Dez mini-entrevistas


Cerca de três anos atrás, o jornalista Lúcio Ribeiro teve uma sacada bacana: São Paulo estava fervilhando de shows e festas, mas não tinha um guia que mapeasse esse cenário. Nascia, assim, o Guia Out, uma revista de bolso distribuída gratuitamente que, além de indicar as baladas e os shows, também trazia entrevistas, resenhas e participações de gente como Álvaro Pereira Jr, Marcelo Orozco, Paulo Cesar Martin, Fábio Massari, Thiago Ney, André Barcinski, Kid Vinil, Thales de Menezes, Paulo Terron e Marcelo Costa. :o) O Guia durou sete divertidos exemplares, e renasceu na Popload, a coluna do Lúcio aqui no iG.

Agora o espaço começa a tomar forma, e o que segue abaixo são dez entrevistinhas rápidas que fiz com bandas que estão chacoalhando os locais de shows. Tudo já foi publicado tanto no Guia Out quanto no blog Calmantes com Champagne, mas eu queria reunir tudo num local só, até para ter um panorama dessa leva de bandas que anda fazendo shows pelo país. Junto, separei uma música de cada banda para que você, leitor, conheça. Se gostar, tem o link também do site do artista, com muito mais coisas para se ouvir (e muito pra se baixar).

Tem o folk nervoso dos curitibanos do Bad Folk – que querem ser Johnny Clash; o pop britânico do pessoal do Gram; os inclassificáveis Jumbo Elektro; os moleques strokeanos do Motpop; a nova fase dos paulistas do Pullovers e d’Os Telepatas; o pop de garagem dos curitibanos do Terminal Guadalupe; o pop folk dos cuiabanos do Vanguart; o terceiro mundo festivo de Wado e Realismo Fantástico; e o punk brega botequeiro fora da lei de Mr. Wander Wildner. Tem de tudo um pouco. Leia, baixe (botão direito e ‘salvar como’ no que for pra baixar), ouça (um clique no que for pra ouvir). E curta o feriado. Semana que vem nos vemos.

Bad Folks
Três perguntas para Cassiano, guitarrista/vocalista do Bad Folks
1) Qual é a do Bad Folks? O que rola nos shows da banda?
Nosso negócio é o seguinte: imagine se os Replacements fossem brasileiros com panca de punks mexicanos tentando soar como os Pogues depois de um estágio no deserto com o Captain Beefheart. Simplificando: freak folk rock para bares barulhentos. Nos shows você não deve conseguir ficar parado.

2) Andaram me falando que o Bad Folks é o Wilco brasileiro. Procede?
É uma honra ser comparado com o Wilco, mas, pretensões à parte, na verdade gostaríamos mesmo de sermos comparados com o Johnny Cash ou com o The Clash. Inclusive misturamos ‘Wrong’ em Boyo’ do Clash e ‘Folsom Prison Blues’ do Johnny Cash numa mesma versão. É isso que queremos ser: o Johnny Clash.

3) Qual a melhor banda atual: Los Pirata, Vanguart ou Bad Folks?
Gostamos muito das três. Se eu não fosse um Bad Folk provavelmente ficaria entre o Los Pirata e o Bad Folks. Mas como sou um Bad Folk, tenho que ser fiel ao nome da banda e não vou falar que alguma outra banda é melhor que a gente nunca. Nem pior. O Vanguart é muito bom. Eles são Good Folks. E estamos no mesmo barco do Los Pirata. Com uma ou mais garrafas de rum.

