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Complexo da Pampulha e Mercado Central
Dia bastante movimentado. E primeiro sinal de quem São Pedro anda ouvindo nossos pedidos. Fez sol o dia todo! E à noite uma garoazinha de nada. Lindo. Acordamos cedo e fomos a pé, subindo morros, para a Praça da Liberdade, local que abriga a sede (provisória) do governo de Minas Gerais (Aécio está construindo a toque de caixa uma nova sede desenhada por Niemeyer) e dois edifícios assinados pelo Oscar: a Biblioteca Pública e o próprio Edifício Oscar Niemeyer. E tem também o polêmico Rainha da Sucata.
Ficamos um bom tempo fotografando o Edifício Oscar Niemeyer, que parece muito um Copan miniatura. É o tipo de edificação que você pode fotografar o dia inteiro, e todas as fotos vão ficar lindas. Risoleta e Tancredo Neves moraram neste prédio. Dali partimos – já em companhia do Alexandre – para o Complexo da Pampulha. No início da década de 40, o então prefeito Juscelino Kubistchek recorreu ao jovem arquiteto Oscar Niemeyer (depois de tentar vários outros nomes) para projetar os prédios do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, às margens da lagoa artificial.
O Conjunto é composto pela Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (hoje, Museu de Arte), a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube. Vou te dizer: a Casa de Baile é uma das construções mais lindas do Oscar. Pequenina e aconchegante, ela foi inaugurada em 1943 voltada para o povo (o Cassino, do outro lado do lago, era voltado a elite) e continua aberta com exposições e eventos. Quem passar por lá em janeiro ganha um belo livro que conta a história da Casa e do complexo.
Próximo destino: Igreja de São Francisco de Assis. Também construida em 1943, no entanto, a igreja só foi aceita pelo bispo da cidade em 1957, ficando 14 anos fechada devido a visão de Oscar e, principalmente, Candido Portinari, da religião católica. Portinari assina os afrescos belíssimos dos azulejos assim como um imenso painel atrás do púlpito e os doze quadros arrepiantes da via sacra. Todos os domingos, às 9h30, tem missa, mas é possível visitar o interior da capela pagando R$ 2 nos outros dias.
Depois de uma longa volta pelo lago (de carro) chegamos ao Cassino, hoje Museu de Arte da Pampulha, local em que o PatoFu gravou seu ao vivo MTV alguns anos atrás. Não gostei tanto da parte interna, apesar de ter achado fofo o auditório, mas o prédio conqusita você na parte externa. Bom, quase duas da tarde, hora de comer. Fomos ao sensacional Mercado Central. Logo na entrada provei um quejio Canastra, de Patrocínio, divino. E fomos direto para o Casa Cheia.
O Casa Cheia é um assíduo frequentador da competição Comida di Buteco e eu não poderia ter começado melhor minha aventura pelas comidas mineiras. Lili foi de Tutu a Mineira, Alexandre escolheu um PF e eu encarei o Mexidoido Chapado (R$ 14) que é um mexido feito na chapa com picanha fatiada, lombo defumado, linguiça caseira, bacon, legumes preparados no azeite, ovo frito de codorna, arroz e ervas aromáticas. O prato vem uma frigideirinha e é tão bonito de se ver que até a mesa do lado pediu para fotografa-lo.
Lógico, não basta ser bonito, tem que ser gostoso, e você tem alguma dúvida que o prato era divino? Primeira sacada: na cozinha do Casa Cheia só vozinhas fazendo a comida. Não tem como dar errado. O prato era simplesmente delirante. E eu ainda fiz pouco caso do tamanho dele naquela frigideirinha, mas não consegui comer tudo. Para acompanhar, coca-cola e a segunda cachaça da viagem, uma boa Samba e Cana, de Belo Horizonte.
