EDITORIAL
Setembro
2001
"Não
fomos nós"
EDITOR DO SCREAM & YELL NEGA
AUTORIA DO ATENTADO
Para Marcelo
Costa, a culpa é do Lo-Fi Zine
Por Eduardo
Palandi
TAUBATÉ - O editor do fanzine
Scream & Yell, Marcelo Silva Costa, expediu hoje comunicado onde nega,
ao lado de seu sócio Alexandre Petillo, a autoria da série
de atentados que abalaram na manhã de hoje os Estados Unidos da
América.
Costa era apontado como um dos principais
suspeitos, ao lado de nomes como Osama Bin Laden, Muammar Gaddafi e o alto
comando do governo iraquiano, mas tratou de se eximir de qualquer culpa.
Em Taubaté, onde passa férias
ao lado de sua mãe, falou com a imprensa antes de embarcar num jato
particular para Ubatuba, onde manifestou a intenção de "encher
a cara de coca-cola e derrubar o Carlinhos Falcatrua num trucão
à moda antiga".
Além disso, Costa disse, exaltado:
"querem um culpado? Vão ler a p**** do Lo-Fi Zine que vocês
talvez encontrem um, bando de filhos da p***!"
Procurada pela reportagem, a embaixada
norte-americana em Brasília não quis gravar entrevistas,
mas um funcionário que se identificou como "o Brett Anderson de
Brasília" disse que "é pouco provável que o Costa
tenha feito algo feio assim", e que o funcionamento dos consulados no Brasil
não sofrerá alterações.
As suspeitas em torno de Marcelo Silva
Costa e Alexandre Petillo começaram devido ao alto capital especulatório
que os dois lançaram no mercado nova-iorquino de ações
ao comercializar uma parte da sociedade no megafanzine Scream &
Yell. O porta-voz das organizações Scream & Yell,
seu Ribeiro, não foi encontrado para comentar as declarações
de Costa. Na sede do Scream & Yell em São Paulo, o expediente
foi normal.
As ações da empresa
caíram 3,6% na bolsa de valores de São Paulo, num dia onde
mesmo as ações de firmas mais tradicionais fecharam em baixa.
O conglomerado Scream & Yell, surgido por volta de 1998 no Vale do
Paraíba, interior de São Paulo, hoje controla o Grupo Folha,
o Grupo Abril, a AOL TimeWarner e muitas outras empresas, além de
possuir 85% das ações do Grupo Disney Internacional.
O editor Alexandre Petillo também
foi procurado pela reportagem, mas até o início da noite
não havia sido encontrado para comentar o caso. Por telefone, sua
mãe disse que o filho saíra de casa duas horas antes, levando
consigo "o cd novo dos Manics, uma foto do Elvis e um passaporte falso".
Após descartar a possibilidade
de envolvimentos dos editores do Scream & Yell no atentado, a polícia
está trabalhando com uma nova hipótese: a de que o grupo
terrorista local The Strokes, liderado pelo gângster e teen
idol Julian Casablancas, teria arquitetado todo o pânico, para se
vingar do hype criado pela imprensa musical em torno do grupo.
Em nota oficial, The Strokes decidiu
se manter em silêncio, até que os NYC Cops achem uma resposta
concreta para todo o acontecido, coisa que é "hard to explain, but
someday they'll find this modern age's terrorists", segundo o guitarrista
Albert Hammond Jr.
Eduardo Palandi,
reporter especial da Grande Aparecida
(Taubaté,
Pindamonhangaba, Roseira, Guaratinguetá, Putim e Lorena fazem parte
da Grande Aparecida) |