Brasileirão 2003: ainda dá tempo
por Júlio Cossa  e Mark Hernández
28/08/2003

Bem amigos do Scream & Yell. Voltamos agora em definitivo direto do que há de mais infame na imprensa-esportiva-corneteira. Vamos mostrar com exclusividade todas as emoções do sensacional segundo turno do Brasileirão. Éééé, amigo, não tem mais time bobo, não. O futebol é uma caixinha de surpresa, mas o Scream & Yell é uma grande equipe e, confiando na mística da camisa, a gente procuramos dar o que temos de melhor atrás dos três pontos eeeee... se Deus quiser, sair com um bom resultado. O importante é ajudar a equipe. Os colunistas estão unidos e cientes do que o torcedor quer. A cobrança é importante. Foi isso que fez com que nós, Júlio Cossa  e Mark Hernández, voltássemos a atuar. Vamos tentar dar o melhor de si para tentar voltar àquela grande fase da Copa do Mundo, que nos consagrou nacionalmente. Mercado europeu? Sim, sim, claro que a gente pensa nisso. Quem não pensa, aliás? Mas pensamos primeiro em dar satisfação à nossa torcida. 

No pique, agora falando sério, exclamação dois pontos travessão Este é um guia repleto de besteira e sacanagem sobre nossos "craques", nos moldes daquele que a gente fez durante a Copa do Mundo. Atendendo a pedidos (é sério! Demos até autógrafos! Mas não catamos ninguém...), perdemos horas em nossos trabalhos estafantes para produzir isto aqui.

Se você gosta de futebol, divirta-se. Se não gosta, na boa, você não tem envergadura moral e nem sustentabilidade ética para criticar. Humpf!

SANTOS

Ponto forte: 
O time todo*.
*menos o lateral-direito.

Ponto fraco: 
A pontaria.
É impressionante o que essa molecada erra de gols. Impressionante

O craque: 
Diego.
Não, é o Robinho! 
Ou melhor, o Renato! 
Quer dizer, é o Léo! 
Não, o Elano... 
ah, sei lá, escolhe um aí.

O pereba: 
Reginaldo Araújo. 
Tem nome de rua e é uma avenida pra qualquer atacante adversário.

Se fosse um time de basquete-show, seria o Harlem Globbetroters: 
O futebol arte não morreu, amigo. (mas ganhar dos argentinos na hora que o bicho pega, nem pensar)

SÃO PAULO

Ponto forte: 
Religiosidade.
Com um nome desses e um goleiro que vive de joelhos, o time do Morumbi não perde 
por falta de fé. E ainda TINHA o Kaká, o marketeiro de Deus. Aleluia, irmão!

Ponto fraco: 
Pipoka.
A própria torcida chama o time de "pipoqueiros". Na hora H, tremem como meninas. 
Não é à toa que o Vampeta os apelidou de bâmbis.

O craque: 
Ricardinho. É um especialista do passe para o lado. 
Não erra um. Impressionante, impressionante.

O pereba: 
Carlos Alberto.
No final de 2002, um jogador com esse nome começou a se destacar no Rio de Janeiro. A diretoria são-paulina, 
sempre esperta, foi atrás do tal Carlos Alberto. Mal eles sabiam que o Carlos Alberto bom de bola era o do 
Fluminense, e não esse pereba que eles foram arranjar no Botafogo...

Se fosse um seriado de TV, seria o Chaves. 
É esse o apelido do técnico Rojas entre os jogadores. E, convenhamos, o chileno às 
vezes faz umas mudanças que parecem palhaçada! E quando erra, diz que foi "sem querer querendo..." 
Ninguém tem (muita) paciência com ele.... pipipipi.

CORINTHIANS

Ponto forte: 
O campeonato é brasileiro.
Como não é preciso tirar passaporte para jogar em Belém ou Caxias do Sul, o Timão é forte. 
Já se fosse uma Libertadores...

Ponto fraco: 
Agenda lotada. Com a grande fama internacional que tem, o Corinthians pode, a qualquer momento, ter que deixar o 
campeonato para excursionar na Europa, satisfazendo os anseios de italianos, franceses, espanhóis... hahaha!

