Ouvindo: “Ao vivo no Jazz na Fábrica”, Matthew Ship
Um disco novo: um dos melhores eventos musicais que a cidade de São Paulo já teve (premiado pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes), o Jazz na Fábrica do Sesc Pompeia proporcionou algumas dezenas de shows incríveis, que guardo com emoção no coração. Um deles, em 2016 (ano em que tive a honra de assinar todos os textos sobre os artistas no livreto do evento), foi o de Matthew Ship, no teatro. Assisti a esse show na parte superior, observando o pianista de costas travar uma luta de boxe com as teclas. Foi daqueles shows de lavar a alma, e que agora o Selo Sesc coloca nas lojas em CD (amo esses registros, algo pouco usual no Brasil, mas que o Sesc vem investindo com paixão e capricho) ao preço de R$ 20. São 11 canções (entre elas standarts como “Summertime” e “Angel Eyes”) que tem o poder de transportar o ouvinte para aquela noite mágica de música, caricias e luta de 19 de agosto de 2016. Imperdível. Abaixo, uma foto minha desse show. <3
outubro 25, 2018 No Comments
Ouvindo: “Black Sessions”, The Delgados
Já me perguntaram algumas vezes: se você tivesse uma banda, como ela soaria? E dou sempre a mesma resposta: indie punk pop guitarreira como o Ash ou melodicamente guitarreira e deliciosamente poética e cínica como a escocesa The Delgados. Com cinco discos de estúdio lançados entre 1994 e 2005 (mais três ao vivo oficiais), o Delgados fez fama com seu grande segundo disco, “Peloton”, que combinava de maneira lirica e suja as vozes e guitarras de Emma Pollock e Alun Woodward. O belo single “Everything Goes Around The Water” (com arranjo de cordas, flauta e guitarradas) ganhou clipe e resume a banda de maneira perfeita. Depois vieram os lindões “The Great Eastern” (de 2000 e meu favorito) e “Hate” (de 2002, se você me conhece há um bom na web já deve ter me visto compartilhando “you ask me what you need: Hate is all you need” 🖤) e a despedida “Universal Áudio” (2004). Esse bootleg flagra os escoceses num dos programas de música ao vivo mais bacanas do mundo, o francês Black Sessions, e essa cópia tosca minha nem toca inteira, mas o que toca é de emocionar (tem ele em MP3 ae? Me passa, please!). The Delgados é uma daquelas bandas que quem conhece, adora, e quem não conhece vai adorar um dia… Aliás, uma dica: a Emma já lançou três discos solo, o mais recente é de 2016. Vale ir atrás também!
outubro 25, 2018 No Comments
Ouvindo: “Alma de Gato”, Tatá Aeroplano
Seguindo o esquema de alternar um disco novo com um antigo, esse é um lançamentaço: “Alma de Gato” é o quarto álbum solo de Tatá Aeroplano (descontando um belo disco com @Bárbara Eugênia e os dois álbuns com o codinome Frito Sampler), um cara por quem tenho profunda admiração e respeito pela maneira cuidadosa que vem conduzindo sua carreira. “Alma de Gato” é reflexo direto da mudança de casa de Tatá, que em 2016 trocou o bairro de Santa Cecília pela Vila Romana (ambos em São Paulo) e começou a “frequentar intensamente as ruas, parques, centros culturais e casas de shows das redondezas”. Segundo ele, “esse novo disco está cheio de vivências e experiências dessa nova fase na cidade de São Paulo”. O álbum está disponível (físico) no site do Tatá (http://tataaeroplano.com) e no seu portal de streaming favorito. Sempre tô fervilhando de ideias de coisas que quero fazer, e a ideia do momento é uma série de entrevistas em casa, bebendo cerveja. Já começou (preciso decupar o papo delicioso que tive com Olavo, doLestics) e logo quero beber e conversar com Tatá aqui em casa. Aguarde (e, enquanto isso, ouça o disco) 🖤🎸
outubro 25, 2018 No Comments