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Infográfico: Calmantes com Champagne

Produzido pelo pessoal do Festival @CulturaInglesa. Curti muito 🙂

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março 7, 2012   No Comments

Quatro cervejas da Casa Piacenza

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Localizada no Vale do Paraopeba, ao lado de Belo Horizonte, a pequena cidade de Brumadinho, com pouco mais de 34 mil habitantes, cravou seu nome na cultura nacional com o surgimento do parque e museu Inhotim, uma obra tão fascinante quanto sonhadora. Porém, a cidade também produz cerveja artesanal, através da Casa Piacenza, localizada no Distrito de Aranha, que fabrica quatro rótulos cujo destaque é a ótima Jabuticaba Beer (o Inhotim também fabrica uma cachaça de jabuticaba: qual é a da cidade com a fruta?).

O certo seria começar pelas tradicionais, depois partir para a exótica, mas quem diz que a curiosidade deixa. Assim, a primeira garrafa aberta foi a Jabuticaba Beer: o aroma da fruta é intenso, cítrico e adocicado, e não deixa espaço para mais nada. Não espere algo diferente do paladar. O gosto da jabuticaba domina e em combinação com malte e lúpulo fica ácido, amargo e licoroso. Lembra muito uma sidra. O final é adocicado, com a jabuticaba marcando presença de forma intensa. Palmas: eis uma interessantíssima fruit beer nacional.

A Piacenza Weiss não lembra em quase nada uma weiss tradicional. Apesar de manter a mesma coloração (um amarelo denso), seu líquido é mais ralo do que o das famosas representantes do estilo. No aroma, as notas clássicas de banana são quase imperceptíveis, com um tom cítrico deixando uma marca muito mais profunda. O cítrico (semelhante ao da Jabuticaba Beer) também comanda o paladar e onde nos acostumamos a presenciar banana e cravo há abacaxi e limão numa cerveja que parece pouco balanceada.

Então chega a vez da Piacenza Pale Ale, que assim com a versão Weiss da casa de Brumadinho, não segue os preceitos do estilo. A começar pela cor, dourada, que a aproxima das lagers. O aroma, assim com as duas anteriores, carrega no cítrico, com malte e lúpulo mais presentes do que em suas duas companheiras (mas ainda assim bastante tímidos). O paladar é totalmente cítrico, e faz questionar se a cerveja ainda está na validade: março de 2012. Não há nada de Pale Ale nela. A impressão, aliás, é de uma lager feita no mesmo barril da Jabuticaba Beer.

Fechando o lote, a Piacenza Escura faz bonito. O malte torrado já dá o tom dessa caprichada stout mineira assim que você abre a garrafa, e os aromas de chocolate e café bailam pelo ambiente. O paladar – mais aguado que, por exemplo, o de uma Murphy’s Stout, e menos intenso do que a premiada Colorado Demoiselle – segue as notas prenunciadas pelo aroma, com o álcool marcando presença em meio ao café e ao chocolate (amargo e ao leite ao mesmo tempo). Ainda precisa de uma calibrada, mas está no caminho certo.

Há muito pouca informação sobre a Casa Piacenza. As quatro garrafas deste post foram compradas em uma lojinha de cachaças do Mercado Municipal de Belo Horizonte (que merece uma visita especial) ao preço de R$ 9,90 cada, e me lembro de tê-la encontrado no Uaiktoberfest, em Nova Lima (também em Minas Gerais), mas nenhuma indicação confirma localização para compra-las. Há um blog ainda não atualizado (aqui), e quem tiver mais informações, compartilhe conosco. Vale a pena conhece-la.

Jabuticaba Beer
– Produto: Fruit Beer
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 4,8%
– Nota: 3,31/5

Piacenza Weiss
– Produto: Weiss
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 4,8%
– Nota: 2,40/5

Piacenza Pale Ale
– Produto: Pale Ale
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 4,8%
– Nota: 2/5

Piacenza Escura
– Produto: Stout
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 4,8%
– Nota: 3/5

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Leia também
– Cinco pubs de cervejarias nos EUA, por Mac (aqui)
– Top 100 Cervejas, por Marcelo Costa (aqui)
– Tops dos 14 dias em Minas Gerais, por Marcelo Costa (aqui)
– São João Del Rey e o inesquecível Inhotim, por Mac (aqui)

março 7, 2012   No Comments