De vez em quando o mundo cansa. Você já sentiu não fazer parte do mundo em algum momento da sua vida? Esse pensamento é tão recorrente para mim. Lembro de um poema bem antigo em que eu dizia “estar deslocado do viver nesse mundo”. Mais ou menos isso. Eu tinha vinte e poucos anos e sei lá, ainda me sinto deslocado. Bem, viver não é fácil, a gente (eu e você) sempre soube, mas tem dias que até ser feliz dói. Nessas horas, nada melhor do que o silêncio, do que uma taça de Merlot e desapego. Do que a beleza das coisas simples. Milhares de problemas do mundo estariam resolvidos se as pessoas descobrissem o quanto é relaxante lavar a louça (a água escorrendo entre os dedos, o cheiro do detergente de coco), molhar as plantas (temos três em casa) ou ouvir de cabo a rabo um disco do Cinerama. Até dá vontade de sorrir…
Category — Bobagens
Horóscopo de hoje
“Se você pretende mudar de casa, emprego, colégio, faculdade, ou mesmo mudar alguma coisa em você, corre e aproveite a excelente energia de renovação presente nos próximos dias. É no fazer cotidiano que se provocam mudanças”.
Hummm.
\o/
fevereiro 17, 2009 No Comments
No clipping do iG e novos textos no site
Eu até já tinha desistido de comentar sobre isso, pois peguei a Revista Imprensa de dezembro quando estava saindo de viagem, e quando voltei uma nova já estava nas bancas, mas então chega o clipping do iG e está lá o meu pequeno perfil que saiu na revista. Então, está ai:
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Como estou concentrado no fechamento dos números dos Melhores do Ano do S&Y, textos novos só na semana que vem. Aproveitei para abrir espaço e destacar um material bacana que baixou aqui. O Leonardo Vinhas, com seu famoso senso corrossivo de escrever, explica aqui por que você deve ouvir o novo do La Carne, “Granada”, e esquecer o CSS (e quetais). O estreante Nuno Manna debuta no site com um belíssimo texto (aqui) sobre “A Noite”, de Antonioni, um filme que você precisa ver. E o amigo Jorge Wagner conta em seu texto (aqui) que se impressionou bastante com o novo trabalho do Ramirez, liberado na integra para download. Leia, baixe e comente.
janeiro 15, 2009 No Comments
Gripe, febre e outras cositas
Após dois dias fora do iG e do MSN num curso promovido pelo RH chego em casa completamente detonado. A gripe que me atacou na madrugada e tomou minha garganta já ferve minha testa em febre e me fez ter vontade de ouvir… Raimundos. Vou me enrolar no edredom, colocar algum DVD e apagar deitado na sala. Espero não ficar o fim de semana todo assim. Passei o Skol Beats, mas domingo tem Macalé recebendo Luiz Melodia e Adriana Calcanhoto. Quero ir. Ou ao menos tentar. E quero ainda escrever um texto sobre o “Blindness” além da brincadeira ai debaixo… risos. Deixa só a febre ir embora…
Atualizando o post no domingo à noite:
Ps1: o texto sobre o Blindness está ai embaixo.
Ps2: show solo do Jards Macalé é altos; do Luiz Melodia, idem; da Adriana Calcanhoto já não posso dizer o mesmo (eu morreria de tédio numa apresentação inteira dela, mas quatro músicas até tem como aguentar), mas os três juntos acompanhados por uma banda beeeem mediana e com o filho do Waly Salomão declamando os poemas do pai, desculpa, mas preciso dizer: é chato demais.
Ps3: a febre foi embora…
setembro 26, 2008 No Comments
Jim Morrison vai ressucitar…
… para dar umas bifas no Noel Gallagher. A introdução de “Waiting For The Rapture”, faixa três do novo disco do Oasis, é descaradamente chupada de “Five To One”… ou será uma citação com crédito para os Doors? Duvido, mas vamos ver o que vem pela frente.
setembro 22, 2008 No Comments
Domingo de chuva
Que o dia de hoje seja muuuuuuito melhor que ontem…
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Ok, promete. Vazou o disco novo do Oasis e tem Martin, Medeski and Wood à noite no teatro do Sesc Vila Mariana, concorrente sério entre os melhores shows do ano.
