Entrevista: Glen Hansard, Swell Season

por Carlos Messias

Sim, se você percebeu pelas fotos, o The Swell Season é formado pelo casalzinho fofo do filme “Apenas uma Vez” (“Once”), vencedor do Oscar 2008 de melhor canção original com “Falling Slowly”. Incursões cinematográficas e fenômenos midiáticos à parte, o duo de indie-folk do cantor e violonista irlandês Glen Hansard, 40 anos, e da cantora e multi-instrumentista tcheca Markéta Irglová, 22, se segura muito bem musicalmente. Um bom exemplo disso é “Strict Joy”, terceiro disco da dupla (contando a trilha-sonora do filme), lançado no ano passado, que acaba de sair no Brasil. No álbum, Hansard e Irglová se emancipam do folk melódico e basicão (ainda que consistente) dos trabalhos anteriores e incorporam o alcance vocal do soul (como Van Morrison já fazia), estruturas harmônicas bem trabalhadas, como da música celta, floreios que remetem à música erudita e certo feeling do blues.

Segundo Hansard, o maior diferencial foi que este disco teve a participação do The Frames, sua banda “titular”, formada em 1990 e bastante cultuada na Europa. Antes disso, o músico se apresentava nas ruas de Dublin, como o protagonista de “Once”. Este e outros momentos da trajetória de Glen Hansard – como sua participação (na época com longas madeixas) no filme “The Commitments”, de 1991 – são lembrados na entrevista que o músico concedeu por e-mail, de Nova York, no começo de agosto (por isso não foi mencionado o suicídio de um espectador em show do Swell Season que aconteceu no último fim de semana – leia aqui).

O plano era que a entrevista fosse realizada por telefone, mas, para total surpresa do repórter, Hansard atendeu ao telefone completamente sem voz – o que, felizmente, foi solucionado antes da vinda da dupla ao Brasil. Porém, como pode ser visto a seguir, ele compensou o contratempo sendo bastante generoso ao responder por escrito.

Quais são suas expectativas quanto aos shows no Brasil?
Bem, eu honestamente não sei o que esperar. Ouvi falar tão bem do País e das pessoas, especialmente por amigos que já tocaram aí. Damien Rice, meu amigo irlandês, ama o Brasil e relatou experiências muito boas. Mas o que eu sei sobre o Brasil, tenho vergonha de dizer, é bem limitado. Adoro o filme do Fernando Meirelles, “Cidade de Deus”, e o cantor Caetano Veloso. Estou muito ansioso para chegar e formar minha própria imagem e opinião sobre o Brasil.

Como estão sendo os shows da turnê atual?
Estamos nos apresentando como uma banda completa: eu e Markéta junto aos membros do The Frames. Tocamos as canções do filme, algumas do “Strict Joy” e, se o clima pedir, uma ou duas do The Frames.

O que mudou no Swell Season após o sucesso do filme?
Acho que tudo mudou. Quando alguém passa a vida inteira tentando atingir sucesso e esse dia chega, quase do nada, é muito empolgante, quase inacreditável, e estremece tudo aquilo que você conhece. É maravilhoso, mas você precisa reestruturar suas expectativas e perspectivas sobre tudo. Depois de 16 anos de luta com uma banda, tudo que você sabe fazer é lutar, então você luta contra o sucesso por um tempo, até restabelecer sua autoconfiança e voltar a fazer o melhor trabalho que consegue. Nós possivelmente nunca visitaríamos o Brasil se não fosse o sucesso do filme, e agora que podemos, esperamos fazer um bom show para as pessoas, assim (se as pessoas gostarem) teremos um bom motivo para voltar. A principal diferença entre agora e antes é que nós temos um público. Onde quer que a gente toque teremos pessoas dispostas a nos escutar e isso, basicamente, é tudo que qualquer banda espera… uma plateia. Existem muitas bandas boas sem público e muitas bandas de merda com um grande público. O paraíso é algum lugar no meio do caminho.

