Supernovas: Glasvegas
por Juliana Zambelo
Supernovas
16/09/2008

Quem são: com sua cidade natal Glasgow no nome, o quarteto escocês Glasvegas lançou seu álbum de estréia na semana passada e ameaçou tirar do Metallica oprimeiro lugar entre os mais vendidos da semana. Um sucesso popular que pode parecer repentino, mas que vem sendo construído há mais de um ano com muito suor e hype e é mantido com o apoio quase histérico de grande parte da imprensa britânica, dos alarmistas ao racionais, dos sites independentes aos jornais mais sérios – do NME ao The Independent.

O que fazem: eles começam lá em Phil Spector e no pop ingênuo dos anos 60, passam por The Clash, apostam muitas fichas em Jesus and Mary Chain e incorporam o Interpol com toda essa bagagem nas costas. Algumas vezes soamsimples como puro Ramones, em outras se desmancham em dramaticidade e paisagens sonoras amplas, quase infinitas, ou se afogam em distorção. O sotaque escocês carregado beira o dialeto com letras com o olhar da classe operária enquanto a capa do álbum mostra uma cidade sem cores assombrada por um céu turbulento e opressor. Eles são tudo o que o claudicante revivalshoegaze precisava para chegar ao mainstream.

Para quem gosta de: Jesus and Mary Chain, Intepol, My Bloody Valentine, Editors

Ouvir: “Daddy’s Gone”, "Geraldine"

O Burburinho: "Glasvegas é a mais importante banda britânica que estreou este ano, assim com o MGMT é a banda americana mais importante - e a única dúvida é se se trata apenas deste ano ou de anos. O que leva o Glasvegas para outro nível são as letras que carregam um senso de realidade, uma autenticidade vista apenas superficialmente desde o Smiths", The Independent

MySpace: www.myspace.com/glasvegas

Página oficial: www.glasvegas.net