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Ontem revi “Um Sonho de Liberdade”. Que filmaço, hein. Roteiro, interpretações, fotografia, tudo no devido lugar. Vi em casa, mas estou sentindo uma falta danada de cinema. Acho que meu enjôo constante e as dores de cabeça são falta de cinema…
setembro 21, 2008 No Comments
Repostando posts antigos
Ontem o pessoal da firma fez um happy hour para encontrar um amigo querido que saiu do iG e foi para Abril. Entre cervejas mexicanas e burritos conversamos muito sobre Friends e Seinfeld. Eu fiquei horas tentando lembrar de um episódio do Seinfield que eu tinha achado foda quando vi uns anos atrás, mas quem diz que a minha memória funciona? Aliás, sobre o que eu estava falando mesmo? (risos). O fato é que estou com o coração apertado por algumas bobagens, e escrever sempre foi – e sempre vai ser – a maneira de aliviar um dia de merda na vida.
Por outro lad0, desde que estreei a Calmantes com Champagne 2.0, meu modo de lidar com este blog mudou. Antigamente ele era beeeem mais pessoal (e acho que mais divertido) enquanto hoje em dia o vejo mais informativo (e menos divertido). Essa percepção me faz pensar em procurar encontrar o meio termo entre o antigo e o novo, algo que não sei se vou conseguir, mas que vou tentar. E assim que fui procurar por aquele post antigo sobre Seinfield da versão 1.0 bateu uma vontade danada de repostar aquele pensamento aqui. Então vai. Não estranhe se você achar que já leu isso. A chance é grande… (hehe)
De 09/02/2006
Assisti nesta manhã ao episódio piloto da série Seinfeld, que abre o box especial com as duas primeiras temporadas do programa. Acho que devo gostar da série conforme ela engrenar. O episódio piloto tem vácuos e buracos que o próprio Seinfeld assume no making of. Não traz cenas antológicas, mas é bem interessante. No entanto, o que me faz escrever dele aqui é o tema, bem sacado, e bem desenvolvido no final do episódio: como os homens confundem os pseudos-sinais das mulheres.
É mais ou menos assim: Laura, uma garota que Jerry conheceu em uma viagem, liga para ele avisando que estará em Nova York para um seminário, e que gostaria de vê-lo. A pergunta que fica é: “Por que ela ligou? Será que ela está interessada em algo? Será que vai rolar algo?”. Bem, corte para a véspera da chegada da garota. Ela liga à noite perguntando se pode dormir na casa dele, porque não encontrou um quarto de hotel vago. O amigo George dispara: “Devem existir milhões de quartos de hotéis em Nova York. Como ela não encontrou?”. No dia seguinte estão os dois esperando Laura no aeroporto. Jerry a recebe, a leva pra casa. Ao chegar, diz para que ela se sinta à vontade. Ela tira o sapato, coloca os pés no sofá. Ele oferece pão, chá. Ela pede vinho e pergunta se pode diminuir a luz. Ele se empolga. Ela pergunta se pode ficar um dia a mais e eles fazem planos para o dia seguinte. Nisso toca o telefone e é o… noivo de Laura. No monólogo final, Jerry define sabiamente:
– Juro que não faço idéia do que as mulheres pensam. Eu não entendo, certo. Eu não capto os sinais. As mulheres são muito sutis. Tudo o que fazem é muito sutil. Os homens não são sutis. Nós somos óbvios. Elas sabem o que eles querem. Eles também. O que nós queremos? Mulheres. É isso. É a única coisa de que temos certeza. Como conseguir mulheres? Isso não sabemos. Nós ignoramos o passo seguinte. O incrível é que ainda conseguimos mulheres. Os homens estão com mulheres. Você os vê com elas. Como eles conseguem mulheres, muitos se perguntam. Vou contar um pouco sobre a nossa organização. Onde estiver uma mulher, tem um homem trabalhando na situação. Ele pode não ser o melhor dos homens. Há muitas áreas para cobrir, mas alguém da nossa equipe sempre estará no local. Por isso ficamos chateados quando vemos mulheres lendo artigos “Onde conhecer homens?”. Nós estamos em todos os lugares.
