Ouvindo: “Sibilina”, Cacá Machado
Um disco novo! O primeiro disco de Cacá Machado, “EslavoSamba”, saiu em 2013, e eu demorei muito mais do que deveria para ouvir, mas quando ouvi, adorei tanto que passei dias com ele no play. Por isso, assim que “Sibilina” (2018), seu recém-lançado segundo álbum pousou nas minhas mãos, tratei de romper o involucro de plástico que protegia o disquinho e coloca-lo para tocar. Nas primeiras audições, “Sibilina” me soa mais reflexivo que “EslavoSamba”, que tinha um q de festa, o que combina perfeitamente com os períodos (políticos) de gestação de cada um dos álbuns. Desta vez, Cacá Machado divide as composições com Clima, Romulo Froes (juntos eles compuseram “Dança”, presente no já clássico “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares) e Guilherme Wisnik, entre outros, e conta com a presença de Tiganá Santana (cantando “Tremor Essencial”), Alessandra Leão e Mateus Aleluia (em “Polca”) e Ava Rocha e Iara Rennó (em “Depois do Trovão”). O caldeirão de ritmos de “Sibilina” passeia, enigmático, pelo samba, pelo choro, pela valsa, pela rumba e, enquanto o ouvinte dança, as imagens passam em sua frente, desconstruídas, construindo um belo disco que se aconchega facilmente no ambiente, e vai ficando, ficando, ficando. Você pode ouvir o disco tanto no seu portal de streaming favorito quanto no site oficial de Cacá. Play.
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