CALMANTES
COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog -
Página Principal
Marcelo
Costa
02/08/2007
- 12h00
Se muita frescura: a versão tosca do Calmantes com Champagne
entra em recesso a partir deste momento. Novidades, agora,
no endereço abaixo.
http://screamyell.com.br/blog
01/08/2007
- 02h04
Eu queria estreiar o Calmantes Com Champagne 2.0 neste dia
primeiro de agosto, mas ainda faltam alguns e melhorias. Como
o que eu manjo de html é de fuçar, então
deve atrasar mais uma semana. Mas dá uma olhada e guarda o
link.
http://screamyell.com.br/blog/
E nesta quarta de manhã surge uma nova seção na Revoluttion:
500 Toques. Toda quarta (com fé), três discos resenhados com
no máximo 500 toques. Nesta quarta, Chemical Brothers, QOTSA
e Bloc Party. Na
Revoluttion depois das 8 da manhã...
30/07/2007
- 16h15
Primeira chamada:
30/07/2007
- 09h44
A semana começa com muita correria por aqui. Estou aprendendo
a mexer com o Wordpress, e o Calmantes com Champagne 2.0 está
chegando por ai. Aguarde. De novidades, cairam em meu colo
vários discos legais neste fim de semana: a estréia da Orquestra
Imperial, e os novos do Pato Fu e do Superguidis. A Orquestra
já conseguiu um lugarzinho no meu top five 2007...
Neste momento, do Part of The Queue para o meu celular: "Twilight
Of The Innocents", do Ash, e "Red
& White B-Sides" (Non-album single tracks, studio b-sides),
do White Stripes.
Cinema em casa no fim de semana: "Mulheres a Beira de Um Ataque
de Nervos" (Pedro Almòdovar é maluco, maluco e maluco... e
muito genial) e "E ai, Meu Irmão, Cadê Você?" (um clássico
Irmãos Coen).
Por fim, disco da semana na Revoluttion: "Chega
de Falsas Promessas", Canastra. Para o sábado que
vem, discotecagem de aniversário no CB... conto mais nos próximos
dias. E a decepção que foi o Rakes no Indie Rock...
Extra: um minuto de silêncio por Ingmar Bergman.
27/07/2007
- 16h19
Fui ao Via Funchal, na primeira noite do Indie Rock em SP,
sem nenhuma expectativa. Mas não é que o Magic Numbers fez
um tremendo showzão? Ok, estou exagerando. O show começou
a 300k/m por hora com as faixas mais rapidinhas - e melhores
- da banda, e ali pelo meio ficou meio chatão. Mesmo assim,
a apresentação foi uma grata surpresa que nem a cover simplória
de "Baby" (Mutantes) pode arranhar. Como antídoto para ela
teve uma ótema versão de "Crazy in Love", de Beyoncé. E citações
de Rod Stewart, Kate Bush e Guns n' Roses entre as próprias
canções da banda. Depois organizo um texto melhor falando
do Moptop, do Hurtmold e da noite de hoje, que promete muito
com Rakes, Nação Zumbi e o excelente show dos Movéis Colonias
de Acaju. Aparece lá!
*******
Neste sábado, assumo as pick-ups do lounge do DJ Club, na
compania do chapa André Fiori, capo da loja Velvet
CDs. Minha mão ainda está doendo, mas nada que atrapalhe
trocar os CDs... :)
*******
Enquanto eu estava fora, a Compacto.rec estreou lançando o
compacto "Impossibilidades", do OAEOZ. A idéia é que sites
e blogs, além de publicar os compactos, se reunam para pensar
qual a melhor forma de fazer essa divulgação e que bandas
merecem ser divulgadas. Por sua vez, as bandas se inscrevem
no projeto, enviando material para compactorec@gmail.com.
As inscrições continuam abertas! E as bandas são avaliadas
pela qualidade do trabalho e por serem ativas em suas cenas.
No caso de “Impossibilidades”, a escolha foi feita por um
painel de produtores. Pablo Kossa é produtor da goiana Fósforo
Records e participou. O agitador acreano Daniel Zen também
participou. Ele é presidente da Fundação Elias Mansur (espécie
de secretaria estadual de cultura do Acre). Além deles, Marcelo
Domingues, produtor do festival paranaense Demo Sul, e Pablo
Capilé, do mato-grossense Festival Calango. Cada membro do
painel deu notas às dez bandas inscritas. No pacote, além
da música de mesmo nome, estão a faixa "Città Piu Bella",
as letras das canções, fotos e texto de apresentação da OAEOZ,
além de imagens relativas ao compacto. Você pode ter acesso
a tudo isso no seu computador ou transformar o compacto virtual
num compacto físico: gravando as músicas num CD-R e imprimindo
as imagens, que são um encarte e uma etiqueta para o CD. Esse
é o formato compacto.rec , filhote do programa ReC (Rede de
Comunicação) . Saiba mais aqui: http://compactorec.blogspot.com/
26/07/2007
- 19h56
O Violins colocou em seu site oficial uma faixa inédita das
sessões do álbum "Tribunal Surdo". Com abertura ao piano,
"Manobrista de Homens" começa assim: "Ao chegar eles me
revistam dos pés à cabeça / Procurando alguma pista do que
eu fiz na Terra". Baixe
aqui.
*******
Coluna nova na Revoluttion: Smashing
Pumpkins e a volta do rock burro
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E um blog que já era bacana ressurge agora como revista online:
de Recife, O Grito! chega ao terceiro número falando da reunião
do Verve, do "Era Vulgaris" do QOTSA, e de Truffalt. Dá uma
boa olhada que vale o seu clique :) http://www.revistaogrito.com/
25/07/2007
- 16h43
Não sei o motivo, mas eu achava (desde que baixei uns dois
meses atrás) que iria detestar o disco novo do Air, "Pocket
Symphony". E ele é bom. Ok, não é nenhum "Moon Safari", mas
tem uma melancolia bastante interessante... me surpreendi.
Aliás, nada como férias para arejar a cabeça e deixar os miolos
mais maleáveis. Para você ver, até do novo Smashing Pumpkins
eu gostei. Vou escrever até coluna levantando a bola do rock
assumidamente burro...
Mas o disco do dia é "Blue Finger", novão do senhor Black
Francis (pra que mudar o nome toda hora, meu deus???). Ele
até grita nesse disco!!!! Está no Rock
Army
*******
Cenas da vida em São Paulo - Parte 2
Toca o telefone na casa Callegari Costa. Eu atendo:
- Alô
- Alô. É o Marcelo?
- Sou eu mesmo.
Do outro lado da linha, a pessoa parece gaguejar, mas continua:
- Oi, Marcelo. Aqui é o Antônio. Fui eu... que peguei você
na Consolação... na sexta-feira.
Paro alguns segundos e começo a pensar: me pegou na Consolação?
Será que eu peguei um taxi? Sexta? Mas eu voltei de Buenos
Aires na quinta, e nem foi de taxi. Será que eu esqueci algo
no ônibus? Será... ahhhh, o senhor que me atropelou...
- Oi seu Antonio!
- Oi, Marcelo! Eu estava ligando para o seu celular, mas a
ligação não estava completando. Então peguei o seu telefone
no boletim de ocorrência. Liguei hoje e a sua faxineira atendeu.
Ela disse que você devia voltar bem tarde...
- Sim, sim.
- Eu até passei na sua rua, mas não encontrei o número do
seu prédio...
- Eu acho que ainda estava meio grogue na hora que falei com
o policial...
- É, pode ser. Está tudo bem com você? Não durmi direito esses
últimos dias.
- Está tudo bem sim, seu Antonio. Uns arranhões, uns roxos,
mas está tudo ótimo. Mais uns dias e estou inteiro...
