CDs: Beady Eye, PJ Harvey, Radiohead

por Marcelo Costa

“Different Gear, Still Speeding”, Beady Eye (Beady Eye Records)
O Oasis surgiu como um tsunami no Reino Unido do começo dos 90. Foram dois álbuns fenomenais, um terceiro exagerado (mas bacana) e, então, eles deitaram sobre a fama. Cada disco seguinte trazia duas ou três boas canções (quando muito) e muita enrolação. Por mais que a voz de Liam carregasse certa magia, o gênio era seu irmão, como se pode perceber no debute do Beady Eye, o Oasis sem Noel. A raiva parece conduzir o (que sobrou do) grupo, que quer se provar relevante, e por isso “Different Gear, Still Speeding” aposta na testosterona, mas soa tão datado quanto um carro de Fórmula 1 dos anos 70. Há força, mas falta carinho em rockzinhos que clonam Jerry Lee Lewis, velhas baladas a lá Beatles, blues rock a lá Who/Stones (com vocal enterrado na mixagem), e um monte de coisas que você já ouviu antes, e melhor. Uma pena Liam não poder passar uma borracha na história do rock. Mas se os britânicos engolem o Kings of Leon, o Beady Eye tem futuro garantido – ao menos até Noel lançar seu disco solo.

Preço em média: R$ 40 (importado)
Nota: 5

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“Let England Shake”, de Polly Jean Harvey (Vangrant/Island/Def Jam)
PJ começou a compor as letras de seu oitavo disco na época em que divulgava seu sexto álbum, “White Chalk” (2007), inspirada em TS Eliot, Salvador Dali, Francisco Goya, Pogues e Velvet. E na 1ª Guerra Mundial. Gravado numa igreja de Dorset, “Let England Shake” assusta pela disposição com que a musa abraça o folk minimalista (a guitarra ruidosa fica em segundo plano assim como metais e teclados). PJ retorna para o começo de 1900 e observa o mundo em guerra, esbarrando sonoramente nas irmãs Björk e Tori Amos, e traçando um cenário desolado que ameaça pedir ajuda às Nações Unidas enquanto observa fantasmas, caminha por becos fedorentos, esconde-se em lugares sujos e escuros, declara seu amor pela Inglaterra e recebe o auxílio de Mick Harvey em uma canção (própria) que parece ter sido escrita no século 13. Ela afasta os fãs de início de carreira (que sonham vê-la de guitarra em punho) com um disco estranho e lírico que mais parece um velho livro de folhas amareladas que encanta a cada página virada.

Preço em média: R$ 40 (importado)
Nota: 9

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“The King of Limbs”, Radiohead (XL)
A primeira referência é “Amnesiac” (2000), o belo álbum de sobras do anti-disco “Kid A” (2001). A segunda é “The Eraser”, solo que Thom lançou em 2006. As guitarras voltam a criar climas. Os beats sugerem desconstrução. As letras são econômicas. “Bloom” abre o disco com tecladões lindos no meio. “Morning Mr Magpie” é quase um rascunho de “Bodysnatchers”. A dobradinha “Little By Little” e “Lotus Flower” sugere um “Amnesiac” depurado, maleável, buscando fazer o cérebro dançar. “Codex”, a balada do disco, é boa, mas inferior a qualquer outra que o Radiohead já tenha feito. Em “Give Up The Ghost” (violão mais beats), Thom insiste para que não o machuquem. Já em “Separator” pede para acordá-lo. Precisa. Presos em uma zona de conforto, não há nada aqui que eles já não tenham feito antes, e melhor. Não é que seja ruim. É apenas… pouco. Porém, há vestígios de uma parte 2. Pode até ser que eles voltem a surpreender (ainda neste semestre), mas  com “The King of Limbs”, pela primeira vez, o Radiohead soa decepcionante.

Preço em média: US$ 9 (apenas o MP3) $48 o pacote especial –
Nota: 5,5

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63 thoughts on “CDs: Beady Eye, PJ Harvey, Radiohead

  1. Concordo, Mac. King of limbs realmente ficou abaixo da média – alta – com a qual o Radiohead nos acostumou. Mas os caras tem crédito. Quanto ao “Oasis” pffpfffff.

  2. Sabe essas bandinhas de molecadas que fecham os braços com tatuagens para tentarem ser levadas a sério e disfarçarem o quão ruim e pirralhos eles são? Essa é a minha impressão com o Liam e os amigos dele…, puro disfarce, cara feia e pose de rockeiros sérios que invocam boas referências e cagam pro ‘novo rock’, sem perceberem que soar como a carreira solo do John Lennon ou como os velhos rocks dos anos 50, em pleno 2011, só os deixam tão ridículos e desnecessários quanto os pivetes tatuados.
    O The King of Limbs eu ainda nem ouvi inteiro, e nem sei se o farei.

