Você trocaria todos os seus CDs originais por CDs de MP3?

“A banda Beat Happening, liderada pelo músico Calvin Johnson, adianta-se as grandes gravadoras e irá disponibilizar em seu site oficial um lançamento que poderá revolucionar o mercado da música: ‘Collection’, um DVD com toda discografia da banda em MP3 de alta qualidade, incluindo fotos, capas e encartes e uma seleção de clipes. O DVD, que é acompanhado de um livreto de 96 páginas, está sendo vendido por US$ 40 (aproximadamente R$ 70).

Por mais que a notícia acima seja fruto de primeiro de abril, ela não está nem um pouco dissociada do momento atual da música mundial. Enquanto diretores de gravadoras cochilam sobre seus acervos de anos e anos e anos, camelôs se adiantam e oferecem o produto acima no meio das ruas do centro de São Paulo, claro, sem o acabamento caprichado, sem a alta qualidade de som muito menos informações de cada um dos álbuns. No entanto, não deixa de ser sintomático que o mercado (clandestino) já esteja oferecendo ao público algo que a indústria da música ainda não sabe lidar direito.

O que os camelôs estão vendendo no centro de São Paulo é um produto de fácil consumo: CDRs que trazem a discografia completa do seu artista preferido. Tem de Chico Buarque, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho até Slayer, Iron Maiden e Sepultura. Tem Weezer, Teenage Fanclub, Cowboy Junkies e Zezé di Camargo & Luciano. Coletâneas de samba rock, de trilhas sonoras até jazz. A discografia de Miles Davis, por exemplo, está “disponível” em quatro CDRs. Preço de cada um: R$ 5. Ou seja, você leva para casa mais de 40 discos do gênio de jazz por, apenas, R$ 20. Tem de tudo para todos os gostos. Uma pechincha.

Uma longa pasta, fornecida por um dos camelôs, traz mais de 300 artistas diferentes. A maioria tem sua discografia resumida em um CDR, máximo dois. Bandas novas como o Strokes tem o “espaço” de 700 MB preenchidos por sua curta discografia (no caso do grupo de Julian Casablancas, quatro álbuns) e mais algumas gravações bônus de shows ao redor do mundo, quando não vídeos. No meio de tanta oferta arrisquei-me com a discografia do Can, CD duplo (“deiz real”), 14 discos começando com “Monter Movie” (1969) e terminando com “Radio Waves” (1997), sem contar um CD bônus de raridades chamado “Canexis 5”. A qualidade do MP3 varia de 128kb até 320kb, mas a grande maioria é 192kb, o que é até aceitável (mais alta que a versão de “In Rainbows” que o Radiohead vendeu).

A popularidade do MP3 cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Aparelhos de som já não saem da fábrica sem apresentar uma opção que reconheça o formato, e aqueles que estavam nas lojas sem a opção tiveram uma queda brusca nos preços, e estão encalhados esperando por alguém que ouça apenas CD e rádio FM. Se contarmos com o sucesso das cópias dos iPods (e do próprio, claro) e da facilidade de se carregar arquivos de música no próprio celular, temos um cenário extremamente propício para a comercialização de MP3 tal qual ele vem sendo apresentado nas ruas 24 de Maio e Praça da República, no centro da capital paulista.

O MP3, para que não sabe, foi um dos primeiros tipos de compressão de áudio com perdas quase imperceptíveis ao ouvido humano. A taxa de compressão é medida em Kb/s (kilobits por segundo), sendo 128 Kb/s a qualidade mais baixa, na qual a redução do tamanho do arquivo é de cerca de 90%. Essa taxa de compressão atualmente pode chegar até 320 Kb/s, a qualidade máxima, na qual a redução do tamanho do arquivo é de cerca de 25%. O método de compressão com perdas consiste em retirar do áudio tudo aquilo que o ouvido humano normalmente não conseguiria perceber, devido a fenômenos de mascaramento de sons e de limitações da audição humana (embora pessoas com ouvido absoluto possam perceber tais perdas). Ver mais na Wikipedia. 🙂

Enquanto camelôs vendem MP3 nas ruas, as gravadoras investem em lançamentos como o CD Zero (uma adaptação do single/EP) e o CD Music Pac (uma vergonhosa versão desnuda do CD original, sem encarte e com capa de papelão), projetos que já nasceram fadados ao fracasso comercial. Este segundo modelo, inclusive, prova que as gravadoras optaram por baratear o preço dos CDs apresentando-os em uma versão tão pobre quanto aquelas vendidas por camelôs, com cópia em xérox e conteúdo em CDR. O ideal é que fosse o contrário, que as gravadoras optassem por investir na qualidade como diferencial, e não tentassem se igualar aos camelôs.

