Category — Bobagens
Papai Noel mandou um recado
Seguinte, não lembro ao certo quantas vezes insisti para que alguém comprasse algo, seja um CD ou um livro. Acho que já escrevi várias vezes “vá ver este filme”, mas nunca “compre este livro”. E, pelo que me lembro, insisti em um texto para que o leitor comprasse o “Songs For The Deaf”, do Queens of The Stone Age (muito embora eu tenha ido fuçar o jornal Alternative Voices, em que eu tinha uma coluna, visto a resenha, e não encontrado a frase “compre, compre, compre”).
Se grana fosse solução e não um problema, eu juro que entraria numa pilha de mandar um livro de natal para s leitores que me escrevessem, mas como isso ainda não pode acontecer (um dia ganharei o meu primeiro milhão, espere) devido ao estado calamitoso da minha conta bancária, vamos fazer um trato: eu escolho o seu presente, aquele que você vai dar pra si mesmo, você compra, e quando a gente esbarrar em algum lugar (show, festa, discotecagem, jogo do Corinthians na segunda divisão), leva o livro que eu escrevo: “Do Mac, com carinho, para…”
Tô falando sério.
O lance é o seguinte. Recebi hoje, via Submarino, meu presente de natal pra mim mesmo: “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”, editora Sextante. O livro é um calhamaço de quase mil páginas (960 para ser preciso) e – na passada de olho que dei – vale muito a pena. Li textos sobre “Born In The USA”, do Bruce Springsteen (”Em seu espírito – amor, ar e honestidade – este álbum é pura alma e coração”), “Ocean Rain”, do Echo and The Bunnymen (”Enquanto o U2 e o Simple Minds tocavam em estádios, o Echo percorria as ilhas da costa oeste da Escócia; ‘Ocean Rain’é a prova do que, em última instância, essa escolha foi mais compensadora”) e “Beach Samba”, de Astrud Gilberto (”Quem pode resistir a um disco que começa com: ‘Stay… and we’ll make sex and music’”).
Ou seja, faltam 998 outros discos para eu ler (e muitos para escutar), mas não é sobre esses discos que eu quero falar. O que quero dizer é que você merece esse livro de natal. Mesmo. Comprei o meu no Submarino por R$ 37,30, frete gratuito (até onde sei, pra todo Brasil), e poucas vezes a relação custo/investimento foi tão proveitosa quanto neste caso. Seria muito melhor se eu tivesse com os links patrocinados ativos no site (para o ano que vem, para o ano que vem), assim até eu conseguia faturar alguns centavos com cada compra que saísse daqui (sacumé), mas a idéia mesmo é que você tenha esse livro em seu colo antes do final de ano, para começar o ano bem. Pois “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer” é cultura pop de alta qualidade.
Deixa de comprar quatro Rolling Stone (você acha em sebo fácil depois), manera nas vódegas na balada (ao invés de beber três por noite, bebe uma pinga e pronto), aproveita a oportunidade para dar um tempo no cigarro, economiza e compre este livro para você mesmo. Sobretudo, devore cada pedaço dele como se fossem variações da sobremesa que você mais gosta. Tem coisas neste livro para as quais você ainda não está pronto (nem eu), mas que um dia você irá ouvir e, quem sabe, gostar. Coisas de jazz, blues, punk, metal, disco, soul, hip hop, música experimental, dance, world e, claro, o recheio, rock e pop. Coisas finas, garanto.
Decidi escrever tudo isso acima, com toda pieguice que esse texto permite, porque eu adoraria que alguém empurrasse esse livro sobre mim se eu não soubesse da existência dele. E, cá entre nós, se você “perde tempo” visitando este espaço rotineiramente (sei lá, uma vez por dia, por semana, por mês, por ano), este livro é a sua cara, como é a minha. Vai lá. Este é o presente que Papai Noel (velho batuta) quer te dar neste ano. Tem gente que queria um carro, uma casa, o box com as dez temporadas do Friends ou um ticket para assistir a um dos shows da volta do Led Zeppelin, mas estou feliz com este livro em meu colo. Espero que você também fique. Vai lá. Sid Vicious está te encarando.