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Vamos combinar que a opinião do Jerry Seinfeld é um bocadinho machista (risos). Mas ele têm razão em muitos pontos, principalmente quando diz que nós, homens, nunca entendemos os sinais ou seja lá o que for que vocês, mulheres, deixam escapar aqui e ali. Não entendemos e isso é um fato. Uma amiga querida me prometeu um manual que irá versar sobre ser homem e amigo de uma mulher. De cara me lembro do Harry (de Harry & Sally – Feitos Um Para o Outro) defendendo que homens não conseguem ficar amigos das mulheres. É uma generalização tola, mas que também tem seu fundo de verdade. Acredito que podemos sim ser amigos de mulheres, mas a admiração (tanto física quanto de personalidade) muitas vezes pode levar um casal de amigos a se transformar em um casal de namorados. Há problema nisso? A Cá, que irá fazer o manual, diz que temos que ser mais claros em nossos intentos: ou queremos ser amigos ou queremos ficar com elas. Não vejo isso de forma tão simples. Primeiro porque o interesse pode surgir com o tempo. Segundo porque uma boa parcela de nós homens é romântica. A gente não vai sair por ai dando em cima das amigas apenas porque descobrimos que estamos afim delas. Há um momento x para isso acontecer. A gente espera esse momento pacientemente. E quando acontece a gente erra tudo, mas tudo bem. O problema é sempre o risco de se perder uma amizade especial pelo simples fato de se querer estar um pouco mais próximo do que amigos podem ficar. De repente, aquilo que não era nada pode se transformar em uma bela história de amor. Ou não. O fato intrigante, na verdade, é o quanto confundimos os sinais. Pelo começo que tive em 2006, desisti de entender estes malditos sinais (risos). Só cometo erros, e tudo bem que apaixonados só vivem cometendo erros, mas às vezes tudo parece tão claro, tão claro, mas tão claro, que é impossível imaginar que seja outra coisa. E é outra coisa. Quase sempre é outra coisa. Seria tão mais fácil se tudo fosse mais simples, não? Seria, mas nunca é simples. Depois dizem que nós, homens, não entendemos as mulheres. Eu ainda acho que não precisamos entender as mulheres, precisamos apenas ama-las. Mas para se amar é preciso entender um pouco de sinais. Alguém tem um manual prático ai?
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Me lembrei de Bob Dylan: “É impossível amar e ser esperto ao mesmo tempo”. Anote.
setembro 20, 2008 No Comments
Correndo sem parar
Ando ausente, eu sei. E não é por vontade, mas sim falta de tempo mesmo. Desde que voltei de viagem tudo tem sido uma correria só. Das obrigações, nesta segunda de manhã teremos a entrega do Prêmio Caixa de Jornalismo, do qual sou um dos jurados. Ainda preciso finalizar as minhas leituras (mais uns dez textos), mas a partir de segunda deve sobrar um pouquinho mais de tempo para, inclusive, ouvir a estréia solo do Marcelo Camelo (ih).
Na sexta, pulei de um bar para o outro. Passei com os amigos da “firma” no Drake’s Bar para tomar sorvete de Guiness, e acabei topando três cervejas do meu top ten europeu: Leffe (a Blonde e a Brune), Hoegaarden e a Duvel. Anotações feitas. Agora só faltam sete… De lá, eu e Lili fomos encontrar uma amiga no Bar do Juarez, uma das melhores picanhas da cidade. Foi passadinha rápida (mesmo assim chegamos às duas em casa), pois a sobrinha Gabriela estaria em São Paulo num torneio de xadrez, sábado de manhã.
Deu para dar uma passadinha rápida no Clube Paulistano na hora do almoço no sábado, voltar com mais calma ao Juarez para uma tarde de picanha, e chegar em casa umas 18h para começar a desbravar o box “Anthology”, dos Beatles, que finalmente encontrei em um preço pagável (eu só tinha os CDs e o livro). Deu para assistir aos dois primeiros episódios entre alguns sets do US Open, e não se surpreender muito (é aquilo mesmo, né?).