Você não acha engraçado estar em uma banda indie que tem uma estatueta do Oscar?
Bem, antes do Oscar nós estávamos fazendo o mesmo tipo de música que continuamos a fazer depois…

Você já tinha atuado no filme “The Commitments”, de 1991. Chegar ao cinema através da música era algo que você planejava?
É algo que nunca passou pela minha cabeça, honestamente. Eu estava tocando nas ruas de Dublin em 1990, quando me ofereceram um papel no musical “The Commitments”. Aceitei e curti fazer, mas depois disso eu nunca mais pensei em atuar até o John Carney [diretor de “Once”] me convidar para substituir um ator [o também irlandês Cillian Murphy] que havia desistido. Eu só aceitei fazer, honestamente, porque ele é meu amigo e eu não queria deixá-lo na mão. Hoje sou muito satisfeito com essa decisão.

Em “Once” você interpreta um músico de rua que ganha a vida consertando aspiradores de pó. Esta é uma atividade que também já tenha feito? Quais suas melhores recordações como músico de rua?
Nunca consertei aspiradores, apenas bicicletas, mas quando eu era bem jovem. E cantei nas ruas dos 14 até, talvez, uns 20. Ainda faço isso às vezes, por diversão. Sempre curti muito fazer isso. É como aprendi a cantar e compor. Na verdade, todos os meus amigos de hoje são pessoas que conheci enquanto tocava nas ruas ou, logo depois, no palco. Minhas únicas lembranças negativas são de quando, eventualmente, eu era roubado. Como no filme, eu normalmente sabia quem tinha me roubado e acabávamos dando um jeito. As pessoas da rua se unem de maneiras estranhas…

Como “Once” saiu do papel?
Carney estava trabalhando a alguns anos em uma história sobre um músico de rua e me fez várias perguntas sobre a minha experiência. Contei-lhe histórias e ele incluiu algumas no roteiro. Ele também pediu para eu compor algumas canções para o projeto, o que me deixou muito contente e honrado. Eu estava morando parcialmente na República Tcheca com a família da Markéta, os Irglovás. John estava procurando alguém que soubesse cantar e tocar piano para o personagem da mulher, então eu a indiquei para o papel. John a conheceu e achou-a perfeita. O Cillian desistiu do papel dele por algum motivo que não ficou claro e estava bem próximo do início das filmagens. John ficou desesperado. Ele pediu que eu indicasse algumas outras pessoas, mas todo mundo estava ocupado, até que ele acabou me convidando. Preciso admitir que à princípio eu era contra porque não me julgava capaz de interpretar o papel. Mas depois de muita insistência de John e Markéta, aceitei fazer uma tentativa. Fiz o John prometer que iria me demitir se eu fosse um lixo e ele quase fez isso no primeiro dia. Mas, depois nos acertamos e foi muito divertido.

Em 2006, antes de o filme sair, você e a Markéta lançaram um disco como Swell Season. Como aconteceu este álbum?
Havíamos gravado algumas canções do filme e outras num estúdio em Praga. Nunca imaginamos que o filme teria o lançamento de uma trilha-sonora oficial, então, ao invés de nomeá-lo como “As Músicas de Once”, resolvemos chamá-lo de “Swell Season”. Foi só depois de John terminar o filme e despertar alguma atenção que percebemos que deveríamos ter dado algum outro nome. Mas acabou funcionando…

Você e a Markéta se envolveram romanticamente durante as filmagens, mas hoje vocês não estão mais juntos, certo? Como é isso?
Sempre fomos muito próximos e, sim, durante as filmagens, até um pouco depois, nossa amizade se desenvolveu e tornou-se romântica. Na época vivemos momentos muito intensos, mas depois de um tempo percebemos que ficávamos melhor apenas como amigos e voltamos a ter esse tipo de relacionamento. Sempre vou amar muito a Markéta, ela abriu uma parte de mim que estava fechada e sempre serei grato por seu amor e paciência.

Como vocês se conheceram?
Foi em um festival na República Tcheca. Eu estava lá com o The Frames e nos hospedamos na casa dos pais dela. Eles fizeram uma festa para a gente, que durou o dia inteiro, no quintal. Acabamos cantando juntos e a Mar tocou um pouco de Mendelssohn no piano para mim. Continuamos noite afora e, alguns meses depois, visitei os pais dela e voltamos a tocar. Foi muito natural. Ela trouxe algo para as minhas canções que ninguém nunca tinha trazido. Toquei em alguns lugares pequenos na República Tcheca e ela me acompanhou no piano e nos vocais. Acho que foi assim que tudo começou, entre 2003, 2004. Rodamos o filme em 2005.