Feliz Natal
dezembro 11, 2007 No Comments
Capas de CD com… garotas
O xará Urania levantou a bola ao comentar a capa da Carla Bruni, e não tinha como cortar: essa capa da coletânea do Matthew Sweet (conhece? não? deveria) é Top Ten aqui em casa no que se refere a capa de CDs com garotas. Engraçado que quando eu fui procura-la no Google, o link da imagem era… deste mesmo blog, mas na versão 1.0. Na época, porém, não postei a contra-capa…
novembro 30, 2007 No Comments
Marcelo Costa, o ogro-fofo
Escrevi um textinho especial para o blog Comidinhas, da querida Ale Blanco, contando sobre minhas experiências culinárias. Da próxima vez que fizer um tournedo com ervas, posto uma foto aqui, ok. Além da receita, e da história, a Ale começa escrevendo assim e… bem… as frases dizem por si mesmas… :)~
Ps. Este texto é dedicado a Helena, minha “professora” de culinária… e a Lili, que vai experimentar meus pratos malucos quem sabe até os meus 100 anos…
O ogro-fofo, por Ale Banco
“O Marcelo Costa é o típico menino que eu e minhas amigas chamamos de o “ogro-fofo”. Sabe aquele tipo que gosta de futebol, conhece tudo de música, tem um fanzine há anos, um blog, anda com camisetas de banda de rock ou camisas xadrez, adora um clube indie da rua Augusta ou da Barra Funda? Esse é o lado ogro. O fofo é que ele é um amor, amigo para todas as horas, total amorzinho com a namorada (agora mulher). Mas jamais o tipo que eu imaginaria curtir um forno e fogão.
A gente se conhece há anos, trabalhamos juntos há vários outros e pelo menos umas duas vezes por semana eu dou uma carona na saída do trabalho e o deixo na porta de casa. Falamos sobre quase tudo, inclusive comida. Mas há alguns dias em um papo parado no trânsito o Mac disse que havia comprado um livro de dicas para homens na cozinha e que vinha se saindo muito bem. Contou que havia passado o estágio do macarrão, que seu risoto era um sucesso e me deu dicas de preparo de carnes!!!! Achei que merecia um depoimento aqui no Comidinhas. Então, aí vai abaixo: um ogro-fofo que acaba de se aventurar pela arte da culinária:”
Tem uma homem na cozinha, por Marcelo Costa
“Eu sempre tive vontade de aprender a cozinhar. Quando tinha meus 15 anos, imaginava que quando chegasse aos 30 iria entrar em um curso de culinária e descobrir os prazeres da boa cozinha. Os 30 anos se passaram, a vontade de aprender a cozinhar continuou, mas o tal curso de culinária virou sonho de adolescente: na hora de escolher os primeiros móveis para a minha primeira casa de “homem morando sozinho”, a cama de casal e uma TV 29 polegadas vieram na frente da geladeira e do fogão, que só foram fazer parte do ambiente um ano depois…
A compra de geladeira e fogão não quis dizer muita coisa. A geladeira servia para manter as cervejas geladas e o fogão para fazer pipocas. Ou seja, eu era um caso perdido. Até que uma amiga querida decidiu me dar um empurrão e me ensinar a fazer risoto, um risoto de verdade.
– “Minha especialidade: risoto (tem panela e colher de pau aí?)”
– “Colher de pau? Hummm… vou tentar comprar… risos… mas panelas têm!”
– “Compra-se colher de pau com pouquíssimo dinheiro em qualquer supermercado…”
E assim foi. Aprendi a fazer risoto, e na primeira oportunidade testei o novo dom com a namorada na casa das amigas dela. O namoro estava começando e um fracasso naquele momento iria virar piada para o resto da vida, mas todos gostaram. Escrevi para a minha professora: “Ficou bom. Tá, o arroz estava um pouco durinho, mas nem tanto, e como eu deixei o alho poró passar do ponto, o arroz ficou amarronzado. Ficou ‘bunito’. E gostoso sim. Mas tenho que melhorar muito!”