Domingo é dia de almoçar na casa de amigos. Ainda tenho que terminar de ler os textos (quero linkar um, em especial, aqui), pensar se vou de clássico nacional ou de novidade gringa no disco da semana, e preparar a agenda de shows pessoais. Tem Lestics na Livraria da Esquina, quarta dia 3 (Rua do Bosque, 1254), Laurie Anderson no Sesc Pinheiros, sexta dia 5, e Orloff Festival no Via Funchal no sábado. Repito: Pelle é responsa e o Hives ao vivo é showzão. A gente se vê lá, mas eu volto antes.
agosto 31, 2008 No Comments
Fui comprar cervejas…
já volto.
Bem, é quase isso. Fui convidado para participar do juri do Prêmio Caixa de Jornalismo, o que quer dizer que me afundei nessa semana no meio de mais de trinta reportagens em texto e umas vinte em vídeo. Eu tinha até planejado uma folga para hoje, mas a chefia já havia me escalado para um curso de gerência e liderança (quinta e sexta). Ou seja, não sobrou tempo para nada nesta semana (espera um pouco que vou ali respirar). Só passei para dar um oi e dizer que… lançaram “Asas do Desejo”, do Win Wenders, em DVD.
Aliás, comprei essa semana “Jules et Jim”, do Truffaut, e “Pacto de Sangue”, do Wider, dois filmes que eu sempre sonhei em ver/ter, e que eu namorava fazia tempos, mas não tinha coragem de pagar R$ 40 por cada um. A Versátil – responsável pelos DVDs mais caros do país – fez uma promoção em julho com algumas lojas e pude comprar os dois por R$ 50. Ok, deixei “Um Cão Andaluz / L’Age D’or”, do Buñuel, mas estou de dedos cruzados esperando que até a sexta que vem ainda sobre um por R$ 27 para eu chamar de meu.
Ok, hora de ir, pois o curso começa cedo e a sexta-feira será um loooongo dia. Para o fim de semana, quem sabe, deve rolar um roteiro de cervejas gringas e audições de Francoise Hardy. Descobri uns bares legais e estou querendo beber o meu top ten para escrever com mais propriedade. Eu vou comprar cervejas, talvez eu demore, mas volto. Sinta-se em casa.
agosto 21, 2008 No Comments
Você já tomou Na Bunda?
Calma minha gente, eu tô falando da cachaça. Com todo respeito, por favor. A picante aguardente de cana grossa envelhecida em tonéis de pau barbado e produzida no município de Cacete Armado de pai para filho desde 1924 (clique nas fotos abaixo para ler mais detalhes do hilário rótulo da cachaça) é apenas uma das várias vedetes que circulam nos balcões do Porto da Pinga, cachaçaria de Paraty (endereço no fim do post). Neste caso, porém, a piada é mais importante que a cachaça (de terceira linha), por isso, deixe-a para o final da noite.
Antes, prove nomes como Canarinha, Boazinha, Lua Cheia, Seleta, Prosa e Viola (todas de Salinas, MG), Claudionor e Januária Centenária (Januária, MG), Germana (Nova União, MG), Benvinda (Patos de Minas, MG), Paratiana (Paraty, RJ), Maria Izabel (Paraty, RJ), entre outros, apreciando o sabor, degustando mesmo. Tome uma Providência (Buenópolis, MG) e, se a grana estiver sobrando, pense em encarar uma dose da mítica Anízio Santiago (Salinas, MG), que pode custar entre R$ 20 e R$ 30 (a dose, não a garrafa).
Curta o cardápio escolhendo as pingas pelas madeiras dos tonéis e, quando estiver preparado, tente encarar a botija com aguardente Pirahy (Volta Redonda, RJ) envelhecida com cobra. Você não tem nem tempo de pensar. O barman coloca o jarro na sua mesa e antes de você perguntar algo, ele mesmo enche o copo e vira a dita. Se ele não cair nos próximos dez segundos, não perca o brio: encha o copo, vire de uma vez e bata na mesa. Apenas tenha cuidado quando sair. Caminhar no Centro Histórico de Paraty pode ser uma aventura. Aqueles paralelepípedos…
Ps. Este blogueiro não tomou Na Bunda… apenas deu uma bicadinha nela!
Post escrito especialmente para o blog Bebidinhas (aqui)
Restaurante e Cachaçaria Porto da Pinga
Rua Matriz, 12, Centro Histórico, Paraty-RJ
(24) 99074370 / (24) 99580121
agosto 20, 2008 No Comments
Va Va Voom
maio 29, 2008 No Comments