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Eu queria falar sobre dez discos…

Você ouve a música que você quer ouvir, certo? Espero que sim. Já eu, nem sempre. Uma das coisas fodas de escrever de música é que quanto mais tempo você passa ouvindo um disco, mais os demais se acumulam. Tenho por regra pessoal escrever sobre um disco que eu esteja viciado exatamente para esgotá-lo na resenha. E só então partir para o próximo. Ou os próximos. Sempre são muitos.

As coisas aqui em casa funcionam mais ou menos assim: eu tenho uns 7 mil CDs em estantes (faz muito tempo que parei de contar, e esse número é um chute). Todo dia escolho uns dois ou três para me acompanhar no trabalho, algo que vá ser a minha trilha sonora naquele dia. Completam o pacote alguns CDs que comprei recentemente ou então recebi (da gravadora ou do próprio artista) e os MP3 do momento.

Os CDs que ganho ou compro vão diretamente para uma pilha a esquerda do meu computador. Eles só vão para a estante assim que eu ouvi-los, senão se perderiam no limbo do esquecimento. Alguns eu ouço duas, três vezes, e já tenho idéia de que eles podem voltar a me acompanhar em determinados dias. O problema (e não deveria ser um problema, mas é) são aqueles que tenho vontade de escrever sobre.

Esses se amontoam na prateleira e ficam aguardando um gancho, uma pauta, um espaço na correria do dia a dia para que eu consiga traduzir em palavras aquilo que me conquistou a audição. Eles vão ficando, ficando, ficando, e quando vejo o tempo passou, e não consegui escrever. Continuo ouvindo, mas me recuso a colocar na estante pois… eu queria escrever sobre eles. O dia, porém, é curto demais.

Como as três torres de CDs para “ouvir” estão enormes, lotadas de coisas de 2008 e 2009, decidi usar o blog para esgotá-los em frases curtas. Assim, volto a tentar me dedicar à safra 2010. O que passou, passou. A vida continua. Dessa forma, seguem abaixo dez de CDs que eu gostaria de ter escrito de 500 toques a 5 mil, mas que devido a velocidade do tempo, ficaram esperando por um momento livre… que não veio.

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“Iê Iê Iê”, Arnaldo Antunes (Rosa Celeste)
Falei que não gostei do show aqui, mas o disco foi chegando devagarinho e me pegou de jeito. Arnaldo é, de longe, o ex-titã com melhor carreira solo. A produção de Fernando Catatau e a estética do álbum fizeram o resultado soar particular. E tem uma penca de músicas boas: “A Casa é Sua”, “Aonde Você For”, “Vem Cá“, a baladaça “Longe” e o grande hit “Invejoso”. Os titãs remanescentes deveriam ter vergonha de lançar “Sacos Plásticos” (falei mal dele aqui) no mesmo ano. Discaço.

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“Rock’n’Roll”, Erasmo Carlos (Coqueiro Verde)
Aos 68 anos, o Tremendão mostra força em um álbum cheio de superlativos que nem Liminha conseguiu atrapalhar. A tiração de sarro de “Cover” conquistou um bocado de gente, mas, para mim, a provocação da balada de guitarras sujas (que, aliás, soam bem em quase todas as faixas) “Olhos de Mangá” surpreendeu mais (e me embalou por semanas). Vale citar as parcerias de Erasmo com Chico Amaral (letrista do Skank) em “A Guitarra é Uma Mulher” e com Nando Reis em “Um Beijo é um Tiro”.

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“Banda Gentileza”, Banda Gentileza (Independente)
Melhor álbum de estréia do 2009 pela enquete de melhores do ano do Scream & Yell, o disco dos curitibanos tocou muito aqui em casa nos últimos meses. Os caras vieram aqui beber uma cerveja (entrevistão aqui), e não consegui me concentrar para falar do disco. Sinceramente, não tem muito que falar. Basta baixar o álbum gratuitamente aqui e ouvir, ouvir e ouvir coisas como a empolgante “Coracion”, a baladinha caipira “Teu Capricho, Meu Despacho”, o sambinha “Preguiça” e a nonsense “Sempre Quase”.

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“All Right Penoso!!!”, La Pupuña (Ná Music)
O disco é de 2008, mas só apareceu aqui em casa no ano passado, e desde a primeira vez que o ouvi fiquei com vontade de traçar grandes teorizações sobre esse redescobrimento da música brasileira que aconteceu na segunda metade dos anos 00. Não consegui escrever, mas toda vez que coloquei “All Right Penoso!!!” para receber a luz do laser, o clima da casa pareceu ser de festa. Tem guitarrada, surf music e melodias caribenhas que aproximam o mar da gente num disco alto astral.

