e evidentes, mas além da música, sou cinéfilo de carteirinha, e certamente os diálogos e roteiros dos filmes dos meus diretores prediletos acabam por me influenciar no processo criativo das composições.

Bacana! Tem alguma trilha sonora de filme que gostariam de ter produzido?
Filipe: Qualquer filme do Scorsese, Kubrick ou Tarantino! Os filmes deles sempre tem trilhas sonoras sensacionais! Mais especificamente, gosto muito da trilha do “Pulp Fiction”, por ser bem variada e exótica, “Na Natureza Selvagem” (o Eddie Vedder fez um trabalho que beira a perfeição) e “Vanilla Sky”, que é de arrepiar.

Como observam o crescente surgimento de bandas folk-rock e indies no Brasil?
Filipe: É sempre um alívio observar a ascensão de novos artistas com propostas diferentes, que fogem do convencional. Acredito que todos nós já cansamos dessa onda de bandas que trazem “mais do mesmo”. O folk já foi um estilo dominante há alguns anos, mas acabou perdendo a força e agora ressurge com um novo ânimo. O que mais me chama a atenção nas novas bandas indies com influência do folk são as diferentes abordagens e a consequente ampliação do gênero, já que a tendência atual é a combinação de estilos e sonoridades para se tentar enxergar o “clássico” sob uma nova perspectiva.

Vocês são de Mariana, Minas Gerais. O que podem indicar de bandas/artistas da cidade? Há projetos sendo feitos que merecem destaque?
André: Dentre os trabalhos que chamam a minha atenção em Mariana estão o Xisto Siman e Banda, que é uma banda autoral, com músicas divertidas, dançantes e espirituosas, além de apresentações sempre bem legais. Outra dessas bandas é o Vira Saia, que tem uma pegada mais visceral, tanto nas suas letras quanto na música. Por fim, a Groove de Vinil que faz, corajosamente, covers de funk e jazz instrumental. É um trio muito bom no que faz.

Quais são os desafios que vocês estão encontrando nesse início de carreira? Como está sendo feita a divulgação tanto do grupo como do disco?
Lucas: Todos os integrantes tiveram uma grande experiência com música em bandas desde muito cedo e sempre encontramos os mesmo desafios no percurso: a dificuldade de fazer shows com uma estrutura bacana, a falta de interesse do público em bandas locais, o desinteresse da mídia em projetos que saem do usual. Desta vez, no entanto, contamos com a grandiosa ajuda de nosso produtor e amigo Pedro Ferreira. Ele vem conseguindo uma grande visibilidade para a Bona Fortuna em diversos meios, como blogs conceituados, jornais e emissoras, o que tem deixado todos da banda muito entusiasmados.

Já tem uma agenda de shows?
Davi: Agora que lançamos o álbum completo, estamos terminando os ensaios e a elaboração do repertório para os shows de lançamento que pretendemos fazer aqui em Minas Gerais e posteriormente em algumas capitais pelo país. Por isso a agenda ainda não está totalmente definida, mas podem aguardar que logo estaremos na estrada com o show de divulgação do álbum.

E projetos futuros? Pensam em gravar um segundo disco logo?
André: Talvez esse não seja o momento adequado para pensarmos em um novo álbum cheio, pois pretendemos divulgar maciçamente o disco atual antes de iniciarmos outro projeto. Mas logo lançaremos alguns singles ou mesmo um EP com poucas músicas para que a divulgação da banda não esfrie e continue atingindo um público cada vez maior.

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– Andressa Monteiro (siga @monteiroac) é jornalista e assina o blog Goldfish Memory

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