por Marcelo Costa
“Hitting The Ground”, Gordon Gano (FNM)
Gordon Gano era guitarrista/compositor do Violent Femmes, cujo primeiro álbum merece etiquetinha de obrigatório. Só esta informação já credenciaria este primeiro trabalho solo do cara, mas o que dizer de um disco que traz metade do Velvet Underground (Lou Reed canta e toca guitarra em “Catch Em In The Act” e John Cale canta e toca piano em “Dont Petend”), um ex-Pixies (Frank Black acelera o rock and roll em “Run”) e musas do rock alternativo mundial (PJ Harvey canta e toca guitarra na faixa-título enquanto Mary Lou Lord aparece em “Oh Wonder”)? O melhor de tudo é que Gano conseguiu reunir um monte de gente legal e fazer o disco soar totalmente pessoal. Altamente recomendável.
Nota: 9
“Intergalactic Sonic Sevens”, Ash (Infectious Records)
O Ash é uma das bandas mais bacanas do velho mundo. Mantendo a essência do rock and roll adolescente (guitarras altas + refrões chicletudos + clima festeiro), “Intergalactic Sonics” traz uma faixa inédita (“Envy”) e reúne os 18 singles que a banda lançou de 1994 (a matadora “Girl From Mars”, do álbum de estreia, “1977”) até 2001 (ano em que o ultracool “Free All Angels” cravou cinco singles entre as 20 mais da parada europeia, entre elas, “Burn, Baby, Burn”, “Candy” e “Shining Light”). Não bastasse as 19 canções redentoras, a edição ainda inclui um CD bônus, “Cosmic Debris”, com mais 22 b-sides (destacando a cover do Mudhoney “Who You Drivin Now?” e uma versão ao vivo de “13Th Floor” na BBC). Único defeito: só importado…
Nota: 9
“Sweet Ride”, The Best Of Belly (Sum)
Mais do que uma coletânea Best Of (como sugere o subtítulo), “Sweet Ride” funciona como uma compilação de raridades e b-sides da banda de Tanya Donelly, vocalista, guitarrista e compositora do Belly. Das 18 canções, apenas quatro faixas aparecem como foram prensadas nos dois álbuns oficiais do quarteto (“Star”, de 1993, e “King”, 1995). O restante é material raro que privilegia versões remixadas (“Gepetto”, “Seal My Fate”, “Feed The Tree”), curiosidades (a versão em francês de “Judas Mon Coeur”), covers (“Are You Experienced?”, de Jimi Hendrix, e “Hot Burrito#1”, de Gram Parsons, esta última com o apoio vocal de Juliana Hatfield) e inéditas (uma versão ao vivo de “Dusted” e a não lançada “Lilith”).
Nota: 9
– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne
One thought on “Música: Gordon Gano, Ash, Belly”