O
Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
por
Angélica Bito 01/01/2002
O
grande dia chegou, pelo menos para os milhares de fãs
da trilogia literária escrita por J. R. R. Tolkien e
publicada em 1954. A versão cinematográfica da
primeira parte do épico, O Senhor dos Anéis:
A Sociedade do Anel, chegou aos cinemas brasileiros no primeiro
dia de 2002 causando burburinho. E não é por menos:
o filme é, no mínimo, grandioso. Mesmo que você
não seja fã de épicos, fantasias e afins,
não poderá negar a grandiosidade dos efeitos especiais
apresentados.
O
neozelandês Peter Jackson foi o responsável pela
direção, produção e roteiro do filme.
Quem já leu a obra de Tolkien que o inspirou diz que
Jackson foi bem fiel e conseguiu mostrar com clareza a complexidade
do mundo de Tolkien. Ou seja: você não precisa
ter lido o livro para entender o filme o que, neste caso, é
um ponto positivo para Jackson. Principalmente quando se trata
de adaptar uma obra literária tão complexa e tão
cheia de fãs como é a trilogia. Além de
ter inspirados filmes, desenhos, revistas, jogos de RPG e letras
do Led Zeppelin, O Senhor dos Anéis chegou até
a virar jogo de tarô.
A
história é batida (você tem sempre a impressão
que já viu isso antes), porém complexa. Trata-se
da luta entre o Bem e o Mal, basicamente. O Mal é encarnado
pelo tal do Um Anel e seu mestre e criador, Sauron. Cheio de
vontade própria, o objeto confere a quem o possui poderes
diversos, como o da invisibilidade. Entretanto, o Um Anel corrompe
o caráter de seu usuário, o levando para o lado
do Mal. Por isso, ele deve ser levado à Montanha do Fogo
- onde foi feito – para ser destruído. O portador é
o hobbit Frodo (Elijah Wood) e, acompanhado de mais três
hobbits (Sam, Pippin e Merry), Gandalf (um mago), Aragorn e
Boromir (humanos), o elfo Legolas e o anão Gimli, formam
a Sociedade do Anel. Juntos, enfrentam neve, chuva, água
e fogo para completar a missão sem que os cavaleiros
de Sauron – o Senhor dos Anéis do título – consigam
de volta o objeto e ele domine a Terra-média.
Os
homens (sim, no meio de elfos, anões e hobbits eles ainda
existem nesta história) são os que ficam mais
tentados em utilizar os poderes do Um Anel. Tolkien, na época
que escreveu o livro, já achava que essa raça
não tinha jeito mesmo, muito menos frente à possibilidade
de ter os poderes do Um Anel, nem que fosse pelo mal. Parece
que ele concordava com a célebre frase do filósofo
Maquiavel: "Os fins justificam os meios". Por isso, Frodo –
cheio de boas intenções – é o escolhido
para transportar o Um Anel até o local onde será
destruído.
Mas,
afinal, o que há de batido na história? Luta entre
o bem e o mal (Sociedade do Anel versus Senhor dos Anéis),
além da comitiva formada pelas mais variadas figuras
– o corajoso, o arqueiro, o irritadinho, o bonzinho... Lembrou-se
dos desenhos animados da infância? Pois é, Caverna
do Dragão, He-Man, Guerra nas Estrelas,
todos eles beberam na mesma fonte e foram inspirados pela obra
de Tolkien.
Algo
que deve ter dado bastante trabalho a Jackson foi diminuir a
estatura dos atores que interpretaram os hobbits, criaturas
da Terra-média que têm altura média de pouco
mais de um metro. O diretor conseguiu isso com o auxílio
de computadores, miniaturas e moldes. Além disso, sete
anões serviram de dublês aos hobbits. Os efeitos
especiais chamam bastante a atenção dos espectadores
do filme. Tudo para recriar com fidelidade o universo imaginado
por Tolkien.
As
três adaptações da trilogia O Senhor
dos Anéis já estão prontas. Peter Jackson
filmou os três filmes de uma só vez, com a mesma
equipe e elenco, na Nova Zelândia – país escolhido
pelo diretor graças à variedade de paisagens do
lugar. Em 18 meses de filmagem, os três filmes consumiram
nada menos do que US$ 190 milhões, em produção
e pós-produção. Se você ficou pedindo
mais depois que as luzes do cinema se acenderam e os créditos
começaram a subir, só no Natal de 2002. O segundo
filme, O Senhor dos Anéis: As Duas Torres já
está pronto sim, mas será estrategicamente lançado
um ano após o primeiro.
Os
primeiros manuscritos de O Senhor dos Anéis foram colocados
no papel em 1937. Mesmo assim, a fábula prova que ainda
desperta o interesse de muitas pessoas e que pode movimentar
muito dinheiro.
Só
para quem gosta
por
Marcio Souza
Existem
fenômenos e coisas fenomenais. Explico: cheguei as 19h30
no cinema e só consegui assistir ao tão comentado
O Senhor Dos Anéis, as 21h40. Sessões lotadas,
filas. Me sentia na porta de um show de rock. Pessoas vestindo
camisas de J.R.R. Tolkien, além é claro, das bandas
que foram influenciadas pelo texto.
A
excitação é enorme. Tudo é grandioso.
Logo na introdução, somos parcialmente apresentados
aos acontecimentos que, de tão bem explicados, parecem
que realmente aconteceram, como se que num passado remoto, aqueles
seres realmente existiam.
a excitação, começam os problemas. Eu,
que não li o livro justamente para poder assimilá-lo
como filme, como obra visual, tive dificuldades. A obra não
é pra qualquer um. São tantas minúcias,
tantos detalhes e tanta história não contada que
o filme cai naquela velha desgraça das adaptações:
a de que 'o livro deve ser bem melhor'.
É
aí que me veio a grande dúvida: o filme é
belo, mágico, intrigante, lento, longo, complicado e
feito com um amor que ficamos presos aos acontecimentos, mesmo
que por várias vezes não agüentando mais
tantos nomes novos a cada minuto.
A
história, se é que você estava em Plutão
nos últimos meses, conta a trajetória de um hobbit
(não vou começar a explicar as raças aqui,
se não vai dar um trabalho do cão), chamado Frodo
Bolseiro, que herda o "Um Anel ", um anel mágico feito
pelo senhor das trevas, Sauron, que o produziu para dominar
a Terra Média, a era fantasiosa criada pelo Autor J.R.R.
Tolkien. Mas, como o artefato parece exercer um domínio
maligno em todos a quem o possuem, o pacato Frodo é conduzido
através dos perigos pelos representantes das raças
da era, que formam a Sociedade do Anel do título, para
que o anel seja destruído onde foi feito, no lar do grande
"mestre do mal".
Aparentemente,
tudo corre bem. Mas, com o passar das horas (três, exatamente),
estamos cansados de decorar tudo, para que no final, tenhamos
que esperar mais um ano para saber mais um pouco. A
trilogia original dos livros foi respeitada no cinema, ou seja,
só em 2003, que a data inicial marcada para o último
capítulo, é que nós, fãs de 'cinema',
saberemos do seu final. Então esse é o maior e
mais caro 'prequel' da história! Quase um trailer de
3 horas!
Aos
que entram de cabeça, a vontade de sair e comprar o livro
para se descobrir o final é obvia. Mas, para nós,
habitantes da terra, com um monte de coisas pra fazer sem ser
descobrir o que são elfos, balrogs, saurons e etc, fica
difícil. Mas que eu estou curioso para o final estou...
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