Qual você acha que é a maior contribuição dela a sua música?
Talvez a formação dela em música clássica, o que soma muito bem. Markéta tem um dom natural para a harmonia e estrutura melódica. É a musicista mais talentosa que conheço. Flui bem. Ela dá um toque suave e feminino às canções, levando-as a lugares que eu não conseguiria sozinho. Me sinto afortunado por fazer música com uma pessoa tão talentosa. Ela pode instigar e mudar a direção de uma música sem jamais interferir no feeling da canção. Isso é muito raro…

Mudando de assunto, “Low Rising” (faixa de abertura de “Strict Joy”) está na trilha da novela mais popular do Brasil, “Passione”. Como você se sente com isso?
Eu realmente não fazia ideia quanto a isso. É um bom programa? Depois que uma música é lançada ela assume vida própria. Como as pessoas vão percebê-la, ignorá-la ou detestá-la, realmente, não é da minha conta. Tudo que você pode esperar é que alguém irá se identificar com algo na canção, ou ao menos que irão bater o pé com o ritmo… Imagino que tentar controlar como a sua música será usada ou percebida seja algo muito difícil…

Apesar de vocês lançarem pela ANTI Records (selo não-punk da Epitaph) desde antes do filme, o Swell Season atingiu um status mainstream. Por que vocês continuam com eles?
A ANTI tem sido muito boa com a gente ao longo dos anos e são todos nossos amigos. Eles já tinham lançado alguns discos do The Frames e sempre fizeram um trabalho decente. Não teríamos por que mudar. Se pudermos vender mais discos, prefiro fazer isso com pessoas em que confio e com as quais tenho uma amizade. E não com alguma corporação duas caras que não estaria nem aí. Assim conseguimos compartilhar nossa boa sorte com os amigos, todo mundo sai ganhando.

“Strict Joy” soa mais ambicioso que o primeiro disco.
Yeah, “Strict Joy” é mais um disco de banda. Gravamos o primeiro em quarto dias com uma verba minúscula. Quisemos fazer com que este soasse mais como a gente soa ao vivo com a banda. Fiquei muito satisfeito. Talvez no próximo disco façamos algo diferente novamente, quem sabe…

Depois de “Once”, o Swell Season se tornou seu projeto principal e o The Frames ficou em segundo plano. Como foi tomar essa decisão?
Simplesmente fez sentido seguir o caminho que o filme colocou na nossa frente. Teríamos sido malucos se não fizéssemos assim. E, musicalmente, têm sido uns dos melhores anos da minha vida. Tocar com a Markéta e a minha banda tem sido uma grande experiência. O The Frames é a minha banda e eu, enquanto eu estiver curtindo, sempre retornarei. Mas esta tem sido uma aventura incrível e surpreendente, nunca vou me arrepender.

O que você prefere tocar, o folk fo Swell Season ou o som mais rock do The Frames?
Ambos. Ambos têm o seu lugar. Na verdade, existe tanta diferença entre as duas bandas? São todas músicas compostas pelas mesmas pessoas.

Você já declarou que a “santíssima trindade” – quando você estava crescendo – era formada por Bob Dylan, Leonard Cohen e Van Morisson. De onde veio essa influência?
[Risos] Acho que eu falei mesmo isso. Essa influência vem da minha mãe. Ela amava os grandes cantores e adorava cantar. Ela me ensinou a letra de “Bird on the Wire” [de Leonard Cohen] no meu aniversário de cinco anos e ainda estou tentando entender o significado daquelas palavras. Dylan foi o meu primeiro herói e por esta simples razão ele sempre será. Van Morrison é incomparável, ele é pura alma e fogo.

E folk irlandês e a música celta? Dá para notar uma influência na estrutura harmônica do Swell Season.
Ser irlandês é o que traz este feeling. Não há como fugir.

Já há alguns anos o folk está vivendo um bom momento. O que você acha de outros artistas desta geração como Damien Rice, Fionn Regan, Bonnie “Prince” Billy, Conor Oberst, Bon Iver, Laura Marling etc.?
Todos são grandes músicos e tive a sorte de conhecer ou tocar com alguns deles. Will Oldham [nome oficial de Bonnie “Prince” Billy] é um talento extraordinário, fico mistificado com o trabalho dele há anos. Desde o primeiro disco do Palace Brothers ele é uma grande influência e continua sendo. Bon Iver tem sido uma fonte de tranquilidade e calmaria em momentos difíceis e por isso lhe sou grato. Fionn é incrível, um ótimo cara. E Damien tem sido um amigo ao longo dos anos e uma inspiração por sua paixão e comprometimento com a canção. Eu tenho muito carinho por ele.