- Que bom, que bom. Olha, eu dirijo desde 1973, e nunca tinha
acontecido isso comigo. Rezei para que você estivesse bem...
- Também nunca aconteceu comigo, mas sem problema, estou me
recuperando e o importante é que não quebrei nada...
- Fico mais aliviado, viu. Você está precisando de alguma
coisa?
- Não, não, muito obrigado. Está tudo ótimo...
- Se precisar, pode ligar, viu. E eu ainda não sei dizer o
que aconteceu...
- Não se preocupe, por favor. Estou bem mesmo. E tinha que
acontecer. O importante é que não aconteceu nada mais grave.
- Isso é verdade. Então se cuide. Vou ligar daqui alguns dias
para saber se você se recuperou bem.
- Pode ligar. Agradeço a sua preocupação!
- Fique com Deus.
Mesmo uma megalópole de 18 milhões de habitantes tem coração...
24/07/2007
- 09h21
Opa, estou aqui. O retorno ao trabalho começou no maior gás.
Lembra que dias antes de sair de férias eu estava afundado
num projetão por lá? Então, era a nova capa que o iG estreou
exatamente no dia em que eu estava saindo de férias. Por esse
motivo, tentei deixar tudo o mais encaminhado possível para
ir passear pela sul-americana com a cabeça tranqüila. Agora
que estou de volta é hora de analisar todas as alterações,
todos os prós e os contras de uma mudança tão importante quanto
a capa de um mega portal. Trabalho sério para longos dias.
Mas estou aqui.
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Em ritmo de volta, o disco por aqui é "Country Mouse City
House", do Josh Rouse, velho e querido conhecido nosso. É
simplesmente arrebatador. Procure por ai. Eu acho que achei
no Part
of The Queue, mas pode ter sido no Nodatta
também...
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Cheguei a comentar antes da viagem que "Solta o Frango", do
Bonde do Role, tinha me fisgado? Já está até na minha lista
de músicas do ano...
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Ontem à noite assisti a "Saneamento
Básico - O Filme", novo longa do grande Jorge Furtado.
Recomendadíssmo. Além do roteiro esperto (o que não surpreende
vindo do diretor), a equipe de atores arrebata em interpretações
sensacionais (destaques para Fernanda Torres e Wagner Moura,
não menos que perfeitos).
*******
Essa semana tem Indie Rock no Rio e em São Paulo. Estou esperando
confirmação e ainda não sei se vou, mas a escalação está bacana
demais, hein. Você já deu uma olhada nos podcasts do site
oficial? http://indierockfestival.com.br/
*******
Pra fechar, eu já estava quase indicando "Meu Vidrinho De
Fluidos Oníricos", do Supercordas, para download, achando
que era coisa nova. Mas não é. É do álbum "A Pior das Alergias",
primeiro da banda, lançado em 2003, e que pode (e deve) ser
baixado na integra no Trama Virtual. Divirta-se: http://tramavirtual.uol.com.br/supercordas
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De resto, tudo bem por aqui. Só uns arranhões... :)
20/07/2007
- 23h09
Bom, não era para eu estar aqui, porque esse blog vai morrer...
mas calma, ele vai reencarnar com novo lay-out, espaço para
comentários, coisas assim que muitos leitores vivem pedindo.
Vou tentar fazer isso. Então, só passei para dar um olá e
dizer que as férias foram sensacionais. Postei treze fotos
no
meu orkut, e estou para escrever textos sobre a intensidade
desses vinte dias meus e de Lili andando pela Argentina e
Chile. Teve de tudo: assalto em La Boca (quatro caras me cercaram
e depois de uns dois minutos de briga acabaram levando minha
carteira - mas jogaram todos os documentos e cartões assim
que gritei "documentos" - e mochila, deixando mais de 3 mil
reais nos meus bolsos, e nossa máquina digital, que precisei
segurar com muita força), comida boa em Valparaiso, cenas
de cartão postal entre vulcões na Cordilheira dos Andes, por-do-sol
de chapar no deserto do Atacama, e muuuito mais. Estou organizando
a agenda, e logo acerto tudo. Antes preciso de um ramo de
arruda, pois além do assalto no começo do mês,
hoje fui atropelado quando cruzava a Consolação, na faixa
de pedestres e com sinal verde para mim, e olha que eu adoro
atravessar fora da faixa e com sinal fechado, mas hoje que
fiz certo, fui atingido e precisei esperar pelo resgate (e
foi rápido, eles estão realmente de parabéns), ir ao HC (no
mesmo momento, ACM batia as botas) tirar chapas do torax,
do braço e mão esquerda, e ser liberado para ir para casa
sem nem uma limpezinha nos lábios (que estavam sangrando),
nem nas mãos, beem machucadas. Lili cuidou de mim em casa,
e estou digitando neste momento com um dedo enquanto a outra
mão segura uma bolsa de gelo no lado esquerdo do rosto, e
caminhando como se fosse um robozinho (os dois joelhos estão
ralados). Mas, acalmem-se amigos: estou inteiraço. Amanhã
vou fazer um check-up num bom hospital, mas só por rotina.
Todos esses curativos espalhados pelo corpo não podem dizer
o quanto estou feliz de estar em casa, na nova casa, após
férias inesquecíveis. Segunda volto ao trabalho.
Boa sorte para todos nós.
*******
A nossa bagagem foi pesando aproximadamente 24 quilos, e voltou
pesando 52 quilos. Fomos às compras em Santiago (blusas e
jaquetas de couro) e ainda trouxemos oito garrafas de vinho,
uma de Pisco, uma de Absolut e uma de Jose Cuervo. Essa casa
virou um bar... um bom bar. Entre os CDs, destaques para a
edição chilena do álbum "Meds", do Placebo, que traz um segundo
disco com mais nove faixas ao vivo do show que a banda fez
em Santiago; a edição dupla do bom "Goodbye Cruel World",
de Elvis Costello; os dois primeiros do Polyphonic Spree em
edições especiais; "Live in Dublin", de Bruce Springsteen,
na versão dupla mais DVD; os dois primeiros do Jeff Beck Group
remasterizados e com bonus tracks; o "Twelve" da Patti Smith;
o "Z" do My Morning Jacket; e mais alguns outros. Muita coisa
pra contar, me espera. E pede para o pessoal lá de cima continuar
olhando por mim, porque ser assaltado por quatro caras e não
se machucar (só ficou um roxinho no lado direito do rosto)
e nem perder toda a grana assim como ser atropelado e ainda
estar bem (apesar dos curativos), pensando e fazendo planos,
é muito mais sorte do que azar. Agradeço aos deuses
por estar aqui. E vamos em frente.
Ps. Ainda não ouvi os novos do Smashing Pumpkins nem do Super
Furry Animals. Neste momento, acabei de ser capturado pelos
b-sides do "A Weekend in the City", do Bloc Party. Por que
os caras deixam as melhores faixas como lado b?
30/06/2007 - 00h48
Bem, este blog entra em férias a partir de agora. Neste sábado,
de manhã, espero estar em Buenos Aires. Na terça-feira, em
Montevideo. Na quarta, em Santiago. E Vina Del Mar, Valparaiso,
São Pedro de Atacama, e por ai vai. Olha, não sou de jogar
confete em mim mesmo, nem nada, mas eu mereço muito essas
férias, viu. Garanto que volto revigorado, e com muitas novidades
lá pelo dia 22 de julho. Enquanto isso, rock and roll. Falta
de juízo para todos nós e... força sempre.
28/06/2007 - 13h09
A gente tende sempre a exagerar o momento que estamos vivendo.
