The Doors, Coldplay e Johnny Cash

Por Marcelo Costa

Três lançamentos especiais que flagram a integra de dois grandes shows e os extras do álbum mais vendido de 2008.

“Live in Boston 1970”, The Doors (Warner)
A idéia da banda era retirar da Absolutely Live Tour (1969/1970) material para um álbum ao vivo (lançado em julho de 70). Para isso, gravaram dezenas de shows buscando alguns momentos mágicos em meio ao caos causado por um Jim Morrison sempre bêbado. Este CD triplo flagra dois destes shows, em Boston, e é um dos mais fracos retratos do Doors (e principalmente de Jim) no palco, mas não deixa de ter seu charme. Se você quer qualidade procure “In Concert” ou “Live in Philadelphia”. Se quer história, ouça este.
Nota: 7
Preço em média: R$ 35 (edição tripla nacional)

“Viva La Vida Special Edition”, Coldplay (EMI)
O quarto disco do Coldplay vendeu mais de 7 milhões de cópias e retorna nesta edição que junta ao álbum o EP “Prospekt’s March” (que, sozinho, já vendeu 400 mil cópias). Das oito “novas” canções, três são versões (“Lost+” num remix de Jay Z, “Lovers in Japan – Osaka Sun Mix” e “Life in Technicolor II”, original instrumental que ressurge com letra), uma vinheta de 48 segundos e quatro faixas cujo destaque são a acústica “Now My Feet Won’t Touch the Ground” e a boa “Glass of Water”. Para completistas.
Nota: 8,5
Preço em média: R$ 39 (edição dupla nacional)
                            R$ 19 (Apenas o EP nacional)

Leia também: “Viva la Vida or Death and All His Friends”, por Marcelo Costa (aqui)

“At Folsom Prison – Legacy Edition”, Johnny Cash (Sony & BMG)
Você viu o filme, certo? Relembrando: Cash, recém saído de um tratamento para viciados em drogas e com a carreira no limbo, gravou um álbum ao vivo dentro de uma prisão barra pesada tocando canções sobre assassinatos e blues sobre cocaína. O registro bateu no número 1 da Billboard e recolocou o Homem de Preto no mapa do rock. Esta reedição histórica segue o modelo do também essencial “At San Quentin” reunindo todo o áudio dos dois dias e mais um DVD com um documentário de duas horas sobres os shows. Obrigatório.
Nota: 10
Preço em média: R$ 130 (edição importada com dois CDs e um DVD)

Leia também:”Johnny and June”, por Marcelo Costa (aqui)

10 thoughts on “The Doors, Coldplay e Johnny Cash

  1. Fala Mac!
    O “In Concert” do Doors só veio a existir como tal muito tempo depois do fim da banda.
    Na real, “In Concert” (1991) é apenas a junção de três registros ao vivo da banda: o “Absolutely Live” (1970), o primeiro lançamento ao vivo póstumo “Alive She Cried” (1983) e o “Live at the Hollywood Bowl” (1987).

    Ou seja, “In Concert” foi apenas uma forma de se capitalizar com registros ao vivo da banda em pleno apogeu da era CD. Além disso, os registros ao vivo do box do Doors também são alucinantes, inclusive tem até um disco inteiramente ao vivo. abs

  2. Exatamente, Marçal. Por isso a recomendação para quem quiser qualidade ir atrás dele, já que ali estão os “melhores momentos” (no quesito sonoridade e corretismo, digamos assim – risos) daquela turnê e esses três álbuns (“Absolutely Live”, “Alive She Cried” e “Live at the Hollywood Bowl”) são inéditos em CDs. O “Live at New York”, do box, é bom pra caralho, e mesmo esse “Live in Boston“ tem momentos alucinantes. O legal é que estes – ao contrário do “In Concert”, que é editado – mostram bem o espírito de uma apresentação dos caras, imperfeita, mas cheia de coisas brilhantes, No fundo, o verdadeiro Doors está nessas imperfeições (tipo o Jim cantando longe do microfone por algum motivo – o que acontece em alguns momentos deste show em Boston).

    Abraço!

  3. Fala Mac!
    Não man, apesar de o “In Concert” ser um lançamento relativamente mais fácil de se achar (já vi até em promoção nas americanas nos anos 90), os três discos (“Absolutely Live”, “Alive She Cried” e “Live at the Hollywood Bowl”) foram lançados em CD, sim. Inclusive, eu tenho edições em CD dos três álbuns separadamente. O do Hollywood Bowl até mesmo ficou quase uma década em promoção nas Americanas, pois é um disco de curta duração e é fácil de ser achado em sebos.

    Mas concordo com vc, o “Absolutely Live” é o melhor registro do que imagino ser o poder do velho Doors ao vivo, na minha opinião. Inclusive as bios do JM ou do Doors sempre destacam o cuidado que a banda teve na produção do disco, que conta com uma “discreta picaretagem em estúdio”. Tudo bem que é um clássico, mas “The Celebration of the Lizard” foi gravada em estúdio. O foda é que o disco é tão bem gravado que você mal se dá conta disso no meio daquela loucura toda. abs

  4. Pô, muito bom saber! Pois o Hollywood Bowl não está na integra no In Concert (já o Absolutely Live e o Alive She Cried sim) e eu só tenho o show em DVD. Vou atrás!

  5. Fala Mac!
    Existem diferenças nos set list do Hollywood Bowl em vídeo e da versão em disco. De qq forma, vale mais pela qualidade dos registros, em comparação aos padrões da época. O foda do Doors é que surgiram vários documentos oficiais depois do filme do Oliver Stone, mas eles repetem coisas de vídeo pra vídeo e aí começa a ficar meio sacal. Legal mesmo seria se o cara ressurgisse das trevas, dissesse a todos que não morreu e que ficou tirando onda de escritor aposentado sob a chancela da alta patente do papai milico. Essas tours de reunião dos ex-integrantes só existem mesmo para manutenção da lenda e promoção de reedições para novas gerações de consumidores. abs

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