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Prata da Casa: Novembro de 2014

O penúltimo mês do Prata da Casa 2014 é o mês feminino do projeto: quatro jovens cantoras deste Brasil imenso mostram seus repertórios na choperia do Sesc Pompeia nas terças-feiras de novembro. Acredito ser importante fazer esse recorte, pois pelo Prata da Casa já passaram nomes como a Céu, Tulipa, Fabiana Cozza, Karina Buhr e Fernanda Porto, entre outras, e eu procurei por cantoras (e havia tantas outras tão boas quanto) que pudessem dar uma continuidade a essa tradição do projeto. Será uma mês bastante especial. Confira a programação.

PAULA TESSER (CE) – 04/11
Paula é filha de brasileiros, mas nasceu na França. Passou os primeiros 10 anos de vida em Paris, mudou-se com a família para Fortaleza, concluiu a faculdade e voltou para a capital francesa alguns anos depois. Lá gravou um disco ao vivo (”Retrato do Vento”, 2004), participou de outras tantas gravações e fez um doutorado em Sociologia sobre o Mangue Beat e Chico Science na Sorbonne. De volta a Fortaleza em 2007, não se distanciou da música, e o resultado dessa paixão é “Valha” (ouça aqui), belo disco produzido por Dustan Gallas (Cidadão Instigado) e lançado em 2014, que namora a Jovem Guarda, pisca o olho para o rock nacional e encanta.

GISELE DE SANTI (RS) – 11/11
Gisele é gaúcha e escreveu sua primeira música quando tinha apenas 14 anos. Hoje, aos 29, ela já conta com dois álbuns na carreira: “Gisele de Santi”, o primeiro, foi lançado em 2010 e reunia canções que a compositora havia escrito desde a adolescência; mais melancólico e reflexivo, o belo segundo disco, “Vermelhos e Demais Matizes” (baixe aqui), de 2013, foi produzido com auxilio de financiamento coletivo, conta com a participação de Vitor Ramil e foi reconhecido pelo Prêmio Açorianos, que concedeu à Gisele o título de Melhor Intérprete MPB de 2013 (ela já havia sido premiada nas categorias Intérprete e Revelação na edição de 2010).

NATÁLIA MATOS (PA) – 18/11
Natália é paraense, mas passou oito anos em São Paulo dividindo-se entre estudos em Canto Popular na EMESP, Arquitetura no Mackenzie e rodas de choro em bares interpretando Aracy de Almeida, Adoniran e cantoras da Era do Rádio. De volta a Belém, integrou o premiado projeto Terruá Pará e começou a preparar o repertório de seu álbum de estreia, lançado em 2014. Com produção de Guilherme Kastrup e participações de Zeca Baleiro, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Felipe Cordeiro, o disco “Natália Matos” (ouça aqui) traz canções inéditas de Dona Onete e Romulo Fróes unindo a estranheza pop de São Paulo com o suingue irresistível do Pará.

CAMILA GARÓFALO (SP) – 25/11
Camila nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e mudou-se para a capital paulista quando tinha 17 anos. Na selva de concreto e pedra encontrou um cenário musical efervescente representado por artistas como CéU, Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Gui Amabis e Siba, entre outros, o que a inspirou a buscar seu próprio espaço. Em 2014, aos 25 anos, na companhia de Dustan Gallas (Cidadão Instigado), Thiago França (Metá Metá), Bruno Buarque (CéU) e Danilo Prates, ela lança seu disco de estreia, “Sombras e Sobras”, mostrando oito composições próprias, um timbre de voz forte e uma personalidade madura, que merece atenção.

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