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“Graveola e o Lixo Polifônico”, Graveola e o Lixo Polifônico (Independente)
Eles até já lançaram um novo EP para download gratuito (baixe aqui), mas eu namorei esse disco alguns dias do ano passado, e pensei que valeria muito falar mais. Não consegui, mas aproveito agora para dizer que Minas tem surpreendido com bandas que fogem do arquétipo do pop radiofônico (Jota Quest, Skank) abraçando o samba, o jazz e o rock. É o caso dos Gardenais (falei deles aqui) e deste excelente álbum da Graveola e o Lixo Polifônico. Baixe aqui e corra o risco de ficar cantando as canções por meses.

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“Vou com Gás”, Falcatrua (Independente)
Na primeira vez que ouvi este álbum (já tinha falado do disco anterior deles aqui), não teve como não pensar: se as rádios descobrirem isso, vai tocar até dizer chega. Os mineiros pegaram o repertório de Tim Maia, turbinaram as guitarras e fizeram um puta álbum dançante (com produção de John, do Pato Fu, e direção de Nelson Motta). Difícil resistir ao apelo de “Festa do Santo Reis”, “Não Vou Ficar”, “Réu Confesso” e “Azul da Cor do Mar” e até “Vale Tudo”.

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“Something Stupid”, Trash Pour 4 (MCD)
Terceiro disco do Trash Pour 4 (os outros dois passaram desapercebidos por mim), “Something Stupid” soa como um fantasma do lado maluco e divertido do Pato Fu, o que é uma grande referência. “Babalu” (do repertório de Bola de Nieve, Ângela Maria e outros) tem um sotaque latino. “Ci Riprova la Bossa Nova” é bossa noise em italiano. “Manhã Seguinte” vai direto a fonte: Os Mutantes. Uma banda (e um disco) a se descobrir.

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“Simplesmente”. Os The Darma Lovers (Dubas)
Algum amigo definiu este disco numa mesa de bar como “o álbum de maconheiro de 2009”. Pode ser, embora o clima bucólico do álbum convide mais a contemplação do que a viagem. A primeira coisa que me lembrou na primeira audição foi o rock rural de Zé Rodrix, Sá e Guarabira. Um disco calmo, suave, que ousa enfrentar a correria do dia a dia estirado numa rede e ganha belos contornos com o cello de Moreno Veloso em “Canção Para Minha Morte”, “Srta Saudade da Silva”, entre outras.

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“Orquestra Contemporânea de Olinda”, Orquestra Contemporânea de Olinda (Som Livre)
Esse álbum me namorou umas quatro semanas em 2009, e lamento muito não ter visto a banda ao vivo em alguns dos shows deles em São Paulo . Fiquei assoviando a metaleira de “Canto da Sereia” dias a fio assim que ouvi o disco pela primeira vez. Há um bom gosto na sonoridade do comboio pernambucano que bate direito no peito, e leva o cidadão a bailar. Talvez sejam os metais, talvez seja a percussão, talvez seja a rabeca de Maciel Salú, não dá para precisar, mas mexe muito com o lado latino da gente.

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“Deus e os Loucos”, Anacrônica (Independente)
Um dos destaques da atual cena curitibana (agora residindo em São Paulo e cumprindo bem a responsa de abrir o show de bandas gringas, no caso o Franz Ferdinand), o Anacrônica colocou nas lojas em 2009 um álbum de sonoridade forte (cortesia da boa produção de Tomaz Magno) e dançante. O bom vocal de Sandra valoriza canções como “Eles Me Querem Assim” enquanto a banda se mostra afiada e credencia a batida pop de “O Que Será?”, a porrada “Delorean” e a ótima faixa título.

março 29, 2010   No Comments

Coisas para ler, ver e ouvir

Para ler

Como contratar um jornalista, por André Forastieri
“Conheço uma pá de estudantes e recém-formados em jornalismo. Tenho uma dó louca. Nossa profissão está acabando. Quer dizer, o tempo em que nossa profissão era fácil está acabando. Mais explicitamente: antes era mais fácil enrolar o leitor, o chefe, até os colegas“. Leia mais aqui.

“O império das bandas coxinhas”, por Sérgio Martins
“Chris Martin é um sujeito exemplar. Vocalista e líder do grupo Coldplay, que desembarca nesta semana no país para apresentações no Rio e em São Paulo, ele não perde a chance de ajudar os mais necessitados”. Leia mais aqui.

Editora processa blogueira, por Sérgio Rodrigues
“A tradutora e blogueira Denise Bottmann, do site Não Gosto de Plágio, precisa de ajuda. Caçadora mais ou menos solitária de picaretas editoriais, está sendo processada pela editora Landmark, que pede ao juiz indenização mais a retirada de seu blog do ar.” Leia mais aqui.

Para ver

Bruno Morais faz show gratuito no Sesc Consolação (Rua Dr. Vila Nova, 245) nesta terça-feira, às 19h30. Canções como “Hino dos Corações Partidos F.C.”, “A Vontade” e a novíssima “Cidade Baixa” (que toquei no meu set list da rádio Levis, e você pode baixar aqui) podem fazer o seu dia mais bonito.

Lulina, na sequência, apresenta as deliciosamente pegajosas “Balada do Paulista”, “Meu Príncipe” e outras no Sesc Pompéia, às 21h, também com entrada gratuita. Aliás, você já visitou a Lulilândia? Aqui.