Eu poderia dizer que nunca me senti tão cansado quanto nesta
manhã, e provavelmente estaria mentindo, porque com certeza
eu já estive mais cansado, em algum dia perdido na memória
(e convenhamos: não dá para ficar lembrando os dias ruins,
né). Mesmo assim, estou um bagaço, mas sinceramente, estou
feliz. Faltam dois dias para eu sair de férias, e estou tentando
deixar as coisas o mais afinadas possíveis no trabalho (segunda
tem novidade por lá, não esqueçam). Acho que o importante
é ter fé no futuro, seja lá o que isso significa. Ando assustado,
mas o mundo ainda é um lugar legal demais.
*******
Agora à tarde gravo depoimento para o Jornal da MTV comentando
o disco de estréia do projeto Maquinado, do Lúcio Maia.
Depois conto como foi, se der tempo...
*******
Deixei uma Revoluttion quentinha no iG tentando entender a
paixão que a faixa quatro do novo disco do White Stripes está
exercendo sobre mim. Confere
aqui.
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O chapa Carlos Freitas fez um post genial na Impop sobre Luiz
Gonzaga, Miho Hatori, forro in the dark e tradição. Imperdível.
Leia.
*******
Pra fechar, hoje tem festa do site Sampaist
no Milo Garage, com discotecagem do caríssimo Guto,
editor de música do iG. Lembra que eu banquei DJ na festa
de seis meses do Sampaist? Então, agora é hora de um dos sites
mais bacanas de São Paulo apagar a velinha de um ano. Aparece
por lá. Ainda dá tempo de tomar uma cerveja antes de eu entrar
no avião rumo a Buenos Aires (uma amiga que fez neste mês
o mesmo percurso que eu vou fazer agora não chegou até o Atacama
por culpa da neve; ficou presa numa estação de esquis - he).
Terei histórias para contar...
26/06/2007 - 19h22
Promoção: CDs (para todo o País) e convites (para os cariocas)
para o show do Lasciva Lula com o Canastra no Canecão. Confere
lá na Revoluttion.
********
Papo com o Walverdes para o Guia Out
01) Na
última vez que conversamos, vocês haviam feito um show
barulhentíssimo na noite anterior. Até perguntei como vocês
conseguiam não ficar surdos. Todo mundo continua ouvindo perfeitamente
por ai? E tocando alto? Como está o show atual do Walverdes?
Marcos - Hein? O que?
Mini - Continuamos ouvindo perfeitamente, mas estamos preocupados
com o público. Por isso, por uma questão de responsabilidade
social e inspirados na trajétória do Lobão, estamos pensando
em abandonar guitarras e bateria e começar a fazer shows só
com violões e bongôs. Aproveitamos pra avisar a MTV que estamos
abertos a nos transformarmos em uma banda totalmente acústica
mediante o depósito de 500 mil reais na nossa conta corrente.
Por 750 mil reais estamos dispostos a virar new rave, mas
queremos ver detalhes do planejamento disso antes de assinar,
especialmente as roupas.
Patrick - Maaas com uns 100 milzinhos já podemos pensar
no assunto, também.
02) "Playback" é do final de 2005, e vocês andaram colocando
música nova uns meses atrás no My
Space do Walverdes. Planos para um disco novo?
Mini - Estamos com metade das músicas prontas e devemos
gravar no segundo semestre. 3 músicas a gente já vem tocando
nos shows: "Unidade", "Cérebro a Milhão" e "Dissolução". A
gente sempre faz assim: compõe em estúdio e vai melhorando
as músicas na estrada. Em cada show a gente mexe num pedaço,
dá uma aprimorada, mete um detalhe novo. Daí a gente grava.
E depois continua mexendo nela aos poucos... nossas músicas
têm sempre pequenos detalhes sendo mexidos. Acho que vai ser
um disco mais punk e menos stoner. Stoner não tá mais na moda.
Stoner é tão anteontem.
Patrick - E punk é anteanteanteontem - Podemos fazer Punk-O-Stoner,
que é mais ontem.
03) Fora a Walverdes, como andam os projetos paralelos
de vocês? O Marcos tá com a Vianna Moog, Mini anda fazendo
umas apresentações solo e o Patrick tem a Mono (e uma camisetaria
é tão rock quando uma banda), que são todos "projetos" que
deveriam chegam as outras capitais. Falem um pouco da vida
fora da Walverdes.
Marcos - Tô com a Viana Moog, que vai lançar disco pela
Pisces Records em setembro, e também com a Space Rave, as
duas bandas com músicas novas no Myspace (www.myspace.com/vianamoog
e www.myspace.com/spacerave1).
Mini - Meu projeto solo por enquanto ainda é só de estúdio.
O primeiro show foi meio desastrado, eu preciso ensaiar muito
mais e não tenho tido tempo. Meu outro projeto rock é trabalhar
em publicidade. Não tem nada mais rock do que tentar vender
qualquer coisa no Brasil.
Patrick: Além da Mono, voltei a tocar com a Podias Erpior,
banda HC velho e reggae cretino em que eu tocava antes de
entrar no Walverdes - www.myspace.com/podiaserpior
e até o mês passado tocava também com a On, banda que infelizmente
acabou, mas que fez vários shows em Porto Alegre: www.myspace.com/nossomosaon
22/06/2007 - 16h49
Quase duas e meia da manhã de segunda-feira. Publiquei o disco
da semana da Revoluttion,
coloquei na capa do Scream & Yell, e estou um bagaço. :) Sacumé,
mudar não é apenas durmir um dia em uma casa e acordar no
dia seguinte na outra; é também carregar peso, subir e descer
escadas com caixas e caixas e caixas; e depois ter que arrumar
tudo. E se perder no calendário. E se perder no relógio, deixando
a despedida de uma amiga por alguns minutos indispensáveis
de sono (ela entende, eu sei) e contando que o programa do
Guga era na sexta, quando na verdade é no sábado
(não esquece, sábado que vem, hein).. O fato
é que me mudei na sexta, trabalhei até às 21h, dei uma passada
rápida na festa de aniversário de uma amiga, cheguei em casa
despencando de sono, acordei cedo para arrumar a bagunça (o
sofá laranja, lembra dele, estava em pé no meio da sala, só
para você ter uma idéia, leitor), fui ajudar o meu amigo a
descarregar sua mudança no meu antigo apartamento, voltei
pra casa, despenquei na cama, e esqueci do mundo. Minha vontade
era dormir mais cinco dias, mas você sabe, tem aquele tal
projeto especial do iG nos últimos detalhes, tem a viagem
para a Argentina, Uruguai e Chile na semana que vem, tem a
Revoluttion, tem o Scream & Yell, tem Lúcio Maia e seu Maquinado
na quarta-feira, muita coisa. O tempo não pára, mesmo. Agradeço,
do fundo do coração, aos desejos de boa sorte para mim e Lili.
A gente está tentando viver essa coisa antiquada chamada relacionamento.
E estamos nos divertindo... :)
*******
O disco do Interpol já está na rede. E não adianta, não consigo
gostar deles. Baixe "Our Love To Admire", no Rock
Army. Só mais uma coisa: que capa terrível!
*******
Cenas da vida em São Paulo
Na sexta, ao sair da casa da minha amiga aniversariante,
com uma Nortenha e pouco na cabeça, caio na Amaral Gurgel
esquina com a Major Sertório. Quem é de São Paulo sabe: esse
é um território dominado por travecos. Atravesso a avenida
em direção ao posto de gasolina do outro lado da rua. No posto,
um casal de idade observa com interesse o rebolar de um(a)
moreno(a), que insiste em tentar baixar a micro-micro-micro-micro
saia que não tapa nem 10% de sua bunda (perfeita, por sinal,
o que o diferencia da grande maioria das mulheres. Como diz
um amigo meu, se a mulher é muito perfeita, peitos, bunda
e tal, desconfie: pode ser um travesti). Com um fio dental,
ele(a) se arrebita todo(a) na porta de um taxi, fala alguma
coisa, levanta e xinga o motorista com uma voz mais grossa
do que a minha. Não bastasse a cena surreal, cerca de dez
passos depois a piada se completa: um senhor aparentando uns
60 anos baixa a porta de ferro de sua loja. Ele parece um
portuga típico, com barba, bigode, barrigão, cara séria
de quem acha que está sendo passado para trás. Ao baixar a
porta até o fim, ele se vira para um pequinês que eu nem havia
percebido no cenário, e diz com um fiozinho de voz insuspeito,
que poderia facilmente não ser ouvido tamanho a leveza das
palavras: "Vamos embora, Batman?". Me perdoe, mas a vida é
deveras divertida.