Depois do almoço de reis fomos dar uma volta no Mercado. Passamos em uma cachaçaria para uma olhada sem compromisso. A Havana estava saindo por R$ 390, uma versão especial da Germana (a minha preferida) por R$ 220 e a famosa Anisio Santiago custava apenas R$ 190. Ok, tem para todos os bolsos. Se você quiser tomar uma Providência basta apenas desembolsar R$ 8,90. Experimentei a Pendão, de Itatiaiuçu. Boa. Não levei nada, afinal, estamos no começo da viagem, mas vou retornar para São Paulo abastecido. Aguarde.
Após uma soneca providêncial, Rodrigo James nos pegou para nos apresentar o que, segundo ele, é o melhor pão de queijo do mundo. Fomos ao Boca de Forno, da praça Nova Iorque. Pão de queijo caprichado, com recheio saboroso e um belo tamanho que só me fazia imaginar que ali caberia um belo lanche. Próxima parada, Bar do João, na Savassi, seguindo o lema “se não tem mar, tem bar”. Terminamos à noite com Thiago Pereira (assim como o James, do Alto-Falante) e com Alexandre bebendo e conversando sobre cultura pop.
Último dia do ano. Decidimos dar uma folga aos amigos para batermos perna atrás do pão de queijo da Verdemar e de outras peculiaridades de Beagá. Dia 01, às 06h30 da manhã, embarcamos para Diamantina. Vou ali beber uma cachaça e comer um queijo. Eu acho que volto.
Fotos: Marcelo Costa (http://flickr.com/photos/maccosta/)
dezembro 31, 2008 No Comments
Primeira cachaça da viagem
Chegamos em Beagá na hora certa, sem nenhum atraso. Lili pediu uma Xingu no avião, eu uma coca-cola. Tudo errado. Ela molhou os lábios com a cerveja, não gostou, e eu fiz a troca de bom grado. Namorado é pra essas coisas também. O centro de atenção ao turista no aeroporto de Confins (que não nega o nome: fica realmente nos confins) quebrou um galhão com mapas e orientações sobre a cidade. Pegamos o ônibus (R$ 16,90 per capita) e depois morremos em R$ 6 no taxi para chegarmos ao primeiro hotel da viagem, o primeiro F1 da minha vida (hehe).
O Alexandre passou uns 20 minutos depois e fomos para a Mercearia do Lili beber Bohemia, comer um ótimo bolinho de mandioca e bebericar umas cachaças. A primeira da viagem foi a ótima Boazinha, de Salinas. Bem leve, sem muito amargor nem queimação. Lili bebeu o copo dela primeiro que eu. O James apareceu depois para papearmos sobre coisas de Minas, experiências na Europa e trechos do livro do Bill Graham. E voltou a garantir: “O pão de queijo do Boca do Forno é melhor que o da Verdemar”. Hoje tiraremos a prova. Lá vamos nós que a Pampulha nos espera.
