David Bowie está entre nós
David Bowie está entre nós. Bem, quase. O Museu da Imagem e do Som de São Paulo abre nesta sexta-feira, 31 de janeiro (e segue até 20 de abril), a exposição David Bowie, retrospectiva imperdível sobre a intensa carreira do artista britânico, que lançou seu primeiro disco, “Space Oddity”, em 1967, e continua na ativa – “Next Day”, seu álbum de 2013, foi eleito o Melhor Disco do Ano pelo júri convidado pelo Scream & Yell (veja aqui) –, embora esteja longe dos palcos.
A mostra reúne cerca de 300 itens relacionados ao artista, sendo que se destacam os 47 figurinos usados por David Bowie em diversos momentos de sua carreira, como o conjunto em matelassê desenhado por Freddie Burreti em 1972 para a turnê do álbum “Ziggy Stardust” e usado por Bowie na apresentação de “Starman” no Top of The Pops em julho de 1972, ou o impressionante traje de vinil desenhado por Kansai Yamamoto em 1973 para a turnê “Alladin Sane” – que decora o material de apoio da mostra.
Bastante focada em moda, mas abrindo espaço também para observações sobre o processo criativo do artista, a mostra é montada de forma peculiar: assim que adentra o espaço da retrospectiva no MIS, o visitante recebe um fone de ouvido, que irá acompanha-lo por todo o percurso, interagindo com os vídeos presentes na mostra conforme o espectador entrar na área de alcance do objeto. Assim, trechos de filmes, entrevistas ou mesmo videoclipes clamam por atenção nos fones.
Particularmente chamam a atenção os diversos rascunhos de letras escritos por Bowie, e presentes na mostra, registros iniciantes de canções como “Ziggy Stardust”, “Heroes”, “Rebel Rebel”, “Ashes To Ashes” (e um programa de computador que exercita a técnica de cut-ups, na qual um texto é cortado e reorganizado para criar um novo texto – além de um vídeo com Bowie explicando como usou isso em letras) ou mesmo esboços da arte que seria usada em algumas das capas famosas do compositor.
Aberta para a imprensa na véspera da abertura oficial, a montagem ainda mostrava falhas: a baixa luz nas salas dificulta (principalmente em uma que traz diversos trajes postados logo abaixo dos vídeos em que foram usados), as etiquetas que identificam objetos colocadas no canto baixo da obra não ajudam (havia gente ajoelhando para ler as placas na escuridão) e, principalmente, falta de nome nas salas, o que pode confundir o espectador (haverá gente que irá embora acreditando ter visto todas as salas, mas deixando para trás uma ou outra).
Para complementar a exposição, o MIS preparou uma divertida brincadeira para a edição brasileira. Durante o período em que a mostra estará em cartaz, o Museu convida os visitantes a participarem do Estúdio MIS, um karaokê exclusivo que o Museu montou para você cantar com seus amigos os grandes sucessos do cantor. A performance será gravada e disponibilizada no site http://estudio.mis-sp.org.br/– o estúdio funcionará das 16h às 20h, sendo que cada ingresso vale para até três pessoas por música.
Para os fãs, vale o investimento no enorme livro da mostra, à venda na loja do MIS, por R$ 119. Com 320 páginas, capa dura e reprodução dos figurinos, rascunhos de letras e fotos icônicas, o livro é um bom resumo do passeio. Os ingressos para a exposição “David Bowie” podem ser comprados antecipadamente pelo site www.ingressorapido.com.br, com valor único de R$ 25 (reserva de data e horário para o espectador). A partir de hoje, 31/01, às 13h, os ingressos também podem ser comprados na Recepção MIS por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Leia também:
– “Next Day”, de David Bowie, o melhor disco de 2013 (aqui)
– A mesma música: Três vezes David Bowie (aqui)
– As várias sonoridades diferentes de “The Next Day” (aqui)
– Mais sobre a exposição David Bowie em São Paulo (aqui)
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