Três CDs: Paula Toller, George Israel e Maria Rita

por Marcelo Costa

“Só Nós”, Paula Toller (WEA)
Em sua ótima estréia solo de 1998, Paula Toller escolheu sambas antigos além de coverizar Guns, Dominguinhos e Sinatra – e só gravar duas inéditas. “Só Nós”, seu segundo álbum, é mais autoral. Paula assina seis parceiras e duas versões (de Kevin Johansen e Rufus Wainwright) em um disco que não bate “Pega Vida” (último do Kid), mas cumpre o que pretende: ser pop com classe. “Barcelona 16” atualiza a fofa “Oito Anos” enquanto Kevin dueta em “Glass” e Donovan Frankenreiter participa de “All Over”.
Nota: 6
Preço em média: R$ 35

“Distorções do Meu Jardim”, George Israel (Som Livre)
Na disputa melhor Kid Abelha solo, o saxofonista se sai melhor. Ele já havia lançado um bom álbum em 2004 (“Quatro Letras”), e retorna com o mesmo modus operandi: boas parcerias (Alvin L assina duas letras; Marcelo Camelo assina e toca “Chão do Jardim”; Leoni assina, toca baixo e canta “A Noite Perfeita”, com João Barone na bateria), bons amigos (Barões, Jorge Mautner) e boa produção de Nilo Romero. Só não precisava regravar Cartola (“As Rosas Não Falam”) nem recuperar um Cazuza menor (“Mina”).
Nota: 6,5
Preço em média: R$ 20

“Samba Meu”, Maria Rita (WEA)
Maria Rita reina já faz quatro anos como grande sucesso de vendas em um mercado decadente. Não soa estranho, então, esta investida em um dos gêneros mais populares da música brasileira. Porém, pouca coisa deste “Samba Meu” soa dela. “Samba Meu” é a tradição repaginada para a classe A/B com produção cuidadosa, interpretação correta e execução perfeita. É um CD que carece de coragem, personalidade. Tentar ganhar dinheiro não é demérito, mas é preciso dizer: tudo isso já foi feito antes. E melhor.
Nota: 5
Preço em média: R$ 30

19 thoughts on “Três CDs: Paula Toller, George Israel e Maria Rita

  1. A ex-secreta sra.Falcão de4monstrou no fantástico está ainda em revanchismo, repaginada, siliconada e com pose de mulher vingativa, não gosto dos trejeitos dela.e ainda dizendo no samba que perdoa – a quem ?- Débora Secco!

  2. Achei equivocada a crítica.
    Além da qualidade da cantora, neste CD podemos constatar o cuidado com a produção e arranjos. Muita coisa já foi feita antes. Mas cada intérprete tem a sua maneira de fazer.

  3. Como dito antes, você foi bastante bondoso com esse pessoal. Mas com bons lançamentos por aí, qual a razão de perder o tempo comentando os albums desse pessoal ?

  4. Gosto do disco da Paula Toller.
    Por outro lado, odeio e sempre odiei essa Maria Rita. Voz chata, postura chata, repertório chato e, para piorar, baranga (prefiro ver a Britney “gorda” – sem som, é claro -, do que ver/ouvir Maria Rita).
    Mas o que eu queria, Marcelo, era perguntar outra coisa.
    Tempos atrás vc falou que compra CDs de uma loja americana, com frete grátis.
    Mas e os impostos? Não incidem nessa compra? Se sim, qual a alíquota?
    Vc recebe os discos em casa ou tem que liberar na Receita Federal (o que seria outro fator inviabilizante para mim, longe demais das capitais)?
    Espero que vc possa me ajudar com essas informações e acredito que outras pessoas tenham as mesmas dúvidas.
    Abraço,
    David.

    P.S.: Fãs da Maria “Chata” Rita, sorry.

  5. Maria Rita e Céu são as melhores cantoras surgidas nos anos 00, seu novo disco de samba é excelente, já esperava pela crítica negativa do Marcelo, ela se tornou persona non grata da crítica cri cri pelo lance dos Ipod.
    Vendeu muito não presta, é esse o raciocínio pequeno dessa galera, o bom mesmo é a %!@$&@#do Vanguard que não vende nada.
    Nada não,Maria Rita, os cães ladram e caravana passa.