Lafayette e os Tremendões (Gabriel, do Autoramas, Érika Martins, ex-Penelope, Renato Martins, do Canastra, Melvin, do Carbona, Nervoso, do Nervoso & os Calmantes, e Marcelo Callado, Do Amor e Banda Cê, de Caetano Veloso) tocam hits da Jovem Guarda na Choperia do Sesc Pompéia na quinta-feira, 21h. Para beber chopp escuro e cantar até ficar rouco.

Do Amor na festa Versão Brasileira, no CB (Rua Brigadeiro Galvão, 871), ali pela meia-noite de quinta-feira. E ainda tem Eisenbahn de Trigo (bebi quatro na primeira festa), Pale Ale (quatro na terceira festa) e outras que vou descobrir (e beber quatro).

Vanguart no Studio SP (Baixo Augusta), no meio da madrugada de sexta-feira para sábado. Já faz um tempo que não vejo o amigo Helio Flanders e seus comparsas ao vivo.

Para ouvir

Em mais uma de suas empreitadas malucas, João Brasil fez um mashup delicioso que junta a sensacional “O Que Que Nego Quer (Comer a Mulher)”, do rapper De Leve, com a não menos sensacional “Samba a Dois”, um dos últimos momentos de criatividade do Los Hermanos. Ouça (e baixe) o mashup aqui.

A banda Graveola e o Lixo Polifônico está liberando seu novo “meio” disco gratuitamente em seu site oficial. Gostei do primeiro (?) disco deles, que ainda não comentei por absoluta falta de tempo, e já baixei esse novo. Vale a pena o download. Aqui.

Você gosta de bootlegs? Se a resposta for positiva, divirta-se aqui.

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Ps. Eu tinha que escrever sobre “Um Homem Sério”, novo filme chapado dos irmãos Coen, mas bateu um sono…

fevereiro 22, 2010   No Comments

“Atlântico Negro”, de Wado, para download

O cantor e compositor Wado está disponibilizando seu novo disco, “Atlântico Negro”, para download gratuito em seu site oficial: http://wado.com.br/. Em uma primeira ouvida, o quinto disco de Wado é o mais afundado na música brasileira de sua carreira com destaques para afoxés, sambas e funks. É um disco para ser ouvido com calma com muita atenção nas referências. Wado fez um faixa a faixa do disco a pedido do GazetaWeb.com. Acompanhe.

01. Estrada (Wado/Dinho Zampier/Mia Couto)
É o afoxé mais afoxé do disco, quase um axé mesmo. Para começar com certo desconforto. Contém uma narração charmosa de um estudante estrangeiro que está em Maceió e é de Guiné-Bissau.

2. Atlântico Negro (Wado/Dinho Zampier/Beto Bryto/Fernando Coelho)
Vinheta final de Estrada, determina os rumos disco com interessante sotaque.

3. Jejum / Cavaleiro de Aruanda (Wado/Tony Osanah)
Medley de uma canção minha que pede um dia de abstinência com o clássico de Tony Osanah que foi sucesso com Gal Costa, Ronnie Von e recentemente com Margareth Menezes e Ney Matogrosso.

4. Martelo de Ogum (Wado/Dinho Zampier)
Samba que tem letra inspirada no título do álbum Made in the Dark, da banda Hotchip, e é uma homenagem a Ogum, orixá dos metais e das novas tecnologias.

5. Cordão de Isolamento (Wado/Dinho Zampier)
Afoxé inspirado nos discos de Davi Moraes e que toca no delicado assunto das cordas que separam classes sociais em carnavais e micaretas.

6. Hercílio Luz (Wado/Mia Couto)
Hercílio Luz é o nome da ponte de ferro de Florianópolis, Santa Catarina, que lembra a ponte de São Francisco, na Califórnia (EUA). Na minha infância ela era de uso apenas dos pedestres e dos ciclistas – por ser muito antiga, não tinha mais força para que carros a atravessassem com segurança. Muitos trechos da poesia de Mia Couto estão ali.

7. Pavão Macaco (Wado)
Lista coisas desconectadas de seu habitat e nos coloca frente a frente no espelho com uma espécie de bicho vaidoso e lacônico… Dizendo assim prefiro a música para contar a história…

8. Frágil (Wado/Alvinho Cabral)
É uma montanha-russa melódica e de sentimentos, uma canção de amor tradicional.

9. Feto / Sotaque (Wado – Wado/Alvinho Cabral/Eduardo Bahia)
Medley de duas canções que acho que, juntas, têm unidade de sentido e criam uma nova e ainda mais divertida. Única regravação minha no disco.

10. Boa Tarde, Povo (Baianas de Santa Luzia do Norte/Maria do Carmo)
Um clássico do cancioneiro alagoano que já foi gravado pelo grupo paulistano Barbatuques e teve remixes de Lucas Santtana. Nossa versão aproxima a música dos big beats do Fatboy Slim.