Com esse pensamento em mente, a solução para combater a venda de CDs de MP3 no mercado paralelo seria investir em um formato que trouxesse ao público o gosto pelo produto. A notícia que abre esse texto é um bom exemplo disso: um DVD (cuja capacidade é muito maior do que a do CD) que além de trazer toda discografia do artista em alta qualidade ainda reúne clipes, letras, encartes e fotos. Este produto poderia ser apresentado em uma embalagem especial, com um longo livreto contendo as capas de todos os álbuns apresentados em MP3 além de informações de gravação. Um perfeito item de colecionador.

Agora imagine: um DVD pode abrigar (mais ou menos) uns 50 discos comuns em alta qualidade. Ou seja: é a discografia completa do Bob Dylan (ou dos Beatles, Stones, Neil Young, Caetano Veloso, Chico, Led Zeppelin) em um único DVD. Junte a isso um livreto especial caprichado e você terá uma coleção organizada e muito mais espaço, já que no local em que havia 40 CDs irá entrar apenas um DVD. Não é lindo? Uma pessoa como eu, que tem 5 mil CDs em casa, poderia ter toda essa coleção em apenas 100 DVDs. É tentador, vai. As perguntas que ficam são: quanto uma gravadora cobraria por um DVD com a coleção de um artista? E você, caro leitor, estaria disposto a trocar todos os seus CDs originais por CDs de MP3? Respostas na área de comentários, logo abaixo.

No pacote ‘Collection’ estão inclusos todo o material que havia sido lançado no box ‘Crashing Through’, atualmente fora de catálogo, do álbum de estréia homônimo de 1985 até ‘Music To Climb The Apple Tree’, coletânea de lados b e raridades lançada oficialmente em 2002. Entre o material de vídeo, seis apresentações ao vivo (destacando ‘Black Candy’ e ‘Midnight A Go Go’) e dois clipes (‘Hot Chocolate Boy’ e ‘Pinebox Derby’).

Com o lançamento de ‘Collection’, o Beat Happening abre a possibilidade das majors seguirem o exemplo e disponibilizarem a discografia de seus artistas no mesmo formato (por exemplo, a discografia toda Bob Dylan pode ser encaixada inteiramente em um DVD). Marcas como a Sony e a Phillips já adaptaram seus aparelhos eletrônicos, que agora além do popular CD, também já tocam MP3. ‘Collection’ estará disponível para venda a partir de 01 de maio.” New York Times, 01/04/08

42 thoughts on “Você trocaria todos os seus CDs originais por CDs de MP3?

  1. Acho muito difícil as gravadoras aceitarem um modelo de negócio assim, pelo menos em um futuro próximo. Até a venda de músicas sem DRM por download foi algo difícil de se tornar realidade.

  2. Num momento em que não temos domínio é preciso aceitar as coisas como elas são para depois modificá-las de alguma forma. Permitir a veiculação de todo meu trabalho musical , por exemplo, da única forma em que está sendo aceita.
    Estamos em meio a uma revolução, não só no que diz respeito à propriedade, mas no que diz respeito aos valores que queremos absorver. A sociedade de consumo diz tenha TUDO! Então não se distingue o que deve ou não ser consumido, e absorvemos o lixo como se fosse ouro, sem critério algum.
    Eu não trocaria meus cds, mas com certeza adquiriria muitos MP3, pelo simples fato de que seria muito barato.
    Existe um fato: até quando os que produzem música o farão quase de graça? De que forma os compositores continuarão a produzir? Porque a grande verdade é que o formato MP3 está aí, mas tá faltando no mercado boas composições. Acredito realmente que uma hora o público irá querer pagar por isso. Acredito que uma elite irá pagar por qualidade de som. Porque, no geral, ainda é preciso pagar por comida, que, cá entre nós, vem antes!

