"Bob Mould" & "The Last Dog
And Pony Show" - Bob Mould
Bob Mould é o cara. Ele fez
parte de uma das bandas mais influentes dos anos 80 (Hüsker Dü),
que o digam Pixies e Nirvana. Quando a batalha de egos acabou com o grupo,
saiu em carreira solo lançando dois discos. Encantado com "Trompe
Le Monde" do Pixies, montou o Sugar ("A Good Idea" é a música
mais Pixies que o Pixies não fez).
Encheu o saco e saiu em carreira solo
novamente engatilhando dois álbuns matadores: "Bob Mould"
e "The Last Dog And Pony Show", ambos ganhando edição
nacional via Trama.
"Bob Mould", o álbum,
é de 1996. O cara assume a frente de seu trabalho, dispensa a banda
e faz tudo sozinho. O som é rock com guitarras na altura do vocal
e letras sensacionais que, hora despejam cimento sobre a idolatria ao rock
alternativo que surgiu após o evento "Nirvana" ou acabam rabiscando
toneladas de folhas de papel sobre uma paixão terminada.
"The Last Dog And Pony Show" é
de 1998. O quinto álbum de carreira de Bob Mould é melhor
do que muita coisa que anda freqüentando listas de melhores do ano
por ai. A edição nacional surge caprichada, semelhante a
gringa, com direito a um cd bonús, de entrevista. A exemplo do álbum
anterior, Bob toca baixo, guitarra, teclados e samplers. Escreveu todas
as canções e produziu o álbum. O resultado? Letras
sensacionais ancoradas por paredes de guitarra. Quando não por baladas
matadoras. Bob Mould é o cara.
Marcelo Silva
Costa |