  3. “the king of limbs” é radiohead no piloto automático… nem seria justo exigir que eles lançassem uma obra-prima a cada 3 ou 4 anos, mas esse lance com “climas”, “beats” e “nonsense”, pelo menos a mim, já está cansando um pouco…

    já pj é foda, né? a cada falsete dessa guria, me caem os pelos dos braços…

  4. Mac, discordo quanto ao Beady Eye. É até surpreendente, pois esperava algo muito pior, mas o resultado final foi um bom disco. Nada execpcional, mas melhor do que coisas como o “Don’t Believe The Truth” do Oasis, por exemplo. Não poderia também se pensar que a banda do Liam não olhasse para os 60,70 e o Britpop.
    Já quanto ao Radiohead, o disco é um saco total. Infelizmente. É esperar a próxima vez.

  5. Não ouvi o novo do Radiohead ainda, mas, sinceramente, nem estou com pressa. Na verdade, eu só gosto mesmo, por inteiro, do The Bends, do Ok Computer e do Hail to the thief. Os outros são “cabeças” demais pra mim. Já esse novo da P.J. Harvey é muito bom. Quanto ao Beady Eye, se eu há muito tempo já não tinha saco pro Oasis, então agora vou passar batido dessa nova aventura do irmãzinho do Noel.

  6. Este é o novo disco do Radiohead?
    Cacete, pensei que fosse alguma seleção de restos desde Kid A.
    Francamente… Estas músicas são mais podres que os dentes do Thom Yorke.

  7. Geralmente, qualquer comentário sobre o disco de uma banda como Radiohead é extremado… ou foi decepcionante ou foi excepcional. Não acredito que tenha sido nenhum dos dois… é um disco bom, na minha opinião, onde a musicalidade dos caras é bem destacada, principalmente ao mostrar que eles conseguem criar boas batidas eletrônicas com instrumentos tradicionais de uma banda de rock.

    Não é um grande disco, mas o problema com a maioria das críticas é que muita gente se serve unicamente de comparações com discos anteriores. Se algo foge demais do que se espera ou do que já se ouviu da banda, muitos encaram como um retrocesso ou uma decepção, no caso de fãs mais ávidos. Talvez, se qualquer outra banda tivesse gravado King of the Limbs, estariam a glorificando.

    Depois de umas três audições, consegui digerir melhor o disco, mas nem por isso vou destacá-lo como uma maravilha – é simplesmente um disco bom….

  8. Se decepcionaram com o CHATOHEAD, hahahahahahahaha, tô rindo a toa disso…
    Quem sabe agora, com essa bosta de disco, o Thom Yorke não olhe para coisas como o OK COMPUTER e resolva fazer música de novo. E tomara que parem de puxar o saco dessa banda, que concordando com o Samuka que comentou aí em cima, é sempre extremada na hora de comentarem sobre ela.
    Mais datado que o Beady-Eye só mesmo a certeza que o MAC escreveria um texto falando mal e comparando com Oasis (Gosto muito dos seus textos, mas comparar o talento de Liam e Noel na crítica, era obvio) Ninguém vai vai julgar esse disco pelo que ele é, e sim por ser o disco de um dos Gallaghers. Se fosse de outra banda talvez tivesse mais chances. Acho bacana ver que jornalistas também tem seus preconceitos!
    Já a PJ Harvey, podia vir tocar aqui no Rio, ela é sensacional!!!! Let England Shake é perfeito… Abraçossss

  9. Pô, rapaziada, sei que este não é o tema dos comentários, mas não resisti a manifestar minha euforia. Ontem baixei o novo disco do R.E.M. e já tendo o ouvido umas três ou quatro vezes, só tenho a declarar que estou com o queixo estraçalhado no chão. Collapse into now é maravilhoso e, sem sombra de dúvidas, o melhor da banda desde o New adventures, se não for até melhor que este. Me lembrou dos tempos do Out of time e do mágico Automatic for the people. Me deixou a certeza de que o R.E.M. é das poucas bandas mais antigas que ainda continua bastante relevante.

  10. Beady Eye, nem faço questão de ouvir. Desanimei já com Bring the Light, o 1º single.
    PJ Harvey fez um de seus melhores discos, com letras cheias de referências culturais, como a divertida The Words That Maketh Murder.
    Radiohead também me decepcionou; só gostei de 4 das 8 faixas. Acho que o 2º pior deles, só superando o também mediano Pablo Honey.

  11. Honestamente, acho que a palavra “datado” já não se aplica pra mais nada na música pop de hoje. “(…) um monte de coisas que você já ouviu antes (…)” é qualquer coisa gravada hoje em dia. Então, acho que esse é um argumento fraco pra falar de um álbum que é um bom disco de rock, nada mais que isso. Se é Strokes chupando Television, tudo certo; se é o Beady Eye dando uma cafungada no Pete Townshend, vamos apedrejar. Tenha paciência.