  3. Sim, com certeza… mp3 é bem melhor que ter milhares de CDs jogados e, dos quais, você escuta 1 ou 2 faixas apenas… é muito bom reunir TUDO e montar sua própria seleção!!!!

  4. Certos entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação às mídias digitais em geral (CDs, DVDs e outros). O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as freqüências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos e batidas graves e “naturalidade” e espacialidade do som. No entanto estas justificativas são tecnicamente infundadas, visto que a faixa dinâmica e resposta do CD supera em todos os quesitos as do vinil.
    Quanto a questão do MP3 ,este é de qualidade inferior ao CD, mas suas perdas sonoras são quase imperceptíveis ao ouvido humano. Somente aquelas pessoas com “ouvido absoluto” conseguem perceber tais perdas.
    A grande vantagem do MP3 em relação ao CD se deve ao fato dos usuários poderem obter uma maior quantidade de músicas a um custo zero ,via internet, geralmente, e armazenar tudo isso em minúsculos tocadores portáteis.
    Então, se falando em economia e praticidade, ninguém está nem aí para saudosismos !

  5. Ia dar uma dó danada, mas acho que daria para manter os CDs de áudio lado a lado com os de MP3. Sem problema, desde que a música seja boa.

  6. O fato de as gravadoras “cochilarem sobre seus acervos” foi muito bem apontado. Elas não podem queixar-se de que o público queira consumir aquilo que elas guardam em suas gavetas.

    No entanto, a invenção dos discos Blue-ray e dos formatos “lossless” (sem nenhuma perda de qualidade sonora, como o FLAC), isso para não mencionar a popularização da banda larga e o aumento da capacidade dos dispositivos de armazenamento portátil, tornam toda essa discussão, da maneira como está colocada, ultrapassada. Mas é claro que ainda levaremos dez anos para perceber que os formatos com perda (lossy) são coisas do passado.

  7. Trocar CDs orignais por MP3 ? Isso depende muuuito.. Eu particulamente só tenhos CDs de bandas realmente boas e na qual eu aprecio muito. CD com mp3 mesmo eu tenho só alguns hits da MODA e baladinhas para ouvir no carro.
    MP3 serve também pra você ter um prévia dos disco.. pra saber se todas as músicas são legais e se valem apena comprar ou não, isso já é uma revolução pois antes a gente comprava CD e só umas 2 ou 3 músicas prestavam.
    Agora transformar CD em MP3 de qualidade só se for no mínimo na frequência de 192kbps, menor que isso vale apenas transformar e manter guardado em arquivo.. só vai servir mesmo pra toque de celular e pra mp3 portátil.
    Baixar a DISCOGRAFIA na internet de bandas e dizer que TEM A DISCOGRAFIA é pura falta de cultura, coisa de criança que não tem o que fazer. Ter o ORIGINAL com ENCARTE é melhor, é simbolo de poder, de posse é mostrar pro seu amiguinho que você pode e melhor ainda se ele for um CD RARO fora de catálogo/venda, tiragem limitada ou importado.

  8. Eu como grande fã do Depeche Mode, acho que nao gostaria de ter a discografia da banda em um unico dvd. Fiz questao de comprar toda a discografia de novo no formato cd +dvd numa edicao luxuosa.

    Mas por exemplo, artistas como Bob Dylan, que nao sou muito fã, seria uma otima ideia, desde que seja uma coisa bem caprichada, com encarte bem legal, extras, mesmo que seja um dvd duplo, triplo…

  9. O engraçado de todos esses suportes e todos os fios enfiados na cabeça e tudo o mais é que no fim das contas é James Taylor cantando You’ve Got A Friend. O ser humano é muito carente.

  10. Olha, trocar os MEUS cd’s e bolachões q possuo hj, nem fudendo !!! Mas à partir deste momento, me soa como uma idéia excepcional poder compactar td em um único dvd, o fóda é p/ ouvir “aquela música x ” no meio de tanta coisa né?! Abraço à todos !

  11. Trocar o que eu já tenho? Não! Não é muito, mas os cerca de 100 cds e 300 Lps ficam, porém essa idéia bate na minha cabeça desde os tempos em que descobri que vendima as dicografias na Sta Ifigênia (SP), e seria maravilhoso, eu com certeza compraria vários DVDs de diferentes artistas.