11. Rap Guerra no Iraque (Gil do Andaraí)
Conheci essa música numa coletânea de funk carioca chamada Proibidão, que faz muito sucesso no Rio de Janeiro – acho que essa era a vigésima sétima compilação feita. A letra é muito boa. Tentamos regravá-la de forma respeitosa.

agosto 5, 2009   No Comments

Senhor F lança coletânea ibero-americana

Control C Control V

O portal Senhor F inaugura nesta semana série de coletâneas “11 Temas”, com artistas ibero-americanos atuais. A primeira edição traz artistas do México, Portugal, Peru, Argentina, Brasil, Chile e Uruguai (playlist abaixo). Em sua maioria, são músicas recentes, dos últimos lançamentos em discos-cheios, eps ou singles. Com periodicidade mensal, e arte de Sara Soyaux, a coletânea terá apenas versão virtual, para download gratuito.

A banda argentina El Mato a Un Policia Motorizado, grande revelação do rock local e sul-americano, abre a coletânea com o tema “Mi Próximo Movimiento”, de seu novo EP “Dia de los Muertos”, lançado recentemente. Também da Argentina, The Tormentos comparece com “Espanto”, instro-surf que, junto com o disco “Death Drop!”, fez do quarteto definitivamente um dos melhores do mundo no gênero.

“A Morte”, do disco “Autista”, com o cantor e compositor português Azevedo Silva, acompanhado de Filipe Grácio, introduz os “cantautores” na coletânea. Ao lado dele figura o brasileiro Beto Só, com a música “Com Leite e Café”, de seu novo disco “Dias Mais Tranqüilos”, melhor disco do ano para o jornal Correio Braziliense, de Brasília. E também o chileno Gepe, destaque da moderna música do país, com tema de seu novo EP “Las Piedras”.

A banda mexicana San Pascualito Rey, outra grande surpresa da nova cena musical em língua espanhola, se faz presente com “Caemos o Volamos”, de seu último disco “Deshabitado”. A coletânea ainda destaca os peruanos Turbopotamos com “Terrorize You/Disco Flor”, single lançado na segundo semestre de 2008. E os brasileiros Volver, do Brasil, com “Não Sei Dançar”, do disco “Acima da Chuva”, outro destaque entre os melhores lançamentos do ano no Brasil.

Também do Brasil, “11 Temas” traz o grupo Macaco Bong com a música “Noise James”, do disco “Artista Igual Pedreiro”, eleito o melhor de 2008 para a Rolling Stone. Outra presença importante na coletânea é a dos chileno Congelador, com a musica “Abrigo”, que abre o novo disco que marcou o retorno da banda à cena musical. Ainda destaque da região do Prata, o duo uruguaio Danteinferno agrega ao playlist o noise-pop “Happy Easter”.

Segundo o editor de Senhor F, Fernando Rosa, o projeto pretende contribuir para promover um maior intercâmbio da produção independente ibero-americana. “É uma idéia inspirada na ‘Parada Senhor F’, que durante muito tempo ajudou a divulgar internamente a cena independente brasileira”, diz ele. E também em outros iniciativas, como as coletâneas da revista espanhola Zona de Obras, ou os “podcasts” do Zona Girante, produzido na Argentina.

“11 Temas” – Volume 1

1.El Mato a Um Policia Motorizado – Mi próximo movimiento (Argentina/Laptra)
2.Azevedo Silva – A morte (Portugal/Lastima)
3.San Pacualito Rey – Caemos o volamos (México/Independente)
4.Volver – Não sei dançar (Brasil/Senhor F Discos)
5.Turbopotamos – Terrorize you/Disco flor (Peru/Discos Gordos)
6.Congelador – Abrigo (Chile/Quemasucabeza)
7.Beto Só – Com leite e café (Brasil/Senhor F Discos)
8.Gepe – De paso (Chile/Quemasucabeza)
9.Danteinferno – Happy Easter (Uruguai/Debil+Amplitude)
10.Macaco Bong – Noise James (Brasil/Trama+Monstro+Fora do Eixo)
11.The Tormentos – Espanto (Argentina/Scatter Records)

DOWNLOAD GRATUITO AQUI

janeiro 18, 2009   No Comments

Renovando passaportes

 

Renovando passaportes
Boas novas no mundo de Wry, The Tamborines, CSS e Kissing Kalina
Por Luciana Lazarini, especial para o Scream & Yell
(www.myspace.com/lulazarini)
Fotos: Divulgação

Há algumas semanas voltei para casa após um ano de Londres. Depois da zonzeira dos primeiros meses na ilha, entre os inúmeros shows, bandas e lojas de discos com tudo-o-que-você-sempre-quis nas prateleiras e artistas do mundo todo mantendo a agenda cultural ultra-diversificada, rolou Justice abrindo para o Cansei de Ser Sexy no Brixton Academy (com o famoso “sold out” estampado no letreiro da fachada), The Tamborines nas noites do Sonic Cathedral e Wry na ‘segunda-casa’ do Buffalo Bar, um inferninho bem ao lado da estação de metrô Highbury e Islington.