Animada com o sucesso do aluno, e recém-formada em um curso de culinária, ela resolveu apostar no amigo, e lhe deu um livro que, segundo ela, havia quebrado muitos galhos em suas aventuras culinárias: “Guia Para a Sobrevivência do Homem na Cozinha”, de Alessandra Porro. A introdução escrita pelo pai da autora junta poesia familiar, David Bowie, Beatles e cabelos curtos em um jantar londrino. Diz o pai em certo trecho, antes de contar os detalhes da família:
“Eu não acredito em receitas. Respeito o básico, mas detesto as bizarrias que durante algum tempo nos foram oferecidas em nome de uma estrombótica nouvelle cuisine. Cozinhar, para mim, é exercício de criação, de invenção, de fantasia e inspiração. Mas é preciso respeitar o paladar dos hóspedes”, explica, antes de jogar uma pitada de açúcar sobre a filha: “Quando comecei a ler as provas deste livro (…) fui obrigado a rever – em parte – minha atitude carregada de preconceitos contra receitas. As que Alessandra nos oferece contêm, numa dosagem exata, o essencial e a fantasia”.
Com o livro em mãos fui fuçar as tais receitas. O texto é divertido e os rodapés funcionam como pequenas porções de tempero sobre o cotidiano. Na página 18, uma nota de rodapé explica que as “Panelas de Barro eram confeccionadas originalmente pelos índios e as de pedra sabão são, em grande parte, de Minas Gerais. Além de conferir um sabor especial à comida, elas se prestam a preparações lentas, pois conservam o calor e o distribui uniformemente”. Cool.
No capítulo “Cortes, Aproveitamento e Conservação de Carnes”, a autora abre a página dizendo que vegetarianos convictos não devem ler o que virá a seguir. Segundo ela, vegetarianos são “animais que se alimentam exclusivamente de vegetais e fogem daqueles que comem carne, como o tigre, o leão e o leopardo”. Logo abaixo, uma dica interessante: “Ao contrário daquilo que o seu açougueiro costuma repetir, não existe carne de primeira ou de segunda. O que existe é carne boa, bem tratada e bem utilizada”. Bingo.
Já é possível perceber que decidi começar minha aventura na cozinha pelas carnes, acredito. Apostei nos tournedos com ervas, algo que lá em Taubaté, cidade em que cresci, costuma ser chamado de medalhões. Levei o livro para o supermercado e fui separando os ingredientes: filés, bacon, manteiga, salsinha e pimenta-do-reino. A namorada tomou conta do arroz, uma amiga assumiu a salada e fiquei na total responsabilidade pelos tournedos com ervas. Preciso assumir que cozinhar para outras pessoas dá um friozinho na barriga. Será que vai ficar bom? Será que exagerei no tempero? Será que passou do ponto? Isso não era pra ser divertido? (risos)
E foi divertido. O prato ficou ótimo, daqueles que ao provar você fica na dúvida se foi você realmente quem fez (ou então, pior, que foi sorte de principiante). Na primeira vez que a mãe e a irmã vieram para São Paulo visitar o filho, adivinha o prato principal: tournedos com ervas, claro. A mãe toda hora ia na cozinha, observar, mas aceitou que naquele domingo ela seria visita e o filho quem iria cozinhar. E a receita, seguida a risca, saiu tão perfeita quanto da primeira vez. A mãe voltou feliz e imaginando que, agora, pode ficar despreocupada: “Ele cozinha bem, não vai passar fome” (risos – as mães sempre acham que nós vamos passar fome).