http://www.myspace.com/badfolks
Ouça: If You Wanna Say Something

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Gram
Três perguntas para Marco Loschiavo, guitarrista do Gram:
1) Vocês estão lançando “Seu Minuto, Meu Segundo”, segundo CD. Qual a diferença da banda hoje para aquela que ficou conhecida com “Você Pode Ir Na Janela” em 2003?
Hoje somos uma banda um pouco mais experiente, madura e certa do que quer produzir musicalmente e artísticamente. Hoje temos um DualDisc (CD+DVD), e esse trabalho reflete nosso amadurecimento musical e nossa aptidão pelo audiovisual. No DualDisc tivemos a oportunidade de trabalhar com profissionais experientes, em estúdios de primeira, sem se preocupar com tempo. Trabalhamos bastante com pós produção de arranjos, o que não foi possível no primeiro disco por falta de tempo e experiência. Pudemos explorar a arte do encarte (produzida pelo Sérgio, vocalista) e a parte em vídeos, com bastante animação Stop-Motion, animação com gráficos e interferências (eu que fiz), uma excelente edição por Lígia Ramos e um emocionante vídeo com fotos de shows que contam um pouco da nossa trajetória.

2) Como estão soando as músicas novas no palco?
Os shows tem sido muito legais! Sentir as músicas ao vivo é diferente, outra pegada, mais peso. Os nossos fãs tem gostado e aos poucos estamos ficando mais a vontade ao toca-las.

3) O que uma pessoa que não conhece o som de vocês encontra nos shows?
Quem for no nosso show irá encontrar uma banda nova com um disco novo, com repertório novo, com muita vontade de tocar, se divertindo, fazendo o que ama e fãs dividindo o mérito pelo show. Tem sido sempre assim, Gram + Público = Coro e diversão garantida.

http://gram.mosva.com.br/
Ouça: Antes do Fim

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Jumbo Elektro
Três perguntas para Frito Sampler, do Jumbo Elektro
1) Vocês estão meio sumidos da mídia? Se perderam na ilha de Lost?
Realizamos algumas aparições esporádicas, como fantasmas, que aparecem uma hora aqui, e outra ali. Um integrante da banda realmente está perdido na Ilha de Lost depois que ele fez um corte de cabelo parecido com o do Santoro numa peluqueria paquistanesa. Isso realmente aconteceu em Barcelona, temos tudo filmado, carimbado e avaliado. Aliás, uma coisa que temos feito com freqüência são pequenos filmes que pretendemos depois compilar num documentário. Viajamos para Barcelona em Abril desse ano, e lá filmamos a balada sem parar, foram mais de 12 fitas, muita coisa Mojica e Medieval.

2) Como vocês definiriam uma apresentação ao vivo do Jumbo Elektro?
As apresentações do Jumbo são regadas a som alto no PA e performances digamos “inusitadas”. Usamos extintor de incêndio, biribas, e recentemente traques. Encontrei uma caixa de traque perdida aqui em casa. Os shows do Jumbo são muitas vezes catárticos, loucos, e cada vez mais partimos para isso, no bom estilo Frank Zappa. Por outro lado, nossas novas canções são mais sérias, mais maduras, pode-se dizer. Outra coisa que acontece nos shows é aprontar alguma com um membro da banda que se distraiu com algo, que não pôde passar o som, ai ele sofre uma punição no meio da apresentação, isso tem acontecido com freqüência.

3) Quando sai o novo Best Of? Músicas novas podem aparecer em shows a qualquer momento?
O novo Best Of sai no ano que vem (2007), já estamos com quase tudo pronto para gravar.

http://www.jumboelektro.com.br/
Baixe: Freak Cat

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Moptop
Três perguntas para o Moptop:
1) O sonho do disco próprio se realizou. Vocês gostaram do resultado final?
Gostaríamos de ter tido mais tempo para mixar, mas tirando isso gostamos muito do resultado final. O disco está equilibrado, bom de se escutar e apresenta bem o caminho que buscamos como banda. Em termos de sonoridade, gostamos muito da nossa demo, mas queríamos fugir um pouco da estética lo-fi presente nela.

2) O que muda do CD para o show? O que vocês aprontam no palco?
Rola umas coreografias tipo Beyoncé… brincadeira. O show é mais pesado que o disco e o andamento das musicas um pouco mais acelerado. O disco é mais correto que o show. Embora não sejamos uma banda de improviso, o show é mais caótico e tocamos várias musicas nossas que não entraram no CD.