    O maior problema é o valor, pq uma gravadora iria colocar um produto desses por preços abusivos, como já faz hoje com os cds, a dicografia, por exemplo, d’Os Paralamas Do Sucesso, com cerca de 20 discos, hum vejamos, um cd R$20 x 20, bom já viram né?

    Abraços

  12. Eu temo esse tipo de coisa. Não sei até onde chegaremos, se em um futuro próximo a música ainda será a mesma depois de tudo isso, acho assustador. Eu posso até ser considerada uma romântica, mas lindo mesmo era colocar um vinil em um prato e colocar a agulha em cima… Nunca mais teremos isso, porque o consumismo estragou tudo. Se eu fosse artistas, desistiria da carreira.

  13. se as gravadoras optarem por discografia completa em dvds de mp3 seria sim a falencia completa em pouquíssimo tempo. só iria acelerar um processo que vai acabar em breve. infelizmente pois adoro cds, discos de vinil e tal….

  14. Eu não trocaria não.
    É como o Bruno Alencar falou, sou muito mais as versões exclusivas, especiais, deluxed, seja lá qual for o nome que derem.
    É muito mais legal você comprar a caixa com a discografia (tipo a do Chico Buarque) do que ter só um dvdzinho na mão. E ler os encartes no computador? Ah não, não é a mesma emoção…

  15. É claro q n!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Tenho coleção de vinyl e n troco por nada!!!Cds ja’sao uma %!@$&@#imagina mp3 entao!O vinyl tem q voltar e fadaci c ocupar espaço!!!

  16. Mp o quê? Não sei o que é isso, nunca baixei música, filme etc.
    Meus CD´S e vinis são parte da minha vida, de cada salário que economizei pra comprar uma paixão, uma música, uma história. Não tem preço ou facilidade tecnológica que pague a minha emoção de ter dinheiro depois de um tempão para ir até São Paulo(sou do interior) e achar o Pet Sounds do Beach Boys, todo lindo, importado e com um encarte gigantesco pagando com gosto 80 paus, realizando um sonho, colocar no carro e ouvir voltando pra casa.

  17. Marcelo, nao dá nem para pensar nisto, principalmente para quem coleciona raridades dos 60´s e 70´s em vinil, uma delicia …

    Mesmo os cds originais …jamais será a mesma coisa em relação a acabamento e qualidade. O que as gravadoras precisam fazer é acabar com lançamentos sem o mínimo de qualidade final ao consumidor.

    Do jeito que que as coisas estão indo é melhor acaba com a musica pop …

    Só falta mesmo a galera ouvir música ou ler livro no computador,

    abraço
    wagner

  18. ótima idéia essa dos dvds. dá pra ter o suporte físico e fica um número bem menor.

    mas atualmente ainda prefiro uma hd. economia de espaço total.

  19. Diabos, eu nao compro cd pra tê-lo como “símbolo de poder, posse” ou pra esfregá-lo nariz adentro de “meus amiguinhos” e sim pra OUVIR A MÚSICA… e nesse caso, cds de mp3 funcionam que é uma beleza….

  20. Mas sem pensar duas vezes. Aliás, nem lembro a ultima vez que comprei um cd original (na verdade sou cliente habitual desses senhores que vendem discografias inteiras num cd).
    Eu precisaria de pelo menos 3 vidas (e uma montanha de dinheiro) pra conseguir possuir tudo que já comprei se nao fosse assim.
    And %!@$&@#the mainstream!!!!

  21. Não trocaria meus queridos CDs por tudo em Mp3, mas faz muuuito tempo que não compro CD. O último acho que foi “Love” dos Beatles no ano passado.
    Ultimamente, porém, nem tiro meus Cds da caixinha. Faço coletâneas em MP3 para poder escutar no carro. Pelo menos se roubarem não perco um CD raro que sei que não encontrarei tão fácil (só se baixar na internet hehehe).
    Boa discussão essa!!!!