Após esse ímpeto inicial, arrisquei mais algumas receitas, mas a frase “ele cozinha bem” está muito (mas muuuuuito) longe da realidade. Na verdade, acho que estou perdendo aos poucos o medo da cozinha e sobrevivendo neste ambiente de colheres de pau, panelas, cheiros e sabores. Faço testes com umas ervas aqui, uns cheiros acolá, nada muito difícil. Ainda sou extremamente dependente do meu “Guia Para a Sobrevivência do Homem na Cozinha”, que depois de uma arrumação na estante de livros do quartinho acabou ganhando um lugar definitivo na nova casa: sobre o armário da cozinha, ao lado do “Arroz, Feijão e…”, livro de Glorinha Barbosa que a namorada, agora “esposa”, ganhou de uma tia quando veio morar sozinha em São Paulo (ela é mineira). Abaixo, a receita dos tournedos com ervas (para duas pessoas). É facinha, embora nada seja muito fácil para um homem que sobrevive na cozinha…
Tournedos com Ervas (para duas pessoas)
– 4 filés (cortados para tournedos*) de 100 a 150g cada, com 5cm de espessura;
– 4 fatias de bacon;
– 50g de manteiga, que deve ser derretida da geladeira 30 minutos antes da preparação;
– 1 colher de sopa de salsinha bem picada;
– Sal e pimenta-do-reino;
– 4 palitos de dente 50 cm de barbante;
1) Tempere os tournedos apenas com a pimenta-do-reino;
2) Enrole cada pedaço de carne com 2 fatias de bacon, no sentido da altura; **
3) Você pode prender o bacon usando palitos de dente ou amarrando com um barbante qualquer, de algodão; ***
4) Leve uma frigideira ao fogo bem alto. Quando tiver super quente, coloque nela os tournedos. Comece fritando os lados onde está o bacon. Não é preciso colocar manteiga ou óleo porque o bacon vai soltar a sua própria gordura. Conforme for tostando, vá virando os tournedos;
5) Coloque a manteiga em uma tigela, junte a salsinha bem picada e tempere com um pouco de sal e pimenta do reino moída. Misture muito bem. Vai ficar uma pasta verde;
6) Quando todos os lados estiverem dourados por igual, frite as pontas, virando apenas uma vez cada uma;
7) Apague o fogo e tire os tournedos. Com cuidado, solte o bacon que já deve estar esturricado e retire;
8 ) Coloque 1 tournedo em cada prato e sobre cada filé coloque metade da manteiga com salsinha e sirva;
9) Já que a carne pegou o gostinho do bacon, que é salgado, coloque o sal na mesa.
*Tournedos: é um corte feito com a parte central do filé mignon, que é bem redonda. Também são chamados de ‘medalhões’ e são um pouco menores que o chateaubriand;
**Altura: imagine que comprou a peça inteira e separou você mesmo os pedaços. As duas partes que forem seccionadas pela faca são as duas pontas. O bacon vai ser enrolado em toda a volta, deixando as pontas livres;
***Linha de bordado, grossa, também serve. Só não use lã, corda de varal, fio encerado para pipas ou fio de náilon;
“Guia Para a Sobrevivência do Homem na Cozinha”, de Alessandra Porro (Editora Objetiva, 3ª Edição)
outubro 15, 2007 No Comments
500 Toques e Guilhermina Guinle na Vip
Tributos ao R.E.M. (15 anos do maravilhoso “Automatic For The People”) e aos Beatles (40 anos de “Sgt Peppers) gratuitos para download e mais a coletânea latino-americana “Porque Este Océano Es El Tuyo, Es El Mio” no site.
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Ontem à noite, quando passava pela padaria Bela Paulista para comprar pão (e, sim, é possível comprar várias outras coisas na Bela Paulista além de pão, antes que alguém banque o engracadinho), da fila pude observar na estante de revistas a nova edição da Vip com Guilhermina Guinle na capa. Lili, meu amor, me desculpe, mas fiquei sem ar. A capa assim como o ensaio são de tirar o fôlego…
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“Tropa de Elite” estréia, enfim, na sexta-feira, apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Não concordo com o privilégio a estas duas praças, mas entendo a preocupação da produtora em não deixar a poeira baixar. Assisto ao filme no fim de semana, comparo com a edição em DVD pirata que tenho em casa, e comento tudo em um texto especial na segunda-feira, prometo (ih). Enquanto isso, o compadre Inagaki (que não viu o filme) se diverte com as estripulias que o BOPE está rendendo por ai. Além, a querida Re Honorato publicou uma nota em seu Game Girl sobre um possível jogo inspirado no filme. Leia abaixo:
– Capitão Nascimento matou a Taís e foi ao cinema, por Alexandre Inagaki
– Tropa de Elite in Game, por Renata Honorato
Off Topic: Dez razões para amar Jack White, pelas Garotas Que Dizem Ni
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Além da discotecagem em Curitiba, está pintando uma em Ribeirão Preto
outubro 3, 2007 No Comments
Resuminho
Bem, aproveitei o feriado para me dedicar ao descanso. Dormi bastante, terminei a estante de CDs, vi apenas um filme, vi apenas um show, bebi apenas uma taça de vinho, mas estou beeeem feliz. Mas vamos por partes, como diria o Jason, certo. Por isso, preciso voltar o calendário até terça-feira passada…
O uruguaio Jorge Drexler fez um show impecável no charmoso teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo, terça-feira passada. No repertório, além de canções próprias, Drexler apresentou covers pungentes de Radiohead (”High and Dry”, presente no álbum mais recente do cantor), Leonard Cohen (”Dance Me to the End of Love”), Titãs (a boa “Disneylandia”) e Caetano Veloso (”Sampa”). Esta última rendeu um dos momentos mais divertidos do show. Drexler contou que pensou em tocar a canção assim que desceu em São Paulo, após viajar de Nova York para Madri, e de lá para a capital paulistana. Chegando na cidade, pensou em tocar o clássico de Caetano, e foi procurar no Youtube uma versão para tirar os acordes corretos. Deu de cara com João Gilberto interpretando a música. “Era um delírio de acordes maravilhosos e complicados que quase desisti”, comentou o músico, que por fim encontrou um vídeo com um cara de pijama ensinando a tocar a canção. “Agradeço a esse músico anônimo”, brincou, para depois fazer um interpretação – com toques de milonga – da música que homenageia a cidade.
