Os últimos dias
de Marcelo Silva Costa
 

O tempo me escapa mas não penso duas vezes 
escavo em minha'alma algo que tu perdeste 
e me esqueço nos lembrando... 
chego a me aproximar do sonho... 
estico as minhas mãos mas não consigo te alcançar 

Arrebento com o tédio mas algo ainda sobrevive 
desarmo a armadilha admirando o que não existe 
e espero, espero, espero, espero, espero... 
continuo recordando a imagem de uma esfinge... 
vivenciei uma euforia e agora o amor se despede 

O tempo me escapa e o presente é tão grande 
aqueço o coração mas não acendo todas as luzes 
e nem fico pensando muito, muito... 
chego a me aproximar do sonho... 
assim cavalgo dentro da noite os últimos dias no paraiso 

Ainda não está tão escuro mas logo logo estará 
nesta busca sem esperanças resta pouco a esperar 
e eu te espero, espero, espero, espero... 
continuo devaneando a imagem de um anjo... 
debruço-me sobre a loucura encantando desencantos 

O tempo me escapa mas não penso duas vezes 
encontro em meu âmago algo que te pertence 
e nada, nada, nada, nada acontece... 
bem, de vez em quando uma estrela cadente... 
estico as minhas mãos mas não consigo te alcançar