O título “Strict Joy” foi tirado de um poema de James Stephens (célebre romancista e poeta irlandês). O que este texto, em particular, significa para você?
Ele fala sobre a necessidade do homem de escavar pela verdade. Para se livrar de todas as baboseiras até sobrar a verdade, não importa o quão assustador isso possa parecer. A verdade, quando pronunciada com clareza, deve trazer contentamento. Essa é a alquimia da honestidade. Stephens sabia disso e escreveu isso, daí vem o tamanho prazer que preenche o trabalho dele.

Como tem sido sua vida em Nova York? Saudades de Dublin?
Estou me dividindo entre as duas cidades. Na verdade, faz tempo que não estou em algum lugar que eu possa chamar de lar, mas tudo bem. No ano que vem vamos tirar alguns meses de folga para recarregar as baterias e decidir o que fazer. Têm sido uns anos loucos, acho que é hora de deixar o coração e a mente sossegarem um pouco [esta semana foi noticiado na imprensa americana que Hansard pretende gravar um novo disco com o The Frames e que Markéta irá gravar um trabalho solo].

Por que você perdeu sua voz (quatro dias antes de ele responder a estas perguntas) no começo da semana?
Peguei um resfriado que evoluiu em uma infecção no peito e, de tanto tossir, acabei perdendo a minha voz. É algo muito assustador para um cantor, tenho bebido litros de chá com mel e tentado ficar em repouso (isso é muito difícil para um irlandês!). Espero voltar a trabalhar nos próximos dias, dedos cruzados!

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Swell Season ao vivo no Rio de Janeiro
por Jorge Wagner

Noite de sábado, 28 de agosto. Passam alguns minutos das 22h30 quando Glen Hansard, munido apenas de um violão Takamine esburacado, sobe ao palco do Vivo Rio e toca alguns acordes em meio a aplausos. As palmas cessam e dão lugar a alguns “xiiiiius”. O som é ambiente, sem microfones e todos estão atentos quando Glen canta “I’m scratching at the surface now / and I’m trying hard to work it out”e pede, logo em seguida: “portanto, se você tiver algo a dizer, me diga agora!”. O recado é entendido. Novos aplausos. E Glen Hansard, esse ruivo jovem senhor, sorri.

“Say It To Me Now”, música de abertura do segundo show do The Swell Season pelo Brasil, é também aquela que marca no filme “Once” (traduzido por esses lados do Atlântico como “Apenas Uma Vez”), de 2006, o primeiro encontro entre Glen Hansard e Marketa Irglová. Premiado com o Oscar de melhor canção original (por “Falling Slowly”), o filme conta a história de um casal – ele, um músico de rua e ela, uma pianista – que se conhece pelas ruas de Dublin e se envolve, de forma muito mais lúdica que real, num roteiro um tanto quanto raso, mas que serve do pretexto para boas atuações e excelentes números musicais.

No Vivo Rio, porém, o encontro acontece na música seguinte, quando a bela tímida Marketa Irglová entra em cena descalça, de cabelos curtos e ensaiando um esforçado “boa noite”. Ela acompanha Hansard em “All The Way Down”, antecedendo ao convite para que os demais músicos – velhos conhecidos de Glen no The Frames, banda capitaneada pelo ruivo desde a década de 90 – também subam ao palco.

“Low Rising”, a primeira música tocada no show com o formato banda, a verdadeira responsável pela vinda do Swell Season ao Brasil (mais do que a trilha sonora de “Once”). Isto porque o single de “Strict Joy”, disco mais recente da dupla, com lançamento nacional pela Som Livre, foi incluído na trilha sonora da novela “Passione”. E por mais que sempre existam aqueles que critiquem tal forma de divulgação, quando o soul irlandês de Hansard é executado – com direito à citação de “Sexual Healing”, de Marvin Gaye –, o público presente na casa de shows só tem a agradecer.

O que se vê no palco é uma banda tão livre e satisfeita que deixa a impressão de um grande ensaio aberto. E, ignorando o fato do som do Swell Season ser definido pela crítica como triste e melancólico, não há nenhum sinal de tristeza no palco. Pelo contrário: aqui os músicos se esforçam em agradar, ora com suas performances, ora com agradecimentos em português – um “muito obrigado”aqui, um “vocês sáum fódas”ali.