A versão de Drexler ficou bastante interessante, principalmente por flagrar o olhar de um montevidiano sobre essa selva de pedra que assusta e encanta. Fui atrás do vídeo no Youtube, e o mais próximo do cara de pijama que encontrei foi este vídeo abaixo. Como completemento, o registro de “Sampa” na voz de Drexler. De arrepiar…
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Na quarta-feira teve viagem para Araraquara, para o bate papo com a turma de jornalismo da Uniara, na 7ª Semana de Jornalismo da faculdade. O amigo Itaici me recebeu, e como cheguei meio em cima da hora, deu tempo para um banho rápido e só. Na faculdade, até me senti uma celebridade. Várias entrevistinhas rápidas dos alunos, e um longo bate papo no teatro contando minha história no jornalismo, e principalmente minha visão sobre o jornalismo na web, tema principal do bate papo. Preciso dizer que não foi a melhor das palestras (apesar de ter sido a minha melhor palestra), mas o pessoal participou fazendo perguntas, rindo das piadinhas ínfames (necessárias em qualquer boa palestra que se preze) e ouvindo meu breve resumo de oito anos atuando na área. Agradecimentos especiais ao Prof. Martineli, dono da cadeira Jornalismo Online na Uniara, a professora Marina Amaral, coordenadora dos cursos de webdesigner da faculdade, e ao amigo Itaici, que fez a loucura de me levar pra lá (mas no fim das contas, valeu a pena, vai).
Depois da palestra, e de um bom prato de gnhoqui, discotecagem no Caibar. Não vou, de maneira alguma, lembrar o set list, ainda mais que as Pipetes 🙂 foram dançar e me deixaram discotecando, discotecando, discotecando (como se fosse ruim, sabe – hehe), mas o que eu lembro é isso ai embaixo:
Slow Wands Brit Remix, Interpol
Head On, Pixies
I Love Rock and Roll, Jesus and Mary Chain
Bang Bang Your Dead, Dirty Pretty Things
Can’t Stand Me Now, Libertines
Sparky’s Dream, Teenage Fanclub
Teddy Picker, Arctic Monkeys
The Good Life, Weezer
Henrietta, The Fratelis
When You Were Young, Killers
Thissssss Fire, Franz Ferdinand
Dashboard, Modest Mouse
Honk Kong Garden, Siouxie and The Banshees
One Way or Another, CSS
LOndon Calling, Clash
Damaged Gods, Gang of Four
Berlin, BRMC
Somethin’ Hot, Afghan Whigs
Please Mr. Postman, Backbeat
Pull Shapes, The Pipettes
Can’t Take My Eyes Off You, Manic Street Preachers
Smile (Version Mark Ronson), Lily Allen
Young Folks, Peter, Bjorn & John
Out Of Time, Ramones
Walk Like An Egyptian, The Feelings
Magick, Klaxons
All Rights Reserved, Chemical Brothers
Out of Control Remix, Chemical Brothers
No One Knows Remix, QOTSA
Let’s Dance, The Futureheads
Run, Run, Run, Echo and The Bunnymen
I Wanna Be Your Dog, Iggy Pop
Disco 2000 Pub Version, Nick Cave
Shuffle Your Feet, BRMC
Suicide Sally, Primal Scream
Don Gon Do It, Rapture
Lovely 2 C U, Goldfrapp
Standing In The Way Of Control, The Gossip
Gold Lion Diplo Remix, Yeah Yeah Yeahs
A balada acabou 3 e pouco da manhã, quase 4. Entre bate papos e despedidas, fui chegar no hotel 4h30, e apagar ás 5, para levantar às 7 e voltar para São Paulo e encarar uma edição de capa até às 21h. Isso explica o sumiço, né? 🙂 Bem, apaguei na madrugada de quinta. Acordamos, eu e Lili, pós meio-dia no feriadão, e fui terminar os ajustes da estante, que só foram finalizados realmente na madrugada desta segunda-feira. Assim que der, posto uma foto aqui. Sai pouco de casa no feriado. Fui ver o show matador que o Terminal Guadalupe fez no Inferno (pruns dez gatos pingados, mas a apresentação foi profissa), terminei a segunda temporada do Friends e assisti a comédia romântica “Amor aos Pedaços”, fofinha mas dispensável se você está feliz e não tá ligando muito pra esse papo de coração partido. Acho que na outra vez que vi eu devia estar melancólico, mas o filme vale.