O craque: 
Antonio Roque Citadini.
O vice-presidente de futebol do Corinthians é um craque da ironia e das tiradas sarcásticas. 
E isso é do caralho! Cita rules!

O pereba: 
Renato.
Cara, esse é muito ruim. Muito ruim mesmo!

Se fosse um escritor, seria Nelson Rodrigues.
É respeitadíssimo e adoradíssimo por aqui. Mas lá fora ninguém conhece.

SÃO CAETANO 

Ponto forte: 
O campeonato é por pontos corridos. Desta vez, não 
corre o risco de vacilar na decisão e ser vice. Afinal, não há final (dãh!).

Ponto fraco: 
Amarela.
Pensando bem, não é porque o campeonato não tem final que o 
Azulão vai ser campeão. Veja bem: o Azulão nunca vai ser 
campeão de nada e pronto! É time pequeno e amarela. Humpf!

O craque: 
Dininho. É um baita zagueiro! Pena que tenha nome de 
cabelereiro sentimentalóide, e não de becão...

O pereba: 
Sílvio Luiz. O goleiro, que tem mão-de-pau, é também um micro-empresário. 
Tem uma avícola.

Se fosse uma modalidade do automobilismo, seria a Stock Car. 
Ninguém assiste, mas a gente sabe que existe e tem que aturar na TV de vez em quando.

PONTE PRETA 

Ponto forte: 
A Macaca.
A Ponte é o time com o mascote mais legal.

Ponto fraco: 
Sua sina.
A Ponte Preta nunca foi campeã de nada em mais de 100 anos de história. É sério! 
Eles nunca venceram nem Segunda Divisão!

O craque: 
Não tem. 
Pula.

O pereba: 
Romeu.
É, é aquele mesmo, ex-Corinthians, Atlético-MG, Goiás, Botafogo...

Se fosse um filme, seria Robin Hood.
Esse comentário é clássico: adora tirar dos grandes e dar pros pequenos.
(no bom sentido, é claro... apesar de o time ser de Campinas)

GUARANI

Ponto forte: 
Costas quentes.
O time foi rebaixado no Paulista-2001 e viraram a mesa. Foi bi-rebaixado no Rio-SP-2002 e acabaram com o torneio. 
Ou seja, por falta de "apoio", não cai no Brasileiro.
(só lembrando: Eduardo José Farahônico, aquele, é torcedor e ex-presidente do Bugre).

Ponto fraco: 
Excesso de refugos.
Tirar um caldo de um grupo que tem Esquerdinha, Marquinhos, Jean, Wagner e Rodrigão é complicado.

O craque: 
Neto. 
Manja muito de futebol. Tanto que, depois que deixou de ser jogador para ser cartola, virou uma bola.

O pereba: 
Rodrigão. 
Futebol não é com a canela, meu filho!

Se fosse uma banda, seria Creedence Clearwater...Couto! 
É esse o nome de batismo do centroavante do Guarani! Sensacional! 
Já imaginaram: ele faz o gol e corre para a câmera para cantar Have You Ever Seen The Rain! 

FLAMENGO

Ponto forte: 
Entrosamento.
A harmonia entre Edílson, Fábio Baiano, Fernando Baiano, 
Luciano Baiano e André Bahia é de origem étnica até.

Ponto fraco: 
O espírito peladeiro. 
Athirson abandona a lateral esquerda e vai bancar uma de ponta-direita, Felipe coça o saco e 
desencana de marcar no meio-campo e até Júlio César já curtiu uma de goleiro-linha. 
Ou seja, é um time peladeiro.

O craque: 
Júlio César. Sua qualidade técnica é discutível. 
Mas ele cata a Suzana Werner e nós o respeitamos por isso.

O pereba: 
Os três Fernandos. 
O Baiano, o Diniz e o só Fernando mesmo.. Sem comentários.

Se fosse um cantor, seria Michael Jackson. 
Já foi um fenômeno de bilheteria. Mas hoje em dia só leva pau.

