Em 2014, o Scream & Yell lançou um tributo ao álbum “Alucinação”, um dos discos clássicos da carreira de Belchior, e tanto os produtores do tributo (Jorge Wagner que idealizou e Manoel Magalhães que masterizou) quanto os músicos que participaram sempre ficavam se perguntando se Belchior, em autoexílio, teria ouvido o disco. Na semana passada chegou as livrarias “Belchior – Apenas um Rapaz Latino-Americano”, de Jotabê Medeiros, e ali na página 176 da biografia, Jotabê conta que em um encontro com Zeca Baleiro, Belchior falou, entre outras coisas, sobre o tributo que essa gente nova tinha dedicado a ele. Em uma conversa no Facebook, Jotabê falou um pouco mais: “Amigos, ele falou a respeito em uma conversa com o Zeca Baleiro. Disse que tinha ouvido e gostado. Se entusiasmava com os tributos e com a redescoberta de sua obra pelas novas gerações”. Como comentou o músico e amigo Dary Jr, que abre o álbum tributo com uma versão a lá Teenage Fanclub da canção que dá título ao livro de Jotabê: “Todos nós, que derramamos lágrimas sinceras naquele domingo fatídico, tínhamos a esperança de que ele soubesse, com as nossas versões, o quanto era amado e admirado. Ele soube. Como definiu o doce Manoel Magalhães: “Que glória, amigos”. Ouça aí. Obrigado, Belchior”. É isso. Se você ainda não ouviu / baixou “Ainda Somos os Mesmos”, aproveite aqui. 

Exibido no Festival In-Edit Brasil 2015, “Jaco” (2014), documentário de Paul Marchand e Stephen Kijak produzido por Robert Trujillo (Metallica), conta a história de Jaco Pastorius, um dos maiores baixistas de todos os tempos. “Jaco” relembra sua forte personalidade e repassa sua obra com comentários de Flea, Sting, Bootsy Collins, Geddy Lee, Carlos Santana e seus parceiros de Weather Report, entre outros, que falam com admiração e espanto sobre esse furacão das quatro cordas. Indicado por André Travassos (Moons) após eu recomendar a leitura da coluna genial de Arthur Dapieve lembrando os 30 anos de morte de Jaco Pastorius. Assista ao filme abaixo e leia a coluna de Dapieve aqui.