  12. Já eu gostei bastante deste The King Of Limbs. De verdade. E nem é coisa de fã cego louco desvairado, não. Achei o disco bom, ué, a sonoridade me agradou e fim de papo.
    Já o da PJ Harvey tá sensacional, viciante, pegajoso e altamente reflexivo. Pura obra de arte. Pra quem espera Polly Jean berrando e estapeando a guitarra pode ficar sem entender o que aconteceu, mas Let England Shake é uma aula de música pop com profundidade. Já é um dos melhores do ano e também de sua carreira.

  13. É de impressionar a miopia do jornalista, o mesmo que escreveu que a música dos anos 1970 é ruim. Por ai, se tem uma noção do por vir de suas resenhas. Radiohead nunca foi uma grande banda, mas produziu bons discos, como Ok Computer. Mas cara, o Beady Eye não fez um disco ruim e as influencias e sonoridades do Who, Lennon, enfim, bandas inglesas clássicas, como até o T. Rex, apenas são um reflexo natural da formação dos músicos. Não acho que é um monte de coisa que você já ouviu antes e melhor. Até achei mais rock, mais garagem, melhor que o desgastado Oasis. Uma coisa é certo. É muito melhor que o pseudo diferente Arcade Fire.

  14. Mac o que é original hoje? Qual a banda que não usa de suas influencias? Ainda bem que o Beady Eye tem ótimos professores e não fakes. Esse papo de datado não cola mais hoje me dia.

  15. Não cola pra você pq vc está confundindo os conceitos, Dum.

    Não ser original é uma coisa. Ser datado é outro. Exemplo: o single novo do Arctic Monkeys não é original, mas não é datado. Foo Fighters não tem nada de original, e não é datado. Wilco pós Sky Blue Sky não é original e é datado (já falei isso nas resenhas dos discos deles postados aqui no site). Os exemplos seguem aos milhares. O problema é quando querem confundir uma coisa com outra. Em nenhum momento eu disse que isso era original e aquilo não. Eu disse que Beady Eye soa datado. E o que é soar datado? Soar como algo que já foi feito. Colocar esse disco do Beady Eye nos anos 70, e ele transitar ali perfeitamente. Alguns acham mérito. Eu acho uma merda, porque se eu quero ouvir um disco dos anos 70, eu tenho todos os discos dos anos 70 pra ouvir. De lá pra cá o mundo mudou bastante, muitas coisas foram descobertas, algumas guerras aconteceram, o modo de viver mudou, e tem gente (como o Liam) que insiste em negar isso. Dai vai de como cada um entende a reverência. Pra mim, volto a repetir, é uma merda (principalmente quando é reverência pura e simples, como o Beady Eye). Pra você pode ser legal. O que isso quer dizer? Que enxergamos o mundo de maneira diferente porque somos pessoas diferentes. No entanto, os conceitos (mesmo com os olhares diferentes) são os mesmos.

  16. Interessante como o autor se concentra no conceito e não na música (“… se eu quero ouvir um disco dos anos 70, eu tenho todos os discos dos anos 70 pra ouvir…”). Que diferença faz se emula um período determinado? O Mayer Hawthorne gravou um disco (” A Strange Arrangement”) que poderia fazer parte do catálogo da Motown em 1966, e o álbum é fantástico. Os Gallagher viraram alvos tão fáceis pra atirar que já não tem mais graça. Eu hein.

  17. A Rolling Stone deu 5/10, enquanto a Paste Magazine, o Guardian e a Uncut deram 6/10. A média deles no Metacritic está em 6,5. Porém, isso tudo não quer dizer nada: são todas pessoas comuns avaliando um disco. Essa é a minha avaliação.

  18. Chama o jornalista de míope e fala que Beady Eye é melhor que Arcade Fire e que o Radiohead não é uma grande banda. Então vc é cego, meu chapa.

    Novo do Radiohead não é grandes coisas. Beady Eye? Pffffffffff Logo será esquecido

  19. A avaliação de quelquer disco do radiohead é sempre pessoal e extrema realmente.

    Ao contrário de outras resenhas do Marcelo Costa, a econômia nas palavras refleta a decepção do rapaz com o disco. Mas, é assim que se resenha um disco do radiohead?. Pra mim não.

    MAS, VAMOS LÁ…

    As primeiras audiçoes remetem ao Amnesiac sim, mas isso também é um erro, pq?

    Pq temos a impressão (e isso se dá pela produção de Nigel) que tanto o disco de 2001 como The King são disco soterrados por beats, loops, samples, sintetizadores, mas é isso que acontece? NÃO.

    Tanto Amnesiac como The King of Limbs respiram mais jazz (free jazz) que eletrônica, há eletrônica? sim, mas como complemento, há muita base de guitarras, pianos, orquestração, outras afinações, outros andamentos.

    Eu entendo, é muito fácil achar que Bloom ou Feral são uma bando de loops saindos do notebook do Thom. Assim como é fácil achar the Gloaming a mesma coisa. Leva tempo pra você perceber que é tudo organico e mesmo quando há samples, eles nunca deixam de tocar.

    Nesse sentido, o ouvindo é levado a outro erro: Achar que esse disco é o disco solo do Thom.

