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Festival Magnéticos 90 no Sesc Pompeia

Entre a geração anos 80 do rock nacional e a turma que surgiu nos anos 90 existe uma lacuna, exatamente na virada da década, em que as gravadoras deixaram de apostar no rock. Paralelamente, as bandas de rock não deixaram de existir. Longe dos holofotes da grande mídia, um enorme contingente de jovens em todos os cantos do país – munidos de baixo, guitarra e bateria – seguiam fazendo música e registrando suas canções em fitas cassete, conhecidas popularmente como “Fitas Demo” (diminutivo para “Fita de Demonstração”), que tanto servia para apresentar um grupo para um chefão de grande gravadora quanto para um fã levar aquelas músicas que tinha conhecido num show para ouvir em casa, já que era mínima a chance de ouvir aquelas canções no rádio. Internet, MP3 e redes P2P seriam ferramentas do novo século. Para a molecada dos anos 90, o lance era magnético.

À frente do Little Quail and Mad Birds e depois dos Autoramas, Gabriel Thomaz colecionava fitas-demo nos anos 90 e escreveu o livro “Magnéticos 90” (ilustrado por Daniel Jucá), lançado pela Edições Ideal, buscando registrar no papel a história daquelas fitas-demo, pois muitas não tiveram registros oficiais, só nas fitas cassete, e corriam o risco de se perderem no tempo, apagando um importante e interessante momento da música brasileira. Com essa preocupação, Gabriel se juntou a Marcelo Costa, do site Scream & Yell, a Rafael Cortes, do selo Assustado Discos, a Agência Alavanca e ao SESC Pompeia para realizar o Festival Magnéticos 90, com uma série de shows que buscam rebobinar a memória das fitas demos dos anos 90 e coloca-las para tocar novamente. A ideia não é só reviver e valorizar este período, mas mostrar que, mesmo longe da grande mídia, existe gente batalhando pela música. Foi assim nos anos 90. É assim hoje.

INGRESSOS À VENDA E MAIS INFORMAÇÕES

18/05 – 21h30: Maskavo Roots e Autoramas
O Autoramas surgiu no Rio em 1998 das cinzas do Little Quail and Mad Birds, banda que Gabriel Thomaz havia formado no final da década de 80 em Brasília. Gabriel havia gravado uma fita demo do Little Quail com três músicas em que tocava todos os instrumentos, e as usou no primeiro registro magnético dos Autoramas, lançado em K7 com três canções. Hoje o Autoramas está prestes a completar 20 anos de carreira com 7 discos e turnês elogiadas ao redor do mundo. Já a Maskavo Roots conseguiu seu contrato com o selo Banguela, dos Titãs e Carlos Eduardo Miranda, em 1994 através de uma fita demo. Também de Brasília, a Maskavo Roots lançou seu álbum de estreia em 1995, e o disco conquistou tantos fãs no cenário independente que foi reeditado em vinil em 2015 pelo selo Assustado Discos. Neste show, a Maskavo Roots se reencontra especialmente para o festival Magnéticos 90.

Autoramas: Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Érika Martins (guitarra, moog, pandeirola e vocais), Fabio Lima (bateria) e Jairo Fajersztajn (baixo)

Maskavo Roots: Marcelo Vourakis (vocal), Joana Duah (vocal e percussão), Quim (teclados e backing vocal), Prata (guitarra), Pinduca (guitarra), Marrara (baixo) e Txotxa (bateria)


19/05 – 21h30: Comunidade Nin-Jitsu e Gangrena Gasosa
Surgida em Porto Alegre em 1995, a Comunidade Nin-Jitsu inovou e gravou um CD demo com suas canções divertidas para abrir espaço no meio musical nos anos 90. Com uma sonoridade que mistura rock, reggae, funk carioca e rap, o grupo cravou de cara um sucesso nacional, “Detetive”, que na época ganhou até prêmio de Demo-Clip na MTv Brasil. Hoje, a Comunidade Nin-Jitsu exibe uma discografia com 8 discos e segue na estrada fazendo todo mundo dançar. Já a Gangrena Gasosa, do Rio de Janeiro, é a primeira e única banda de Saravá Metal do Brasil, uma mistura de metal com hardcore e pontos de umbanda. O grupo surgiu em 1990 e lançou três fitas demo (no caso deles, vale o duplo sentido) magnéticas até lançar o hoje clássico disco “Welcome to Terreiro” (1993) e, depois, o não menos antológico “Smells Like a Tenda Spírita” (2000). Ao vivo são responsáveis por um dos shows mais divertidos e barulhentos do país.