setembro 4, 2007 No Comments
Discotecagem no CB, neste sábado
ROCK DINER (Clube Belfiore)
Sábado – 01/09 – 23:00 h
Show: VOLPINA
Djs: Focka, Pow Made e Marcelo Costa
Rua Brigadeiro Galvão, 871 – Barra Funda
Ps. Festa de aniversário da Ju Zambelo
agosto 31, 2007 No Comments
Nesta selva…
O mundo odeia os Engenheiros do Hawaii. Um mês e pouco atrás, quando fui falar sobre uma banda que admiro, a curitibana OAEOZ, disse que uma das músicas lembrava a melodia de uma canção da banda de Humberto Gessinger. Só esse comentário bastou para represálias infantis no estilo “se lembra Engenheiros deve ser uma porcaria”.
E é claro que não era. E, para mim, fica claro demais que Engenheiros não é tudo isso que detonam por ai, mas nunca quis comprar essa briga porque gosto é como nariz: cada um tem o seu. Porém, nesses dias cinzas que tenho vivido, com pressão de todos os lados esmurrando meu estômago, quem poderia surgir para traduzir em palavras tudo o que estou sentindo? Humberto Gessinger.
“No Meio de Tudo, Você” é uma das faixas inéditas que Humberto preparou para o segundo acústico consecutivo dos Engenheiros. A música, assim como outras nove inéditas, está circulando pela internet já faz uns seis meses, desde que o gaúcho colocou no site oficial da banda vídeos caseiros apresentando cada uma das dez novas faixas que vão compor o novo álbum (ver aqui). E é uma das mais bacanas composições de Humberto em sua safra anos 00.
Só que, claro, para que a letra abaixo faça um pouco de sentido é preciso que você esteja em contato com a selva. É preciso que você viva neste mundo em que agradecemos, todos os dias, por chegar em casa sem ter sido assaltado (e já fomos, eu e Lili, assaltados duas vezes nos últimos dois meses). É preciso que você já tenha se sentido na situação do “e eu ainda pago por isso” tão característico do povo brasileiro, que espera horas no telefone, em filas, na vida, e ainda é insultado.
Me desculpa o péssimo humor, mas quem acompanha este espaço (desde quando ele era 1.0) sabe que alterno momentos de felicidade estúpida e ira inconsequente. Neste exato momento, a minha vontade era desaparecer sem deixar vestígios, mas para o meu bem, no meio de tudo, ela me salva da selva. 🙂
No Meio de Tudo, Você
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Quando chega em casa do trabalho quase vivo
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Liberdade pra escolher a cor da embalagem
Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o normal
Entrar na fila, pagar ingresso, pra levar porrada
No meio de tudo, você
Me salva da selva
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Um pouco de silêncio e um copo de água pura
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Se o cara mente, mas tem cara de honesto
Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o normal
Finge que não vê, diz que não foi nada, e leva mais porrada
No meio de tudo, você
Me salva da selva
agosto 22, 2007 No Comments
Rapidinho…
Hoje tem show do Terminal Guadalupe no CB… e só isso que vou conseguir escrever. Nada de coluna, nada de posts enormes, me aguarda no fim de semana… mas uma coisinha para passar o tempo:
Nesta semana tivemos o Dia dos Solteiros. Bem, como sou um recém-casado me acostumando com a vida a dois, não vou ficar falando das vantagens da solteirice, mas a troca de e-mails das mulheres da redação rendeu um texto bem bacana. Confere aqui.