  22. Não trocaria NUNCA meus CDs e vinis por DVDs ou CDs de MP3. O que eu faria, entretanto, seria digitalizar a coleção completa com a finalidade de backup, já que outro dia me assustaram com a informação de que os CDs um dia estragam e perdem dados/qualidade… enfim, não troco, não troco e não troco, e por mim, azar das gravadoras que não sabem se virar, eu sempre comprei CDs usados mesmo 🙂

  23. O último cd que comprei foi o mais recente da PJ Harvey. Achei curioso o fato deste cd não ter nenhum atrativo extra, não há encarte com letras nem fotos. Em meio a essa crise, como é que uma gravadora ainda se dá ao luxo de lançar no mercado um produto sem nenhum diferencial? Quem ainda insiste em comprar cd´s é porque ainda cultiva aquele velho hábito de colecionador de vinil, curte as capas, os encartes, quer ter o produto original do seu artista preferido, etc. Mas os cds não tem o mesmo charme que o vinil então em alguns casos eu trocaria sim! Veja o caso dos Beatles,a dicografia oficial disponível em cd é inacreditável de tão ruim, a parte gráfica parece coisa de amador e a qualidade do som é péssima, esse é um caso em que eu não pensaria duas vezes. Se até os camelôs conseguem inventar maneiras de atrair compradores eu não entendo o que é que essas gravadoras estão esperando?

  24. Acho que seria uma opção. (na verdade, já é). Bandas preferidas sempre serão compradas no formato original. Mas de repente até teria os dois. Imagine levar pro carro os 15 cd’s de sua banda preferida para fazer uma viagem? Muito melhor levar um ou dois. Além da praticidade, você preserva os originais em casa.

  25. o mp3 é o testdrive da banda.

    se gostar, compro o disco. senão, apago o arquivo.

    foi assim com várias bandas dos últimos anos.

    e eu continuo comprando disco original.
    o último que comprei, foi fratellis, numa promoção online qualquer.

    NADA supera o PRAZER de abrir o celofane do disco, de poder abrir a caixinha e tirar o disco do encaixe.

    por isso eu digo DISCO e não CD.
    porque CD pode conter coletâneas vendidas em camelôs, a exemplo dos Mp3.

    e DISCO é o conceito.

    sobre sair da banca do camelô com a discografia completa do mestre xis do jazz. mac, meu velho, com o deus google hoje em dia qualquer um pode ter o que quiser.

    mas responder assim, na lata, sem titubear, sobre essa ou aquela música, só quem tem o disco e o ouviu incessantemente durante tempos e tempos para entendê-lo.

  26. Eu troco sem dó nem piedade. Essa fase consumista de excessos materiais já se foi, na minha vida pelo menos.
    A indústria nacional sempre cagou e andou para os encartes (papel vagabundo, fotos desfocadas e informações tesouradas).
    Além do mais, democratizar a informação proporcionando a estudantes e assalariados a possibilidade de conhecer as discografias das bandas é um meio muito mais eficiente de divulgação.
    Os R$ 900,00 do show do Dylan poderiam se transformar em 900 dvds com sua discografia e serem distribuidos a quem tivesse interesse.

  27. Não! Eu não trocaria minha coleção de CDs e muito menos as de Vinil que tenho. Mas sou totalmente a favor de novas formas de distribuição das músicas, os tempos mudaram e não tem como ficar parado. Escuto mais hoje MP3 do qualquer outro formato de armazenamento de audio. Tenho um HD de 80GB só para MP3 e tenho muita coisa que jamais eu teria acesso por CD ou Vinil. Onde vou nunca há uma pickup disponível e o MP3 facilita fazer uma seleção de última hora em um CDR ou Pendrive e levar para uma festinha ou reunião. Agora, quando quero uma coisa mais intima em casa com amigos ou com AQUELA GAROTA… Nessa hora é só vinil. (Inclusive estou tentando comprar o novo do Radiohead que saiu em vinil… meu atual sonho de consumo). Viva o MP3 e a nova era digital. Vinil é coisa de nostálgicos e velhos igual a mim e que um dia tiveram acesso a uma boa qualidade de audio… a nova geração não tem essa referência… então o MP3 é tudo na vida deles (assim como a fitinha K7 já foi para muitos em seu walkman). Abraços e tudo de bom.

  28. Nao trocaria minha coleçao de cds, sabe como é apego né? Mas compraria dvds assim sem duvida, agora sera que as gravadoras topariam? Sinceramente acho que nao…
    Abs.