22/06/2007 - 16h49
Música: o amigo Guga Azevedo manda recado de Curitiba, onde
ele apresenta o programa "Espécies do Rock", toda sexta, de
22h às 24h. O programa pode ser ouvido pela internet, no endereço
http://www.lumenfm.com.br/
Segundo o Guga, no programa de hoje, faixas dos trabalhos
mais recentes do Maximo Park, Razorlight, The Bravery e Queens
of the Stone Age; a curitibana Sabonetes (www.myspace.com/sabonetes);
novidades que flertam com electro e a tal da New Rave com
Data Panik, X-Wife (de Portugal), The Delta Fiasco e Panico
(do Chile); mini-especial do Arctic Monkeys, com a versão
que eles fizeram de "Dancing Shoes", com o Rhythms Del Mundo
(meio cubana, meio mambo... bem boa!), a cover de "I Bet You
Look"... com Sugababes e a faixa "D Is For The Dangerous"
do segundo disco... Ainda tem Gogol Bordello, Raconteurs,
Alice In Chains, Dogs, Sunshine Underground e mais.... Boa
pedida. Aqui.
22/06/2007 - 04h56
"Já morei em tanta casa que nem lembro mais". Eu sempre
gostei tanto dessa frase, sabe. E é claro que isso acontece
porque eu realmente já morei em tanta casa que nem me lembro
mais. Conheço pessoas que nasceram e viveram toda vida na
mesma casa. Outros passaram boa parte da vida em uma, casaram
e se mudaram para outra. Eu não. Quando eu nasci, em uma Maternidade
no Belenzinho, São Paulo, a família Costa residia em uma casa
na Mooca, pertinho do Juventus, que eu saiba. A única lembrança
que tenho dessa casa são algumas fotografias em que estou
- com oito meses - brincando com uma bola maior do que eu,
loiríssimo, branquíssimo e fofíssimo num corredor de garagem.
Pela foto não conseguimos ver a casa, e eu não tenho a mínima
idéia de como ela é.
Corte para três anos depois. Outra sessão de fotografias,
agora em São Bernardo do Campo, local em que a família Costa
foi residir após seu Carlos, meu pai, receber um convite para
trabalhar na Volkswagen. Minha irmã nasceu lá, e pelas fotos
novamente não consigo observar a casa e não tenho nenhuma
lembrança dela, nem mesmo do dia em que essa sessão de fotos
- que compõe um daqueles books infantis - foi feita. Eu estou
tímido, boquiaberto, e em algumas fotos poso segurando a grade
do quintal da casa. Casa, casa mesmo, nada. Pelo que me lembro
de mamãe contando, nestes primeiros cinco anos foram mais
casas do que estas duas que aparecem em velhas fotografias,
mas são as únicas duas que consigo relatar, e isso por causa
das fotos, senão nem elas.
Com cinco anos mudamos para Taubaté. Meu pai comprou um grande
terreno em uma área que ele achava que iria desenvolver bem
na cidade, e passamos longos meses vivendo em um barracão
enquanto ele construía uma grande casa de seis cômodos enormes.
Nos quatro anos que vivemos ali, a casa não chegou a ser terminada,
o casamento de meus pais acabou, papai voltou para São Paulo,
e minha mãe precisou sair de casa para sustentar a família.
Vendemos a casa (por uma ninharia), e começou um ritual de
mudanças que não sei ao certo precisar quantas vezes foi.
A lembrança que tenho da adolescência é que quando eu começava
a conhecer a molecada da rua, me enturmar mesmo, a gente já
estava de mudança para outro lugar novo e completamente desconhecido
para mim.
Dentre os lugares que vivi em Taubaté guardo com muito carinho
a temporada na Rua Pedrinho (que terminava na Rua Visconde
de Sabugosa, que cruzava a Rua Narizinho, que chegava até
o Sítio do Pica-Pau Amarelo). Eu estudei primeiramente no
Sesi, depois no Dr. Quirino, onde me formei na oitava série.
A Rua Pedrinho é, até hoje, um local querido na minha memória.
A turma de meninos da rua era enorme e bastante divertida.
Jogávamos futebol na rua, invadíamos a chácara da Dona Olga
para pegarmos manga e cana. Flertávamos com as meninas e fazíamos
bailinhos nas garagens no final de semana. Morávamos eu, minha
mãe e minha irmã numa casa pequena, fundos, de três cômodos.
Eu estava descobrindo o rock (o vizinho odiava meu som alto),
o amor (foi na parede dessa casa que beijei a primeira menina)
e as mudanças repentinas (quando mudamos, novamente, para
outro lugar).
Até me confundo agora qual foi a ordem dos bairros, mas teve
Jardim Sonia Maria, Jardim Três Marias, Independência, Estiva,
Parque Aeroporto (duas vezes), Quiririm e Cecap, mas posso
estar esquecendo de algum. Estes dois últimos, Quiririm e
Cecap, são outros dois lugares queridíssimos em meu coração.
Eu cresci neles. Enquanto na Estiva, na Rua Pedrinho, eu era
um menino, na Rua Virginia Turci Zanin (Quiririm) e Quadra
N, Cecap, eu virei um adolescente com milhões de sonhos. A
melhor turma de amigos que tive foi no Quiririm. Uma turma
inteligente, divertida, antenada com as coisas do mundo, sobretudo
farrista e desencanada. Minha casa, ou mais propriamente meu
quarto, era ponto de encontro da turma. Ficávamos ali, tomando
cerveja e/ou apenas curtindo a vibe de um cigarro ouvindo
boa música. Ou fazendo churrasco. Fazendo o tempo passar da
melhor maneira possível: se divertindo. Porém, não tenho tanta
saudade da casa, mas das pessoas que viviam ao redor dela
(e daquela rua).
Quando saí de Taubaté para vir trabalhar em São Paulo, oito
anos atrás, a primeira coisa que pensei é de que não queria
me envolver com a família. Família é uma coisa ótima, mas
distante. Como o convite foi meio em cima da hora, e a grana
era quase nada (o equivalente a um estágio, embora eu tivesse
me formado no ano anterior), acabei passando os primeiros
meses na casa de um velho amigo de faculdade, que havia abandonado
o curso no segundo ano, agarrando a oportunidade de um trabalho
na área em São Paulo dois anos antes. Era um apartamento na
Rua Teodoro Sampaio (já assistiu "Durval Discos"? Era naquela
quadra da abertura do filme). Ficamos três meses ali, e ele
se mudou para um outro ap, na esquina da Cardeal Arcoverde
com a Av. Doutor Arnaldo. No total, acho que fiquei seis meses
morando com esse amigo querido.
Dali foi morar com mais quatro pessoas em um apartamento na
Rua Rocha, uma rua atrás da quadra da Escola de Samba Vai-Vai.
Era um grande apartamento, e eu tinha um quarto só pra mim.
Mas morar com muita gente é um exercício de auto-conhecimento,
convivência e diferenças. Não durou seis meses para todo mundo.
