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Shipyard retorna renovada ao Brasil

Após um ano ausente das prateleiras nacionais, a Shipyard Brewing, de Portland, no estado norte-americano do Maine, retorna ao Brasil totalmente reformulada, com novas receitas, rótulos, embalagens, levedura e até mestre-cervejeiro! Em novembro de 2017 á cervejaria iniciou um processo de modernização, incluiu mais lúpulos estadunidenses em suas receitas, revisou padrões antigos e passou a utilizar a levedura London III em algumas criações ao invés da tradicional levedura inglesa Top Fermenting English, antes padrão na casa. Boa parte das mudanças dizem respeito à saída do mestre cervejeiro Alan Pugsley, que agora atua no Reino Unido. A equipe que assumiu a casa nos EUA decidiu dar um banho de loja na cervejaria mudando a arte dos rótulos e lançando novidades que apontam para uma nova direção.

Até o ano passado, a Shipyard soava uma cervejaria britânica em solo norte-americano com, excetuando as cervejas da linha Signature Series, mais experimentais e extremas, o catálogo da casa apostando na elegância inglesa em detrimento dos exageros da escola made in USA. Agora a coisa toda muda de figura, e ainda que as receitas recriadas mantenham traços das receitas originais e que a cervejaria não tenha exagerado completamente nas novidades, a sensação é de que a Shipyard deu um passo certeiro com todas as alterações impressionando no copo. A Get – Cervejas Especiais, responsável pela importação da Shipyard, reuniu a imprensa no Empório Alto de Pinheiros para apresentar as novidades do catálogo.

Da linha já conhecida no Brasil, três retornam renovadas: a Shipyard Export (5,1% ABV, 35 IBUs, R$ 17, 355 ml), American Blond Ale hit da casa, que agora surge com lúpulo Cascade mais parrudo, levedura destacada e base de malte marcante. Mais arisca (e mais American) que a versão anterior; a Shipyard Monkey Fist (6% ABV, 50 IBUs, R$ 23, 355 ml) teve alteração nos lúpulos (agora Mosaic, Citra e Cascade) e adição de aveia: ficou ainda melhor do que era; a Shipyard Island Time Session IPA (4.5% ABV, 40 IBUs, R$ 23, 355 ml) teve o acréscimo do lúpulo Citra ao lado de Simcoe e Amarillo, presentes na versão anterior. Vieram também (sem alteração na receita) duas excelentes da Signature Series, XXXX IPA (9.25% ABV, 72 IBUs, R$ 67, 650 ml) e Smashed Blueberry (9% ABV, 40 IBUs, R$ 67, 650 ml), e a deliciosa Shipard Chocolate Milk Stout (5.4% ABV, 30 IBUs, R$ 26, 355 ml).

As novidades são quatro: a deliciosamente tortinha Shipyard Steady (5.1% ABV, 30 IBUs, R$ 25, 355 ml) é uma APA com lúpulos Jaryllo e Equinox mais levedura London III. Bastante mel, pinho e cítrico. Primeira New England IPA da Shipyard, a Finder (7% ABV, 55 IBUs, R$ 36, 473 ml) surpreende com lúpulos Citra, Mosaic e El Dorado, turbidez tradicional, mas mais resinosa do que outras NE no mercado. Está chegando inteiraça em lata de 473 ml. As duas outras novidades são do estilo Porter: Shipyard Vanilla Porter (5.4% ABV, 43 IBUs, R$ 25, 355 ml), com fava de baunilha incrível destacada no aroma, centeio e trigo torrado; e a Shipyard Coffee Porter (4.5% ABV, 24 IBUs, R$ 26, 355 ml), que recebe adição de café orgânico da Costa Rica e exibe percepção de chocolate e café verde intensos! Muito boa.

Além destas versões em latas e garrafas, cinco variedades de chopes da Shipyard chegaram nessa importação, três deles inéditos: Shipyard Ringwood Bitter (5.6% ABV e 35 IBUs), Shipyard Nightwind Winter Ale (5.8% ABV) e Shipyard Little Horror of Hops American Tye IPA (5.9% ABV e 50 IBUs) além de Shipyard Finder e da Shipyard Steady.

*A média de preço tem por base os valores do EAP

abril 3, 2018   No Comments

Dylan com café, dia 37: World Gone Wrong

Dylan com café, dia 37: após a festança de 30 anos com 18 mil convidados no Madison Square Garden e muitos amigos no palco, Bob seguiu seu caminho solitário e se enfurnou, sozinho, em seu estúdio caseiro em Malibu para gravar mais uma leva de canções antigas nos moldes econômicos de “Good As I Been To You” (1992). Lançado em outubro de 1993, “World Gone Wrong” corrige alguns equívocos do álbum anterior tanto quanto soa menos gótico do que ele. Muita gente pegou no pé de Dylan por não creditar autores e fontes das 13 canções regravadas em “Good As I Been To You”. Por isso, em “World Gone Wrong”, ele surge didático num longo texto na contra-capa em que lança luz sobre onde conheceu e quem o apresentou a cada um destes blues rurais que integram o disco. A justificativa de Bob para dois álbuns em sequencia revivendo material caipira é semelhante a que deu para um crítico que o acusou de estar copiando Bruce Springsteen no final dos anos 70: “Não copio sujeitos com menos de 50 anos de idade”, disse. Quase 20 anos depois, Bob repete: “Só escuto música antiga e velhos cantores de blues e country. As pessoas deviam se voltar aos discos antigos para descobrir qual é o verdadeiro lance, pois até mesmo meus discos são de segunda geração”. Assim como fez no disco anterior, Dylan dá um show ao violão enquanto conta histórias antigas.