FLUMINENSE

Ponto forte: 
Romário. 
Dentro da área, o "peixe" decide.

Ponto fraco: 
Romário. 
Mas na hora que tiver que decidir MESCHMO, o Baixinho vai sentir uma fisgada no músculo adutor 
posterior da coxa esquerda. Pode apostar.

O craque: 
Carlos Alberto. 
Nós nunca vimos esse cara jogar, mas falam tanto dele que, pô, não é possível, 
alguma coisa ele deve jogar. Ou seja: é uma espécie de Luís Figo das Laranjeiras.

O pereba: Joel Santana. 
Quem tu quer enganar com essa pranchetinha aí, parceiro? 
Apostamos que o renomado técnico do Flu passa os jogos desenhando mulher pelada 
ou brincando de Stop com seu auxiliar. Tática ou estatística, com certeza, ele não 
escreve naquela prancheta. Ele não entende disso.

Se fosse um programa humorístico dos anos 70, seria "Balança Mas Não Cai". 
Ah, cai. Cai, sim.

VASCO 

Ponto forte: 
Solidariedade.
Que outro time no Brasil dá apoio e abrigo a tantos ex-jogadores como o Vasco? 
Edmundo, Marques, Marcelinho Carioca, Beto Cachaça, Valdir Bigode...

Ponto fraco: 
A zaga... 
não, não: o meio. 
Não, não: o ataque... 
Ah, decida você mesmo.

O craque: 
Zoo. 
Não há um craque que se destaque sozinho (até porque não há craques). 
Mas há o entrosamento selvagem do ataque, formado por Edmundo Animal, Donizete Pantera e Régis Pitbull

O pereba: 
Russo. 
Vai jogar mal assim lá na... Rússia! 
(e o pior é que ele foi mesmo! 
É sério! Ele foi vendido prum Timov Perebevsky lá da Rússia!!!)

Se fosse um filme, seria O Poderoso Chefão: 
Dá-lhe, Eurico Miranda! 

CRUZEIRO 

Ponto forte: 
O esquema tático. Quando Luxa acerta na prancheta, é foda. 
O cara achou um jeito de fazer com que o Alex acordasse, o Aristizábal voltasse a jogar bola 
e o Deivid APRENDESSE a jogar bola. Até o Maurinho tá jogando muito!

Ponto fraco: 
A vaidade. Daqui a pouco, o Luxa vai querer aparecer mais que os jogadores. 
E a criatura vai se voltar contra seu criador.

O craque: 
Alex. 
O cabeção deixou de ser o Alexotan e voltou a jogar bem. 

O pereba: 
Maldonado.
Com a bola nos pés, o chileno é um Mal Danado para seu time. Mas é genro do Luxa, né...

Se fosse um filme, seria "Eu Ainda Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado".
Nós não esquecemos, viu, Luxa?

ATLÉTICO-MG 

Ponto forte: 
O simancol.
A diretoria tomou Simancol na veia e dispensou os perebas Nem e Cleisson 
e o técnico Celso BurRoth. Boa, agora só falta o Fábio Júnior.

Ponto fraco: 
A falta de inveja. 
Com o sucesso do Cruzeiro, era para o Galo começar a, pelo menos, tentar voltar a cantar. 
Mas, ao invés disso, a diretoria tá lá, acomodada... tsc! tsc!

O craque: 
Alguns desconhecidos aí Somos bairristas e não sabemos ao certo qual destes é (quase) craque.
Escolha um: 
Cicinho, Paulinho, André Luís ou Kim. 

O pereba: Fábio Júnior. 
E pensar que, quando começou a carreira, chegou a ser comparado ao Ronaldo Fenômeno...

Se fosse um cantor, seria Boy George: Vocês viram o novo "visu" do Alex Alves? 
Que que é isso...

FIGUEIRENSE

Ponto forte: 
Corpo fechado. É o time contra o qual o Guga torce. 
Ou seja, as chances de o Figueira se dar mal (leia-se cair pra segunda divisão) são pouquíssimas.