Como eles mesmos insistem, não se trata de uma cena de bandas brasileiras em Londres. O que The Tamborines, Wry, Cansei de Ser Sexy e Kissing Kalina têm em comum são histórias de músicos que botaram o pé na estrada para não parar mais de fazer shows e criar músicas que transpiram as experiências deles lá. Sem pretensão de se apresentar como uma banda brasileira ou uma banda dessa ou aquela cena da semana, eles preferem diluir alguns rótulos e seguir cada um seu rumo, estilos e referências. A idéia aqui então não é estabelecer fronteiras entre eles, mas ouvir o que têm de novidade – novos singles, shows e histórias de bastidores.

Em poucos toques: Wry planeja turnê (retorno definitivo?) no Brasil, The Tamborines vai lançar o primeiro álbum, CSS – às voltas com o traumático segundo LP – segue com a agenda lotada e Kissing Kalina descola elogios com o primeiro single. O bate papo todo segue abaixo. Que tal fazer uma visitinha à Londres?

 

Wry: novos rumos?
www.myspace.com/wrymusic

No ano em que o Wry completa a simetria de sete anos de banda no Brasil e sete anos na Inglaterra, os destinos dos sorocabanos ainda é incerto. Há até quem diga que eles já voltaram de vez para o Brasil. Por enquanto, não. Eles ainda estão circulando pela região de Stoke Newington e pelo Buffalo Bar, apesar de já terem oficializado o último show do ano da banda, pouco antes do baterista André Zanini ir embora de Londres no final de maio. Um retorno que, nas palavras dele, “não deixa de ser um protesto contra a magia londrina que atinge qualquer pessoa que fica aqui e não consegue deixar mais a Inglaterra”.

Mesmo com o destino ainda incerto, a novidade para os fãs brasileiros é que o Wry vai tocar no Brasil entre abril e agosto de 2009 e daí mora a possibilidade de eles darem um tempo a mais por aqui. O grupo segue lançando seus álbuns pela Monstro Discos no Brasil e com a Club/AC30 no Reino Unido e, ainda esse ano, sai o “National Indie Hits”, álbum de covers de bandas brasileiras que homenageia gente como Walverdes, MQN, Pin Ups, Snooze, Astromato, Pelvs e Killing Chainsaw, entre outros. No começo de 2009, a banda lança o álbum “Whales and Sharks” no Brasil (que só saiu na Inglaterra pela ClubAC30).

Como o Wry passou grande parte de 2008 dentro da casa-estúdio em Stoke Newington gravando e mixando o novo álbum, “She Science”, o lançamento está previsto para abril. Quer mais novidade? Neste último álbum algumas das músicas são cantadas em português. Lá pelo meio de um ensaio, o vocalista canta a primeira das músicas em português e, só depois de finalizado o transe, bateria, baixo e guitarra se dão conta da ‘nova’ linguagem.

… Some candy talking …

Quem acompanha o blog do Mário Bross (http://mariowry.blogspot.com/) sabe que ele viveu neste ano um dos momentos mais delirantes da banda, que, antes dos primeiros acordes, eram um grupo de adolescentes que sonhava em ser um time de basquete.

16.05.2008. Norte de Londres. Na programação do Buffallo Bar daquela noite, Wry e Le Volume Courbe. O vocalista do Wry checa a lista de convidados do Volume com nomes como Douglas Hart (The Jesus and Mary Chain) e os My Bloody Valentine Kevin Shields (namorado da vocalista do Volume, Charlotte Marionneau), Colm O’Ciosoig e Debbie Googe, além de Bobby Gillespie, vocalista do Primal Scream. Nada mal para Mario Bross, que é declaradamente obcecado por MBV, e teve a certeza de que deveria montar uma banda quando, nos anos 90, assistiu a um cover do Jesus. Os caras assistiram ao show do Wry, que subiu ao palco como quem se entrega para um ritual. Parando a história aqui, eles já teriam ganhado a noite. O tom extasiado do relato do vocalista me impede de tentar recontar. Então, pausa um trecho do blog do Mário Bross sobre o candy talking com Kevin Shields após o show.

“Ele apertou minha mão firme e disse o quanto o show tinha sido bom. Apertou de novo e completou dizendo que teve momentos do show em que ele pensou em músicas novas. Que tinha se inspirado. Eu disse ironicamente que não acreditava no que dizia, mas que depois pagaria uma bebida para ele. Ele sorriu e eu saí dali, com a cabeça a mil. Poucas coisas me atingem, mas algumas me matam, como essa acima. (…) Já era 11pm e conversamos muito depois, sobre tantas coisas diferentes e até segredos que não são contados a jornalistas e que não vou relatar aqui. Um dia talvez eu te conte pessoalmente. Kevin acrescentou mais tarde que a música “Bitter Breakfast” fez ele mesmo pensar numa outra música. Falando com o Luciano, ele disse que estão escrevendo músicas novas pros shows que vão fazer este ano. Conversaram sobre pedais. Sons, Ebay. Conversamos sobre cachês, Brasil, Londres, guitarras, Belinda e os ensaios da banda”.