  29. Mac,

    para falar a verdade, logo que surgiu o DVD (com capaciade muito maior do que o CD) o meu sonho já era que as gravadoras lançassem discografias completas no formato (nem pensava no MP3), facilitando a vida dos colecionadores e desengavetando catálogos completos.
    Com o MP3 seria ainda melhos, mas como vc disse, com encartes, fotos, embalagem luxuosa.
    Eu, pelo menos, seria um grande cliente.
    Claro que não iria me desfazer dos meus 2000 e poucos CDs, que têm valor sentimental, mas que dá uma trabalheira para achar alguma coisa no meio deles, ah isso dá.
    Comprei um HD de 500gb para digitalizar tudo, mas teria que tirar umas férias de seis meses e achar paciência para encarar a empreitada…
    Reitero que acho essa sua sugestão genial, e não entendo com as gravadoras ainda insistem em lançamentos com embalagem porca, que não justifica a compra daquilo que se consegue de graça na internet.
    Só complemetando, como já disse um outro leitor, a sugestão deveria ser atualizada para o lançamento de formatos loss-less em discos Blu-ray.
    Abraço.

  30. Ei Mac,

    olha, eu compraria sim, com certeza, porque sou fanática por música, mas gosto também da sensação de olhar o encarte, colocar o cd no som…pô, até hj uso vinil rsrs…mas tb sempre me preocupei com o seguinte fato: se eu continuar a gostar de música desse jeito, onde é que vou guardar essa tralha toda??? ai ai…que dilema!
    bjs

  31. Estou justamente num movimento de descartar 80% dos meus discos para liberar algum espaço em casa. Estou na fase de triagem, e a idéia é só deixar o que tenho mais apego – seja por qualidade da obra ou por algum eventual vínculo emocional com aquele disco específico. Esses 80% serão convertidos em mp3 (na verdade em .aac) e vão morar em um HD externo. Por que 80%? Porque se eu não puser um número, uma meta, não me desfaço de quase nada. 🙂

  32. O MP3 funciona muito bem para o ouvinte incidental, aquele que não busca qualidade ou não faz do hábito de escutar música uma experiência indispensável. Ele pode escolher uma ou outra música para comprar eventualmente, deixando de tomar uma cerveja no bar circunstancialmente. Já o ouvinte “xiita”, que sabe o valor de um conceito artístico de som de qualidade + arte gráfica, dificilmente vai se adaptar a essa nova tendência de massa, ainda mais se tiver que pagar por ela de alguma maneira. Particularmente, me recuso a pagar R$0,01 por um MP3, pois não acho que a ausência de qualidade dele seja digna de meu prestígio, o que não acontece com as outras mídias.

    E outra coisa: não sejamos hipócritas em sugerir que, se o formato sugerido fosse adotado no Brasil, as pessoas deixariam de comprar de camelôs para prestigiar as gravadoras. Um dos motivos da popularização do MP3 no país é a ilegalidade: dos camelôs vendendo CDs queimados e MP3 players contrabandeados da China. As gravadoras continuariam sendo derrotadas na questão PREÇO.

  33. “Ter o ORIGINAL com ENCARTE é melhor, é simbolo de poder, de posse é mostrar pro seu amiguinho que você pode e melhor ainda se ele for um CD RARO fora de catálogo/venda, tiragem limitada ou importado.” Que babaquice, Wendel!

    QUanto a pergunta, Se eu trocaria meus cd’s originais por mp3, até o momento, naum. Mas há anos que não compro cd’s, tenho baixado tudo. E acho que é como o Marcelo falou, as gravadoras precisam ser criativas para encontrarem formas de contrapor aos camelôs, afinal é tudo um processo, e é típico do capitalismo. A mesma Sony que fabrica e vende gravadores de CD/DVD é a que reclama por causa da pirataria.

  34. Eu não trocaria aqueles que eu já tenho, pois eu od comprei porque quis. Mas eu passaria auguns de meus CD’s, principalmente os vinis, para mp3 por uma questão de segurança. Eu não tenho muito espaço em casa, então os CD’s acabm não ficando tão organizados, ai nesse vai e vem eles podem acabar riscando, e ai como é que eu fico?! Com uma cópia, que não precissa obrigatóriamente em mp3, eu tenho a garantia de que eu poderei ouvir o CD quantas vezes eu quizer, e ele continuara intacto como novo!

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