A gente se vê…
agosto 17, 2007 No Comments
21h25, Saturday Nigth
Ia começar falando que as coisas estão corridas, que o trabalho está insano, mas bastante instigante (muuuitas novidades, a grande maioria boa), e me desculpar pela ausência culpando a correria. Mas quando eu não estive correndo? Entre os apelidos carinhosos dos quais Lili me chama, um é bem sintomático: 220. Ela diz que sou ligado no 220. Bem, eu tento fazer o máximo de coisas no mínimo de tempo que temos. A vida passa rápido demais, e quando vemos, já era. Eu só tento aproveitar. Então, não vamos culpar a correria. Se ando faltando aqui (apesar de ser um layout novo e tal) é porque estou trabalhando demais, mas também porque estou tentando aproveitar a vida. Não me culpe.
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Ando viciado na Piauí (mas lendo de duas a três reportagens por edição), comprando a Rolling Stone todo mês, mas não lendo nada (Lili lê e me conta), e é só isso em termos de revistas. Neste mês, no entanto, vou comprar a Bravo Especial Cinema. Tem dedo do amigo Jonas Lopes lá (e não são poucos dedos, e sim as duas mãos inteiras), então é garantia de boa leitura e boas dicas. Aliás, Jonas e Juliana são os responsáveis por um dos presentes mais bacanas que ganhei nesse aniversário: “Cruze Esta Linha”, uma coletânea de ensaios e artigos de Salman Rushdie, um dos escritores que admiro pelo dom de fazer rir após um longo trecho discursivo. O André foi responsável por um presente não menos especial: dois DVDr com mais de 11 horas de raridades de Bob Dylan. Começa em 1963, com uma apresentação no programa Folk Songs and More Folk Songs, da WBC TV, e termina em 2002, com a apresentação no Grammy. Presentaços.
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No cinema as coisas até que estão engatinhando. Vi “Saneamento Básico” dia desses (não viu? Vá ver, AGORA) e revi “Ratatouille” no fim de semana passado, com a sobrinha Gabriela. Havia visto em Valparaiso, no Chile, dublado em espanhol, e este foi um dos momentos em que nos desligamos completamente do lugar em que estávamos, do frio fora do cinema, de hostels, aviões e tudo mais. Só voltamos ao Planeta Terra quando o filme acabou, e fomos despertados do transe pelos aplausos do público (os chilenos aplaudem o filme quando gostam). Nem a dublagem em espanhol (e a falta de conhecimento da língua) atrapalhou no entendimento e encanto dessa maravilhosa saga de gerações sobre um rato que deseja ser chef de restaurante em Paris. Além de ser uma criança (com 37 anos, mas uma criança), me senti tocado pela parte do crítico, profissão que finjo exercer de vez em quando. O trecho final do filme é simplesmente clássico.
Fora isso, tem os DVDs. Andei fazendo uma rapa nas Lojas Americanas. Comprei “Amores Brutos”, “O Grande Lebowski”, “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?”, “Je Vous Salue, Marie” e “Z”. Acabei de assistir a este último, e fiquei absurdamente embasbacado com a sensacional visão do cineasta grego Contantin Costa-Gavras sobre o universo político. “Z” é considerado a obra-prima do cinema político, e foi o primeiro filme a romper a barreira da língua e ganhar, em 1969, uma indicação ao Oscar de Melhor Filme. Ficou com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, e recebeu o prêmio do júri e o prêmio de Melhor Ator em Cannes. O filme denuncia a violência da ditadura na Grécia, instalada na década de 1960, e a forma como traduz política, manipulação da mídia, e o poder da força sobre a inteligência é de corar céticos. Foi proibido no Brasil durante a nossa ditadura militar. E é tão fresco, tão forte, tão impressionantemente atual. E custou apenas R$ 9,90 nas Lojas Americanas, pouco mais do que uma locação para um filme que deve ser visto várias vezes.