Comunidade Nin-Jitsu: Mano Changes (voz), Nando Endres (baixo e vocais), Fredi “Chernobyl” (guitarra, vocais e programações) e Gibão Bertolucci (bateria)

Gangrena Gasosa: Zé Pelintra e Omulu (voz), Exu Caveira (guitarra), Exu Mirim (bateria), Pombagira Maria Mulambo (percussão), Exu Tranca Rua das Almas (baixo)

20/05 – 21h30: Graforreia Xilarmônica
Responsáveis por duas fitas magnéticas clássicas do período – “Com Amor, Muito Carinho” (1988) e “The Best of Graforréia Xilarmônica” (1994) –, a Graforréia assinou contrato com o selo Banguela Records que, em 1995, lançou o disco de estreia do grupo, “Coisa de Louco II”, que traz alguns clássicos do cancioneiro gaúcho como “Amigo Punk” (regravada por Wander Wildner) e “Nunca Diga” (regravada pelo Pato Fu – os mineiros também gravaram “Eu”, do segundo disco da Graforréia, que se tornou um grande sucesso radiofônico). Sem se apresentar em São Paulo desde 2013, quando foi uma das atrações do Lollapalooza Brasil, a Graforréia retorna à capital paulista com o mesmo trio que registrou as primeiras fitas demo da banda: Frank Jorge, Alexandre Birck e Carlo Pianta.

Graforréia Xilarmônica: Frank Jorge (vocal, baixo), Carlo Pianta (guitarra, vocal), Alexandre Birck (bateria)

21/05 – 0h30: Pato Fu
Uma das principais bandas do rock nacional surgida nos anos 90, o Pato Fu também gravou uma fita magnética, a “Pato Fu Demo” (1992), registrada no quarto de ensaio da casa dos pais do guitarrista John Ulhoa. Essa fita demo foi enviada para gravadoras e redações de jornais e revistas, sempre acompanhada de um bom queijo mineiro, uma estratégia divertida para chamar a atenção do destinatário. A “Pato Fu Demo” abriu muitas portas para o grupo que estreou de maneira independente com o disco “Rotomusic de Liquificapum” (1993) pelo selo mineiro Cogumelo Records e, depois, foi contratado pela gravadora BMG, que lançou “Gol de Quem?” (1995). Hoje o Pato Fu soma 12 álbuns (dois deles ao vivo) e 5 DVDs lançados numa carreira recheada de hits como “Antes que Seja Tarde”, “Depois”, “Made in Japan”, “Perdendo Dentes” e “Eu” (da Graforréia Xilarmônica), entre muitos outros sucessos.

Pato Fu: Fernanda Takai (voz, violão e guitarra rítmica), John Ulhoa (guitarra solo, violão, programação, vocal de apoio, voz e cavaquinho), Ricardo Koctus (baixo, vocal de apoio e pandeir, Glauco Nastacia (bateria e percussão) e Lulu Camargo (teclado, piano e acordeão)

21/05 – 18h: Autoramas e Pato Fu
O Autoramas surgiu no Rio em 1998 das cinzas do Little Quail and Mad Birds, banda que Gabriel Thomaz havia formado no final da década de 80 em Brasília. Gabriel havia gravado uma fita demo do Little Quail com três músicas em que tocava todos os instrumentos, e as usou no primeiro registro magnético dos Autoramas, lançado em K7 com três canções. Hoje o Autoramas está prestes a completar 20 anos de carreira com 7 discos e turnês elogiadas ao redor do mundo. Uma das principais bandas do rock nacional surgida nos anos 90, o Pato Fu também estreou com uma fita magnética, a “Pato Fu Demo” (1992), registrada no quarto de ensaio da casa dos pais do guitarrista John Ulhoa. Essa fita demo foi enviada para gravadoras e redações de jornais e revistas, sempre acompanhada de um bom queijo mineiro. A “Pato Fu Demo” abriu muitas portas para o grupo que, hoje, soma 12 álbuns e 5 DVDs lançados numa carreira recheada de sucessos.

Autoramas: Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Érika Martins (guitarra, moog, pandeirola e vocais), Fabio Lima (bateria) e Jairo Fajersztajn (baixo)

Pato Fu: Fernanda Takai (voz, violão e guitarra rítmica), John Ulhoa (guitarra solo, violão, programação, vocal de apoio, voz e cavaquinho), Ricardo Koctus (baixo, vocal de apoio e pandeir, Glauco Nastacia (bateria e percussão) e Lulu Camargo (teclado, piano e acordeão)

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