O sétimo ap que morei em São Paulo
Rememorando: Da Cardeal Arcoverde fui para a Teodoro Sampaio, de lá para a Rua Rocha, dai para a Antônio Carlos e depois para uma esquina da Rua Rosa e Silva, pertinho do Minhocão, e então para a Dr. Vila Nova, na esquina do Sesc Consolação, tudo isso em três anos de morador de São Paulo. Esse último endereço, um quitinete de menos de 40 metros, foi meu reino durante dois anos, e fui bem feliz ali. Mas eu queria um lugar maior, um apartamento “apartamento” mesmo. Meu chefe no trabalho não se conformava de eu não ter geladeira e muito menos fogão (só uma TV 29 polegadas, uma cama de casal, som e uns 10 mil CDs), e passei alguns meses olhando quitinetes maiores, mas acabei dando uma tremenda sorte ao descobrir que o apartamento ao lado do Bar do Zé, na Rua Maria Antonia, e a menos de 50 metros do meu, tinha sido colocado para alugar. Eu vi o cara colocando a placa de “aluga-se” e na hora liguei para a imobiliária. O apartamento estava um bagaço, mas tinha potencial. Acertei com a dona (no mesmo esquema de depósito de três alugueis) que iria repinta-lo, quebrar as paredes para colocar uma nova fiação elétrica e lixar os tacos. Ela topou assumir 60% dos gastos, que seriam abatidos nos alugueis, e lá fui eu. A primeira vez em que entrei nele vazio, reformado, me apaixonei. Havia um corredor na entrada, uma boa sala octagonal (sério!), uma cozinha pequena, mas funcional, lavanderia, um quarto enorme e um banheiro (com banheira). O aluguel seria só uns 30% mais caro que a quitinete anterior (acho que nem passava de R$ 500 em 2005) e, então, parti para montar um apartamento de homem solteiro decente, com sofá cor de laranja, pufes, guarda-roupa, fogão e geladeira. A boa vibe do apartamento em frente veio junto, e posso dizer que fui muito feliz na Rua Maria Antonia (virei freguês do Bar do Zé, daqueles que ficam no balcão papeando com os garçons com o mesmo copo de cerveja enquanto observava o movimento da rua, agitada por estudantes) – vale lembrar que o Bar do Zé é o bar que a galera dos festivais (Chico, Paulinho da Viola, Tom Zé e turma toda) frequentava no período do evento. Me mudei para esse apartamento em fevereiro de 2005 e fiquei lá até o meio de 2007, quando juntei os trapos com a Lili e fomos morar juntos na Rua Bela Cintra. Mas isso é assunto para um outro post…
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