Entre alguns dos momentos mais divertidos da noite destacam-se as histórias contadas por Glen, como a da música que fez para uma namorada gótica que teve na adolescência (“Ela gostava de David Bowie e The Cure. Eu gostava de AC/DC”, conta), ou da bossa-nova que compôs na véspera em homenagem ao trânsito brasileiro e aos motoboys de São Paulo, batizada de… “Honda”. Em outro momento curioso, algumas garotas mais empolgadas da platéia são convidadas a sambar no palco e, como se já não bastasse, levam a tcheca Marketa a ensaiar alguns passos – que parecem de mambo à cancan, menos samba.

Há ainda espaço para um cover de “Into The Mystic”, de Van Morrison, citações de “Ring of Fire”, de Johnny Cash, e, claro, encerrando a primeira parte do show, a dobradinha “When Your Mind’s Made Up”e “Falling Slowly”.

De volta para o bis, Marketa Irglová afirma gostar muito de uma canção interpretada por Caetano Veloso. Diz que desejava homenagear o Brasil com ela, e então descobriu que era cantada em espanhol e não em português. Desejando que esse pequeno detalhe não impedisse o sentido da homenagem, a banda apresenta uma bela versão para “Cucurrucucú Paloma”, de Tómas Méndes, que Caetano interpreta em uma passagem lírica do filme “Fale Com Ela”, de Pedro Almodóvar.

Antes de encerrar, Hansard convida a banda responsável pela abertura do show para retornar ao palco. Embora careçam de maturidade (aka ensaios) para soarem como algo além de um grupo de universitários em um lual pós-aula, os Varandistas – projeto do qual faz parte a onipresente Maria Gadú, uma das maiores fontes de renda da Som Livre atualmente – demonstram bom gosto para os arranjos, lembrando, com suas divisões de vozes, os tempos áureos do Clube da Esquina.

Ao lado de Glen e Marketa, o grupo toca “You Ain’t Goin’ Nowhere” (Bob Dylan) e “Devil Town” (Daniel Johnston) e tudo vira festa, como se todos os presentes, no palco e no público, se conhecessem de longa data. E assim, uma noite em que o bom humor falou mais alto que a melancolia, chega ao fim.

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– Carlos Messias é jornalista e assina o blog Sem Manual de Instruções
– Jorge Wagner é jornalista e assina o twitter @jotadablio

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Leia também:
– Cenas da vida em SP – Bonnie ‘Prince’ Billy ao vivo, por Marcelo Costa (aqui)
– “The Commitments”: filme obrigatório para todo mundo que quer ter uma banda (aqui)

7 thoughts on “Entrevista: Glen Hansard, Swell Season

  1. Ótima entrevista. Sou muito fã dessa banda, que conheci no Once.

    “Falling Slowly” não é a melhor música do filme, mas a cena em que ela é cantada é emocionante, muito especial. Assisti a performance no Oscar e torci muito pela vitória.

  2. Fantásticos.

    Estive no show de São Paulo, na sexta feira e me surpreendi com a forma como deixam o público a vontade, como se, de fato, fossemos todos velhos conhecidos. A mistura perfeita entre bom humor e emoção.

    Deixaram saudades.

  3. Entrevista bacana! É o tipo de show que eu gostaria de ter ido… gosto tudo que eles fazem. Desde o filme ONCE que pirei no som… inclusive a banda THE FRAMES tem música ótimas. E pensar que tem uma música tocando na novela das oito!!!

  4. Parabéns pela entrevista maravilhosa, e pela excelente resenha do show do duo (queria muito ter ido, mas fiquei sabendo só hj).

    Sobre a zueira com a Maria Gadu e banda, é um caso a parte no texto; acabei rindo alto aqui em casa! Genial!

  5. hahah, valeu pelo “genial”, Rafael!
    eu ia escrever sobre o quanto a Gadu está parecida com o Neymar, mas acabei deixando essa informação de lado. hahah

  6. Nossa Jorge, parabéns!!!
    Esse é um show que eu gostaria de ter ido, cara to até triste hahaha
    Deve ter sido algo para nunca mais esquecer, sem contar que essa entrevista aí é sensacional, que honra.
    Parabéns para os dois!
    =]

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