Entre a dúvida de um apartamento novo e a fase difícil sem
trabalho, encarei a não recomendada experiência de se viver
em uma pensão no centro da cidade, ali na Rua do Arouche,
por dois meses, até que uma amiga me convidasse para morar
com ela. O local caiu do céu: era um apartamento maravilhoso
na Rua Antônio Carlos, quase Consolação, quase Paulista. Foi
ali que a minha vida em São Paulo realmente começou a parecer
tomar rumo. Durou um ano, mas parece muito mais. Um pequeno
intervalo de três semanas em uma travessa da Rua Rosa Vermelha
(acho que era esse o nome), atrás da estação de metrô Marechal
Deodoro, e então chego a rua Maria Antonia.
A Rua Maria Antonia foi um caso de amor à primeira caminhada.
Ela "dura" apenas duas quadras, mas tem um respirar tão ofegante,
urgente e passional que é difícil não se apaixonar por ela.
Fui para lá decidido a encontrar uma kitnet de qualquer jeito,
e achei. Era na Dr. Vila Nova, esquina com a Maria Antonia.
Pela primeira vez eu estava morando realmente sozinho, e foi
fudidamente especial. E melhorou três anos depois, quando
terminou o contrato e consegui alugar um outro apartamento,
em frente ao que eu morava, em um prédio de três andares daqueles
sem elevador, sobre um bar boêmio de fama centenária (Chico
Buarque bebia ali na época da Arquitetura e dos Festivais).
Eu sempre quis morar naquele prédio, mesmo sem ter entrado
em um apartamento dele antes. Não tinha a mínima idéia de
como ele era por dentro, e na primeira vez que entrei fiquei
até sem jeito de tão detonado que ele estava. Mesmo assim,
reformei. E vivi os três anos mais felizes de minha vida naquele
ambiente. Minha sobrinha se apaixonou pela banheira. Eu adorava
o quarto imenso, a sala com sete paredes (???), o ambiente
casa "casa mesmo" em que aquelas paredes se transformaram.
Era a minha casa, uma casa muito engraçada.
Meu caso de amor com a Maria Antonia durou cinco anos e meio
- talvez deva ser o local que mais andei na minha vida - e
termina romanticamente neste manhã de sexta-feira. Eu já vinha
me despedindo dela carinhosamente nas últimas três semanas,
quando comecei, aos poucos, a trazer coisas minhas para a
casa da Lili. O rompimento, inevitável, irá acontecer já já,
quando trarei todos os meus pertences para minha nova casa,
um apartamento grande com um janelão que dá para a Rua Augusta,
e que marca uma nova fase em minha vida repleta de fases.
Deixo a Rua Maria Antônia - e o Bar do Zé, e a Banca de Jornal
do seu Barroso, e a Doceira Holandesa, o shoppingzinho, o
Pão de Açúcar, o Centro Cultural Maria Antonia, e o Sesc Consolação,
entre outras coisas - para viver uma história de amor. Para
juntar os meus copos aos dela. As minhas toalhas às
dela. Para colocar o meu computador ao lado do dela. Ela é
minha menina, e eu sou o menino dela.
Meu coração bate feliz embora meus olhos se encham de lágrimas.
É uma despedida carinhosa, Rua Maria Antonia. Meu melhor amigo
fica com o apartamento que eu morei nos últimos três
anos, o que quer dizer que voltarei a caminhar por ali. E
tenho certeza que, daqui 40 anos, quando eu lembrar de todas
as casas que vivi, do "já vivi em tanta casa que nem lembro
mais", este apartamento estará fresquinho na minha memória.
E a lembrança será como se eu colocasse a chave na porta,
entrasse pelo corredor com as estantes abarrotadas de livros,
visse o computador ao fundo, o sofá laranja, os CDs, e o sol
por detrás da cortina. É uma lembrança que quero levar saudosamente
guardada em algum cantinho da alma enquanto uma vida nova
- e bela - começa seu ciclo neste exato momento. Maria Antônia,
o futuro está batendo na minha porta e eu preciso abrir. Deixo
meu sorriso mais sem jeito e viro a página. Próximo capítulo
(que começa a ser escrito): Rua Bela Cintra. E Lili. Impossível
não sorrir... ah, como o amor é piegas...
21/06/2007 - 19h08
Correriaaaaaaaaaaaaaaaaa
Mas tem um papo (curtinho mas) legal com a Walverdes no Guia
Out. Aqui.
19/06/2007 - 00h11
A felicidade é uma merda, mas não vou ser idiota a ponto de
negar que ser feliz é uma coisa fudidamente especial. Já fui
muito feliz em vários momentos da minha vida, mas agora parece
que tudo está se encaixando de tal forma, que eu começo a
pensar como aquele cara das Comédias da Vida Privada, do Veríssimo:
"Está tudo tão bem... alguém lá em cima está me aprontando
algo". Engraçado. Nós temos essa encanação com a felicidade,
né. Eu e Lili estávamos falando nisso outro dia, dessa coisa
católica da culpa, de você nascer de um pecado, e passar a
vida toda acumulando pecadinhos, uma coisa muito católica
que bateu forte no Brasil. Os católicos não se permitem serem
felizes. Porque a felicidade é um pecado. Ironias, ironias.
É bom rir sem culpa. Tente. Você vai se surpreender. O cara
lá em cima - e eu acredito que exista realmente um cara lá
em cima - quer a sua felicidade, não a sua alma. O corpo -
e as idéias - você negocia por ai. Apenas lembre que tudo
é passageiro demais, passa tão rápido e... foi.
Falando em felicidade, olho minha taça de Bohemia preenchida
com Coca-Cola Zero e tenho vontade de rir. Há alguma comédia
nisso que não vou saber transformar em palavras, mas deixa
pra lá. Estou aqui para contar um pouco como estão as coisas,
e como elas vão ficar nos próximos dias (definitivamente,
os primeiros dias do resto da minha vida). Meu pseudo-sumiço
se deu porque nunca tanta coisa importante se acumulou sobre
este 1m78 de ossos, sonhos e desejos que me mantém em pé.
Um grande projeto no trabalho às vésperas de estrear, o graaaande
passo de ir morar junto com alguém do sexo oposto - por desejo
e por amor - e uma quase lua de mel pela América Latina. Se
fosse uma dessas três coisas separadas, eu já estaria com
o tempo livre esgotado até o último milésimo de segundo. Mas
as três juntas estão testando meu bom humor todas as manhãs,
e até que tenho me saído bem.
Por exemplo: já trouxe todos os meus CDs (e vá lá, 5 mil CDs
dão um trabalho e tanto), quase todas as roupas e comecei
a encaixotar livros ("Cultura pesa, hein?", me disse
o cara que fez minha mudança anterior, quando pegou uma das
quatro caixas abarrotada de livros) e a preparar tudo para
o grande evento que deve acontecer sexta ou sábado de manhã.
Isso depois de ter amanhecido no trabalho para ajudar a tocar
o tal projeto importante, que me consumiu mais de 15 horas
no fim de semana, e me fez voltar antecipadamente de Curitiba,
após o talk-show na Fnac da cidade (vou falar sobre isso),
e antes de bater ponto no SPFW para visitar o lindaço iG Fashion
Spot, lounge bacanaço da empresa (e que dá um sei lá o que
na gente: é mó complicado ver vários amigos trabalhando enquanto
você fica ali parado matando tempo. Dá vontade de sentar em
um computador e pedir trabalho).