 

The Tamborines: entre-tempos e muralhas de pedais
www.myspace.com/thetamborines

Depois de assistir a shows do The Tamborines no Brasil e na Inglaterra, acompanhar os últimos singles lançados e mergulhar pelas viagens de “Sally O’Gannon”, chego à conclusão de que eles são uma banda que sabe brindar o passado e o presente, como quem tem olhos para contemplar o agora. É o tipo de música que revê tempo e espaço. É como se alguém tivesse oferecido aos músicos a oportunidade de viver o ‘espírito do tempo’ de Londres nos anos 60, seguir para a muralha de guitarras distorcidas dos anos 90 e, finalmente, chegar aos anos 2000 para criar uma estética que, provavelmente, nunca vai estar entre os charts, mas tem lugar garantido nos circuitos independentes que (ainda) existem.

O power trio formado por Henrique Laurindo, Lulu Grave e Renato Tezolin – agora de volta à bateria -, lançou o single “31st Floor/Come Together” em agosto – classificado pela revista NME como “The Byrds em uma bad-trip de ácido”. No Brasil, o compacto está à venda pela Sonic Flowers em uma edição transparente fofíssima, com arte e finalização feita pela própria banda. Em novembro, o Tamborines vai lançar a música “Sonic Butterflies”, um single com a banda Black Nite Crash, de Seattle. Depois de bagunçarem a vida com um primeiro label e só após seis meses lançarem “Sally O’Gannon” pelo Sonic Cathedral, o Tamborines agora decidiu viver o ‘do-it-yourself’ e criar o próprio selo, Beat-Mo Records. “Nós mesmos gravamos as músicas, produzimos tudo, da arte da capa até posters. É mais bacana assim, temos liberdade e fazemos quando bem entendermos”, explica Henrique.

A novidade é que a banda está agora concentrada em gravar o primeiro álbum, que vai ser lançado pelo selo Planting Seeds nos Estados Unidos e tem planos de fazer uma turnê por lá no ano que vem (pedido recorrente na página de recados do Myspace deles). Para quem conheceu o Tamborines ainda no Brasil ou por algumas turnês que eles fizeram por aqui, ainda não há shows previstos para o Brasil. “Adoraríamos. Seria legal ir ao Brasil na mesma época, mas tudo depende de custos. Ao mesmo tempo, temos material novo que gostaríamos de começar a gravar assim que este álbum sair, então temos que ver como tudo isso vai se encaixar no nosso calendário”, adianta Henrique.

Com uma lista de top shows no Natural Music Festival, na Espanha; no Truck Festival, em Oxford e Anson Rooms, em Bristol, e um tributo ao Tony Wilson, da Factory Records, o power-trio deixou para trás os palcos improvisados de Maringá. Desde então, eles acumulam momentos lendários, como no show em que um cara da platéia invade o palco, toma conta de um dos microfones e canta metade do set da banda. “Bem, o que ele não sabia é que o técnico de som havia desligado o microfone dele. Por fim, este acabou sendo um dos nossos melhores shows”, lembra Henrique. No Brasil, ele diz que a banda só começou a ser levada a sério depois de elogios do exterior.

Com a palavra, o músico: “No fim das contas, somos uma banda bem underground. Não acho que a crítica do Brasil esteja interessada, pois eles precisam de músicos polêmicos ávidos em alimentar a cena… Na Inglaterra, somos bem respeitados. Ainda que volta e meia consigamos entrar pela porta dos fundos da indústria (através de corporações como BBC ou NME), nós nunca tivemos que apelar ou fazer algo que não acreditamos. As pessoas que nos colocam lá não estão recebendo dinheiro. Acredite: existem as raríssimas exceções, porém quem lida com gravadora grande tem as mãos sujas. But it’s only rock n’roll, right?”

 

Kissing Kalina: outsiders sintetizados
www.myspace.com/kissingkalina

Eles se consideram outsiders e desviam de fronteiras. De uma combustão musical espontânea, surge o duo Kissing Kalina, formado por Danny Sanchez e Lily Valentine. Ele saiu do Brasil anos atrás e passou por ‘cerca de 843 bandas’ até surgir o KK. Lily cresceu em Londres e entrou em contato com o KK pela primeira vez em 2007, enquanto trabalhava no projeto solo dela: “Fiquei completamente encantada por este mundo estranho e bonito que o Danny havia criado”. No ano seguinte, quando já fazia parte da banda, o duo criou o selo Honey Buzz Records para ter liberdade ao lançar a música deles.

