Três discos: Leis do Avesso, RockNova e Ludov

por Marcelo Costa

“O Que Há Embaixo do Chão Que Você Pisa”, Leis do Avesso (Independente)
O Leis do Avesso é o veículo de expressão do compositor curitibano Leonardo Scholz, que convidou dois amigos para gravarem baixo (Peterson Marconi do Charme Chulo) e bateria (Francisco Zen), mas assina todas as faixas e arranjos de seu álbum de estréia, um disco interessante cuja musicalidade simplória – com ecos de Legião, Skank, Smiths e Terminal Guadalupe – embala letras de boa verve que muitas vezes se sobressaem as canções, e merecem atenção. “Acossado”, que abre o álbum, é uma boa introdução.

Nota: 5

“RockNova”, RockNova (Independente)
Álbum de estréia do quarteto mineiro, “RockNova” aposta no rock de pitadas powerpop e indie – sem deixar de ser pop – e surpreende. O bom vocal de Gustavo passeia sobre uma sonoridade formada pelas boas guitarras de Borba (que toca no projeto solo de Ricardo Koctus, do Pato Fu), o baixo seguro de Xerlezz e a mão pesada de Nenel na bateria. Eles não estão inventando a roda, e parecem saber disso, o que já é uma grande vantagem. “Sonho” e a balada de guitarras “Desencanto” merecem romper o silêncio.

Nota: 6

Leia também: “Koctus”, de Ricardo Koctus, por Marcelo Costa (aqui)

“Caligrafia”, Ludov (Inker)
Em seu terceiro disco, o quarteto paulista crava canções excelentes (“Luta Livre” e “20%”, a dobradinha de abertura, são duas cacetadas de deixar o ouvinte sem ar) e expande sua sonoridade indo da abrasileirada “Madeira Naval” e passando pelo refrão empolgante da doce “Paris, Texas”, pela chicobuarquiana “Não Me Poupe” até chegar à balada interiorana “Magnética”. A produção continua optando em não dar peso ao som, e o resultado sugere despretensão e liberdade no melhor registro do Ludov em estúdio.

Nota: 8

Leia também: “Disco Paralelo”, Ludov, por Marcelo Costa (aqui)

7 thoughts on “Três discos: Leis do Avesso, RockNova e Ludov

  1. olha, não gostei muito nas primeiras audições… notei certa despretensão tb, principalmente nos vocais masculinos. ainda não digeri se isso é bom ou não. hehe

    e a mudança de clima entre as músicas – q eu costumo elogiar – me causou certo desconforto, talvez por serem, em alguns casos, referenciáveis demais (los hermanos, chico…). mas gostei daquela em francês (sou contraditório, pq essa em francês é a mais los hermanos de todas… haha). e luta livre é a melhor!

    veremos como fica ao vivo. o show deles naquela primeira noite do 1º festival tinidos foi histórico!

  2. caralho, puta album chato o do ludov viu, ouvi algumas vezes, tentei sacar alguma boa faixa, mas tem nao. ah, e aquela do carinha cantanto a la los hermanos é a pior.

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