Na dolorosa “Love Henry”, uma garota mata o amor de sua vida a facadas já que ele não quis ficar com ela e um papagaio que presenciou o crime comenta: “Uma garota que matou seu próprio amor verdadeiro mataria um passarinho como eu”. O dedilhar denso de “Jack-A-Rose” conta a história de uma garota que é proibida pelo pai de se casar com um marinheiro, e se veste como um garoto para se alistar na guerra e seguir o amado. O final feliz é raríssimo nesse repertório – e comovente. Já “Blood In My Eyes” (que, segundo Bob no texto explicativo, é outra canção do álbum a se encaixar na “Nova Idade das Trevas”, que são os “tempos modernos” que estamos vivendo) ganhou até clipe. Em “Delia”, uma canção sobre um cara que mata uma garota que ganhava a vida em jogos de aposta e é condenado a 99 anos de prisão, Dylan parte o coração ao cantar “todos os amigos que já tive se foram”. A sobra de estúdio “You Belong To Me” apareceu na trilha sonora de “Assassinos por Natureza” (editada com as vozes dos personagens). No geral, são canções de amor e morte e desejo e solidão despidas de qualquer distração. É só voz, violão, uma gaita acolá, e, na maioria dos casos, tristeza. Na Mojo, Robert Wyatt definiu com perfeição: “Ouça o que esse homem fez e crie coragem. Como seria ótimo se todo mundo que está se esforçando para encontrar a própria voz parasse de se esforçar e usasse a própria voz”. #FicaDica

Especial Bob Dylan com Café

 

abril 3, 2018   No Comments

Line-ups: Contrapedal, Disruption e mais

Contrapedal Fest, em Montevidéu, Uruguai
De 18 a 22 de abril de 2018
Infos: https://festcontrapedal.com/

Festival of Disruption, em Nova York, EUA
De 19 a 20 de maio de 2018
Infos: https://festivalofdisruption.com/

Festival Cotton Clouds, em Greenfield, Reino Unido
Dia 18 de agosto de 2018
Infos: http://www.cottoncloudsfestival.com/

Electric Fields, Drumlanrig Castle, Reino Unido
Dias 30 de agosto e 01 de setembro de 2018
Infos: http://electricfieldsfestival.com/

Desert Dazer, Moreno Beach, EUA
De 12 a 14 de outubro de 2018
Infos: https://desertdaze.org/

Confira o line-up de outros grandes festivais de música

abril 3, 2018   No Comments

Programa Pontes anuncia contemplados

O Oi Futuro e o British Council divulgaram o resultado da primeira edição do Programa Pontes, novo edital de fomento a iniciativas culturais, com foco na internacionalização de festivais artísticos de todo o Brasil. Dez projetos de sete estados brasileiros foram contemplados pelo programa e vão receber aporte financeiro para incluir residências de criadores britânicos em suas programações e promover o intercâmbio cultural, contribuindo para formação de redes internacionais nas artes e troca de experiências. Usando o modelo matchfunding, o programa vai destinar um total de R$ 500 mil para os festivais selecionados.

A seleção conjunta inclui o Festival Panorama 2018, o 3º Festival Internacional de Cinema de Arquitetura – ARCHCINE e a terceira edição do Festival Transarte, voltado para a temática da identidade de gênero e sexualidade, do Rio de Janeiro; o 6º Festival Música Estranha, de São Paulo; a Bienal Internacional de Dança do Ceará e o Festival Internacional de Máscaras do Cariri, ambos do Ceará; Porto Alegre em Cena, do Rio Grande do Sul; TREMA! Festival de Teatro, de Pernambuco; Festival Se Rasgum, do Pará; e CAN – Onde o Circo é Possível, realizado no Paraná e Santa Catarina. A lista completa está nos sites do Oi Futuro (www.oifuturo.org.br ) e British Council (www.britishcouncil.org.br).

Confira abaixo os projetos contemplados pelo Programa Pontes e os respectivos artistas/grupos artísticos escolhidos pelos próprios festivais para as residências cocriativas, que devem durar no mínimo duas semanas e resultar necessariamente em trabalhos artísticos originais e abertos ao público:

CE
Residência Artística Candoco no FIMC – Que corpo essa máscara usa?
Artista: Candoco Dance Company

CE
Residência Vacuum Cleaner na Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par em Par 2018
Artista: Coletivo Vaccum Cleaner

PA
Festival Se Rasgum – Residência Artística
Artista: Spinning Coin

PE
TREMA! Festival de Teatro
Artista: Deborah Pearson

PR | SC
CAN – Onde o Circo é possível
Artistas: National Centre for Circus Arts e Aerial Edge

RJ
Festival Panorama 2018 – eixo Panorama.tec, presença britânica
Artistas: Billy Cowie e Helen Cole

RJ
Residência Transarte UK
Artistas: Coletivo TransActing, Kit Redstone e Rhum and Clay Theatre Company

RJ
3º Festival Internacional de Cinema de Arquitetura – ARCHCINE
Artista: Paul Sng

RS
Porto Alegre em Cena & Imitating the Dog
Artista: Imitating the dog

SP
Residência Nonclassical/Música Estranha
Artistas: Tansy Davies e John Richards

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