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Uma manhã na cervejaria Wäls

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No começo de 2011, procurando novos rótulos de cerveja, me encontrei em um empório frente as garrafas estilosas (do modelo do vasilhame passando pelo rótulo até a rolha) de uma cervejaria mineira, a Wäls. Peguei dois de cada um dos três exemplares (Dubbel, Trippel e Quadruppel) que estavam à venda, já percebendo que os mineiros tinham certa queda pelo estilo belga de fazer cerveja.

Em casa, abri (sem querer) logo a mais forte do conjunto, a Quadruppel, e foi paixão ao primeiro gole. Escrevi sobre as três cervejas aqui, e comecei a comentar com os amigos sobre aquela que passou a ser a minha cerveja brasileira preferida, incentivando a descoberta. Em dezembro escrevi para o mestre cervejeiro da casa, o José Felipe, para tirar algumas dúvidas para uma matéria que saiu em janeiro na GQ Brasil (essa aqui).

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E no mesmo janeiro, aproveitando uma passagem rápida por Belo Horizonte, visitei à fábrica da cervejaria, que nasceu em 1999 e cresceu rapidamente em qualidade e personalidade, sendo hoje uma das principais cervejarias nacionais. Os irmãos Thiago e Felipe, e o pai Miguel, costumam abrir as portas da fábrica para o público no sábado, e recebem os visitantes com aquela atenção mineira que faz parecer que você os conhece há alguns bons anos.

Particularmente dei muita sorte: era o sábado em que eles iriam começar a brasagem da primeira leva da Wäls Petroleum (parceria da Wäls com a curitibana Dum), uma Russian Imperial Stout inédita no mercado nacional. Experimentei uma versão teste (que incluía chocolate Lindt na fórmula), deliciosa, e bati um papo com os irmãos, que falaram um pouco da cervejaria, da Petroleum e do sonho de fazer cerveja artesanal no Brasil.

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Experimentei também a X-Wäls, que surpreendeu (uma pilsen levíssima, mas bastante saborosa), e, ainda, uma versão teste da Wäls Quadruppel envelhecida em antigos barris de carvalho que, um dia, envelheceram uísque, e fiquei com a feliz impressão de que eles não descansam de pensar experimentos para novas cervejas, o que justifica a frase de José Felipe: “Eu não faço cerveja, eu faço arte”.

A fábrica, eles planejam, se transformará num ponto de encontro para amantes de cerveja, com restaurante, um pequeno museu e a cerveja da casa tirada direto da torneira. Deve demorar um pouco, o que não impede de visita-los. Abaixo, alguns vídeos do meu bate papo com os irmãos, que integrariam um videocast de cerveja que logo mais deve chegar aos compartilhadores de vídeos (já está gravado, mas a edição é complicada).

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O quarto vídeo foi feito pelo pessoal da Dum, que também estava na cervejaria (em janeiro) acompanhando a primeira brasagem da Petroleum, que foi lançada duas semanas atrás, e faturou uma medalha de ouro no South Beer Cup (saiba mais aqui). Queria mandar um abraço pro Alexandre (que fez as filmagens), agradecer a hospitalidade do seu Miguel, do José Felipe e do Thiago e pedir desculpas para a mãe deles por não poder ficar para o almoço (mais um pouco e eu perdia o voo). Quem sabe da próxima…

Com vocês, a Wäls

Ps. Há um Beer Tour, comandado pelo beer sommelier Rodrigo Lemos, que em um sábado passa em quatro ou cinco cervejarias artesanais na região de Belo Horizonte (Wäls inclusa). Infos aqui


“Eu não faço cerveja, eu faço arte”, José Felipe


José Felipe fala sobre a Wäls Petroleum


Thiago Carneiro conta um pouco da história da Wäls


Depoimento para o pessoal da Dum Cervejaria

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