Música: The Drums, Ash e The Cure

500 Toques por Marcelo Costa

“The Drums”, The Drums (Island)
Após um animador primeiro EP, o Drums (o hype atual, outra banda nova-iorquina que soa inglesa) estréia com um álbum inocente e pouco original que levanta a questão: será que eles vão durar mais três discos? A chance é mínima, vide o retrospecto dos anos 00, mas isso importa? A grande canção é “Let’s Go Surfing”, destaque do EP, mas “Me And The Moon”, “Skippin’ Town”, “It Will All End In Tears” e “Best Friend” tentam justificar a fama com alguns momentos de brilho em um disco café com leite. Próximo.

Nota: 6,5
Preço em media: R$ 40 (importado)

Leia também:
– The Drums ao vivo no Primavera Sound, por Marcelo Costa (aqui)

“A-Z Volume 1”, Ash (Atomic Heart Records)
Em 2007 eles avisaram que haviam desistido do formato “álbum” para apostar em singles, e cumpriram a promessa. “A-Z Volume 1” reúne singles e b-sides lançados entre 05/2009 e 03/2010, e impressiona. Britpop até a medula, o Ash aqui namora New Order e Depeche Mode (“Return Of White Rabbit”, “True Love 1980”, “Space Shot”), Killers e Muse (“Arcadia”, “The Dead Disciples”) e ainda homenageia Carly Simon com uma versão grudenta de “Coming Around Again” numa baita coletânea com jeitão de “Greatest Hits”.

Nota: 8,5
Preço em média: R$ 40 (importado)
Mais: há uma edição especial com DVD (que traz o documentário “A is for Ash”, de 50 minutos – veja o trailer aqui) e outra com remixes e números acústicos.

Leia também
– “1977”, do Ash, um dos grandes debutes do rock britânico nos anos 90 (aqui)

“Disintegration Deluxe Edition”, The Cure (Fiction)
Uma das obras-primas incontestes da banda de Robert Smith retorna numa edição especial que traz o álbum de 1989 remasterizado, um CD bônus com 20 faixas (a maioria demos instrumentais, incluindo de várias canções que viraram b-sides e duas inéditas) e um terceiro CD com o raríssimo ao vivo “Entreat”, que flagra um show em Wembley em 1989 (aqui com quatro faixas a mais). Destaque para um número solo de Robert Smith (“Pirate Ships”, cover de Wendy Waldman) e para a versão de “Lullaby”, com a voz guia.

Nota: 10
Preço em média: R$ 70
Mais: Para comemorar o lançamento, Robert Smith colocou um quarto CD de raridades para tocar no streaming do site oficial. Você pode pega-lo aqui.

Leia também
– Discografia do The Cure comentada, por Samuel Martins (aqui)

8 thoughts on “Música: The Drums, Ash e The Cure

  1. Disintegration é um conjunto de sonhos e pesadelos ao longo de uma hora. Vital para aqueles dias em que não se consegue dormir.

  2. Essas edições especiais me deixam puto da vida. Por um lado é hiper bacana você ter o registro “definitivo” daquele album tão querido mas por outro há um senso de exploração do tipo caça-níquel que atinge direto no coração do fã de determinado grupo ou cantor(a). E o pior de tudo é quando lançam mais de uma versão do chamado “Collectors ou Deluxe Edition”. Aí é fatal!

    Dessa série “Deluxe Edition” eu recomendo o “Blue Album” do Weezer. Sensacional!

  3. Essas edições costumam ser legais, o problema é que quem já comprou o disco quando lançado
    fica frustrado de não ter a edição completa, e mesmo se quisesse comprar a nova, teria
    que gastar uma grana preta. Os preços são absurdos.

    vale a pena a discografia alternativa do Pavement. só não lançaram edição especial do último.

  4. Em se tratando de Cure, só ouço em vinil. Tradição pessoal.
    Ainda mais algo tão soturno como Disintegration. Pra mim, só faz sentido assim.

    Quem não teve este prazer, fica a dica:
    se você pode gastar, gaste bem. Compre uma boa vitrolinha, importe o vinil remasaterizado ou descole velhas edições em sebos. Meia noite, meia luz, você, Disintegration e seu bom whisky no copo.

    É outra coisa…

  5. O ash surpreende e lança seu melhor “album” . Sou assinante dessa jornada A Z Series e estou tb colecionando os 7″. Impressiona a quantidade de hits em potencial. O Vol 2 tb impressiona. Claro que tem as musicas apenas ok, Mas mesmo assim foi uma grande surpresa pra mim, que achava que a banda estava indo pro buraco apos a saida da Charlotte Hatherley

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