Três discos: Headphone, Supercordas, Superphones

por Marcelo Costa

“Headphone”, Headphone (Independente)
Os paulistanos do Headphone mostram muita personalidade em seu EP homônimo de estreia. Um rock com influências de power pop e britpop extremamente bem tocado e bem produzido. Guitarras que não se calam para a voz e as boas letras marcam o EP homônimo de estreia da banda, que tem à frente Daniel Dias, autor do documentário Música de Trabalho, que foi lançado pela Monstro Discos. As excelentes ‘Contradição” e “Me Perder (Viajar)” brilham entre as seis faixas. O Headphone é a típica banda para uma grande gravadora investir, encher os cofres de dinheiro, e não precisar se envergonhar disso. Comparativamente, seria uma boa banda para dividir uma noite com o Ludov, e surpreender o público. Confira as seis faixas do EP, que está disponível, na integra, no Trama Virtual, enquanto a banda prepara um novo disco.

“Satélites no Bar (+2)”, Supercodas (Independente)
“Satélites no Bar (+2)”, novo EP dos cariocas do Supercordas, é totalmente psicodelia 1967, o que os aproxima bastante do Júpiter Maça de “A Sétima Efervescência” (primeiro disco de Flávio Bassio, ex-Cascavelletes/TNT, um clássico perdido dos últimos anos, que o próprio Júpiter não conseguiu igualar nem acompanhar). Porém, se a praia é semelhante, o Supercordas mostra muito estilo na levada bossa nóia de “O Céu Que Você Vê”, na classuda “Supercordas”, na ótima faixa de abertura, “Da Órbita de Um Sugador”, e na viajante (perdão pelo termo batídissimo) “Satélites do Bar” (de ótima letra). Um disquinho pra entrar na lista de melhores do ano, que ainda ganhou um excelente acabamento em uma capa muito bonita. O álbum pode ser baixado inteiro no site da revista MP3 Magazine, mas a banda foi além da liberação do EP. Eles também estão disponibilizando a integra do primeiro disco, “A Pior das Alergias”, tudo aqui.

“Superphones”, Superphones (Independente)
Após um excelente EP, a banda gaúcha Superphones retorna com seu primeiro álbum oficial, lançado de maneira independente, e bastante recomendado. “Superphones”, o disco, traz as duas melhores pérolas do EP “Special Play” (a matadora “9th Floor” e a ótima “Where Have You Been?”) mais oito faixas novas e a versão “Cassino Hotel Mix” de “Grown Ups”, de bônus. Na boa, é um dos melhores discos cantados em inglês que ouvi neste ano. O som flutua entre Radiohead e Coldplay, sem ser muito denso quanto o primeiro nem tão meloso quanto o segundo. São garotos (e uma garota) tocando a música que gostam do que jeito que gostam. Lançado por eles mesmos, o disco pode ser adquirido no site da banda, mas a dica é, antes, dar uma passada na seção de MP3, baixar e se apaixonar. No momento, a banda oferece para download as faixas “Down The Drain”, “Just Watching”, “Where Have You Been?”, “9th Floor”, “Lonely Dance”, “Dust”, e, claro, “Grown Ups (Cassino Hotel Mix)”, que tem relação com o livro homônimo do amigo André Takeda, e circulou em MP3 em 2004 apresentada como um dueto da personagem central (Mel X) do livro do Tax com o Superphones. Em uma palavra: linda. Ouça o disco.

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