    The Eraser é sim um disco de beats, loops, samples, notebook tendo como força organica a voz do thom. A ÚNICA ponte possível com o disco solo dele e the King Of Limbs é mais uma vez na mxagem do Nigel.

    Thom sempre gostou de soterrar sua voz com Daleys/Reverbs/sequenciadores e Nigel meio que convence ele no disco solo a usar sua voz mais a frente, sem tantos efeitos, tornando The eraser um disco eletrônico com a voz do thom com uma voz mais crua.

    The King Of Limbs, thom também resolve não abusar tantos dos efeitos (os sequenciadores aparecem timidamente em lotus/Separator).

    Portanto, não vejo nenhuma referencia ao The eraser/Amnesiac em audiçoes mais estudadas. A não ser que vc considere Amnesiac um disco eletrônico e lamentavelmente “sobras” do Kid A (que tb não é um disco eletrônico).

    A preguiça do Marcelo Costa ou, não deixou tempo para ele ouvir o disco devidamente ou o deixou sem paciencia para isso.

    NÃO, realmente ouvir o disco 300 vezes ou com bom pares de ouvido NÃO GARANTE que vc vai achar The king um lindo disco mas garante escrever algo relevante ou mais trabalhado.

    Nesse sentido, já que Marcelo costa se omitiu a resenha com a competencia de sempre um disco como o do radiohead, é dificil levar em consideração a sua visão, tornando-a descartavel.

  20. João, que imensa e cruel grosseria da sua parte em me chamar de preguiçoso apenas porque acredito que o disco do Radiohead não mereça mais do que 1000 toques. Fiquei imensamente chocado com tal afirmação, que, no fundo, até pode ter razão: um disco descartável merece uma resenha descartável. Sincronismo, hein.

    Abraços cordiais 🙂

  21. A tua resenha é descartável sim, pra mim Marcelo.

    Mas o disco deles é um belo disco. Com tantas questões lastimaveis envolvendo o mundo, a politica, as constradiçoes do capitalismo, Yorke escreveu belas letras, que me faz viajar para um universo único, entre flores, rios, pássaros e esquecer pelo menos por alguns minutos as crises da humanidade e lembrar que a arte é isso…Sentir.

    Se é descartavel pra alguns, pode ser, que seja, mas essa é a mágica do Radiohead, se encantador mais tb ser cruel.

    Abraços cordiais.

  22. O que me soa interessante, João, é a dualidade entre descartabilidade e compromisso. Você diz que é descartável, mas está aqui, salientando isso e valorizando cada vez mais algo que você julga descartável. Ou seja, o descartável está tomando mais o seu tempo do que algo que realmente deva ser útil. E isso acaba criando um compromisso e uma questão bastante interessante: como algo tão descartável pode ocupar tanto espaço na vida de uma pessoa?

    Questão dois: a arte te faz esquecer das crises da humanidade? Ou seja, ela tem um poder de “apatizar”?

    Questão três: qual a crueldade na descartabilidade de “The King Of Limbs” mesmo?

  23. Marcelo costa meu querido, esse tipo de “jogo psicologico” éapontando “contradições” é clichezão.

    Você escreve para um sitio eletrônico de longo alcance, logo, muitas pessoas “seguem” teus comentários, inclusive eu, você ja escreveu belos textos (quando quer escrever) e textos fracos como esse e o da Pj. Portanto, chamar tua “resenha” de descartável (pelo menos pra mim) reafirma sim eu como teu leitor e minha concepção perante algo que julgo ruim.

    Sim, Marcelo Costa, a arte me faz esquecer as crises da humanidade, pra vc não?. Normal, para muitos a arte é um cadáver agonizando, pra outro, ainda tem uma magia, pra vc não?, normal.

    Sobre The King of Limbs, vcs esperavam um novo In Rainbows? ah não? um novo Ok Computer? ah não? Thom Yorke está rindo, está pouco se lamentando se vcs acham um lixo ou se alguém acha genial!. Para as pessoas do primeiro grupo, é cruel esperar algo de uma banda que historicamente sempre seguiu suas próprias concepções artisticas e não oq o fã espera do seu disco. Para esses pessoas, Kid A/Amnesiac/TKOL são crueis.

    Ironias não resolvem, mas claro, as pessoas vai gritar “é isso aí mac!”

    rsrs.

  24. Mas se você se segue os meus comentários deveria saber que adoro clichês.

    Pra mim a arte não me faz esquecer do mundo, mas sim imaginar o quanto ele pode ser melhor. Desta forma, ela nunca está dissociada da realidade. Nunca é apática. É uma busca por mudanças, não uma venda nos olhos.

    Quanto ao Radiohead, só espero deles grandes discos, não pastiches. Nunca achei que a crueldade pudesse ser tão inofensiva. Mas cada um se contenta com o que pode.

    E não é que seja um jogo psicólogico, mas sim um exercício antropológico para verificar até onde vai o olhar do fã que defende a banda que ama contra tudo e todos. O fanatismo é deveras interessante.