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E música… bem, neste momento ouço “Make Another World”, do Idlewild, que acabou de ganhar edição nacional. Bom, mas ainda não sei se é mais do que isso. Tenho ouvido bastante Ash (”Twilight Of The Innocents”) e Josh Rouse (”Country Mouse City House”), um pouco de Kula Shaker (”Strange Folk”) e acho que a ficha caiu em relação ao último álbum do Pato Fu, “Daqui Pro Futuro”, mas ainda não sei dizer se gostei. Tem também Lucy and The Popsonics (”A Fábula Ou a Farsa de Dois Eletropandas”), que adorei a primeira metade do álbum (o que dizer de “Garota Rock Inglês” e os singelos versos “Garota rock inglês não maltrate dessa vez / o meu coração que só fala português…/ Eu não leio Byron nem escuto Coldplay”), mas não achei tão boa a metade final. E também Orquestra Imperial (”Carnaval Só Ano Que Vem”) e Fino Coletivo (”Fino Coletivo”), mas desses dois eu não quero falar, porque ainda ouvi pouco o primeiro e já ouvi demais o segundo (eles iam pintar em primeiro lugar no meu Top 5 de 2007 na segunda-feira, mas quero ouvir melhor e ver se não é só uma chapação imediata ou se o disco sobrevive três semanas de extensa audição). E por fim, não gostei da música nova do Foo Fighters…
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Bem, Lili chegou… e é hora de preparar o jantar (nada especial hoje, mas se você algum dia topar com o livro “Guia Para a Sobrevivência do Homem na Cozinha”, de Alessandra Porro, leve pra casa, duas cópias se for possível. Uma pra você e outro pra me emprestar caso alguém leve o meu – que eu ganhei da Helena, já te agradeci, He? – e não devolva. Está frio na Selva de Pedra. Eu tinha mais coisas pra contar, mas… esqueci. Deixo vocês com Mr. Wander Wildner e o trailer da fotonovela O Infiel. Divirta-se.
agosto 11, 2007 No Comments
Festa, plugins e Disco da Semana
A balada de festa de aniversário no CB foi bastante especial. Foi, disparada, a minha festa de aniversário com maior quorum de amigos, presença da “firma” em peso, mais alguns amigos que eu não via fazia tempo (Drex, Marcela, Felipão, valeu por terem ido) e alguns leitores do Scream & Yell, para a minha feliz surpresa. A discotecagem foi aquelas coisas de sempre. Não foi tão boa porque estou acostumado a dar uma amaciada no set list em alguns momentos (e ando, cada vez mais, com vontade de inserir um ou outro sambinha no meio), e o CB de sábado é rock pesado. Mesmo assim, valeu, e muito. O set list foi esse abaixo (se não esqueci uma música ou outra)…
Ramones – Do You Remember Rock ‘n’ Roll Radio
Backbeat – Please Mr. Postman
Nancy Sinatra – Day Tripper
White Stripes – Conquest
PJ Harvey – Down By The Water
Bloc Party – Hunting For Witches (single version)
BRMC – Berlin
Arctic Monkeys – Teddy Picker
The Clash – London Calling
Dirty Pretty Things – Bang Bang You’re Dead
The Libertines – Can’t Stand Me Now
The Killers – Mr Brightside (Live)
Kaiser Chiefs – Na Na Na Na Naa (Polysics Remix)
Franz Ferdinand – Thissssss Fire
The Strokes – Juicebox
The Hives – Hate To Say I Told I So
Art Brut – My Little Brother
Afghan Whigs – Miles Iz Ded
We Are The Scientists – Be My Baby
Smashing Pumpkins – Bullet With Butterfly Wings
Violent Femmes – Blister in the Sun
Grant Lee Buffalo – The Shining Hour
The Futureads – Let’s Dance
Pixies – Debaser
Lily Allen – Smile (Version Mark Ronson)
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Estou mexendo nos plugins do blog, mas ainda vai demorar um pouquinho pra acertar tudo. Já inseri o RSS, mas não consegui fazer ele funcionar por aqui. Tem mais umas duas coisas dessa mesma forma. Quero ver se no fim de semana que vem passo um bom tempo dedicado a resolver estes pequenos problemas…
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Este, acima, é o disco da semana…
agosto 6, 2007 No Comments