Ponto fraco: 
O time nunca vai ter um craque. 
Florianópolis é bom demais pra se morar, não pra trabalhar. Portanto, mesmo que 
algum bambambam do futebol se mude pra lá, dificilmente vai querer saber de treinar e concentrar.

O craque: 
Evair. 
Neste ano, marcou seu centésimo gol pelo Campeonato Brasileiro. 
Ele, que disputa a competição desde antes dela existir, conseguiu a incrível façanha de ser o... 
sétimo maior artilheiro do Brasileirão! Pena que ele se aposentou em agosto. Pena!

O pereba: 
Léo Macaé. 
Para defini-lo em poucas palavras: era reserva do Vasco, foi reserva de Evair. 
Precisa mais?

Se fosse uma banda seria qualquer uma de Santa Catarina. 
Você conhece alguma banda catarinense que tenha feito sucesso, vendido
muitos discos ou ganhado muitos prêmios?

CRICIÚMA

Ponto Forte: 
"Tradição"
É o time catarinense de mais tradição no futebol brasileiro. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo. 
Com Felipão no comando, ganhou a Copa do Brasil em 1991 e até hoje é o único do estado 
a ter disputado a Libertadores.

Ponto fraco: 
O uniforme. 
Terrível. O pior de todos. Nem em campeonato amador a gente vê algo tão feio.
Éca.

O craque: 
Paulo Cesar Bayer. 
É o remédio para todas as dores de cabeça do Tigre. 

O pereba: 
Qualquer um.
É o time do Criciúma, pô!

Se fosse um tenista seria Gustavo Kuerten.
Todo mundo lembra vagamente da época em que ganhou uns títulos, 
mas há anos só é lembrado em Santa Catarina.

JUVENTUDE

Ponto forte: 
O frio.
Só as pessoas que nascem em Caxias do Sul conseguem desenvolver o tipo de
pele e demais "fluídos corporais" necessários para jogar naquelas condições.

Ponto fraco: 
O frio.
Nem todos os jogadores do Juventude nasceram em Caxias, e assim o frio faz mal a eles também.

O craque: 
João Paulo Daniel.
Atacante com passagens pelo Paulista de Jundiaí e União São João de Araras, 
vem pra lista por causa do nome: uma dupla sertaneja completa!

O pereba: 
Maurício.
Ô, goleirão, volta pro teu sítio e vai pescar, meu!

Se fosse um par de seios, seria o da Maria Paula do Casseta & Planeta.
Não cai nunca!

GRÊMIO

Ponto forte: 
A camisa.
Só o Grêmio é capaz de ganhar títulos importantes com jogadores medíocres.

Ponto fraco: 
Os jogadores.
Às vezes, nem a mística camisa tricolor resolve.

O craque: 
Tarefa difícil
Pensamos no Rodrigo Fabri, mas a diretoria o dispensou. 
Cogitamos o Gilberto, que chegou a ser convocado recentemente, mas ele 
também andou brigando com a diretoria. Como o "Jesus" Chirstian só vive na 
memória dos mais fiéis e um Anderson Lima as esperanças de qualquer torcedor e o outro
Anderson não emPolga ninguém, ficamos sem "craques". Portanto, vamos dar "Baloy" neste tópico.

O pereba: 
Danrlei.
Ainda não inventaram um adjetivo para defini-lo, por isso recomendamos
que você assista aos jogos do Grêmio e escolha a palavra adequada.

Se fosse uma banda, seria o Engenheiros do Hawaii. 
Mesmo com formações medíocres, sempre consegue chegar em 
algum lugar. Mas, meu, como são chatos! (tomara que caiam)

INTERNACIONAL

Ponto forte: 
A molecada.
O Inter-2003 tem uma geração de jovens talentos que, se não for desperdiçada, pode render bons frutos no futuro.

Ponto fraco: 
A falta de um Kledir.
Tem Claiton, Cleitão e Cleiton Xavier. Mas sem o Kledir, não dá!