  25. Outro argumento clichezão.

    Acusar de fanatismo o fato de defender um disco (seja ele qual for) é primário Marcelo Costa. Será que tudo que vc defende na vida (seja ele conceitos ou não) é pq vc é fanático por isso?. Sei que não, portanto, desestruturar um pensamento do outro (que é apenas diferente do seu) chamando de “fanatismo” é coisa de colegial.

    Estou aqui defendendo o disco do Radiohead? acima de tudo, achei tua resenha pobre, tanto o disco da Pj, quando o deles mereciam (pra mim) uma resenha mais trabalhada, quem ler tua resenha poderia imaginar que o disco é um lixo (e não é).
    Dentro desse argumento, a tua resenha não foi imparcial, foi fruto de uma decepção, portanto, foi fruto de um fanatismo tb, de um sentimento, assim como a minha defesa do disco.

    abraços, vou almoçar, pra voltar ao trabalho.

  26. Quanta baboseira… The king of baboseiras…. Alías, me parece que quem gostou do disco novo do Radiohead fica usando como argumento contra quem não gostou que o cara não ouviu direito, não prestou atenção e não acompanhou o “andar evolutivo” da banda. Para mim, pelo contrário, o que torna o disco apenas mediano é justamente não apresentar muita “evolução” dentro daquilo que conhecemos da banda e, pior ainda, não trazer grandes canções. TKOL desagrada muito mais por se parecer com um “resumão” fraco daquilo que a banda tem feito pós-ok computer, do que por apresentar qualquer “desafio” ao ouvinte ou fã médio (como o joão parece sugerir e querer fazer acreditar). TKOL não é cruel ou desconcertante, cara. Kid A foi, dez anos atrás (lembro até hoje do desconcerto e estranheza na primeira audição – parecia outra banda, outro universo). TKOL é manso manso, e é isso que desaponta.

  27. João, se eu não tivesse falado mal do disco do Radiohead você não estaria arrancando os cabelos. Eu acho um lixo um disco que você gosta. Paciência. Você não vai mudar a minha opinião. Da mesma forma, eu não quero convencer ninguém. É só a minha opinião, que como já escrevi dezenas de vezes nestes dez anos de Scream & Yell, é totalmente parcial, porque resenha é algo parcial: você comenta algo pelo seu prisma pessoal. O meu texto será diferente do cara do Guardian que é diferente do cara da NME. Cada um observa o mundo com as ferranentas que o mundo lhe deu. Quanto ao fanatismo (o meu, antes de ser por uma banda, é por toda a música), há uma grande diferença: não acho tudo genial só porque o artista x fez isso. Todo mundo tem o direito de errar. Até Thom Yorke.

  28. Sabe oq está me trazendo para um debate sobre o disco Paulo Diógenes? não é o fato de algumas pessoas não terem gostado (sempre é a primeira impressão, concordo).

    Mas a argumentação de ser um disco eletrônico e só isso.

    Aí vem a questão “será que fulano ouviu mesmo?”

    Pq sim Paulo Diógenes, algumas bandas (e radiohead está incluso) precisam de tempo para entender certos arranjos (ninguém é obrigado a ter essa paciência)

    De quebra, vc pega a faixa de abertura Bloom, leio várias resenhas afirmando que são loops de bateria, será que só eu que ouço a bateria? loops aparecem nos primeiros segundos e na parte final.

    O argumento que remete a The eraser não tem sentido pra mim, ouvindo mais estudadamente o disco. Lá são beats, TKOL nao.

    Há interessantes acordes de violão em LittleByLittle, belos arranjos de guitarra em Separator e MorningMrMagpie (cançao que parece que eles usam outra afinação).

    interessantes linhas de bateria em Bloom e feral, belos acordes de piano em Codex (além de uma bela letra).

    Há orquestraçoes em Bloom tb, em Codex (com violinos etc)

    Há eletrônica em TKOL que remeta a the eraser? NÃO. Há uma fluidês eletrônica nos arranjos e dissonancia de acordes que deve desagradar sim.

    Concordo, não é deconcertante quando kid A, mas há elementos nele que não fica devendo não.

  29. Sou fã do Mac, de longa data, mas faz tempo que ele não escreve nada realmente bacana. Meio que parou no tempo, e anda com um gosto bastante duvidoso. Há um bom tempo não escreve uma resenha completa mesmo, como os discos da PJ e do Radiohead mereciam (falando bem ou mau). Mas dou crédito ao cara…Mete a mão na massa velho, deixa esses textos curtos e preguiçosos pro Lúcio Ribeiro, ele é bem melhor que você nisso.

    Abraços!

  30. Liam e Noel não precisam provar nada para ninguém. Vc já sabe o que esperar deles : ou gosta ou detesta !!! O Radiohead acabou, após finalizar o disco OK Computer !!! E poucos perceberam. Desapareceram nos Apalaches e os que estão aí agora, são clones. E clones sem talento nenhum !!! Sobrevivem do que os originais fizeram no passado !!! E pior : tem alguns ( e não são poucos !!!) que os chamam de “gênios” !!!!