3) Assim como os grandes lançamentos gringos, o CD de vocês já está na web. Vocês são contra ou a favor da troca de MP3?
Totalmente a favor. Queremos que as pessoas escutem nossa música da forma que for. Ainda acredito no formato CD e acho que quem realmente curte a banda em algum momento vai comprar um CD nosso. Somos contra a pirataria física… é um absurdo outra pessoa lucrar com a musica que fazemos. Quem quiser conhecer nossas musicas através da internet entrem em http://www.moptop.com.br/hotsite.

http://www.moptop.com.br/

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Pullovers
Três perguntas para Luiz Aiello, do Pullovers:
1) Vocês já liberaram, neste ano, quatro músicas inéditas. Algum CD em vista?
CD, por enquanto, não… Temos um EP (5 músicas) que funciona como uma espécie de “demo” das nossas primeiras músicas em português e é vendido em show, mas nesta nova fase (em português) estamos preferindo gravar e ir colocando na Internet ao invés de fazer um álbum “fechado” pra ser vendido em loja. É cada vez mais nítido que assim (myspace, tramavirtual), o alcance do trampo é muito maior. Lily Allen e zilhões de outros artistas que o digam.

2) Como está funcionando a nova formação no palco? E no show, rolam canções dos CDs anteriores?
Até agora fizemos só cerca de 10 shows com a nova formação, mas parece que já foram 100. Estamos tão à vontade que parece mesa de bar. E não rolam não canções dos cds anteriores, em inglês. Pode parecer paradoxal a gente ter continuado com o nome de Pullovers e não tocar as antigas, mas não é. É que não dá pra misturar alhos com bugalhos. O nome continua porque as músicas continuam com características (principalmente melódicas) do Pullovers em inglês, principalmente porque era eu que compunha antes, mas achamos melhor separar bem as duas fases e “recomeçar do zero”. Além do que já estamos com umas 15 canções em português, o repertório de um show.

3) Todas as canções são de amor? O amor verdadeiro não tem vista para o mar?
No fundo, todas as canções são de amor, e sou eu que estou dizendo, não o Roberto Carlos (apesar disto parecer frase dele). Porque, seja qual for o tema da música (política, whisky, amor), no fundo sempre rola aquela vontade íntima do compositor de fazer bonito pra alguém, seja uma musa ou o mundo inteiro. Já o “amor verdadeiro não ter vista para o mar” é uma metáfora que eu usei pra afirmar a nossa identidade paulistana. Porque, se é pra escrever e cantar em português, quer dizer, falar as coisas na nossa língua, na lata e dando a cara pra bater, vamos fazer isto do nosso jeito (paulistano), com a nossa maneira de dizer os “r” e os “s” e tendo orgulho disto. Amamos a música de todos os cantos do Brasil, mas a gente acha que chegou a hora de uma banda de São Paulo se afirmar paulista como as bandas do mangue beat se orgulhavam de se afirmar pernambucanas, coisa que faziam os Mutantes nos anos 60 e o Ira! nos anos 80 (e até hoje). É que paulista é tímido e travado por natureza, já nasce pedindo “desculpa pelo incômodo”, então ou canta em inglês ou parece ter vergonha do seu sotaque… A gente não. Mas é claro que a gente gosta e também “se rende” ao resto do Brasil, como em “1932 (C.P.)” o cara paulista se rende à menina carioca.

http://www.myspace.com/pullovers
Ouça: 1932

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Os Telepatas
Três perguntas para Fabs, guitarrista d’Os Telepatas
1) Como você definiria o som d’Os Telepatas?
O elo perdido entre o Belchior e o Grandaddy. Ou o elo perdido entre o Guilherme Arantes e o Wilco. Ou entre o Walter Franco e o Sonic Youth.

