Três CDs: Ash, Idlewild e Gruff Rhys

por Marcelo Costa

“Twilight of The Innocents”, Ash (WEA)
Em seu sexto e último álbum (a banda diz que só lançará singles de agora em diante), o Ash volta a ser um trio (como na estreia com o álbum “Trailer”, em 1994) devido à saída da bela guitarrista Charlotte Hatherley. A mudança devolveu o sotaque pop guitarreiro ao grupo após o pesado e fraco “Meltdown”, e rende canções poderosas como a abertura com “I Started a Fire”, a sensacional “You Can’t Have It All” e a quebradíssima “Blacklisted”, mas o pique não se mantém. Se fossem singles…

Nota: 7
Preço em média: R$ 55 (importado)

“Make Another World”, Idlewild (EMI)
Eles eram barulhentos nos primeiros álbuns (“Hope Is Important” e “100 Broken Windows”), mas acertaram a veia pop no ótimo “The Remote Part”. Quando pareciam ser a bola da vez vieram o fraco “Warnings / Promises” e o exílio solo do vocalista Roddy Woomble (com o sublime “My Secret Is My Silence”). Agora retornam exalando barulho em ótimas canções como a rápida “In Competition For The Worst Time”, a dançante “No Emotion”, a tristonha “You And I Are Both Away” e a empolgante “Finished It Remais”.

Nota: 8
Preço em média: R$ 30 (nacional)

“Candylion”, Gruff Rhys (Sinnamon Records/Rough Trade/Team Love)
Segundo álbum solo do vocalista do Super Furry Animals, “Candylion” exercita o modus operandi que fez a fama do SFA: arranjos inusitados e inteligentes que, aqui, tomam como base o folk (ou folksploitation, como diz Gruff) para carregar a melodia por territórios deliciosamente inesperados. O resultado surreal e desencanado destaca a fofa faixa título (com backing de Lisa Jen), a pop folk “Beacon In The Darkness” e a bossa espacial “Con Carino”, cantada em espanhol e dedicada a Ronaldinho Gaúcho.

Nota: 8,5
Preço em média: R$ 45 (importado)

– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne

13 thoughts on “Três CDs: Ash, Idlewild e Gruff Rhys

  1. Nunca consegui gostar de Ash 🙁
    Quando ao Idlewild, muito bom disco, mais REM do que nunca e o Gruff Rhys, bom para mim ele fica naquela categoria de quase gênio, gostei bem desse album..
    Abraços!

  2. Fala Mac!!!

    Ó, a estréia discográfica do Ash foi com o álbum “Trailer”, de 94. Lembra, tinha aquele single “Jack Names the Planets” (cujo clipe figurava fácil no finado ‘Lado B’ do Massari) e tbm a maravilhosa “Petrol”. Dois anos depois veio o famoso “1977”, de “Girl From Mars” e “Angel Interceptor”.

    Sei disso pq são os dois únicos do Ash q eu comprei, ainda no século passado (q bizarro dizer isso…).

    Engraçado mermo como o Ash é a t %!@$&@#banda de ótimos singles e discos fracos…; e isso me fez lembrar tbm do Theraphy?, banda q amo e acompanho desde o seu início, mas q lançou apenas um clássico (Troublegun), depois um bacana (Infernal Love) e depois uma sucessão de discos medianos e/ou fracos até o presente momento – ainda assim contendo grandes canções perdidas em cada um deles.

    E eu continuo seguindo o Theraphy?.. hehe; mesmo sabendo de suas deficiências e limitações, fico em busca de um breve momento de magia de Andy Cairns e companhia – que eles acabam proporcionando em duas ou três canções por álbum. hehe A média não é boa, mas até q compensa. Na minha modesta opinião, eles erram mais do q acertam, mas é bonito ver como se arriscam. =)

    Abraaaaço

    PS: Será q os caras do Ash não devem ficar muito bolados pensando q poderiam ter sido um Foo Fighters?… hehe

  3. Ash e Idlewild, me soam a Foo Fighters. Alguns bons singles, mas o álbum cheio não se sustenta, as músicas se tornam repetitivas e cansativas. Mesmo sendo um pop/indie/power gostoso de se ouvir, despretensiosamente (essa última palavra é a que me vem a cabeça, em relação ao som das duas bandas). Talvez, em uma coletânea, seriam mais grandiosos do que em discos. Mas, “1977” e “Free All Angels” são bem bons, mas cansam.
    As propostas musicais das duas, devam ser entreter o seu nicho musical, sem lá fazer pensar e esperar algo diferente/criativo. Fazem isso muito bem, mas aos ouvidos mais calejados, experientes, exigentes, etc, é razoável. Para os mais saudosos e exigentes, temos Wilco, REM, Manics, Twilight Singers e Radiohead. Acho que está de bom tamanho.
    Mas gosto é gosto. Não se discute.
    Apenas, minha opinião.

  4. Putz, que coincidência. O leitor Marcus, escreveu os mesmos argumentos que o meu, até citando o Foo Fighters…, sem eu ter lido os seus comentários antes. Eita, que estranho…curioso.

    Ah, de boa mesmo, Mac, os novos do Wilco e Manics, estão em primeiro e segundo, respectivamente, na posição do meu top 5 deste ano. E, estão bem longe, dos demais. Meus pais já estão até assoviando os discos. Por osmose. Meu velho, adorou Sky Blue Sky, vive pegando emprestado o meu CD. E pior, ou melhor, está embasbacado com a discografia do Wilco. Bandaça!

    Corre por fora, na minha listinha, os novos de BRMC, Frank Black e Josh Rouse (este último vale uma resenha. Mesmo nao sendo um “Under Cold Blue Stars” ou “1972”. Né, não?)
    A decepção do ano: Pumpkins! Que pena. Zeitgeist = Datado.

    Esperando coisa boa: Radiohead, REM, Pj Harvey.

    Abraço

  5. Cara,tu acha o Meltdown fraco???Que isso…Rss.Na boa,sou muito fã do Ash,gosto muito de todos os discos.Idlewild tb é das minhas favoritas,o engraçado é que o cd que eu gosto mais é o Warning/Promisses,que é considerado por muitos o mais fraco da banda.

Deixe um comentário para Amaury de Medeiros Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.