Corte para sexta-feira: saí correndo da redação para ir ao
Aeroporto de Congonhas, vôo para Curitiba. Cheguei a meia-hora
de o avião levantar vôo, mas devia ter calculado o atraso,
que deu tempo de dois chopps escuros 500ml no saguão enquanto
avisavam no sistema de som: "Vôo 1235, Curitiba, 17h40,
podendo alterar". O bate papo na Fnac estava marcado para
às 21h. E eu cheguei a tempo (depois de ter pegado, pela primeira
vez, uma táxi com bandeira 3 no Aeroporto Afonso Pena). O
papo foi... especial. Amigos queridos marcaram presença para
ouvir minhas histórias sem graça e minhas opiniões duvidosas
acerca da indústria musical. Curti. Fica o abraço ao Ivan
e a Dri, ao Dary e o Allan, ao Guga, ao Getúlio, e ao pessoal
do Tinidos, Marcelo, Fabiana, Fernando e Rodrigo. E ao Carlão
e ao Marcelo, do Folhetim Urbano, que bateram ponto no Hangar
para um papo, e tornaram a noite bem mais agradável. Valeu.
Na volta antecipada, sábado de manhã, duas horas e meia de
atraso para embarcar. Relaxei e gozei, como orientou a Sra.
Ministra. Se alguém me prendesse por atentado violento ao
pudor, eu diria que só estava seguindo as ordens de um ministro.
Tô certo?
Essa correria toda fez com que tanto a Revoluttion quanto
o Scream & Yel e a Calmantes com Champagne ficassem sem atualização.
E olha, o ritmo deve ser bem lento nos próximos dias, até
parar na lua de mel em julho. Até o fim do mês, porém, vou
dar as caras por aqui. Tem várias coisas que quero dividir.
Vários pensamentos interessantes que estão passando pela minha
cabeça neste exato momento em que deixo a vida de solteiro
definitivamente para me dedicar a um relacionamento bastante
especial. Parece até um flashback, daqueles que passam na
cabeça da gente segundos antes de morrer. Porém, eu não estou
morrendo. Estou renascendo. E quero viver 100 anos. E quero
muita coisa (eu nunca disse que queria pouco). Por enquanto,
esse querer de forma textual não deve proliferar desta forma
aqui todos os dias, mas prometo que quando voltar, Scream,
Revoluttion e Calmantes vão ter muitas novidades para contar.
Continue por ai, viu. Agradeço, de coração, a sua presença.
E me desculpa essa felicidade toda. Eu precisava extravasá-la.
*******
O show da Poléxia, no Festival Tinidos, foi muito bom. Eis
uma banda que merece muita atenção. E o show da Graforréia
Xilarmônica no Sesc Vila Mariana foi assim assim, sabe. Primeiro
porque existem vários shows que caem bem em teatro. Cat Power,
Damon & Naomi, José González e até o Mogwai foram sensacionais
de ser num teatro. Mas a Graforréia não. Graforréia é para
se ver em pé, se possível pulando. Mesmo assim, e apesar da
guitarra do Birck insistir em apitar mais do que o normal,
foi um grande show, cheio daqueles clássicos incontestes do
rock gaúcho. Terminaram - após um insistente pedido de segundo
bis - com "Colégio Interno", que alias encerrou a apresentação
clássica deles anos atrás no Festival Upload, aquela que o
Sesc desligou o som pelo avançado da hora, e que a banda insistiu
em tocar com os instrumentos desligados, acompanhados em coro
pela platéia, que a essa altura já havia invadido o palco.
Inesquecível. Desta vez foi um show correto, divertido, mas
faltou algo que deve ter aparecido no show de quinta deles,
no CB. Quem foi deve ter visto. Eu, por via das dúvidas, bati
uma fotinho do Frank Jorge. Olha
aqui.
*******
Arctic Monkeys confirmou no Tim. E você já sabe do Morrissey
em Buenos Aires, no final de ano, novamente? Será que ela
vai dar cano nos brasileiros? Bem, vou tentar escrever o disco
da semana da Revoluttion...já são 00h10...
15/06/2007 - 10h07
Não sei dizer ao certo quantas coisas fiz nas últimas 30 horas,
mas foram bastante, viu. Uma correria danada no trabalho devido
ao SPFW (domingo estarei lá), novos projetos legais, mudança
de apartamento, pré-viagem sul-americana e coisas de última
hora. Pretendia passar dois em Curitiba após o talk-show que
acontece hoje à noite na FNAC do Shopping Birigui, beber cerveja
com os amigos, comer churrasco, ver se o olho do Niemeyer
está aberto, ver Anacronica e Criaturas no 92 Graus, e ainda
dar uma passeadinha numas lojinhas bacanas de CDs lá no centro
da cidade. Mas tive que mudar tudo e vou precisar voltar no
sábado de manhã para trabalhar. Então, quem eu tiver que ver
em Curitiba vai ter que ser nessa madrugada. E que não faça
5 graus!
As infos do talk-show e da discotecagem estão aqui: http://tinidos.com.br/progsexta.html
*******
A banda Terminal Guadalupe foi escolhida para abrir o projeto
Trama Virtual ao Cubo, parceria do portal Trama Virtual com
a Cubo Discos, de Cuiabá (MT). Desde ontem (14), os internautas
que acessarem http://tramavirtual.uol.com.br/terminal_guadalupe
podem baixar o segundo single, "De Turim a Acapulco" (uma
das duas grandes músicas do rock nacional em 2007), mais dois
presentinhos: "Atalho Clichê" (versão editada) e "Entre a
Vontade de Fugir e o Medo de Ficar" (bônus). Para reforçar:
das três faixas, só "De Turim a Acapulco" estará no álbum
"A Marcha dos Invisíveis", a ser lançado em julho.
*******
Ecos Falsos libera música nova também no Trama Virtual. É
"A Revolta da Musa", com participação de Tom Zé: http://www.tramavirtual.com.br/ecos_falsos
*******
Então é isso: em uma semana, casa nova, vida nova, de casal.
Em duas semanas, férias, Montevideo, Buenos Aires, Santiago,
Valparaiso, Villa del Mar, Mendoza, Atacama. A vida é breve.
11/06/2007 - 15h41
Fim de semana fazendo plantão e gripado a base de xarope,
Leonard Cohen e colo da namorada. Não é tão ruim assim ficar
doente, vai. :)
******
Na sexta, o namorado chileno de uma amiga querida chegou.
Falei pra Lili convidá-los para o pocket do José González,
na Livraria da Vila. Adiantei que o som do José era um misto
entre (muito) Nick Drake e (pouco) Jack Johnson. Não sei onde
ela leu sobre João Gilberto, e passou essa informação para
a amiga e o chileno. Na hora em que chegou a Livraria da Vila,
o pocket já havia começado. E ele já conhecia o José, tanto
que após o pocket foi conversar com o cara.
À tarde, após uma rodada de massa no Bexiga, convidamos
o casal para ir ao Berlin assistir Rômulo Froes. Antecipei
que o som do Rômulo era samba. "Samba do mesmo jeito que
o José González é bossa nova?", comentou rindo o amigo
chileno. "Samba paulista", respondemos eu e Lili. "Ah,
samba paulista", emendou ele, meio desacreditado. E não
é que de samba, samba mesmo, não teve quase nada no show.
Acompanhado de baixo, bateria e guitarra, Rômulo fez um show
acachapante que não teve nenhuma relação com seus dois álbuns
lançados (e isso não é ruim).
Após o show, fomos falar com o músico. E ele explicou
que seu novo disco, em fase de pré-produção, deve seguir uma
linha muito parecida com a dos primeiros trabalhos de Jards
Macalé. Então imagina: você fala que vai levar o cara para
assistir a um show de samba e ele encontra MPB setentista
com pé no blues e no jazz. Isso depois de descobrir que o
José González, para os brasileiros, faz bossa nova. E então
ele descobre que escrevo sobre música. (risos) Mesmo
assim, ele adorou o show do Rômulo, e pediu para eu gravar
os CDs (que segundo o cantor, estão fora de catálogo) pra
ele. Vou levar para Santiago. Cada uma, viu.
******
"Caros amigos,
Vou estar no Espírito das Artes, na Cobal de Botafogo (Rio
de Janeiro), para falar sobre música, produção independente
e composição. Primeiramente dia 15 de junho, sexta próxima,
e depois num curso de composição que começa quando tiver alunos.
