Ainda
há flores
de
Marcelo Silva Costa
Esse tempo
regresso
é só você e eu
na chuva
faço barulho e finjo-me de
idiota
estou me encontrando em seus braços
Meio caminho
abrigo
ela não voltou e nem deixou
sinal
os anjos adoram o inesperado
eu tenho em minhas mãos o
inventário
Minha tristeza afiada pede-lhe perdão
corta-te os pulsos e bebe-lhe o sangue,
isso é o que restou da minha
saudade,
mostro-lhe meu coração,
ainda há flores,
não tenho muito de bom além
do seu amor
Essa névoa
lágrimas
é mais dificil receber do
que doar
quanto menos se sabe mais se acredita
estou me encontrando em seus mentiras
Meia lua
solidão
a estrela atravessou a vitrine
entre cacos ela dança e se
diverte
não é bem isso que
eu chamo de sorte