  31. “O Radiohead acabou, após finalizar o disco OK Computer”. Que grande besteira, hein. Pra muita gente, é justamente a partir de ok computer que a coisa começa a esquentar. “Liam e Noel não precisam provar nada para ninguém.” Realmente, todo mundo já está convencido que dali não sai nada de bom… no máximo um simulacro beatle, who, etc etc etc. Vai ouvir wonderwall de olhinhos fechados, vai…

  32. Concordo com o Jonathan. Faz tempo que o Mac não manda um texto bacanudo sobre um disco (tem um sobre o penúltimo do Weeding Present, especialmente tocante). Nesse mundão véio tudo é meio desfragmentado… ser sintético é prático, mas sinto falta dos textos mais pessoais

  33. Sou fã do Radiohead desde The Bends. O comprei quando saiu e acompanhei cada lançamento da banda. Essa foi a primeira vez que me vi decepcionado. Fiquei “chocado” com o OK Computer e mais ainda com Kid A. E apesar da estranheza inicial, gosto de ser chocado por um álbum de uma banda que gosto. Acho-os geniais sim (esses álbuns) e revolucionários. Os seguintes também são bons, muito bons e bem diferentes. Mas esse TKOL não desce. Talvez os beats e loops clichês (parece bateria de teclado, do sonar…) tenham estragado as melodias e nuances.

    E o Radiohead nos acostumou mal. Sempre esperamos tanto e dessa vez falhou. Normal ué.

    Mas uma coisa é certa: Dizem que depois da, sei lá, 100ª audição, a gente começa a “entender” o álbum. Pergunto: Que outra banda se daria a chance de dezenas de audições assim? E parece que esses xiitas se sentem na obrigação de gostar.

  34. Concordo com o Samuel. E, sobre isso de ouvir 100 vezes até gostar, eu tbm não faria com nenhuma outra banda, e as coisas não podem funcionar assim. Claro que há discos difíceis que merecem atenção, mas aí já é demais. Tanto que o Kid A (me desculpem por repetir esse exemplo, como vários aqui já fizeram) era difícil, mas desceu beeeeeeem mais rápido e melhor.

    Agora, falar que Radiohead acabou depois de Ok computer é foda. Seria mais correto dizer que o Oasis acabou depois do Morning Glory, e que os dois irmãos aí são clones. E isso faz mais sentido tbm pq, já que o Oasis adora imitar os Beatles, estariam copiando a suposta troca do Paul por um sósia depois de 1966 haha

  35. Mac, você achou o disco uma merda e deu 5? Se é uma merda não deveria ser 0, 1 ou 2? 5 ainda deixa o disco na metade do caminho. Curiosidade: Se esse disco que é uma merda pra você, a nota é 5, o sacos plásticos dos Titãs com o seu zerão é o que?????? rsss

    Escuta o novo do Twilight Singers que tá bonzão… Abraços

  36. Mac, não ser original é uma coisa e ser datado é outra. Concordo. Porém, se música é arte, quem hoje pintar como Bosch ou Dali pode ser considerado datado? Não serão originais? Ou foram influenciados, adotaram um estilo? O Racounteurs não é original porque faz um som muito anos 1970? Ou o Racounteurs é datado? Ou é diferente esse caso? Qual é o problema do Liam usar fortes influências de Lennon, The Who, T.Rex, mesmo tendo tido muitas guerras e o mundo ter mudado? Na minha opinião rótulos, como datado, minimizam, compartimentalizam e reduzem a parabólica, diminuem a visão sistêmica . É música, e você pode achar ruim ou boa. Música boa e ruim e sem originalidade sempre existiu. Então, simplesmente achei o disco do Beady Eye melhor do que eu esperava. Mesmo, como você diz e considera negativo, ele lembrar nitidamente Lennon, etc. E daí? Isso é óbvio, fácil de perceber. Já era de se esperar. E tenho que concordar com você de novo, enxergamos algumas coisas de forma diferente.

  37. “… Alguns acham mérito. Eu acho uma merda,…”

    Entao chegamos a conclusao que musica e gosto pessoal e ponto final.

    Eu adoro bandas que soam e tem sonoridade das antigas, nao so musicalmente mas visualmente tbm.
    Loga vida a BEADY EYE, bem melhor que esses “barulhinhos” chatos do RADIOHEAD.