O craque: 
Daniel Carvalho. 
Preste atenção no número 10 de chuteiras brancas. 
Se estivesse no eixo Rio-SP, estaria na seleção.

O pereba: 
Claiton
O volante gordinho se preocupa mais com suas madeixas do que em marcar os jogadores adversários.

Se fosse uma seleção nacional, seria a Holanda. 
Dizem que os dois tinham timaços e jogavam muito na década de 1970, mas quase ninguém acredita nisso.

PARANÁ

Ah, Paraná, não enche o saco!

ATLÉTICO-PR

Ponto forte: 
A estrutura.
Deixemos de ser irônicos e, pô, temos de assumir: esse clube tem uma baita estrutura. 
Tanto o CT quanto o estádio são ótimos. Parabéns.

Ponto fraco: 
A síndrome de Curitiba. 
No Paraná é assim: num ano qualquer, alguém dá uma baita sorte e pega
outro time pequeno na final, aí ganha um título brasileiro e depois nunca
mais. Foi assim com o Coxa, foi assim com o Atlético (quem sabe o Paraná,
um dia, não ganha alguma coisa? Hein? Hein? Hein? Nah...).

O craque: Dagoberto
Pensou que a gente ia eleger o Kleberson, né? Errou feio. Esse tal de
Dagoberto tá jogando muito! Até o Ilan tá fazendo gol, graças a seus
passes. Já o Kleberson... bem, fiquemos com a imagem daquele volante/meia
abnegado, que levou o Furacão ao título brasileiro em 2001 e teve papel
importante no penta da Seleção em 2002. Good lucky for him in England!

O pereba: 
Alessandro
Tentaram até levá-lo para a Seleção, mas nada como o tempo e a natureza para provar algumas coisas.

Se fosse uma banda, seria qualquer uma que tenha ficado conhecida como "one-hit-wonder"

CORITIBA

Ponto forte: 
O estádio.
O Couto Pereira é legalzão. 
Até a torcida advsersária tem um lugar bacana pra ver o jogo.

Ponto fraco: 
O mesmo do Atlético-PR.
Sem contar que, como não existe mais final, a possibilidade de 
cruzar com o Bangu pra ganhar o título é zero.

O craque: 
Tcheco. 
Em terra de polaco, nada mais natural que um polonês se dê bem.

O pereba: 
Odvan.
Não é possível que esse cara ganhe dinheiro com o futebol. 

Se fosse uma banda, seria qualquer uma que lá pelos anos 80 cravou um hit
e depois continuou a carreira achando que o raio cairia de novo 
no mesmo lugar. Mais uma one-hit-wonder, portanto.

PAYSANDU

Ponto forte: 
Os jogos em casa.
Belém é longe, muito longe. Deve ser difícil para o time adversário se adaptar ao fuso horário e essas coisas e tal. 
E aquele estádio sempre lota, impressionante! Belém não tem cinemas ou shoppings? 
Meu Deus...

Ponto fraco: 
A dificuldade de todos em acertar a grafia do nome do time.
Paissandú, Payssandú, Paiçandoo... ah, é muito complicado...

O craque: 
Aldrovani, Vélber, Vandick e Iarley. 
Não que eles sejam craques. Eles não são. Mas esses nomes são tão feios
que, neste espaço sobre o Paysandu, a gente tinha que dar um jeito de registrá-los em algum lugar.

O pereba: 
Jorginho. 
Este zagueiro é o irmão mais velho do Júnior Baiano e, antes do Paysandu,
ele tinha se "destacado" na Portuguesa. Veja bem: ele é o irmão mais velho
do Júnior Baiano e, antes do Paysandu, ele tinha se "destacado" na Portuguesa...

Se fosse uma cantora, seria Fafá de Belém. 
Teve peito para vencer o Boca Jrs. em La Bombonera, mas depois mostrou que
tem um futebol coisinha feia. É chato e incomoda. E nunca, nunca, nunca será levado a sério.

FORTALEZA

Ponto forte: 
O elemento-surpresa.
Você conhece o Fortaleza? Ninguém conhece o Fortaleza.

