texto de Marcelo Costa
“We Are The Night”, The Chemical Brothers (Warner)
Em seu sexto álbum de estúdio, os bros continuam fazendo música de alta qualidade. “We Are The Night” não é sensacional (como “Dig Your Own Hole”), mas mantém a batida (psicodélica) no nível dos álbuns anteriores. “All Rights Reserved”, com o Klaxons e um vocal circular que contagia, une gerações. Ainda participam do CD a banda Midlake (na calminha “The Pills Won’t Help You”), Ali Love (na boa “Do It Again”) e Willy Mason (em “Battle Scars”). A edição japonesa tem dois bônus: “No Need” e “Seal”.
Nota: 6,5
“Era Vulgaris”, Queens of The Stone Age (Universal)
Josh Homme é tão conciso que é quase impossível ao QOTSA lançar um disco ruim. Porém, ultrapassar o poderoso “Songs For The Deaf” (um dos melhores da década) começa a parecer uma tarefa árdua demais. “Era Vulgaris” dispara riffs portentosos, que ficam atrás de “Songs”, mas devem pintar em listas de melhores do ano. Julian Casablancas (Strokes) faz vocal e guitarra sintetizada em “Sick, Sick, Sick”. A faixa título (com Trent Reznor) ficou de fora, mas surge como bônus em alguns países (e na web).
Nota: 7
“Another Weekend In The City”, Bloc Party (Bootleg)
O Bloc Party não passou no teste do segundo álbum, apesar de “Song For a Clay” e “Hunting For Witches”. Porém, uma coleção de b-sides que circula na web prova que a banda deixou as melhores canções no fundo do baú. “We Were Lovers” (um romance com uma mulher casada), “Version 2.0? (jovens perdidos na vastidão do mundo), “Selfish Son” (do refrão “Eu posso ser cruel com você, meu amor”) e “Rhododendron” (que cita Napoleão, James Dean e Marlon Brando) mostram que a história poderia ter sido outra.
Nota: 8,5
– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne.
u-hu! adorei! 🙂
do it again… it’s an rage against the machine!
se o rock é o som do protesto, rockeiros tupiniquins, univos! política hoje em dia realmente sucks, mas… Quem sabe agora não é a hora da mudança. Dia 17/08, greve geral no Brasil. Divulguem, repassem, comentem, temos pelo menos 15 dias pra que dê certo!
Cara,foi graças a esse cd do Chemical que eu ouvi falar pela 1º vez e fui atrás de uma banda top de linha (pelo menos pra mim).O sensacional MIDLAKE.O cd deles do ano passado, The Trials of Van Occupanther,é simplesmente perfeito.
Cara,desses cds,o melhor é o do Queens,embora o Chemical seja muito bom tb.Bloc Party é uma banda fraca,sempre achei…Mas não ouvi os lados b citados aí…E o vocalista do Bloc Party teve a ousadia de falar mal do Oasis.Na boa,tem que comer muito feijão com arroz esse menino…
Nao escutei o Chemical ainda. O do Queens tambem dou nota 8. E o do Bloc Party para mim nao passou de um honroso 7, apesar de “I Still Remember” ser muito boa…
Parabens pelos 500 toques…ficou bem bacana 🙂
Abraços
Bacana esta nova seção.
Objetiva, pontual e informativa.
Só uma dica ou sugestão, como preferir, vc poderia resgatar discos antigos que ficaram despercebidos com o passar do tempo. Apontar uma sugestão e tal.
Não sei se é cabível a minha sugestão, mas nao custa tentar.
É claro, que têm discos tão únicos e particulares que não cabem apenas em um parágrafo. Ou por qualidade, grandiosidade histórica, inovação, peculiaridade, registro de uma época, etc.
Aí, caberia uma resenha mais extensa como vc faz muito bem, de segundas e quintas.
Poxa, muito bacana o seu site e a sua coluna no IG. Serviço público de primeira qualidade em detrimento da boa música, independentemente de opiniões pessoais. Continue nesse caminho.
Ps: Já escutou o EP de 5 músicas do Twilight Singers, “A Stitch in Time”?? Arrebatador. Greg Dulli é gênio. Engraçado, o Twilight é tão bom e inspirado, que faz eu até esqucer da importância do Afghan Whigs, como pode?
Abraço!
Se for falar de coisas do ano passado por exemplo,pode falar do Pernice Brothers,Live a Little.Muito bom.
gosto muito desse formato. me lembra resenha de revistas. direta ao ponto. e compacto da idéia de resgatar alguns discos q passaram despercebidos.
um dos melhores discos que ouvi esse ano é o ‘an other cup’, do yusuf islam (cat stevens reloaded), que contém a música q lidera as mais ouvidas no meu last.fm, ‘heaven/where true love goes’. abraço!
Bacana mesmo as notas resenhas Marcelo, mas no caso do disco do Bloc Party, a nota nove você atribuiu aos B-sides né, não mesmo ao disco em si?
resumo das três resenhas:
1) esse disco não é tão bom quanto o anterior, mas é legal
2) esse disco não é tão bom quanto o anterior, mas é legal
3) esse disco não é tão bom quanto o anterior, mas é legal
sem graça ler isso…
Aêeeeeeeeeeee!!!!!!!!! até que enfim falou do QOTSA! rs, legal e objetivo, valeu! agora falta falar de Antony and the Johnsons hein! Fico no aguardo…
bjosssssssss!!!!!!!!