2) Nos próximos dias vocês vão fazer shows na capital e no interior. Como vão ser essas apresentações?
Serão ótimas pra gente porque vamos colocar na estrada as músicas novas que estamos trabalhando pro disco, que começaremos a gravar em Novembro. Temos ensaiado tanto e trabalhado tanto em cima delas que ter a resposta inédita do público vai ser bom pra gente. O som da banda ganhou novas direções e a hora de ver pra onde elas nos levaram é agora.

3) Vocês vão dividir o palco com outras bandas neste shows: Monokini no interior, e Blue Afternoon em São Paulo. O que vocês acham deles?
Gosto do caminho do som do Monokini, que mantém laço estreito com sonoridades brasileiras. O Blue Afternoon é a melhor referência de música introspectiva que temos em São Paulo. Uma cidade que tem uma pilha de gente querendo tocar a 200 por hora. Ás vezes o maior barulho tá acontecendo bem baixinho.

http://myspace.com/ostelepatas
Ouça: Vegas Special

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Terminal Guadalupe
Três perguntas para Dary Jr, do Terminal Guadalupe
1) Vocês se definem como pop de garagem. O que é isso?
Distorção, mas não o tempo todo. Microfonia, mas sem ser gratuita. Melodia, mas nem sempre com refrão. Velocidade, mas com freadas bruscas. O texto pega carona para tratar de temas espinhosos, geralmente ligados ao dia-a-dia. É o pop que estuda o establishment. Ou rock nacional praticado pela banda mais brasiliense de Curitiba. A definição é servida ao gosto do freguês.

2) O TG traz vários elementos dos anos 80 e 90 no som, mas isso em estúdio. Como soa a banda ao vivo?
O Allan (guitarra) fica ensandecido nos shows e torna as apresentações viscerais. Eu tento seguir o pique dele, mas as minhas pilhas não são alcalinas. Eh, eh, eh. O Rubens (baixo) toca com classe, é praticamente um jazzman. Já o Fabiano (bateria) é aquele craque que também joga para o time, sabe? Enfim, nossos shows são para quebrar tudo, mas dá para ficar paradinho e prestar atenção nas letras. Diria que, ao vivo, o Terminal Guadalupe parece uma banda punk que toca mais de três acordes.

3) Disco novo pra quando? As músicas novas já estão pintando nos shows?
Duas perguntas, uma resposta: já! A gravação começa na próxima sexta-feira, dia 13. Sorte, né? Vamos “acampar” na Toca do Bandido por quase um mês. O culpado é o produtor musical Tomás Magno, que veio até nós e “se convidou” para trabalhar com o Terminal Guadalupe. Foi providencial. Ele fez a pré-produção aqui mesmo, em Curitiba. Agora, vamos todos para o Rio de Janeiro, onde também devemos conversar com o pessoal das gravadoras. Algumas das músicas novas têm sido tocadas nos shows e refletem bem a história de cada um dos integrantes. Fomos buscar referências no frescor dos nossos primeiros trabalhos com outras bandas. Assim, podem esperar algo que lembre bons momentos de grupos como Jully et Joe, Íris, Poléxia (do primeiro EP) e lorena foi embora…, claro. O disco vai se chamar “A Marcha dos Invisíveis” e será lançado no começo de 2007.

Site: http://www.terminalguadalupe.com.br
Baixe: Torres Gêmeas

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Vanguart
Três perguntinhas para Helio Flanders, do Vanguart

1) Vocês são uma das bandas mais elogiadas/comentadas na atualidade no circuito independente. Tem gente que diz que vocês são porta-vozes de geração. Como vocês lidam com isso? Qual é a do Vanguart?
Confesso que não sabemos lidar muito bem com isso. É bacana, claro, mas muitas vezes acho que isso acaba atrapalhando, mas a gente toma bastante cuidado. Quando a crítica sobre nós é muito boa, a gente prefere não acreditar.