Se souberem de alguém a quem possa interessar esses assuntos,
me ajudem a divulgar. O espaço é bem simples, mas simpático.
beijos
Dulce Quental"
******
"Impar lança single
O novo single da banda Impar, lançado pelo Selo Tinidos, conta
com duas músicas mixadas pelo norte-americano Roy Cicala -
um dos mais importantes produtores da história da música pop
e que já gravou artistas como John Lennon, Elvis Presley,
Jimmy Hendrix e Madonna - e Apollo 9 - produtor de discos
do Otto e da Cibelle. "O Incrível Homem-Âncora", inédita,
e uma nova gravação de "Ela", estão disponíveis para download
no site do selo (www.tinidos.com.br).
O show de lançamento acontece em Curitiba, dia 14 de junho,
dentro da programação do 3º Festival Tinidos. A mini-turnê
continua em São Paulo na sexta, dia 15, e em São Caetano dia
16.
Até o final do ano, a banda continua a percorrer o país divulgando
o novo trabalho e pretende expandir as fronteiras com a primeira
viagem aos EUA em novembro, a convite do IPO (International
Pop Overthrow), conceituado festival de power pop que conta
com bandas do mundo inteiro.
*******
"Love Hurts
O amor, talvez o sentimento mais perigoso nutrido por homens
e mulheres, tem sempre aquela alta parcela de dor, às vezes
de raiva, saudade, arrependimento ou simplesmente o melhor
motivo para se acordar todas as manhãs. Pensando nisso, o
Urbanaque intitulou sua nova coletânea como Love Hurts e lança,
em plena época de Dia dos Namorados, sua terceira compilação
virtual com bandas que sentem de perto as agruras do amor
mas, melhor que sofrer calado, exprimem seus sentimentos através
das músicas que você pode baixar agora.
Como o amor depende do coração de quem sente, "Love Hurts"
vem cheia de faixas autorais, em diversos graus de sentimentalismo
e com uma variedade absurda de estilos. De um lado reunimos
nomes como Wander Wildner, Relespública, Madame Saatan e Sebastião
Estiva, que estão com disco novo pronto e prestes a lançar.
Do outro, Poléxia, Impar, Snooze, The Playboys, Lasciva Lula,
ZGR, Stereoscope e Superquadra, que entraram com faixas de
seus últimos discos lançados. Todas as músicas, você vai ouvir,
falam, cada qual a sua maneira, das mazelas e percalços de
manter-se em meio às inquietudes amorosas.
Você pode afundar em dores recorrentes ou encontrar algum
consolo nestas 12 músicas. Para deixar tudo ainda mais dolorido
e pesaroso, leia o faixa-a-faixa de "Love Hurts" e tente entender
alguns dos porquês de tanto sofrimento. Mas lembre-se que
o amor machuca, então vá com calma...
Download: www.urbanaque.com.br/conteudo_lovehurts.asp
08/06/2007 - 22h18
Que frio, hein. Eu já comentei que em um dos lugares que estarei
no mês que vem, Calama, no Chile, faz menos 6 graus durante
a madrugada? E de dia, como fica na região do deserto de Atacama,
faz 21 graus? Parece São Paulo... (brincadeirinha, brincadeirinha).
Na verdade, minha preparação para o inverno sul-americano
começa semana que vem, em Curitiba. O Rodrigo, da Poléxia,
já adiantou para eu me preparar e levar blusas. Abaixo, o
release da parada toda:
Festival Tinidos lança selo e inova realizando circuito
musical em Curitiba
De 11 a 16 de junho de 2007, Curitiba será o principal
palco do rock independente nacional. Será realizada a terceira
edição do Festival Tinidos, que trará um formato inovador
na realização de festivais de música na cidade. Durante seis
dias, o Festival passará por cinco casas diferentes: Korova
Bar, Porão Rock Club, Jokers Pub Café, Hangar Bar e Espaço
Cultural 92 Graus, além dos eventos na loja Fnac.
A organização do Festival iniciou o recebimento de materiais
das bandas em dezembro do ano passado, com grande procura
de grupos locais e de diversos estados. Entre as vinte bandas
selecionadas para esta edição, estão: MacCacos (SP), IMPAR
(MG), Fantomáticos (RS), Calendas (SP) e as paranaenses Homem
Canibal, Charme Chulo, Anacrônica, Mariatchis e Popelines.
Fazendo parte da programação do Festival, serão realizados,
no Fórum Fnac, debates com jornalistas, proprietários de casas
de shows e idealizadores de movimentos musicais da cidade,
talk-shows com Lucio Ribeiro (Folha de S. Paulo, Bizz, Capricho
e Superinteressante) e Marcelo Costa (iG, iBest, BrTurbo e
Scream & Yell), além de pocket-shows das bandas participantes,
desta vez contando com 5 dias de realização.
Mais infos: www.tinidos.com.br
*******
O show do Mundo Livre S/A, no Sesc Pompéia, ontem, foi outro
daqueles com teor de histórico. Músicas de todos os álbuns,
sotaque recifense na platéia, o chapa Carlos Freitas (que
tocou no Mundo Livre S/A no começo da banda) contando histórias
de pé de ouvido sobre algumas canções, e Fred 04 conduzindo
um dos coros públicos mais singulares que o Teatro do Sesc
Pompéia deve ter ouvido em todos estes anos: ao final da matadora
"Pastilhas Coloridas", aquela que começa com o verso "Os
sonhos murcham como maracujá velho", Fred regeu o refrão
"Qualquer droga era boa" para diversão de todos os
presentes. Ainda teve cover de Clash ("Guns of Brixton"),
citação de Chico Science e Nação Zumbi ("Da Lama ao Caos"
dentro de "Computadores Fazem Arte") e a novíssima "Requiém
Para Virtuais Vítimas e Atiradores (Cho Seung Song)", liberada
para download gratuito no site da Monstro
Discos. Uma foto registro do show, com Fred saudando a
revolução zapatista, aqui.
*******
O pocket show de José González na Livraria da Vila, nesta
sexta, foi mais melódico que a apresentação do sueco no Sesc
Vila Mariana, na terça-feira. Mas foi tão bom quanto o show,
faltando apenas sua versão para "Love Will Tears Us Apart".
Mesmo assim, o pessoal do Coquetel
Molotov está, mais uma vez, de parabéns.
*******
Pra fechar, já está circulando pela web a versão fodaça do
álbum "Icky Thump", do White Stripes. Ta lá no Part
of The Queue, em altíssima qualidade. E o Morrissey, hein,
confirmou presença na Argentina, mais uma vez, no fim do segundo
semestre. Será que dessa vez ele vem pra cá?
06/06/2007 - 16h35
Do blog do Lúcio: "Fui à apresentação do sueco José González
na terça aqui em SP achando que ia gostar mesmo, afinal já
tinha visto um show e meio dele certa vez nos EUA e havia
curtido bastante ambos. Mas não pensei que o do teatro do
Sesc Vila Mariana fosse ser muuuuuito melhor. Em climão, hã,
intimista, o músico dedilhava o violão de uma maneira que
nem o Jack White faria se resolvesse tocar bossa pop ou coisa
parecida. Tinha horas que eu ficava olhando os dedos deles
para saber se o som ouvido era só daquele violão segurado
pelo sueco ou se tinha umas três pessoas tocando em algum
lugar no palco onde não dava para ver. Cheguei até a procurar
um player, um sampler, uma base qualquer que estivesse dando
o backup sonoro ao desempenho de González, mas não achei.
Nem estou falando da voz maravilhosa dele, repare. Nem de
suas canções folk pop brit-escandinava lindonas. E nem vou
falar o que ele fez com o violão na cover que fechou a noite,
a de "Love Will Tear Us Apart", do Joy Division." Leia
mais.
