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Turnê de Wander Wildner e Gustavo Kaly

Os 18 anos de parceria entre os músicos Gustavo Kaly e Wander Wildner renderam muitas histórias, roubadas, viagens e, claro, uma quantidade generosa de belas canções. Em março os dois celebram juntos, na estrada, com uma turnê eletroacústica de 15 shows no sudeste e sul do país.

O show é dividido em três atos que conversam entre si. Gustavo Kaly inicia cru, com seu violão folk, poesia que mescla o niilismo contemporâneo e o romantismo sínico de suas canções, trazendo na bagagem o disco que está lançando – “Primavera Punk e Outras Estações de Falso Jazz” – uma coletânea de canções que passeiam pela sua irregular carreira, em uma curadoria do selo carioca Morcego Records. A música que dá título ao disco é uma parceria com Frank Jorge lançada anteriormente no Scream & Yell.

No segundo ato do show é quando os dois estão juntos no palco resgatando as primeiras interpretações de Wander sob as canções de Gustavo: “Um Bom Motivo”, “Boas Notícias” e “Meio Bauhaus, Meio Inverno”, e também as que fizeram parte do repertório dos Últimos Românticos da Rua Augusta, grupo que fundaram em 2011 com outros três amigos, uma “cool band” que se auto rotulava como “punk jazz de apartamento”. O formato simples, orgânico e acústico, que foi característica forte do projeto será relembrado com suas canções mais célebres, como “O Último Romântico da Rua Augusta”, “Thomas Edison”, e “Canivete, Corações e Despedidas”.

O show fecha com Wander Wildner e sua potência interpretativa mostrando clássicos da sua carreira, como “Bebendo Vinho” e “Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro” além de alguns hinos da época d’Os Replicantes, tipo “Surfista Calhorda” e “Sandina”. O gaúcho está divulgando seu 11º álbum solo, que usa a frase de uma das canções de Kaly como título – “De Gritar Me Cansei Rouco e ao Pensar no Mundo eu Me Vi Louco” – que apresenta a fase mais minimalista de sua trajetória, destacando o impacto poético nas letras, nove delas escritas pelo catarinense.

DATAS (todas em março de 2018)

01/05 – 21h – Vizinha 123 – RIO /RJ
02 sexta 19h – Ampere Bar – SP/SP
03 sábado 21h – Sensorial  – SP/SP (DJ Set Scream & Yell)
04 domingo 19h – Estúdio Aurora – SP/SP
07 quarta 19h – Cineramabc – BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC
08 quinta 21h – Cafundó Bar Cultural – BLUMENAU/SC
09 sexta 21h – Mais Rock Eat – JOINVILLE/SC
10 sábado 22h – Clube de Campo Beira Rio – JARAGUÁ DO SUL/SC
11 domingo 18h – Bar Sambaqui – FLORIPA/SC
15 quinta 21h – Setessete Bar & Bilhar – SAO MIGUEL DO OESTE/SC
16 sexta 21h – Ar Livre Ecoturismo – ANCHIETA/SC
17 sábado 21h – Sebo Bar e Antiguidades – CHAPECÓ/SC
18 domingo 21h – Bar do Bucha – XANXERÊ/SC (a confirmar)
23 sexta 21h – Gravador Pub – PORTO ALEGRE/RS
24 sábado 21h – Carmelita – PORTO ALEGRE/RS
25 domingo 19h – Bárbaros Cervejas Artesanais – POA/RS

fevereiro 6, 2018   No Comments

Um roteiro de blocos no carnaval de SP

As tragédias deste primeiro fim de semana de Carnaval em São Paulo me colocaram para baixo num ano em que sair em bloco já era uma preocupação. A morte do Lucas, um estudante de apenas 22 anos, eletrocutado a cerca de 200 metros de casa por incompetência de uma empresa contratada pela (cada vez mais incompetente) prefeitura de São Paulo foi um balde de água fria na alegria carnavalesca, que ainda sofreu mais um baque com a tragédia do posto de gasolina da Rebouças. Parece que o amor que víamos nos blocos nos últimos anos foi contaminado pelo clima de guerra que movimenta o cenário político (e só nós temos a perder, não eles) tanto quanto pelo abandono da cidade por uma gestão (prefake) que mata culposamente dia-a-dia (seja nas marginais, seja na Consolação).