  6. Tomei a liberdade de adicionar um link para o seu Revoluttion no meu blog sobre resenhas musicais.

  7. Marcelo, Marisa Monte excelente compositora?!?! Sou o maior fã da Marisa, desde sempre, mas excelente compositora ela não é, não. O que vc chama de abrir as pernas pro mercado? Quem faz “Já sei Namorar” abriu o que?
    Se os Beatles tivesses continuado no estilo “Please Please” seriam hoje um rodapé de página na história do rock, teriam sido engolidos pela rapaziada do psicodelismo.
    Quanto a Maria Rita, por que ela está parada no tempo? Por que seus discos tão têm eletrônica?
    Por que não têm “barulhinhos bons” ?
    Ora, que bobagem, Marcelo, deixa isso pra Céu, que é ótima, cada um tem seu estilo.
    Como diria Riachão, cada macaco no seu galho.
    A árvore é frondosa, tem galho pra todo mundo.
    Um abraço pra vc.

  8. tu podia resenhar o disco novo do china, (simulacro) ex sheik tosado. taí um cara que não tem medo de mudar.

  9. Caraca, adorei o “Samba Meu’ é a tradição repaginada para a classe A/B”

    Uma constatação de que o álbum diz muito pouco de Maria Rita é o fato de que a maioria das músicas ser de um único autor: Arlindo Cruz. Ou seja, o disco diz mais de Arlindo do que dela mesma…

    Cara, gostaria de sugerir uma pauta: capa de CDs. Geralmente tenho reparado nisso, elas são muito iguais, sem originalidade, não dizem absolutamente nada, os artistas não pensam em como querem apresentar seus trabalhos? Veja o caso de Maria Rita, praticamente as mesmas capas, os dois primeiros álbuns nem se fala….será que o Tripoli está sem criatividade?
    E isso ocorre muito quando são mulheres as artisitas; se fotografa a mulher, coloca na capa e pronto. Tudo bem que é para o público reconhecer logo, mas falta personalidade.

  10. Essas músicas não foram feitas pela Marisa, cara. O nome dela entra pelo cafezinho e outras cozitas mais, ela deve dizer uma frase ou outra. Qual música boa ela assina sozinha?
    Eu sou fã da Marisa, pra mim é a melhor cantora de uns 20 anos pra cá, mas compositora? Nananinanão.
    O Nirvana é a banda mais supervalorizada do mundo do rock, não vale 10% do que vcs críticos querem fazer crê.
    Eu discordo frontalmente, Maria Rita tem estilo próprio sim. Piano, baixo, batera e sua linda voz formam o seu estilo, já inconfundível.
    É que ficou proibido ser filho de alguém, né?
    Tem que nascer no morro, vim da favela, da periferia pra ser bom.
    O Marcelo D2(eu adoro) era bacana pra vcs, bastou ir na Daslu, no Faustão, fazer mil propagandas e não serve mais. É a mesma música, mas pega mal dizer que gosta do cara. O Bom é o Sabotage que era pobre, preto e morreu.
    Cara, eu acho isso uma bobagem tão grande que fico perplexo.
    Mas, enfim, cada um com seus preconceitos.
    Um abraço.

  11. Tá bom, Marcelo, generalizei e lhe coloquei “num balaio de jornalistas”, foi mal.
    Mas há preconceito com a Maria Rita, sim! É nítido, cristalino.
    Não sabia que o “Meu samba é assim” tinha ganho APCA, pensei que fosse o “A procura …”
    A importância histórica do Nirvana no mundo do rock é indiscutível, já sua qualidade, é bastante discutível.
    Por último, e sem querer abusar da sua boa vontade, gostaria que me respondesse uma pergunta que ficou pendente, qual música boa a Marisa Monte assina sozinha?

    PS: Aceito e respeito as críticas, só gosto de quem tem má vontade prévia, não estou dizendo que é o seu caso.

    Um abraço e valeu o papo.

  12. E aí, Marcelo! Tudo bom?
    Já ouviu o disco da Emma Pollock? Baixei ontem, mas ainda não deu tempo de ouvir direito… o pouco q ouvi, achei bem bom, viu..

    Abraços.

  13. Dois pontos referente ao novo da Maria Rita. Primeiro: Produção impecavel do disco, arranjos bem feitos. Excelente. Nota 8.
    Segundo: Falta identificação da Maria Rita com o trabalho, falta coração. Ate porque como ela mesmo disse foi a gravadora que deu a “ideia” do album. Falta fazer parte do projeto. Nota 4.
    Média final: 6. Bastante razovel.

  14. Só uma provocação….

    Por falar em indústria cultural, vcs repararam em como a Maria Rita mudou seu estilo? Outro dia a vi numa entrevista e ela parecia uma “tchutchuca”, calça colada, cintura baixa e tal, cadê a linha “cool” dos primeiros cds? Pois é, a industria cultural é danada, e Maria Rita e seu front esperrrrrtoooossss…hhuahuhuahauhua
    Foi mal galera, sei q o espaço é para música, mais naum resisti; e só para constar: eu gosto dela cantando sim, e ainda gosto muito de seu primeiro álbum….

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