Assino embaixo do comentário dele. Foi exatamente o que aconteceu
comigo, essa coisa de ficar procurando player, sampler ou
imaginar que tinha mais três pessoas tocando em algum lugar
do palco. José González manda muito bem no violão. Quem esperava
um show calmo, monótono, daqueles tão bonitos que dão sono,
foi surpreendido com uma apresentação energética. E olha que
era só o José e seu violão desfilando canções de amor, com
espaço para covers do Joy (como contou o Sr. Popload ai em
cima) e de Massive Attack ("Teardrop"). No geral, José González
é uma mistura de Nick Drake com Jack Johnson (sem maldade,
mesmo), e o show é bem bom. Queria ter batido umas fotos melhores,
mas o segurança me barrou no quinto clic. Como eu estava lá
no mezanino, deu para salvar essa aqui.
*******
Feriadão pela frente... bem, mais ou menos. Estou de plantão
no fim de semana (antecipando para poder estar em Curitiba,
na semana que vem, conferindo e participando do Festival
Tinidos). Mas como o plantão é só sábado e domingo, amanhã
tem show do Mundo Livre (hoje também, mas optei pelo feriadão),
e sexta tem uma pequena mudança de coisas minhas para a casa
da Lili (eeee). E terça que vem tem show da Graforréia no
Sesc Vila Mariana, seis pilas. Programão, vai. Estava lembrando
dos últimos shows que vi das duas bandas. Do Mundo Livre,
se não me engano, foi no KVA, e foi antológico. Da Graforréia
foi aquele do primeiro Festival Upload, que terminou com o
Sesc desligando o som, e a banda tocando "Colégio Interno"
com os instrumentos desligados (e o povo todo cantando junto)...
*******
23 dias para as férias... e meu humor já melhorou consideravelmente...
04/06/2007 - 15h46
Meu humor está péssimo (segunda-feira, segunda-feira), acho
que meu inferno astral está se antecipando, está frio pra
caralho, mas monologar é sempre bom para expurgar demônios.
Vem comigo.
Uma tarde de sábado de chuvinha paulistana marcou a mesa redonda
sobre Música Instrumental e de Vanguarda, no Sesc Pompéia.
Apesar do pequeno quorum, o papo foi ótimo. É sempre legal
ver e ouvir as teorias do Alex Antunes sobre cultura pop em
geral. Faziam parte da mesa, ainda, eu, Carlos Costa (Sensorial
Discos / Continental Combo) e o músico e oficineiro (e gente
fina pacas) Loop B, além da Inti Queiroz, mediadora da mesa,
e produtora do evento (Inti, está todo mundo da ACDC de parabéns,
viu). Ainda deu tempo de comprar ingressos para os shows de
José Gonzáles (terça no Sesc Vila Mariana), Mundo Livre S/A
(quinta no Sesc Pompéia) e Graforréia Xilarmônica (na outra
terça, R$ 6, no Sesc Vila Mariana) enquanto Lili andava pelo
Sesc Pompéia dizendo "esse é o lugar que mais gosto em São
Paulo". Ficamos mais um tempo lá para tomar sopa (ela) e comer
baião de dois (eu).
O domingo foi mais preguiçoso. Tomamos café na Bella Paulista,
caminhamos na Paulista e fomos olhar os preços de MP3 Player
e máquinas digitais no Promo Center (aliás, estou vendendo
a minha Nikonzinha
Coolpix 4.0). De lá, Lili foi para casa dela projetar
e eu fui pra casa escrever. Meu plano era escrever sobre "Tribunal
Surdo", novo disco do Violins (texto
publicado nesta segunda na Revoluttion) e do "Piratas
do Caribe 3", mas travei. Decidi, então, arrumar alguns CDs
para levar para a nova casa. Ah, não contei? Vamos então para
um outro parágrafo:
Após seis anos como morador (quase solitário) da Maria
Antônia, estou me mudando, ou melhor, "casando". Eu e Lili
vamos morar juntos ainda neste mês, e estou levando aos poucos
minhas coisas pra lá (já foram uns 2.500 CDs, mais ou menos).
Ela está desenhando uma estante bonitaça para todos os CDs,
estou com um friozinho no estômago (ainda vou falar mais sobre
essa sensação de "casar"), mas Lili é minha Liliquinha amada,
e estou feliz demais. Essa felicidade, no entanto, não evitou
algumas chateações de trabalho, e fui dormir de péssimo humor
(e sonhei com pessoas esquartejadas, cabeças cortadas e coisas
assim; duas semanas atrás sonhei com cachorrinhos e gatinhos
todos brancos, vá entender).
Cheguei espumando no trabalho hoje (e ainda deixei o celular
em casa), e já que a senhorita Juliana
não cumpria a promessa de ir a Pizza Hut almoçar sobremesa,
fui sozinho (nada como uma boa dose de chocolate para alimentar
a alma em dias ruins, deveria receitar algum médico). Por
que almoçar sobremesa? Porque os doces da Pizza Hut são tão
grandes (e tão caros), que não dá para comer após o almoço,
a não ser que você vá lá exclusivamente para comer doce. Pedi
uns breadsticks de Pepperoni de entrada, pulei o prato principal
e fui direto para o Hut Brownie. Esse doce é um perigo, muito
cuidado com ele (booom demais).
Porém, enquanto eu esperava o Hut Brownie, duas coisas interessantes
aconteceram. Colocaram o DVD do Jota Quest ao vivo no telão
que estava exatamente na minha frente (só pode ser inferno
astral); e trouxeram para mim um exemplar cortesia do Estado
de São Paulo. Abro na primeira página do Caderno 2 e encontro
resenhas que marcam o lançamento dos discos do Klaxons, Kaiser
Chiefs, Travis e The Fratellis. Tento lembrar quanto tempo
atrás esses discos foram lançados, oficialmente e extra-oficialmente,
e acabo me rendendo ao inevitável: o jornal está parando no
tempo. Claro, nem todos os jornais. Claro 2: nem todos os
cadernos do Estadão são assim: O Link traz excelentes reportagens
sobre RSS e sobre o custo de se manter um computador ligado.
Mesmo assim, olho novamente o Caderno 2, balanço a cabeça
negativamente e penso comigo mesmo: quando será que eles vão
falar dos discos novos do White Stripes e Queen of The Stone
Age?
Opa, o disco novo do White Stripes. Jack White é foooooooooooda.
"Icky Thump", a faixa título, bate forte nas caixas de som.
"Conquest", com citações mariachis e quebra constante de ritmo,
é sensacional. Eu juro que não esperava um grande disco do
White Stripes. Juro. Mas o disco é muito foda. Foda também
é a apresentação que o Wilco fez na Spinner, da AOL. Você
pode assistir aqui. http://spinner.aol.com/videos/sessions-live-performances/wilco.
Fora isso, acho que nada demais. Não assisti a "Zodiaco",
que eu queria muito ver, mas revi em DVD o excelente "Harry
& Sally" (incluindo o imperdível documentário com o diretor
Rob Reiner e a roteirista Nora Ephon). Não vi nenhum show,
mas o barulho do show matador do Bellrays ainda ecoa na minha
cabeça. E faltam apenas 25 dias para as minhas férias
(Buenos Aires, Montevideo, Santiago e Atacama, estou chegando).
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de 2006
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9
Janeiro
de 2006
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8
Novembro
e Dezembro de 2005
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7
Setembro
e Outubro de 2005
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Julho
e Agosto de 2005
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Maio
e Junho de 2005
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4
Março
e Abril de 2005
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3
Dezembro
2004, Janeiro e Fevereiro de 2005
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2
Outubro
e Novembro de 2004
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1
De
março 2004 até setembro de 2004
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