Porém, sempre me lembro daquele texto sobre o show do Boogarins em Paris após os atentados, sobre como sair para rua é um vitória contra o medo e contra pessoas que não querem que o povo ocupe as ruas. Desta forma, a pedido de alguns amigos, decidi listar alguns dos meus blocos favoritos na folia paulistana e, especialmente neste ano, deixar algumas recomendações básicas de segurança: 1) cuidado com seu cartão do banco. Muitos ambulantes estão aceitando cartões, mas um golpe tem virado praxe na cidade (e não só em ambulantes como também em taxis): você passa o cartão para o vendedor, ele fica atento à sua senha e te devolve outro cartão, que você, na correria / alegria do bloco, não percebe que era o seu. E de posse da senha, ele vai e saca o quanto conseguir de sua conta. Então preste atenção na hora de efetuar a compra e, de preferencia, não dê o cartão na mão do vendedor: peça a máquina (educadamente) assim que ele digitar o valor, coloque a senha com segurança e devolva o aparelho a ele.

Outro golpe bastante corriqueiro nesses dias de bloco são os furtos de celulares e carteiras. Muita gente tem optado por não ir à folia com esses objetos, o que é altamente recomendável, mas se você precisa desses itens (ou não consegue desgrudar deles), apenas fique atento ao seu entorno: malandro assalta pessoas que estão distraídas, cujos pertences estão fáceis de serem furtados sem confusão. Opte por bermudas ou roupas em que seus pertences fiquem protegidos, e sem perder o humor e a alegria do carnaval, fique atento ás pessoas, olhando nos olhos, sorrindo e se divertindo, mas sobretudo atento ao ambiente em que você está. Quanto mais atento você está (e estar atento não é estar preocupado, ok!), mais você intimida investidas indesejadas. Dito isto, lá vão meus blocos favoritos para 2018:

Abaixo, oito blocos que pretendo foliar. Qual você recomenda?

Bloco Bollywood
Rua Augusta, 1318 – Consolação (foto acima)

Sai aqui do lado de casa e é divertidíssimo! É um bloco de carnaval indiano com público estimado entre 500 e 2 mil pessoas.

Bloco Urubó
Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó

Bloco modelo antigo de carnaval de rua de cidade do interior. Recomendo chegar mais cedo e almoçar no Frangó (que tem um carta de cervejas especiais bem bacana), descansar na escadaria da Igreja e emendar o bloco logo na sequencia. Público estimado de 2 mil a 5 mil pessoas. Também sai no domingo.

Bloco João Capota na Alves
Saída na rua Oscar Freire, metrô Sumaré

Batizado carinhosamente em homenagem às ruas João Moura, Capote Valente e Alves Guimarães, é um dos blocos que mais acompanhei nos últimos anos. Eles cantam marchinhas adaptadas e descer o morro todo santo ajuda. Público entre 5 mil e 10 mil.

Bloco 77 – Os Originais do Punk
Rua Simão Álvares, 590

É o meu bloco favorito hoje em dia, clássicos punk cantados no ritmo das marchinhas, afinal não devemos ter os que detêm o poder para desmarcar fascistas. Entre 2 mil e 5 mil pessoas. Eles saem também na segunda-feira!

Espetacular Charanga Do França
Rua Imaculada Conceição, 55 – Santa Cecília

Todo ano eu me planejo pra ir, e por algum motivo, não consigo. Talvez seja o fato de acordar “cedão” na segunda de carnaval, mas este ano mais uma vez tentarei ir atrás da Charanga com um público estimado entre 5 mil e 10 mil pessoas.

Bloco Esfarrapados
Rua Conselheiro Carrão – Bela Vista

A segunda-feira é dia do bloco mais antigo da cidade, os Esfarrapados do Bixiga, que desde 1947 passeiam pelas ruas do bairro com muita animação e folia. Antes do bloco, almoço numa cantina. Público estimado entre 10 mil e 15 mil pessoas.

Bloco Carna Kiss
Rua dos Pinheiros, 1100

Mais rock! O bloco celebra um ritmo pouco associado ao carnaval: o Rock. Indo desde os clássicos até os hits dos anos 90 e 2000. Nunca fui, mas fiquei curioso. Público entre 10 mil e 15 mil pessoas.

Leia também:
– “Curta o Carnaval que esse pode ser o seu último verão

fevereiro 6, 2018   No Comments