dezembro 30, 2008 No Comments
Belo Horizonte na segunda à noite
Como o hostel em Ouro Preto já estava lotado, tivemos que fazer algumas pequenas alterações no roteiro, e incluimos Diamantina. Agora é esperar que São Pedro de um baile na previsão do tempo e não cumpra as expectativas de chuva forte em BH nos dias de virada. James vai dar umas dicas de lugares para comer pão de queijo (a Ale, do Comidinhas, me pediu um mapa do pdq). Alexandre vai mostrar uns bons botecos (claro, vou querer fazer um mapa da cachaça) e ainda tenho que esbarrar no Tomaz, ver o museu de Inhotim em Brumadinho e subir e descer muito morro. Por enquanto, está assim:
29 – São Paulo / Belo Horizonte
30 – Belo horizonte
31 – Belo Horizonte / Sabará / Belo Horizonte
01 – Belo Horizonte / Diamantina
02 – Diamantina
03 – Diamantina / Ouro Preto
04 – Ouro Preto
05 – Ouro Preto / Mariana / Ouro Preto
06 – Ouro Preto / Congonhas / Ouro Preto
07 – Ouro Preto / Tiradentes
08 – Tiradentes
09 – Tiradentes / São João Del Rey / Tiradentes
10 – Belo Horizonte / Bumadinho / Belo Horizonte
11 – Belo Horizonte / São Paulo
dezembro 28, 2008 No Comments
14 dias em Minas Gerais
Gripei… e tenho ainda nove dez dias de trabalho direto pela frente. Sim, incluindo os dois próximos sábados e domingos e também o dia 25 e 26. Quer ser jornalista? Se prepara pra isso, certo. 🙂
Eu e Lili rabiscamos o pequeno roteiro de nossas mini-férias em Minas Gerais. Ela comprou um guia caprichado da Estrada Real e amanhã pretendemos reservar alguns hotéis (principalmente nas cidades mais concorridas: Belo Horizonte e Ouro Preto). É um rascunho mesmo de roteiro (James, ligo quando chegar em BH) que ainda será balizado pelas dicas preciosas da Camilinha e do Alexandre (vais me levar pra beber, meu caro)
29 (à noite) – Belo Horizonte
30 – Belo Horizonte
31 – Belo Horizonte
01 – Belo Horizonte / Ouro Preto
02 – Ouro Preto
03 – Ouro Preto / Mariana / Ouro Preto
04 – Ouro Preto
05 – Ouro Preto / Congonhas
06 – Congonhas / Tiradentes
07 – Tiradentes
08 – Tiradentes / São João Del Rey
09 – São João Del Rey / Sabará / São João Del Rey
10 – São João Del Rey / Brumadinho
11 – Brumadinho / Belo Horizonte / São Paulo
*Diamantina (queremos ir, mas não sabemos se vai rolar)
**Atualizando: hotel em BH e passagens de avião compradas
dezembro 19, 2008 No Comments
Viagem de Fim de Ano – Cidades Mineiras
Nem lembro direito qual foi nosso primeiro plano de roteiro para o fim do ano. Ali pra agosto eu já sabia que iria trabalhar direto até o dia 29 e que, depois, só voltava dia 12 de janeiro. Então um dia, no meio da madrugada, acordei com um pensamento e sacudi Lili: “Vamos passar o reveillon em Paris!”. Calculei tudo e poderia ter rolado se a economia mundial não tivesse pirado e o dólar pulado de R$ 1,60 para R$ 2,50 nesse meio tempo. Europa só em agosto/setembro do ano que vem.
Começamos a traçar novas rotas por aqui e como deixamos tudo para a última hora perdemos vários pacotes. Chegamos a pensar em fazer o trecho Porto Alegre, Buenos Aires, Santiago, Machu Pichu e até reduzimos depois para Porto Alegre, Buenos Aires e Montevidéu, mas acho que só hoje chegamos a um consenso de casal, após uma sugestão que fiz no meio da semana: “Que tal passear pelas cidades históricas mineiras levando uma mochila pequena com pouca roupa e as máquinas fotográficas?”
Eu sempre quis conhecer as cidades históricas e no período em que fui jurado do Prêmio Caixa de Jornalismo, na categoria de Turismo, li vários textos interessantes sobre o local. Pelo jeito, vamos passar o ano novo em uma cidade histórica a ficar batendo perna, fotos e comendo boa comida até o dia 07 ou 08 quando voltamos para São Paulo e esticamos para Porto Alegre, para que a arquiteta da casa conheça o museu Iberê Camargo, do arquiteto português Álvaro Siza, e eu encontre uns amigos.
Ainda não sei qual será o roteiro nas Minas Gerais, mas a idéia é começar por Belo Horizonte e ir de lá para Mariana, Ouro Preto, Tiradentes, Congonhas e Diamantina. Ainda quero conhecer Montevidéu, a região dos Lagos no Chile e Machu Pichu, mas vai ficar para a próxima. Minas Gerais, nos aguarde.
dezembro 14, 2008 No Comments