    Abracos

  38. Você está correto Beto Kitagawa

    Uma coisa é certa

    Fãs de Rediohead (MAC incluso) não gostam (odeiam, será inveja?) de Oasis

    FATO

  39. Carlos, gostar é uma coisa, analisar é outra. Mas se preciso explicar isso, qualquer argumento é dispensável: o fanatismo cega. 🙂

  40. Eu tenho todos os discos do Oasis, uns cinco ou seis bootlegs (os acústicos são fodões), os dois primeiros boxes de singles (tem muito b-side que é melhor que toda cena inglesa atual) e vários outros singles separados. Oasis (assim como Teenage, Manics e Echo) é uma banda com b-sides maravilhosos. Mas, conforme disseram, eu não gosto de Oasis 🙂

  41. das 7 bilhões de pessoas que habitam este planetinha azul, perdido entre trilhões de estrelas do universo, mais ou menos 4 bilhões nunca ouviram falar em radiohead ou oasis; das outras 3 bilhões, metade deve estar cagando e andando pro assunto…

    do que sobra, alguns poucos usam seu tempo para ouvir radiohead e oasis, gostar ou não gostar dos mesmos.
    particularmente, gosto muito de radiohead e gosto pouco, bem pouco, de oasis… faz alguma diferença no esquema maior das coisas? não, não faz nenhuma.
    acho que radiohead tem se tornado uma banda alienante, no sentido em que fica cada vez mais fechada dentro de si mesma, sem dar importância nenhuma para a sensibilidade de seus admiradores – realmente, não consigo “gostar” das últimas coisas, mas entendo que talvez possam ter algum mérito “artístico” – na pós-modernidade, quase tudo tem (ou estou errado?)

    já oasis e seus derivados, para mim, tocam sempre a mesma música ; ( …
    enfim, se eu acho que isso não tem importância, o que é que estou fazendo aqui? bom, preenchendo horas vazias num debate sem sentido… ao final do dia, cada um vai ouvir o que “gosta”, não é mesmo?

  42. O melhor comentário até agora (melhor, inclusive, que as críticas) foi o do Rodrigo Perez. Assino embaixo.

  43. Ninguem nesse mundo consegue fazer uma resenha sem deixar de lado seu “GOSTO PESSOAL”, impossivel!!!!
    Como disse o Rodrigo Perez “ao final do dia, cada um vai ouvir o que “gosta”, não é mesmo?”
    MUSICA = GOSTO PESSOAL

    Reconheco que sou suspeito pra falar de BEADY EYE, sou super FAN de OASIS. Quanto ao Radiohead gosto da fase em que faziam “cancoes” e nao “barulhinhos”. Voltamos ao ponto do gosto pessoal.

    Oasis ao longo da carreira talvez tenho mudado um pouco a sonoridade, mas nunca radicalmente, foi sempre na mesma linha. Eu curto, mas outros acham que ser sempre igual e chato. Por exempro, eu odiei aquela turne em que o Billie Gorgan ficou maluco e comecou a fazer shows com versoes “estranhas” e “alternativas” dos grandes classicos do Pumpkins, saudades dos bons tempos do mellon collin… Retornamos ao gosto pessoal

    Abracos.

  44. Ei, Mac, vamos deixar o papo furado de lado.
    Com todo o respeito que estes discos por ti aqui resenhados mereçam – e tu foste, especificamente no caso do Radiohead, ao menos pra mim, polido ou esperançoso até demais -, bem, sem chance… Rs….

    P.J. pode até ser a nova Patti Smith – aliás, tem credenciais de sobra para isso. Ela pode até fazer, quem sabe?, futuramente/eventualmente, excelentes backing vocals para o Radiohead… Thom Yorke já fez isso até pela original em E-Bow The Letter… Então… Vai saber… Por que não?…. Estaria tudo em casa, em plena harmonia… Pessoalmente, não acredito mais nela(P.J). Ela nunca fez minha cabeça, embora eu estivesse até disposto a isso. No quesitos “mulheres”, parei mesmo em Chrissie Hynde.

    Beady Eye… Porra… Que dizer?… Se não fosse pelo seu site, não tomaria conhecimento ou não me daria ao trabalho de ouvir. Mas ouvi. E gostei. Me agradou. Gosto de Oasis.

    Vejo muita gente afoita aqui, sei lá eu se pela pouca idade e muitos hormônios – embora ache isso saudável: ter mais de 30, como eu, e concordar/discordar veementemente com/de quem tem 20 ou menos é o melhor rejuvenescedor que existe. Quanto a este disco (pra quem não se perdeu, o do Beady Eye), já disse: nem sei o que dizer. Aliás, até já disse: gostei. Este é um dos maiores elogios que, em minha relativa ignorância e – dependendo – absoluto preconceito, posso fazer a um disco atualmente. Liam canta bem, tem voz marcante, estilo próprio, carisma peculiar. Achei bem agradável. Seja como for, gostei bem mais deste que do solo do Thom Yorke.

    Sobre o novo do Radiohead… Cacete… Até deixei um breve coment acima, semi-imediato e 100% espontâneo. Não sabia ou não queria acreditar que fosse o novo do Radiohead. Após 3 ou 4 audições atentas e benevolentes, mantenho: achei tudo aquilo podre demais mesmo. Podre no sentido de amanhecido/adormecido/amanhecido/adormecido – mofado, devorado pela traças.