2) Há muita diferença do Vanguart de estúdio para o Vanguart no palco? O que acontece ao vivo?
Acho que ao vivo ficamos um pouco mais rock, algo que a gente acaba não sendo muito em estúdio, e isso acaba trazendo sensações novas dentro das cançoes, o que é ótimo. Algumas ganham mais raiva, outras mais pressa etc.

3) Clipe na MTV, shows por todos os cantos do País, mas… quando sai o CD?
Shows por todos os cantos do pais, é por isso que o disco não saiu ainda. Heheh, mas estamos em fase final de mixagem e assim que possível ele estará na praça, com bastante coisa inédita. Vai sair, acreditem!

Site: http://www.vanguart.net
Baixe: Semáforo

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Wado

1) Wado, como será o repertório deste show? Músicas novas?
No show rola um laboratório do disco novo, além de um passeio pelo repertório dos três discos lançados. Esse laboratório é uma estética nova que estamos buscando para o Terceiro Mundo Festivo, nosso quarto parto já em gestação. Eestamos testando umas 5 ou 6 músicas novas e o retorno aos samplers e beats via mpc.

2) O disco novo já tem nome?
Tem o nome provisório de Terceiro Mundo Festivo e trata do uso da eletrônica pelo terceiro mundo, de como as adversidades formularam uns métodos e sonoridades específicas.

3) Me dá um motivo para o pessoal ver Wado e Realismo Fantástico.
Música terceiro-mundista sem ranços nem vícios, canções bonitas e batidas pra provocar as ancas.

Site: http://www.wado.com.br
Ouça: Ontem Eu Sambei

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Wander Wildner
Três perguntas para Wander Wildner:
1) Qual a tônica deste show? O que você apresenta neste “Um Amor Melhor”?
Eu apresento as mais variadas formas de amor. Um novo mundo, muito além do que Roberto Carlos poderia supor.

2) Como é o esquema no Mão Santa? É um Bar Novo?
O dono do bar é um amigo gaúcho, companheiro de teatro. Ele abriu o bar no ano passado e até então eu não tinha ido conhecer, pensando se tratar de um buteco. Mas quando eu fui eu me surpreendi, o bar é muito legal, e é realmente o que eu queria, um lugar maior que o Café Camalehon, na Vila Madalena. A princípío tenho marcado todas as terças de outubro e tocarei sozinho com meu novo violão de nylon, a la Willie Nelson total.

3) Além deste show “mensal”, por onde você estará tocando em outubro?
Confira a agenda no site www.wanderwildner.com.br

Site: http://www.wanderwildner.com.br
Ouça: Fora da Lei

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Ps1: No sábado divido as pick-ups do CLube Belfiori com o André, da Velvet CDs. Vai ser a mesma discotecagem festeira de sempre. E no palco, Vanguart. Boa pedida, viu:

FESTA ROCK’N ROLL DINER, no CB (SP)
Shows: Vanguart & Garotas Suecas
DJs: Focka, Marcelo Costa (Scream & Yell/Guia Out) e André Fiori (Velvet CDs)
A partir das 21h
$15
Avenida Brigadeiro Galvão, 871, Barra Funda, São Paulo
Tel: (11) 3666.8971

Ps2: Falando em shows, na madrugada de quinta assisti ao show do Jumbo Elektro, o pior de todos os shows que vi da banda. Mesmo assim foi bastante divertido. Algumas músicas novas já credenciam o novo CD do grupo, que deverá ver a luz do laser só em 2007, mas o clima de festas de amigos imperou no Stúdio SP. Mais falastrão do que o normal, Tatá Aeroplano ‘tocou’ extintor de incêndio e jogou traques no teto do local. Saiu em defesa da Bidê ou Balde no caso “E Por Que Não?”, convocou todos a assistirem “Estamira” e “Cinemas, Aspirinas e Urubus”, além de distribuir bis para a platéia… no bis do show. Ao final, o grupo chamou ao palco o maluco Felipe Flip, que cantou com a banda a ininteligível “Eu Não Sou Chico Buarque”, um dos melhores refrões que ouvi neste ano. Bem divertido.