Nas primeiras vezes que se escuta “Here She Comes”, o debut do duo que acaba de ser lançado e pode ser baixado no My Space, a sensação é de ter encontrado uma nova seqüência para ouvir andando rápido pela cidade, relembrando os planos-sequência do filme-B que deu sentido à noite passada. Nas palavras deles, Kissing Kalina soa como The Ronettes numa viagem de heroína. Talvez The Cramps numa onda beatnik. Com single à venda no circuito indie das lojas Rough Trade e Intoxica, a dupla esteve no tracklist do programa da BBC de Tom Robinson, além de rádios da Espanha, Nova Zelândia, Áustria e Estados Unidos. Por enquanto, apesar de eles serem a fim, ainda não têm previsto nenhum show no Brasil.

Para eles, pouco importa definir as origens da banda. “O KK nasceu aqui. Mas como temos uma alta rotação de colaboradores, pessoas de lugares de todo o mundo já tocaram conosco. Daí fica difícil de saber se a banda é inglesa, brasileira, londrina, japonesa, italiana…. Na verdade acho que ninguém envolvido com a banda já parou para pensar nisso”, diz Daniel.

Então esqueça a idéia de uma banda que se apegue a rótulos ou aceite ser encaixada em alguma nova “cena” recém-criada. “Tivemos alguns problemas quando começamos. Algumas pessoas não entendiam porque não soávamos como Libertines, Artic Monkeys ou derivados… Ou porque tocávamos mais alto do que as outras bandas. Algumas pessoas eram um pouco mais agressivas. Me diverti bastante…”, ironiza Daniel. Lily diz nunca ter entendido por que alguém gostaria de fazer parte de uma “cena” e perde o respeito por aqueles que passam a seguir uma nova moda passageira, sem identidade musical. Nessa mesma sintonia, Daniel diz que em Londres não há uma “cena” de bandas brasileiras e, pela diversidade cultural característica da cidade, o que há são “músicos/bandas/artistas/produtores/charlatões de todo o mundo. Cada um faz seu trabalho da melhor maneira possível, ou tenta…”. Eles estão tentando… da melhor maneira possível.

  

CSS: um assento na janela, ao lado da saída de emergência
www.myspace.com/canseidesersexy

O que não falta para o Cansei de Ser Sexy são polêmicas e rótulos por diversos cantos da internet. De banda brasileira fenômeno mundial, a crise do segundo álbum rendeu história, inclusive, com o rompimento com a baixista Ira Trevisan e o antigo produtor da banda. Tudo revelado em matéria de capa da revista inglesa NME (New Music Express) com direito a choro, traição e a revanche na música “Rat is Dead”. Digno de novela brasileira. Mas o capítulo agora é outro e, depois de uma turnê extensiva de shows pela Europa que durou cerca de dois anos, eles continuam na estrada, agora com o novo álbum, “Donkey” (haja fôlego!).

Com a agenda lotada e sem nenhuma janela até o final de dezembro, segundo o baterista Adriano Cintra, os fãs brasileiros vão ter que esperar mais um pouco para vê-los ao vivo. “Mas queremos muito tocar no Brasil. Tocar aí foi incrível”, garante. Em novembro, eles passam por sete de países na Europa e, na seqüência, Japão. Mesmo que a energia e espontaneidade do primeiro álbum já deixem uma ponta de nostalgia, eles continuam nas pistas de dança do leste de Londres e estão sempre em pauta nas revistas de lá (sem dúvidas, com mais destaque lá que aqui). Neste mês, rolou o lançamento do single “Move” em CD e compacto 7″… mas o vídeo já tinha “vazado” na rede. Confira os remixes no MySpace (vá direto ao do Cut Copy, please).

A proposta é continuar como uma banda média: “Não somos obrigados a fazer coisas que não queremos, como voar amanhã para a Austrália para gravar um programa de tevê. Não, obrigado. Quando você joga um jogo mais pesado, tem que fazer esse tipo de coisa contra sua vontade. Tem que deixar a gravadora meter a mão no seu disco. A Sub Pop nem ouviu as demos de ‘Donkey’! Eu pedi pra mixar com o Mike Stent e eles “tudo bem”. Acho que o CSS gostaria de ocupar um assento na janela, no meio do avião, de preferência na saída de emergência em cima da asa do lado esquerdo. Tá. Somos uma banda de porte médio que está feliz com o tamanho que tem e não tem pretensão alguma de ser algo que não é. Já tocamos no Brixton Academy sold out, já tocamos quatro vezes no Wembley Arena abrindo pra gente muito maior que a gente (o Basement Jaxx e a Gwen Stefany) e no Brasil somos uma banda que deu certo no exterior”, define Adriano.

Agora morando em Londres nos intervalos das turnês, ele diz ser ao mesmo tempo muito bom e esquisito morar fora do Brasil. “É bom porque aqui é primeiro mundo. E esquisito porque a comida aqui na Inglaterra é horrível”.

novembro 4, 2008   No Comments

Para baixar já

Logo volto para falar com mais calma sobre esses discos…

abril 30, 2008   No Comments

Dois discos para baixar

O cantor e compositor Beto Só antecipa seu novo disco, “Dias Mais Tranqüilos”, no MySpace. O disco ficará disponível na integra por dez dias no http://www.myspace.com/betoso.