Ponto fraco:
O time todo.

O craque: 
Aceita-se sugestões.

O pereba: 
Clodoaldo, "o matador".
A falta de assunto em janeiro e fevereiro fez a Globo inventar esse cara.
Se você acreditou nele, bem-feito.

Se fosse uma banda, seria a australiana The Vines: 
A falta de assunto da imprensa também criou essa banda. 
Bem-feito pra quem acreditou.

BAHIA

Ponto forte: 
A torcida.
Lota a Fonte Nova até quando o time está numa draga.

Ponto fraco: 
O técnico.
Evaristo de Macedo? Pega uma vara e vai pescar, vovô!

O craque: 
Nonato.
Pra craque falta muito, tá certo, mas por ter feito dois gols contra São Paulo ganhou pontos com a coluna.

O pereba: 
Um tal Fabiano.
Esse cara, um lateral-direito, é uma das coisas mais horrorosas que já
apareceram na história do futebol. Num jogo contra o Santos, por 
exemplo, ele conseguiu a façanha de cometer três pênaltis (só dois foram 
marcados) em 45 minutos. Foi quando ele "consagrou" o Rubens Cardoso. 
Veja bem: o Rubens Cardoso!!!

Se fosse um, seria: Carlinhos Brown.
Na verdade, não tem nada a ver, é só pelo fato de o cara ser baiano e chato e tal.

VITÓRIA

Ponto forte: 
A localização do estádio.
Sabe onde fica o Barradão? Ao lado de um "lixão". É sério! 
Quando bate um vento ali... vixe!

Ponto fraco: 
O nome.
O Vitória é uma desgraça para nós, jornalistas. Vive pregando 
peças do tipo: "Vitória do Vitória, por x a y" -- não há um bom sinônimo para Vitória.

O craque: 
"Tinha aquele que..."
Acompanhe o diálogo:
Sentado numa mesa de bar, alguém comenta:
-- Domingo o jogo é contra o Vitória. 
-- É, o Vitória é um time enjoado, tem aquele que faz gol pra burro.
-- Quem? O Nadson?
-- É.
-- Não tá mais lá. Venderam.
-- Ah, mas tem aquele outro, com nome de ator...
-- O Allann Delon?
-- É.
-- Também venderam.
Ou seja: o Vitória é um time que desperta mais respeito do que merece, 
pois consegue "consagrar" um jogador em seis meses, vendê-lo e, mesmo
assim, continuar com um estádio ao lado de um lixão. 
(só lembrando: Dida, Vampeta, Edílson, Alex Alves... muitos foram os jogadores 
formados no Vitória. Mas que se mandaram de lá rapidinho)

O pereba: 
Marcelo Heleno.
Um dos piores zagueiros do universo. Tá bom, exageramos. 
Um dos piores zagueiros do mundo, vai. 
(esse ninguém consegue vender)

Se fosse... ah, deixa pra lá, já escrevemos muito do Vitória. 

GOIÁS

Ponto forte: 
No Goiás? Fala sério!

Ponto fraco: 
São tantos...

O craque:
Araújo.
Grandes enigmas do futebol brasileiro: o que o Araújo ainda faz no Goiás?

O pereba: 
Alexandre.
É aquele mesmo zagueiro que rebaixou o Palmeiras. Tá certo que ele já foi
até dispensado, mas, pô, ele é muito ruim, a gente tinha que registrar aqui.

Se fosse uma dupla sertaneja, seria o Leonardo. 
O Araújo, coitado, não tem um pra tabelar com ele. Parece o pobre do 
cantor, que ficou sem dupla depois que o irmão morreu. 
(ignoramos o Dimba. Ele é enganador, mas não engana a nós)

Concorda? 
Discorda? 
Quer parabenizar os jornalistas ou mandar os caras verem jogo de futebol japonês?
Escreva para martinsqn@hotmail.com


Vale a pena ler de novo
Mate saudades e venha relembrar como foi a Copa do Mundo no ano passado, 
pela ótica dos peladeiros (ops) oficiais do S&Y.