    Aí li os coments aqui (diversão e aprendizado constantes). Disseram que o Radiohead acabou depois de Ok, Computer. Se não fosse por HTTT e 4 músicas de Kid A , assinaria embaixo. Aí disseram que, para muitos, a banda começou justamente aí, a partir Ok e Kid. Entendo e respeito completamente. Discordo veementemente. Espero esperançosamente o regresso da banda às guitarras. Este é só o 8º disco dessa grande banda. Nessa mesma altura , o R.E.M. lançava Automatic For The People. O U2, contando Under a Blood Red Sky, oficial, vinha com Achtung Baby. Embora extremamente tentado a ir atrás e à frente e comparar (pretensiosa tolice dos mais vividinhos, embora às vezes necessário), paro por aqui.

    Fecho com o que (me) interessa:
    Mac, cadê seu texto sobre o novo disco de sua banda favorita (Echo, o cacete, rs…)?
    Cadê sua crítica (espero sinceramente que opinião pessoal) sobre Collapse Into Now?

  45. quando digo que “cada um ouve o que gosta”, não quero desmerecer ou desvalorizar a crítica/análise musical criteriosa, pelo contrário.

    já descobri coisas maravilhosas, cds que provavelmente não teria adquirido, através de resenhas (principalmente mojo/uncut, que acompanho há, pelo menos, 7 anos); também já embarquei em furadas monumentais através de alguns “hypes”… hoje em dia consigo ser mais seletivo e perspicaz, saber se quem está escrevendo está sendo “honesto e autêntico”, como o artista… em resumo, escolho minhas fontes melhor (screamyell!)…

    vale ressaltar que tenho 41! acompanho rock e pop desde os 15 (1985) e, naquele tempo, informação era difícil de encontrar, quanto mais informação de qualidade…

    dois comentários para finalizar, um genérico e outro específico:

    produção atual – quando eu tinha 15/16 anos, descobrir uma banda nova (bauhaus, jamc, joy division, fall, nick cave, …) tinha uma sensação especial, parecia que um mundo novo e relevante se apresentava, cheio de possibilidades… cada banda nova nos levava a outras e às mais antigas (p. ex.: descobri t. rex através do bauhaus). hoje em dia, temos acesso a tudo, absolutamente TUDO, durante TODO o tempo… é tanta informação, tanta banda nova e antiga, tantas redes, tanta produção, que fica difícil ser “relevante”, ser verdadeiramente inovador na música pop… o que há por fazer que já não tenha sido feito antes/melhor? às vezes, parece que estamos envolvidos por um gigante ruido de fundo, no qual não conseguimos distinguir nenhuma boa melodia…

    radiohead – já falei que não gosto do “tkol” e nem do disco solo do thom, MAS, será que eu gostaria se eles estivessem há 15 anos reciclando “pablohoney” e “the bends”? seria possível não ter enveredado pelas “eletronices” e continuar sendo uma “guitar band” relevante e criativa? não tenho a resposta!

    ps: todo esse meu blábláblá e estou aqui ouvindo e curtindo muito o “yuck”, que é novo sem ser novo, se é que me entendem?

    vai entender!

    abraços.

    ps 2: mac, boas férias!
    ps 3: r.e.m e echo… que merda, mas tá difícil encontrar motivos para continuar curtindo (sorry!)

    rodrigo.

  46. esse albul do radiohead é ótimo !!!!!!!!!!!!!!!! muito bom mesmo ! não entendo a crítica ! é chique falar mal !!!!!!!!!

    mac vc que curte viajar show coisa barata e cerveja – vai para lisboa e pro porto !

  47. Limbs é uma ruptura tão grande com os discos anteriores que até muitos fãs não entenderam. Bloom é sublime, tem arranjos geniais inspirados em Penderecki (compositor erudito moderno). Codex também é sublime e, ao mesmo tempo, simplíssima. Lotus Flower é viciante e tem percussão e arranjos eletrônicos…sublimes. Não consigo pensar em outro adjetivo.
    Será que quem não gostou desse disco ouviu-o com fones de qualidade num ambiente isolado? Só assim pra perceber a riqueza de arranjos e melodias dele. Mr. Magpie rascunho de Bodysnatchers? Duas guitarras fazendo uma base repetitiva e outra fazendo melodias lindas. Uma base ritmica eletrônica incrível. E muitos outros detalhes. Rascunho? Sobras?
    E mais: será que os fãs ainda juram que a genialidade do Radiohead vem toda do Thom? Vocês não ouviram a trilha de Sangue Negro e as composições para a London Sinfonietta do Jonny Greenwood. Jonny é o principal responsável pelas cordas dissonantes de How To Disappear, pelos metais cacofônicos de National Anthem, enfim, pela maioria das experiências sonoras peculiares do Radiohead.
    Terminando, Limbs é um álbum riquíssimo de detalhes. Até a simples Codex é cheia de detalhes. Por favor fãs, ouçam-no direito com disposição de espírito. Eu que já sou acostumado com a bizarrice (no bom sentido) do Radiohead não assimilei direito nas primeiras audições.

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