Ps3: Ainda tenho algumas Out impressas aqui em casa. Alguém se interessa pela ‘coleção completa’? Tem coisas bacanas ali. Qualquer coisa, já sabe: mcosta@ig.com é o email. Aliás, falando em coisas bacanas, muuuuuita gente escreveu, ligou e até pediu pessoalmente o vinil de “Nevermind”, do Nirvana. E acredita que não sei onde é que ele foi parar? Sério. No fim, quem se deu bem foi o amigo Carlos Freitas, da Impop, que acabou ganhando o vinil do álbum “Between The Buttons”, dos Stones. A capa é tão linda…

Ps4: O amigo jornalista Tiago Agostini colocou os curitibanos do Charme Chulo na parede. Confira a entrevista aqui. A banda está disponibilizando cinco músicas novas para download no site oficial. Abaixo linko as minhas duas preferidas:

MP3: Mazzaropi Incriminado
MP3: Piada Cruel

Ps5: “Tribunal Surdo”, o novo álbum do Violins, de Goiânia, terá 14 músicas, e não trará nenhuma das canções que a banda disponibilizou no site nos últimos meses. Pérolas como “Gênio Incompreendido”, “A Canção Pobre” e “Mulher Bomba” vão permanecer em versões demo. Baixe duas das melhores canções de 2006, que não vão ser lançadas oficialmente.

MP3: Gênio Incompreendido
MP3: A Canção Pobre

Ps6: Por aqui, os dias estão se dividindo entre Leoni, Roddy Woomble e um show solo do Jeff Tweedy. Me surpreendi mesmo com o novo do Beck, achei o do Rapture legal, o do Kasabian uma porcaria, o do Albert Hammond Jr interessante e o novo EP de Ben Kweller ótimo. Neste momento, Justin Timberlake no som. Semana que vem dou um parecer…

Ps7: Não vi “Estamira”, mas o Tatá foi a segunda pessoa que falou entusiasmadamente do filme. Vamos assistir?

3 thoughts on “Dez mini-entrevistas

  1. Pois é, Marcelo, acompanhei a Out! e digo que era uma boa proposta: a inserção do jornalismo de serviço dentro da área cultural. Queria aproveitar e falar de outro assunto, dentro do tema revistas: tenho acompanhado como vouyer a comunidade Bizz. Vi que a carta do Forastieri repercutiu bem lá. Talvez ele não compreenda que a fase de virulência da revista passou. Aliás, o que norteia a maioria dos comentários tanto de leitores, como dos ex-profissionais é o saudosismo. Não dá para fazer hoje uma Bizz como a que o Forasta fazia, muito menos fazer uma Showbizz do Pedro Só, com ensaios sensuais. Os tempos são outros. Não dá para fazer uma revista dedicada a molecada que não tem a cultura de pagar para comprar uma revista de música. O nível de informação (tanto musical, como de gostosas) é farto na net hoje. Paricularmente, acho que o foco da revista está correto e não penso isso porque escrevo lá..hehe Talvez alguns o resultado da execução de certas pautas não agrade a todos, mas isso faz parte. Acho que é necessário um filtro em inúmeras opinões postadas lá: tem nego com dor de cotovelo; nego que posa de bacana, mas cuja opinião das revistas não repercute. Por isso que um monte de gente boa que poderia contribuir com o debate fica a margem da comunidade.
    Ah, para encerrar, você falou do bom mocismo da Bizz, mas a Rock Life da época em que você esteve lá poder fazer esse papel politicamente incorreto, não? hehe Abraços

  2. sem hipocrisia, não li seu post. o que me chamou a atenção foi o link ali do lado: Sites – Abacaxi Atômico.

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