“Não Esperem Por Nós”, derradeiro álbum do Pipodélica, também está disponível no My Space. Aqui: http://www.myspace.com/pipodelica.

abril 10, 2008   No Comments

Três dias em casa

Como o banco de horas no trabalho já estava batendo nas 2oo horas extras, “ganhei” três dias em casa nesta semana para tentar organizar o caos. Mas o caos aqui é maior do que eu pensava e o primeiro dia acaba de escorrer pelos dedos. Muita coisa pra fazer:

– terminar de ler o livro do Camus
– retirar o passaporte
– instalar quatro luminárias
– levar o monitor LCD de um dos computadores para a garantia
– ver alguns filmes (ao menos dois)
– ouvir alguns CDs
– aprender um prato (fácil e) novo

Não sei se vou conseguir…

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E-mail do Senhor F avisa e recomenda: Revista francesa lança coletânea com novo rock independente do Brasil

Olha o tracking list:

1. Los Porongas – Ao Cruzeiro (Senhor F Discos)
2. China – Jardim de inverno (Candeeiro)
3. Superguidis – Mais do que isso (Senhor F Discos)
4. Vanguart – Semáforo (Outra Coisa)
5. Ludov – Ciência (Mondo 77)
6. Beto Só – Meu Velho Escort (Senhor F Discos)
7. Violins – Manicômio (Monstro Discos)
8. Hurtmold – Sabo (Submarine Records)
9. O Quarto das Cinzas – Incontrolável (Independente)
10. Charme Chulo – Mazzaropi Incriminado (Volume 1)
11. Cravo Carbono – Café BR (Ná Records)
12. Móveis Coloniais de Acaju – Sem Palavras (Independente)
13. Pata de Elefante – Hey! (Monstro Discos)
14. Autoramas – Hotel Cervantes (Mondo 77)
15. Volver – Pra Deus Implorar (Senhor F Discos)
16. Lucy and The Popsonics – Chick Chick Boom (Monstro Discos)
17. Supercordas – 3.000 Folhas (Trombador)
18. Macaco Bong – Fuck You Lady (Fora do Eixo Discos/Monstro Discos)

Bônus:
19. Pio Lobato – Tecno da Saudade (Ná Records)

BAIXE AQUI

fevereiro 18, 2008   No Comments

Escócia, lá vamos nós

Sabe o “Dark Side of Moon”? Então, ele ganhou uma versão em ritmo de carimbó. Isso mesmo. O projeto, idealizado por Luiz Félix, da banda paraense La Pupunã, pode ser conferido no álbum “Charque Side of Moon”, disponível para download gratuito no El Cabong. A boa dica é do chapa Adriano Mello e vale a conferida. Enquanto o download do disco vai sendo feito, dá uma passada nos comentários da página… Aqui.

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Com base na lista de Melhores do Ano do Scream & Yell, o ótimo Música Social compilou para download em um post os dez álbuns de 2007. Se faltou você ouvir algum dos dez grandes álbuns do ano passado, segundo o S&Y, divirta-se aqui.

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Em janeiro do ano passado o Scream publicava uma longa entrevista que o camarada Leo Vinhas havia feito com Mario Bortolotto, e um dos assuntos em pauta foi a adaptação para o cinema de “Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet”, dirigida por Reinaldo Pinheiro, com o título “Minha Vida Não Cabe Num Opala”. Bem, o filme acaba de estrear no Festival de Berlim, e a trilha bacana reúne várias bandas curitibanas queridas por este jornalista, incluindo OAEOZ, que já teve single lançado por este site. A Dri Perin fez um texto para o Jornal do Estado (PR). Confere aqui.

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Comprei nesta manhã meus tickets para assistir a duas noites do T In The Park, na Escócia, nos dias 12 e 13 de julho. No line-up, R.E.M., Raconteurs, Primal Scream, Kaiser Chiefs e mais alguns outros. Agora estou na fissura de comprar os convites do Benicassim, na Espanha, que acontece exatamente na semana seguinte, e tem… My Bloody Valentine e Spiritualized… mas preciso organizar a agenda, planejar a viagem, consultar o saldo já em vermelho da conta bancária, e encontrar a melhor maneira de aproveitar um mês inteiro no Velho Mundo. Europa, lá vamos nós.

fevereiro 16, 2008   No Comments

Ficamos na fita bruta…

“Terceiro Mundo Festivo”, quarto álbum de Wado, já pode ser baixado gratuitamente no endereço oficial do músico. Eu tenho muito o que falar sobre esse disco, mas enquanto eu tento me desamarrar das loucuras do dia-a-dia e ficar livre para escrever, que tal você ir lá e pegar “Terceiro Mundo Festivo”, que necessitou de uma audição e meia para tornar-se querido por aqui. Faixas como “Melhor”, “Fortalece Aí”, “Reforma Agrária do Ar” e a sensacional “Fita Bruta” estão no repeat aqui.

http://wado.com.br/

fevereiro 7, 2008   No Comments